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I

Vânia Baptista Zandamela

RELATÓRIO DE SÍNTESE DAS AULAS

Curso de Farmácia

Instituto Politécnico Agrário

Maputo

2021
II

Vânia Baptista Zandamela

RELATÓRIO DE SÍNTESE DAS AULAS

Relatório a ser apresentado à Disciplina


de Métodos de Estudo e investigação
Científica, curso de farmácia, como
requisito parcial de avaliação.

Supervisora: Prof.ª Ermília Lina


Bondzela

Instituto Politécnico Agrário

Maputo

2021
III

Índice

DECLARAÇÃO DE HONRA..................................................................................................I
AGRADECIMENTOS............................................................................................................II
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................III
RESUMO...............................................................................................................................IV
Introdução.................................................................................................................................5
TEMA: ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE PESQUISA...................................................6
TEMA: FUNÇÕES COGNITIVAS.........................................................................................8
Funções Cognitivas..................................................................................................................8
Dicas para melhoria das actividades cognitivas:......................................................................8
Normas para a estruturação e escrita de trabalhos científicos:.................................................9
TEMA: FUNÇÕES COGNITIVAS...................................................................................10
Leitura................................................................................................................................10
Leitura proveitosa...............................................................................................................10
Fases da leitura...................................................................................................................11
Sublinhar e Resumir...........................................................................................................11
Ideias básicas na arte de sublinhar:....................................................................................12
TEMA: CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO.......................................................12
Tipos de Conhecimento..........................................................................................................12
Conceito de Ciência...............................................................................................................13
O objectivo da ciência............................................................................................................14
A função da ciência................................................................................................................14
A objectividade da ciência.....................................................................................................14
Conceito de Conhecimento Científico...................................................................................14
Relação entre ciência e Conhecimento científico..................................................................16
Conclusão...........................................................................................................................18
Bibliografia.........................................................................................................................19
I

DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que este relatório é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do
meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Maputo, 8 de Julho de 2021

____________________________________________

(Vânia Baptista Zandamela)


II

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus pela vida, por ter-me colocado neste mundo e não
desamparar em nenhum momento.

À minha mãe, meus irmãos, que estiveram sempre disponíveis em apoiar.

Agradeço a todos que me acompanharam em toda trajectória, em especial à minha


professora Ermília Bondzela e a todos os docentes do instituto.

Aos meus amigos e colegas, pelo apoio e amizade construída ao longo desta caminhada que
passamos juntos todas as dificuldades.

A todos que directa e indirectamente contribuíram para o meu sucesso académico, o meu
muito obrigado.
III

DEDICATÓRIA

Aos meus pais que tem-me acompanhado nas dificuldades e sempre me encorajaram a
vencer os obstáculos e me apoiaram incondicionalmente.
IV

RESUMO

A necessidade do homem de uma compreensão mais aprofundada do mundo, bem como a


necessidade de precisão para a troca de informações, acaba levando à elaboração de
sistemas mais estruturados de organização do conhecimento.
Inicialmente os homens comunicavam-se a partir de um código restrito em que os objectos
do mundo eram descritos sem uma preocupação com o alcance das descrições, não havendo
com isso uma reflexão mais elaborada. Com o tempo, desenvolveu-se códigos elaborados
com o intuito de tornar as noções mais precisas e elaborados com vista a sistematização do
conhecimento e consequentemente da ciência.

Palavras-chave: Conhecimento, Ciência, Pesquisa, Funções cognitivas.


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Introdução

A educação contemporânea, cada vez mais, vem sendo discutida em congressos, palestras e
demais eventos com o intuito de sinalizar quanto às competências necessárias para o sucesso
de estudantes e professores.

No decorrer de seu curso, os professores solicitarão diversos tipos de trabalhos académicos


(resumos, pesquisas bibliográficas e artigos científicos), organizados metodologicamente. É
importante que esses trabalhos sejam bem elaborados, com estrutura e fundamentação
lógicas, objectivas, sistemáticas e analíticas e com rigor metodológico.
A Metodologia Científica deve, portanto, dar subsídio para que o aluno aprenda a estudar e a
elaborar trabalhos académicos, de acordo com as normas e os procedimentos metodológicos
e as normas oficializadas por instituições especializadas.
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TEMA: ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE PESQUISA

Nessa aula conforme o tema sugere, vimos os procedimentos para a elaboração de um


projecto de pesquisa.

Segundo a explicação a elaboração de um projecto segue uma estrutura previamente


desenhada. É preciso salientar que o projecto é previsão de um trabalho, ou por outras, é
uma fase na qual projectamos um futuro trabalho que será realizado oportunamente.

1. Introdução – Entre outras, as funções desta parte do trabalho são: introduzir o leitor
na matéria de investigação, relacionar o tema com a literatura consultada sob forma
de debate sobre o estágio actual de investigações do género, mostrar o paradigma
anterior e actual, desenvolver o problema científico, expor com clareza e concisão as
questões científicas que se levantam.
2. Delimitação do tema – com vista a evitar que se projecte trabalhos abstractos e
vagos, é preciso que se delimite a pesquisa em termos de espaço e tempo;
3. Justificativa da pesquisa – qualquer acção por nós pratica tem a sua motivação. Na
justifica pretende-se colocar as motivações da escolha do tema, o porquê no meio de
tantas alternativas, optamos por e este não aquele assunto. É ainda neste espaço onde
o autor deve indicar os seguintes aspectos:
a) Relevância social – qual é o ganho que este trabalho/pesquisa traz à sociedade;
b) Relevância académica – parte-se do pressuposto que a pesquisa traz consigo
dados novos e fidedignos, dai que constitui uma fonte de pesquisa para futuras
pesquisas académicas.
4. Problema - Todo conhecimento científico surge a partir do interesse em se
investigar um determinado tema na tentativa de encontrar a solução para algum
problema identificado. Em outras palavras, o problema de pesquisa é uma questão
específica que você quer investigar dentro do seu tema. Como o tema ainda é algo
abrangente demais para ser tratado num trabalho académico, o problema de pesquisa
surge como uma forma de delimitá-lo e dar foco para a pesquisa, por isso é tão
importante.
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5. Hipóteses – partindo do pressuposto que um projecto é nada mais que uma


projecção de um determinado estudo ou pesquisa, partindo de um problema concreto
e actual, as hipóteses constituem uma possível solução ao problema já identificado;
6. Objectivos – os objectivos dizem respeitos à metas da pesquisa. A partir do
momento em que o pesquisador se propõe a realizar um estudo, ele tem objectivos
definidos. Nesse sentido, torna-se imprescindível compreender que todas as acções
de um projecto de pesquisa mantêm entre si uma estreita ligação, ou seja, em outras
palavras, é o mesmo que dizer que uma é continuação da outra. Isto é, os objectivos
específicos estão contidos dentro do objectivo geral;
7. Fundamentação teórica – atendendo e considerando que o significado das palavras
variam segundo o contexto, é imperioso ao pesquisador definir os conceitos chaves,
além disso é preciso trazer algumas abordagens já feitas sobre o tema, como forma
de provar a cientificidade do mesmo. Ao trazer as abordagens anteriores, é imperioso
que o pesquisador cite os autores, isso faz com que qualquer contradição ou
responsabilidade não caia no pesquisador, mas sim nos autores que já abordaram a
temática;
8. Metodologia – metodologia constituem meios ou técnicas a serem empregues para a
concretização da pesquisa. A escolha da metodologia depende muito do tipo de
pesquisa que está sendo levada a cabo;
9. Cronograma – previsão do tempo que será necessário a efectivação do estudo;
10. Orçamento – previsão dos recursos materiais e financeiros que o pesquisador irá
necessitar no decurso da pesquisa;
11. Resultados esperados – espectativas a se alcançar com a pesquisa. Tendo em conta
que o projecto baseia-se em hipóteses, é preciso ter em conta que nem sempre as
nossas hipóteses são verdadeiras;
12. Referência bibliografia – lista de material usado na elaboração da pesquisa. Como
frisamos anteriormente, parte-se do princípio que o problema identificado existe e já
foi discutido, dai que vamos nesse espaço identificar os materiais usados.
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TEMA: FUNÇÕES COGNITIVAS

Funções Cognitivas

Explicar a cognição e intervir na sua modificabilidade, que é um dos objectivos cruciais da


educabilidade do ser humano, a que já nos referimos em outras obras, pressupõe, em
primeiro lugar, concebê-la como tendo origem social e como sendo composta por três
componentes principais do processo total de informação em estreita conectividade,
sequencialidade e interactividade.

1. Atenção – é o processo comportamental responsável pela selecção do aspecto da


informação, seja subjectiva ou cognitiva;
2. Concentração – consiste na concentração ou direccionamento voluntário da
actividade mental em um objectivo;
3. Memória – responsável pelo registo, conservação e evocação de experiências,
ideias, imagens, sentimento. É responsável também pela manutenção as informações
em nossa mente para posterior uso.

Dicas para melhoria das actividades cognitivas:

a) Atenção:
 Redução ou evitar todas as fontes de distracção durante a realização de
tarefas;
b) Concentração:
 Evitar fadiga, isto é, dar uma pausa nas actividades faz com que a mente
relaxe um pouco, aumentando desta forma a produtividade da mesma;
 Planeamento das actividades diárias;
 Evitar o esgotamento psicológico e/ou físico;
c) Memória
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 Sublinhar, tirara apontamentos e revisão da matéria;


 Ler em voz alta e explicar o que aprendeu a outra pessoa ajuda na retenção da
informação.

Normas para a estruturação e escrita de trabalhos científicos:

1. Capa: deve conter o nome do autor, título do trabalho, curso, nome da instituição,
local e o ano de entrega;
2. Folha do rosto: deve conter o nome do autor, título do trabalho, natureza do
trabalho, nome do orientador, nome da instituição, local e o ano de entrega;
3. Índice: é uma lista onde constam todos os conteúdos abordados ao longo do
trabalho, seguindo a ordem cronológica dos conteúdos, é imperativo a colocação das
páginas onde constam os conteúdos;
4. Introdução: parte introdutória do trabalho. Aqui descreve-se o tema, a sua
relevância, os objectivos e os métodos de pesquisas a serem adoptados ao longo da
pesquisa;
5. Linguagem: Na descrição dos objectivos, os verbos devem sempre estar no
infinitivo;
6. Desenvolvimento: constitui a parte principal do trabalho. Contém a exposição
ordenada e pormenorizada do assunto. É nesse espaço onde deve se discutir as
ideias, propostas e soluções do problema ou tema em análise;
7. Bibliografia - lista de material usado na elaboração da pesquisa. Como frisamos
anteriormente, parte-se do princípio que o problema identificado existe e já foi
discutido, dai que vamos nesse espaço identificar os materiais usados;
8. Aspectos gráficos:
8.1. Margens – superior e esquerda – 3cm e inferior e direita = 2cm;
8.2. Espaçamento: dentro do texto = 1,5cm; os títulos e secções do trabalho a
separação deve ser de dois espaços. No rodapé, referência, citações e resumo
deve-se usar espaço simples;
8.3. Tipo de letra: Times New Roman, cor automático;
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8.4. Tamanho de letras: texto normal = 12; títulos/subtítulos = 12 + negrito;


apêndices = 12 mas pode ir até 16; nomes científicos = itálicos;
8.5. Paginação: nos elementos pré-textuais (índice até resumo), usa-se a
numeração romana. A partir da introdução recorre-se a numeração árabe, sendo
que a mesma deve estar no canto superior direito.

TEMA: FUNÇÕES COGNITIVAS

Duração: 90min Data:

Leitura

A leitura deve ser vista como um conjunto de comportamentos que se regem por processos
cognitivos armazenados na memória do indivíduo, os quais afloram durante o contexto da
actividade leitura. Sendo assim, o sentido maior da leitura é garantir a escrita como um bem
cultural no processo de ampliação e compreensão do mundo e, essa tarefa, não é completada
apenas nas séries iniciais, uma vez que se constitui em um processo longo, que deverá ser
iniciado, provocado, sustentado e desenvolvido durante as experiências escolares, afirmando
que se formam leitores na relação dialógica entre aquele que ensina e aquele que aprende.

Leitura proveitosa

Qualquer acto de leitura deve trazer algo de proveitoso, algo novo, deve acrescentar algo na
bagagem que o autor já traz consigo. Para que a leitura não seja em vão, o leitor precisa
tomar algumas medidas ou técnicas:
1. Atenção – direccionamento da mente a um certo objecto com vista a buscar maior
entendimento sobre o mesmo;
2. Intenção – propósito ou objectivo de tirar algum proveito por meio da leitura;
3. Reflexão – ponderação, juízo de valores sobre o que se lê;
4. Análise – fazer uma correlação dos temas ou partes que compõem o texto a ser lido;
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5. Síntese – reconstituição das partes desintegradas pela análise, procedendo-se ao


resumo dos aspectos essenciais e deixando de lado o que não for muito importantes,
mas sem com isso perder a sequencia logica ou coerência do pensamento.

Fases da leitura

1. Leitura de Reconhecimento ou Prévia – leitura rápida, com a finalidade de


procurar um assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas
informações;
2. Leitura exploratória ou Pré-leitura – Leitura de Sondagem, tendo em vista
localizar as informações desejadas;
3. Leitura Selectiva – leitura que visa a selecção das informações mais importantes
relacionadas com o problema em estudo;
4. Leitura Reflexiva – leitura que se refere ao reconhecimento e à avaliação das
informações, das intenções e dos propósitos do autor;
5. Leitura Crítica – leitura que avalia as informações do autor. Implica saber escolher
e diferenciar as ideias principais das secundarias, hierarquizando-as pela ordem de
importância;
6. Leitura Interpretativa – leitura que relaciona as afirmações do autor com os
problemas para as quais, através da leitura, está se buscando uma solução;
7. Leitura Explicativa – leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade
enfocados pelo autor.

Sublinhar e Resumir

A leitura informativa também é denominada de leitura de estudo. Costuma-se sublinhar uma


palavra ou expressão quando se quer chamar a atenção do leitor para aquele trecho ou para
enfatizar um termo ou frase. Usa-se, também, para se referir a algum termo que está sendo
usado de maneira inadequada ou pouco adequada etc.
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Portanto use o sublinhamento com moderação, uma vez que, se esse meio de marcar o texto
for muito utilizado, acaba esgotando sua função.

Ideias básicas na arte de sublinhar:

a) Nunca assinalar nada na primeira leitura, cuja finalidade é apenas organizar o texto
na mente de forma hierarquizada, para depois destacar o mais importante;
b) Sublinhar apenas as ideias principais e os detalhes importantes;
c) Assina na margem a vertical, sempre que aparecer uma passagem que se configura
como um todo relevante;
d) Reconstituir o parágrafo a parti das palavras sublinhadas;
e) Consultar o dicionário sempre que encontrar palavras desconhecidas.

TEMA: CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Tipos de Conhecimento
a) POPULAR
Modo corrente e espontâneo de conhecer que se adquire no trato directo com os seres
humanos, a natureza, as circunstâncias da vida quotidiana.
Para Ander Egg (1978), caracteriza-se por ser: superficial, sensitivo, subjectivo,
assistemático e acarítico.

b) RELIGIOSO
É teológico, místico e espiritual. Apoia-se em doutrinas que contém proposições sagradas,
reveladas pelo sobrenatural.

c) FILOSÓFICO
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Emerge da experiência e não da experimentação. Constitui-se de hipóteses que não podem


ser submetidas à observação experimentação. valorativo, inspiracional, sistemático, não
verificável, infalível e exacto
Características: Valorativo, Racional, Sistemático, Não verificável, Infalível e Exacto

d) CIENTÍFICO

Considera-se como “real” porque lida com coerências, factos, fenómenos concretos e
observáveis. Necessita de uma teoria para tornar-se legítimo, de hipóteses para serem
testadas e de um método para conduzir a investigação.

Conceito de Ciência
Aristóteles definiu a ciência como um "conhecimento demonstrativo", ou seja, um tipo de
conhecimento comprovado que pode ser expressado por meio de uma demonstração, com
fundamento em observações, análises e experimentos considerando as mais diversas
hipóteses sobre aquele assunto.
A palavra "ciência" vem do latim "scientia", que significa "conhecimento". Por isso é
correto dizer que você "tomou ciência" quando tomou conhecimento de alguma coisa que
aconteceu, de um facto.
No sentido mais específico da palavra, a ciência é aquele tipo de conhecimento que busca
compreender verdades ou leis naturais para explicar o funcionamento das coisas e do
universo em geral. É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições,
análises e classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem
estatística. E é aí que entra o método científico.
Segundo Lakatos e Marconi (1995, p.20) a ciência é reconhecida por três critérios: a
confiabilidade do seu corpo de conhecimentos, sua organização e seu método. Em função
disso, as ciências sociais, por não possuírem as mesmas características das chamadas
ciências naturais, como a química, a física e a biologia, são às vezes contestadas quanto à
confiabilidade dos seus conhecimentos.
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O objectivo da ciência
• A ciência objectiva a aquisição contínua e incessante de soluções e
explicações para os problemas propostos jamais perseguindo o objectivo ilusório de
tornar finais ou mesmo prováveis suas respostas;
• A ciência busca sempre descobrir problemas novos, mais profundos e mais
gerais (sujeitando suas respostas, sempre provisórias, a testes renovados e mais
rigorosos).

A função da ciência
• A ciência possui como principal função o aperfeiçoamento do conhecimento,
possibilitando a substituição de conceitos anteriores por novos.
→ Melhoria contínua da qualidade de vida.
• A ciência, no entanto, pode estar em função da satisfação de uma necessidade
individual ou colectiva, sendo utilizada como instrumento de controlo prática da
natureza (em prejuízo de toda a humanidade, como é o caso de produção de armas de
guerra).

A objectividade da ciência
• A prática da actividade científica pressupõe a aplicação de métodos objectivos,
os quais devem estar sempre presentes em todos trabalhos científicos;
• O uso da objectividade na ciência afasta a possibilidade de influências
pessoais (proporcionando resultados mais exactos acerca dos experimentos
científicos);
→ A utilização de instrumentos de medições em experimentações reduz a
possibilidade de influências de carácter pessoal, evitando reduções ou acréscimos
aos dados resultantes dos experimentos.
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Conceito de Conhecimento Científico


Os diversos autores costumam classificar o conhecimento em popular,
filosófico, religioso (teológico) e cientifico.
O conhecimento cientifico diferencia-se dos demais, não pelo seu objecto do
estudo, mas pela forma como é obtido. Conforme definição de Trujillo: ”A ciência é
todo um conjunto de atitudes e de actividades racionais, dirigido ao sistemático
conhecimento, com objectivo limitado e capaz de ser submetido à verificação.
a) Objectivo, fático: por apreender os fenómenos do mundo como objectos de
conhecimento; visam determiná-lo tais como seriam de facto, independente de
qualquer interferência externa ao interesse científico. Baseia-se em factos dados pela
experiência;
b) Analítico: pois aborda os problemas delimitados em sua alçada um a um,
decompondo-os em seus elementos. Assim, a análise é a tentativa de entender a
situação total de um objecto (seus mecanismos e causas de sua ocorrência) a partir
de seus termos;
c) Específico: Atendo-se a um tema, que determinará inclusive o modo com que
metodologicamente seu objecto seria abordado;
d) Claro: buscando os resultados com exactidão sem correr o risco de gerar dúvidas
capazes de invalidá-lo. Nesse intuito, a ciência visa formular suas proposições de
maneira objectiva;
e) Universal, comunicável, público: Não se pretendendo restrito apenas em um sector
social ou região do planeta, ele é público. A linguagem científica é, portanto,
comunicável a quem quer que se interesse saber; formando-se, mesmo por ela;
f) Verificável: considerando que todo conhecimento científico apoia-se em um
fundamento sólido capaz de sustentar firmemente sua certeza, afirmarmos que este é
conhecimento certo, obtendo estas certezas por meio de uma averiguação ou exame
experimental chamado verificação, ou como o próprio termo indica em suas raízes
latinas: um fixar (ficare) o verdadeiro (verum);
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g) Metódico: como dito, o conhecimento científico não é adquirido com a tentativa e a


repetição até o acerto, mas consiste em um conhecimento planejado (sem errância).
O método compara um conjunto finito de objectos não estabelecendo previamente o
critério geral para reuni-los em um conjunto limitado (ao levar em conta sua
estrutura), apenas registra os objectos encontrados que não são idênticos.
h) Sistemático: encontra-se ordenado de maneira que proposições científicas estejam
atreladas a um princípio que as fundamente. O sistema opera privilegiando uma
proposição fundamental e relaciona através dele todos os objectos; portanto,
classifica e propõe relacionando um critério; neutralizando as compatibilidades ou
incompatibilidades provenientes de outros pontos (podemos distinguir método do
sistema afirmando que: enquanto no sistema se o critério produz as diferenças, no
método as diferenças produzem o critério).
i) Legal: pois, busca determinar supostas “leis naturais” capazes de explicar a ordem e
a regularidade das ocorrências (efeitos) do mundo, e suas relações com suas causas.
Move-se no âmbito dessas leis inferindo novos conhecimentos por meio destas;
j) Explicativo: intentando explicar os princípios, processos e as leis que regulam os
fenómenos objectivados. Propõe assim uma descrição detalhada; procurando
responder renovadamente como ocorrem certos fatos sujeitos à investigação;
Essas características do conhecimento científico merece uma ressalva, por aplicar-se, com
nuanças técnicas para qualquer possível objecto de ciência. É isso que Kerlinger (1980, p.
11-12) ilustra:
A proposição do autor visa grifar que o fazer científico não se restringe aos limites das
ciências naturais ou das ideias “simples”, como presenciamos nas matemáticas. Também os
conhecimentos complexos, como o humano.

Relação entre ciência e Conhecimento científico


As definições dos termos ciência e metodologia são em si mesmas um objecto de estudo.
Esse estudo, levado a efeito pela filosofia da ciência, deve nortear o pensamento humano
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sobre suas próprias descobertas e representações. Tendo em vista a pergunta pela definição
da ciência.
Para Bunge (1980) a ciência é como um sistema de ideias estabelecidas (conhecimento
científico), é como uma actividade produtora de novas ideias (investigação científica). Gil
(1999) mais próximo ao sentido cartesiano, diz que, etimologicamente, ciência significa
conhecimento, sendo o seu objectivo fundamental à veracidade dos fatos, com o objectivo
de formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada às leis que regem os fenómenos.
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Conclusão
Portanto, diferentemente do Ensino Básico, a entrada numa universidade, institutos médios
e/ou básicos, exigem um grande uso de algumas habilidades, e a boa escrita é uma delas.
Num país que passa por dificuldades estruturais na educação, como o Brasil, escrever
tornou-se um problema crónico. Assim, a passagem do Ensino Básico para o superior
deveria ser tratado com maior cuidado por parte dos sistemas de ensino público e privado. a
situação actual do ensino médio encerra várias e complexas questões, como aspectos
estruturais que ainda não foram resolvidos, a precariedade desse ensino público. O cenário
educacional em que convivem velhos e novos problemas aponta para a expansão do ensino
médio com baixa qualidade, para a privatização da sua gestão e, simultaneamente, exibe um
forte componente de exclusão. A reforma política educacional do ensino médio, em curso,
vem afectando sensivelmente o trabalho do professor e a dinâmica institucional da escola e,
em muito menor grau, a realidade educacional do aluno. Tal fato reflectirá na sua actuação
enquanto discente de uma instituição de nível básico, médio e superior.
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Bibliografia

BONDZELA, Emília Lina. Fichas de apoio, S/l. S/d.


CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5ª Ed. São Paulo: Pearson Pratice
Hall, 2004.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientifica 2ª Ed. São
Paulo: Atlas, 1995.

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