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A ARBITRAGEM NO COMÉRCIO
INTERNACIONAL
Docente
_____________________
Sandra Maceo
Ano: 1.º
Curso: Direito
Grupo: IV
Turma: CFMK 1.1
Período: Manhã
Luanda/2022
INTEGRANTES DO GRUPO
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pelo dom da vida e por nós dar força, foco e sabedoria para
elaborarmos este trabalho. Em segundo agradecemos aos nossos pais por todo o apoio
que nos têm proporcionado.
Em terceiro lugar a Prof (a). Sandra Maceo por nos ter dado este tema tão
enriquecedor que de uma forma outra contribuiu para aprimorar o nosso conhecimento.
E por último e não menos importante a todos que contribuíram de forma directa ou
indirecta para realização do trabalho. A TODOS MUITO OBRIGADO.
iv
ÍNDICE
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
1
SILVA, Lucinda D. Dias da. Arbitragem e Iuris Laboris Alma. In: Questões Laborais, ano XII, nº 26.
Coimbra: Coimbra Editora, 2005, p.196.
7
segundo versará sobre os direitos que podem ser submetidos a arbitragem e uma analise
sobre a arbitragem no Direito Comercial.
PROBLEMA DE PESQUISA
HIPÓTESES DA PESQUISA
𝐇𝟎 – Não possui nenhuma vantágem, por isso é que é pouco recorrido pelos
comerciantes para resolucionarem os seus problemas;
METODOLOGIA DE PESQUISA
TIPOS DE PESQUISA
Para Vergara, os tipos de pesquisa podem ser definidos por dois critérios: quantos
aos meios e quanto aos fins.
2
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes,
1994. Pág. 269.
3
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2006.
8
características de determinada população fenómeno ou estabelecimento de relações entre
variáveis.4
Para realizar a pesquisa dentro dos padrões científicos apresentados, isto é quanto
a metodologia cientifica, recorremos ao paradigma qualitativo. De acordo com Manayo
(1994, p. 269), a pesquisa qualitativa responde a questão muito particulares ela se
preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado.
Quanto ao tipo de pesquisa, para Vergara (2006), os tipos de pesquisa podem ser
definidas por dois critérios: quantos aos meios e quanto aos fins. Para nós, foi utilizado a
pesquisa quanto aos meios utilizaremos, isto é, a pesquisa bibliográfica.
4
CERVO, A. L. & BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
9
CAPITULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO
HISTÓRICA DA ARBITRAGEM
1. A ARBITRAGEM
5
SIDOU, J. M. Othon. Dicionário Jurídico. 2.ed.rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991,
p.48
6
SILVA, Adriana dos Santos. Acesso à justiça e arbitragem: um caminho para a crise do judiciário. Barueri:
Manole, 2005.
10
A legislação angolana admite ainda, a possibilidade da adoção da Arbitragem
voluntária mesmo em situações que envolvam litígios de natureza não patrimonial, desde
que nestas situações as partes possam transacionar sobre os referidos direitos.
7
MARTINS, José Celso. A transação na reclamação trabalhista. [em linha]. [Consult. 09 Jun. 2016].
Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/23614- 23616-1-PB.pdf.
8
TOSTA, Jorge. A Arbitragem no Brasil - Noções gerais. In Estudos Avançados de mediação e Arbitragem.
1.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014, p 272.
9
SZKLAROWSKY, Leon Frejda. Arbitragem por eqüidade ou de direito. [Consult. 09 Jun. 2016].
Disponível em: http://www.abdir.com.br/doutrina/ver.asp?art_id=&categoria= Arbitragem
11
1.1. ARBITRAGEM: ASPECTOS HISTÓRICOS
Como já afirmamos, trata-se a Arbitragem de um dos meios heterocompositivos
mais antigos que se tem registo, com foco na solução heterônoma dos conflitos.
11
ZAPPALÁ, Francesco. Memória histórica da arbitragem. In Revista Meritum, v.6, nº1. Belo Horizonte:
Meritum, 2011, pp.102-103.
12
NAZO, Georgette Nacarato. Arbitragem: um singelo histórico. In Revista do Advogado da Associação
dos Advogados de São Paulo, nº 51, outubro/97. São Paulo: AASP, 1997, p.25.
13
12
funcional romano preparava a ação, “primeiro, mediante o enquadramento na ação da lei
e, depois acrescentando a elaboração da fórmula”; deste ponto em diante cabia ao
particular, “iudex” ou “arbiter”, realizar o julgamento.
14
NAZO, Georgette Nacarato. Arbitragem: um singelo histórico. In Revista do Advogado da Associação
dos Advogados de São Paulo, nº 51, outubro/97. São Paulo: AASP, 1997. pp.25- 31.
15
LENZA JUNIOR, Vitor Barboza. A arbitragem como forma alternativa de jurisdição no Brasil. In Revista
de Direito da PGE-GO, nº 25, p.437. [Consult. 09 Jun. 2016]. Disponível em:
www.pge.go.gov.br/revista/index.php/revistapge/article/view/35/30.
16
PEREIRA, Fernanda Silva. Arbitragem voluntaria nacional. Impugnação de sentenças arbitrais, Lisboa,
2009, p.9, APUD MARTINEZ, Pedro Romano. Op. cit. p.867.
13
Segundo Fernanda Silva Pereira, apud Pedro Romano Martinez, “o incremento da
arbitragem deu-se no séc. XX, particularmente depois da II Grande Guerra, tanto entre
privados como também em relações entre particulares e a administração”17.
17
NAZO, Georgette Nacarato. Op. cit. p.28.
14
Com este objetivo, as partes envolvidas no conflito confiam a uma terceira pessoa
“um particular distinto de qualquer das partes e que não actua como seu representante”,
a busca e a adoção de uma decisão que lhes vinculará como solução final para o conflito
em questão18.
18
BARROCAS, Manuel Pereira. Lei de Arbitragem Comentada. 1.ª ed. Coimbra: Almedina, 2013, p.25
19
GOUVEIA, Mariana França – Curso de Resolução Alternativa de Litígios. 3.ª ed. Coimbra: Editora
Almedina, 2014.
20
BARROCAS, Manuel Pereira. Lei de Arbitragem Comentada. 1.ª ed. Coimbra: Almedina, 2013, p.25.
21
GOUVEIA, Mariana França. Op. cit. p.125.
15
De acordo ainda com a situação do conflito, se atual ou eventual, esta
manifestação dar-se-á através da Cláusula Compromissória ou Arbitral ou por meio do
Compromisso Arbitral22, figuras que serão tratadas nos tópicos a seguir.
22
CAMPANER, Ozório César. Conflitos coletivos de trabalho e formas de solução. 1ª ed. São Paulo: LTr,
2011, p.108.
23
BARROCAS, Manuel Pereira. Op. cit. p.38.
24
GOUVEIA, Mariana França. Op. cit. p.125.
25
Idem.
16
ou seja, trata-se de acordo para composição de um conflito eventual que dar-se-á através
da adoção da Arbitragem.
1.5. ARBITRABILIDADE
O termo “arbitrabilidade”, segundo António Sampaio Caramelo é utilizado
usualmente para designar “a susceptibilidade de uma controvérsia (ou litígio) ser
submetida à arbitragem”, e está ligada especificamente à natureza do objeto em litígio.
26
BARROCAS, Manuel Pereira. Op. cit. p.48
27
BARROCAS, Manuel Pereira. Op.cit. p.28.
28
CARAMELO, António Sampaio. Op.cit.pp.22-23.
17
Tais princípios assumem significativa importância e “se articulam no sentido de
realização do escopo tendente à harmonização e organização das relações sociais, de
modo que o direito vigente não mais se limite aos textos de lei”29.
29
NAGAO, Paulo Issamu. Notas sobre a efetividade da prestação jurisdicional e vícios na arbitragem. In
Estudos Avançados de mediação e Arbitragem. 1.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014, p.287.
30
NAGAO, Paulo Issamu. Op. cit. p.290.
31
GOUVEIA, Mariana França. Op. cit. p.259.
32
Idem.
18
1.6.3. PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS PARTES
Tais requisitos legais são inerentes à jurisdição, tanto no âmbito estatal quanto
arbitral, daquele que se propõe a entabular uma solução para o caso concreto ao qual foi
eleito34.
33
Idem.
34
BARROCAS, Manuel Pereira. Op. cit. p.355.
19
CAPITULO II – ANÁLISE DOS DIREITOS ARBITRÁVEIS
35
ZERBINI, Eugenia C.G. de Jesus. Cláusulas Arbitrais: transferência e vinculação de terceiros à
arbitragem. In Arbitragem no Brasil: Aspectos Jurídicos Relevantes. 1.ª ed. São Paulo: Quartier Latin, 2008,
pp.142-143.
36
Idem.
20
de outros interesses. Desta forma, as normas que venham a limitar “a liberdade contratual
têm de ser justificadas, pela lei através do intérprete, pela referência a um interesse
determinado” 37.
4. OS DIREITOS ARBITRÁVEIS
Em Angola a LAV permite, também em seu artigo 1º, a utilização da Arbitragem
voluntária para a solução de litígio que diz respeito a interesses de natureza patrimonial,
e também não patrimoniais, desde que no tocante a estes as partes possam celebrar
transação sobre o direito controvertido.
37
CARVALHO, Jorge Morais. Op. cit. p.24.
21
a direitos eventuais, em especial no domínio do Direito de família e do
Direito sucessório”38.
Importante destacar que no tocante a solução das controvérsias laborais, não raras
vezes, o trabalhador aceita “receber certas compensações substitutivas de outras
prestações, pecuniárias ou não, menores que aquilo a que teriam direito caso o litígio
fosse inteiramente resolvido a seu favor”.
38
XAVIER, Bernardo da Gama Lobo; MARTINS, Pedro Furtado. A transacção em direito do trabalho:
direitos indisponíveis, direitos inderrogáveis e direitos irrenunciáveis. In: Liberdade e compromisso:
estudos dedicados ao Professor Mário Fernando de Campos Pinto. Lisboa: Universidade Católica Editora,
2009
22
O facto de seguir um conjunto de regras internacionais, de permitir uma maior
celeridade na resolução dos conflitos e de ter um carácter vinculativo em termos de
decisão, fomenta a confiança dos parceiros externos e mitiga possíveis entraves ao seu
investimento no País.
23
CONCLUSÃO
O presente trabalho frisou sobre a arbitragem comercial em Angola. Nesta senda,
cabe relembrar qual foi a nossa pergunta de partida e se as hipóteses foram respondidas.
Como pergunta de partida questionamo-nos sobre a vantagem da Arbitragem em
detrimento da jurisdição estatual? Como hipoteses tinhamos:
H0 - Não possui nenhuma vantágem, por isso é que é pouco recorrido pelos
comerciantes para resolucionarem os seus problemas;
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BIBLIOGRAFIA
BARROCAS, Manuel Pereira. Lei de Arbitragem Comentada. 1.ª ed. Coimbra:
Almedina, 2013.
SILVA, Adriana dos Santos. Acesso à justiça e arbitragem: um caminho para a crise do
judiciário. Barueri: Manole, 2005.
25
SILVA, Lucinda D. Dias da. Arbitragem e Iuris Laboris Alma. In: Questões Laborais,
ano XII, nº 26. Coimbra: Coimbra Editora, 2005.
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