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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA


CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PESQUISA EDUCACIONAL
PROF. DR. FRANCISCO MIRTIEL FRANKSON MOURA CASTRO

SABRINA BRAGA DOS SANTOS

MEMÓRIAS DE UMA CURTA TRAJETÓRIA

ITAPIPOCA - CEARÁ
2022

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SABRINA BRAGA DOS SANTOS

MEMÓRIAS DE UMA CURTA TRAJETÓRIA

Memorial Acadêmico apresentado ao Curso de


Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de
Educação de Itapipoca da Universidade
Estadual do Ceará, como requisito parcial a
obtenção de aprovação na disciplina de
Pesquisa Educacional.

Orientador: Prof. Dr. Francisco Mirtiel


Frankson Moura Castro.

ITAPIPOCA – CEARÁ
2022

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Dedico este trabalho para a minha Família, que
sempre me apoiou e fez de tudo para que
seguisse o caminho do conhecimento, me
dando forças para superar obstáculos que
jamais pensaria que conseguisse.
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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao professor Mirtiel por ter sido paciente e demonstrar interesse em ajudar na
construção desse trabalho, ensinando de forma clara e eficiente. Agradeço a minha família e
ao meu noivo que sempre estiveram ao meu lado, me motivando a não desistir e a seguir o
caminho de maneira coerente e responsável para que pudesse dar o meu melhor.

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para sua própria
produção ou sua construção.”

(Paulo Freire)
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................07
2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................09
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................14
4 REFERÊNCIAS...................................................................................................................15

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INTRODUÇÃO

O memorial acadêmico é uma autobiografia que descreve, analisa e critica


acontecimentos sobre a trajetória acadêmica em um determinado período de tempo, relatando
suas experiências, emoções e aprendizados, além de ressaltar a importância desses momentos
para sua trajetória acadêmica. Neste prezado memorial acadêmico, será relado minhas
experiências durante a disciplina de pesquisa educacional, ministrada pelo professor Mirtiel
Frankson na Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI).
Os materiais teóricos utilizados nesse estudo foram: “Pesquisa educacional, o
prazer de conhecer” de Kelma Matos e Sofia Vieira; e “Ensino e pesquisa com pesquisa em
sala de aula” de Marlene Grillo, Délcia Enricone, Patricia Mattel e Josele Ferreira. O primeiro
foi o mais utilizado em sala de aula, sendo base para quase todas elas, é um livro que fala
detalhadamente sobre pesquisa, seus tipos, sobre como deve ser sua abordagem em sala de
aula, ou seja, é um livro voltado para quem deseja ser um docente pesquisador ou que queira
introduzir a pesquisa em suas metodologias. Já o segundo texto fala especificamente da
pesquisa em sala de aula, relevando sua importância, vantagens e como essa inserção na sala
de aula deve ocorrer.
É necessário evidenciar a importância que esse trabalho trouxe não somente para
minha vida acadêmica, mas também para pessoal e para comunidade externa. Escrever esse
texto é colocar em prática o que estou aprendendo na universidade, eu sei que como ainda é
um contato inicial com os textos acadêmicos, falhas vão surgir, e tudo bem. Falando um
pouco da contribuição pessoal, vale destacar a importância que cada momento vivido na
universidade tem, de que cada experiência compartilhada entre colegas teve algo a agregar.
Esse memorial não é um simples trabalho para conclusão de disciplina, é história. Por mais
que outras turmas tivessem as mesmas aulas que tivemos, ainda assim não seriam as mesmas,
pois são pessoas diferentes e cada uma tem algo especial, é isso que torna cada momento
único. Portanto, digo que o memorial acadêmico é uma parte da FACEDI que deixamos para
as próximas gerações, é extraordinário pensar que muitas gerações de professores
itapipoquenses irão saber um pouco do que foi a disciplina de pesquisa educacional para o
segundo semestre de pedagogia do ano de 2022, e que fique entendido a eles que
aproveitamos cada momento e fizemos o nosso melhor.
Esse texto é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. O
desenvolvimento é caracterizado por subtópicos referentes ao dia das aulas, somando um total
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de cinco. O texto possui fotos que descrevem os momentos das aulas, além de citações de
teóricos para reforçarem as ideias nele presente.

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DESENVOLVIMENTO

1. Aula 12/09

Nesta aula inicial tivemos como tema: Pesquisa, o prazer de conhecer. Sendo
dividida em dois momentos, tendo o primeiro um pouco mais teórico, onde tratamos sobre o
tipo de pesquisa quanto a sua metodologia. O professor nos apresentou os conceitos iniciais
de pesquisa quantitativa e qualitativa, a primeira é caracterizada por ser pautada em dados
numéricos e a outra é baseada em sentimentos, valores, em dados mais subjetivos, assim,
buscando explicações para uma dada realidade. Ademais, também temos a pesquisa mista,
sendo está a junção da qualitativa e quantitativa na mesma medida. Além disso, foi também
ensinado como a pesquisa pode ser usada em sala de aula, havendo o ensino com pesquisa,
em que a pesquisa é utilizada como metodologia de ensino, já o ensino para pesquisa se
resume em ensinar alguém a pesquisar.
No segundo momento da aula tivemos a produção de um cartão que consistia na
elaboração de um problema de pesquisa, a partir de um tema de interesse de cada aluno, sendo
confeccionado de acordo com a criatividade de cada discente. Achei de suma de importância
esse momento da confecção dos cartões, pois dessa maneira o professor nos deu a liberdade
de expor nossas opiniões e interesses em assuntos que futuramente pudéssemos pesquisar, nos
dando a autonomia de guiar esse período da aula, sendo de extrema importância para nossa
formação como pedagogos e futuros professores pesquisadores.

A perspectiva da pesquisa em sala de aula implica no professor confiar em


seus(s) aluno(s) como pessoas autônomas, capazes de produzir saber. Ao
reconhecer o estudante como um sujeito que aprende por si próprio, acentua-se
para o professor um papel de mediador. (Matos; Vieira, 2001, p.90)

2. Aula 26/09

Esse encontro teve como tema os tipos de pesquisa em educação, em que


estudamos Treze tipos de pesquisa. A primeira delas é a pesquisa bibliográfica, sendo bem
diferente da revisão bibliográfica, pois a revisão é um procedimento de estudo presente em
todo tipo de pesquisa, já a pesquisa bibliográfica é um aprofundamento da revisão, sendo ela,
realizada a partir de um levantamento de material com dados já analisados sobre o tema que
deseja conhecer, é uma pesquisa que tem que avançar além do que foi encontrado nos textos
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pesquisados. Temos a pesquisa documental, que trabalha com material que ainda não foi
analisado, interpretado ou publicado, ou seja, é realizado uma pesquisa em documentos que
ninguém interpretou. A pesquisa de campo, sendo uma das mais conhecidas, consiste em
realizar a pesquisa na prática, não é nem documental e nem bibliográfica, vai ao campo.
Alguns desses tipos de pesquisas já era de meu conhecimento, principalmente a
bibliográfica e a de campo, não tinha noção da variedade de pesquisas presente no campo
acadêmico, como a EX-POST-FACTO, que é a pesquisa feita em cima de um fato inesperado,
um exemplo seria a pandemia. A pesquisa SURVEY, em que há a coleta de dados através de
entrevistas com o objetivo de medir a satisfação dos usuários, avaliar o grau de conhecimento,
levantar opinião etc. Essa pesquisa pode ser feita por questionários, entrevistas ou qualquer
meio que levante informações dos usuários desejados. Por fim, outro tipo que achei
interessante foi a Pesquisa com história oral, história de vida e depoimento pessoal, que
buscam compreender a sociedade através do olhar dos indivíduos que nela vivem, provocando
um debate sobre o significado da história para os sujeitos.
Considero que essa aula foi uma das mais importantes para minha formação
dentro da disciplina de pesquisa educacional, pois mostrou que nós graduandos podemos sair
da “caixinha” de que pesquisa é a bibliográfica e a de campo, não sei meus outros colegas de
turma, mas eu só possuía conhecimento dessas e para mim só havia essas. Para Matos e Vieira
(2001, p.54 a 55), há muitas possibilidades de tipos de pesquisa a disposição do pesquisador,
o tipo utilizado vai depender do que o pesquisador irá usar como objeto de estudo, analisando
qual pesquisa pode se adequar melhor ao seu estudo. Então, saber que como futura
professora-pesquisadora que almejo ser, que tenho inúmeras possiblidades de levar e gerar
conhecimento é tranquilizante.

3. Aula 31/10

O tema dessa aula foi Procedimentos para coleta e produção de dados. O professor
explicou que essa coleta ou produção pode ser dividida em dois tipos, a Não estruturada e
estruturada, a primeira é aquela sem planejamento, sem roteiro físico, ou seja, durante esse
processo o percurso pode ser modificado de acordo com a realidade da pesquisa, seja por um
imprevisto ou por uma ideia nova. Já a estruturada é marcada pela presença de um roteiro
fixo, não pode ser modificado.

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Essa coleta de dados também pode ser classificada de acordo com a participação
do observador, sendo ela não participante, quando ele não se integra a realidade estudada, e
participante, quando se insere na realidade. Dentro disso, essa participação pode ser natural,
quando o observador faz parte da mesma comunidade, por exemplo, realizo uma coleta ou
produção de dados com os meus colegas de turma. Já a artificial é quando o observador se
integra ao grupo, se agrega. Ademais, também foi abordado na aula sobre os questionários e
entrevistas, e para melhor compreensão da turma, o professor passou uma atividade prática,
consistindo na realização de uma entrevista com o tema “Identificar as contribuições da
disciplina de pesquisa educacional para formação docente”, portanto, eu e minha equipe
elaboramos perguntas, sendo uma delas: A partir dos conhecimentos obtidos na disciplina, o
que você compreende como mais importante para sua formação continuada? Explique.
Essa atividade pratica foi de suma importância para o entendimento do
conteúdo dado em sala de aula, não somente contribuindo para nossa formação como futuros
docentes, mas também com o desempenho dentro da graduação e da própria disciplina,
principalmente com os outros trabalhos a serem realizados, como o seminário.

Fonte: Imagem Autoral, 2022


4. Aula 14/11

Certamente, é de extrema necessidade que alunos de graduação saibam o que é


plágio e como evitar, pois lidamos frequentemente com a produção de trabalhos científicos, e
por essa razão achei importante dar um destaque para essa aula, que teve como conteúdo:
Ética nas pesquisas na área de educação; Plágio, concepções e implicações; Ensino com
pesquisa e para pesquisa.
Falando de plágio acadêmico, podemos citar cinco de tipos: Direto, quando há
coleta de uma fonte e se apropria como se fosse de sua autoria; Indireto, apropria-se de uma
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ideia e reescreve com outras palavras; Auto plágio, quando se tem uma replicação de um
trabalho de própria autoria, ou seja, utiliza-se de um trabalho para realizar outro;
Encomendado, aquele que é pago ou por favor, ou seja, quando outro alguém faz um trabalho
para você; E por último o plágio de fonte, é pego uma citação de uma citação e se referencia
como se fosse apenas uma citação, quando deveria ser citação de uma citação.
No tocante ao ensino com pesquisa e para pesquisa, foi utilizado o segundo
momento da aula para formação de equipes, em que cada uma iria ter um período de tempo
para leitura do texto apresentado pelo professor sobre o tema, em seguida, cada equipe iria
planejar a realização de uma apresentação de fantoches, tendo como objetivo explicar de
forma lúdica par turma algo referente ao conteúdo. O texto referente tem como título “Ensino
e pesquisa com pesquisa em sala de aula”, onde é abordado sobre pesquisa em sala de aula,
questionamento, construção de argumentos, comunicação, pesquisa-ação e vivências de
pesquisa em sala de aula.

Fonte: Imagem Autoral, 2022

Lendo esse texto, pude perceber que a metodologia utilizada pelo professor
Mirtiel é fundamentada nesses conceitos, pois ele usa como ferramenta de ensino a pesquisa
em teoria com junção a prática, fazendo com que nos desperte não somente o interesse em
aprender com a pesquisa, mas também aprender a pesquisar.

A pesquisa, então, só se completa com a reconstrução inovadora que possibilita


novas formas de intervenção, fundadas na articulação teoria e prática. Esta
modalidade de pesquisa pode e deve ser realizada pelo professor na sua própria sala
de aula. É acessível a todos, respeitadas especificidades das áreas de conhecimento,
das disciplinas e dos alunos. (Grillo; Enricone; Mattel; Ferreira, 2006, p.3)

5. Aula 05/12

Essa aula em especial deve ser lembrada com um certo carinho, pois foi o dia em
que apresentei meu primeiro seminário na universidade, tendo como tema: Monografia,

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estrutura, desafios e relevância. Digo que foi bem desafiador, por mais que já tenha
apresentado outros antes, principalmente pelo o peso de ser na universidade, em que a
avaliação é feita com critérios maiores, no entanto, com as orientações dadas pelo professor e
pelos monitores, fez com que tivéssemos um “plano” a seguir.
Todas as aulas que tivemos durante a disciplina foram um preparatório para
quando chegássemos a pesquisa em prática, sendo no artigo de opinião, tanto como na
realização do seminário. Ressalto que as aulas de plágio, tipos de pesquisa, como coletar
dados, foram de extrema importância para meu desempenho nos trabalhos da disciplina, pois
serviram como um norte. Não foi fácil, pois tinha um receio sobre a minha eficiência e a da
equipe, mas creio que fizemos o nosso melhor nas condições que tínhamos.
Quanto aos seminários de meus colegas, tenho a dizer que todos se saíram muito
bem, mostrando domínio sobre o assunto, além de uma apresentação bem planejada.
Outrossim, também foi exigido um folder com o roteiro da apresentação, isso para que a
turma tivesse um guia do que seria apresentado. Com essa experiência conclui que o
seminário não é nada mais do que você dizer e explicar para outras pessoas o que sabe sobre
aquele assunto, claro que explicado com clareza, na norma culta, de acordo com as normas da
ABNT, sendo necessário ter uma boa dialética e domínio.

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CONCLUSÃO

Creio que a disciplina de pesquisa educacional teve como objetivo ser um


preparatório para as futuras disciplinas de monografia, pois são disciplinas que requerem um
conhecimento base sobre pesquisas acadêmicas. Declaro que por minha parte, a disciplina
cumpriu seu objetivo, pois foi bastante útil para que conseguisse desenvolver não só este
trabalho, mas como todos os outros das demais disciplinas, aprendendo como iniciar uma
pesquisa, o que pode ou não ter, ter cuidado com o plágio e conhecer seus tipos, possuindo
conhecimento de citações e referências e como fazer.
Como já foi citado no decorrer do texto, a disciplina não contribuiu somente com
a vida acadêmica, nos transformou como pessoas, eu acredito. Nos levando a ter um olhar
mais sensível com as pessoas e com as situações que vamos vivenciar durante todo o curso,
sejam sobre saber aproveitar cada momento, ou sobre saber encarar as dificuldades que irão
surgir durante o processo.
Considero que as aulas do professor Mirtiel não poderiam ser melhores, por mais
que fosse a noite após um longo dia cansativo, as aulas me despertavam interesse em
aprender. Não era somente algo teórico, que pudesse me levar a chateação, tinha toda uma
interação com o próprio professor e com a turma, seja com seus fantoches que levaram todos
a uma viagem na infância, ou com seus trabalhos em grupo que fizeram com que criássemos
laços com nossos colegas. Guardarei em meu coração toda essa pequena jornada, que por
mais curta que foi, foi o suficiente para gerar um gostinho de quero mais.

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REFERÊNCIAS

MATOS, Kelma Socorro Lopes. Pesquisa Educacional: O prazer de conhecer/ Kelma


Socorro Lopes de Matos, Sofia Lerche Vieira. Fortaleza, CE: Edições Demócrito Rocha,
UECE, 2001.

ENSINO E PESQUISA COM PESQUISA EM SALA DE AULA, Rio Grande do Sul:


UNIrevista, v. 1, n. 2, abr. 2006. ISSN 18094651.

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