Você está na página 1de 12

Profª.

: Tatiana Souza
A lavagem intestinal consiste no processo de introdução de líquidos no intestino
através do ânus por meio de sonda retal.
Este procedimento é utilizado para facilitar a eliminação fecal, aliviar a distensão
abdominal ocasionada pela flatulência, preparar o paciente para cirurgias ou
exames (caso seja necessário este procedimento). E serve para remover sangue em
caso de melena (se necessário, conforme orientação).
 Tipos de lavagem intestinal:
Enteroclisma: quando a quantidade de solução utilizada para o procedimento é
igual ou superior a 500ml.
Enema, Clister ou Fleet enema: Quando a quantidade de solução utilizada para o
procedimento é inferior a 500ml.
Material:
EPIs (gorro, óculos, mascara e capote);
Solução padronizada (prescrita), previamente aquecida (morna).
Sonda retal (22 ou 24 para mulheres) (24 ou 26 para homens);
Equipo de gotas;
Suporte de soro;
Gazes;
Bacia com água morna e sabão;
Luvas de procedimentos.
Toalha e papel Higiênico;
Lençol/ Impermeável;
Cuba rim;
Comadre;
Lubrificante para introdução da sonda (lidocaína gel 20%);
Biombo;
Verifique a indicação do tratamento e a solução a ser administrada (prescrição).
Se forem soluções com volume inferior a 500ml, no geral são soluções disponíveis
já para serem realizadas, confirme a composição do conteúdo, a quantidade e o
calibre da sonda retal a ser utilizada.
Aqueça o frasco em banho-maria em uma temperatura aproximadamente de

Posição de SIMS
Conferir o prontuário e conferir a prescrição médica.
Lave as mãos;
Prepare o material necessário;
Identificar-se e explicar o procedimento ao paciente;
Promover privacidade (biombo ou levar o paciente para o leito adequado);
Posicione o cliente adequadamente (decúbito lateral esquerdo ou SIMS);
Cobrir o paciente com lençol, expondo somente a área retal;
Monte o sistema: bolsa de solução unida ao cateter retal e pendurar em suporte com
altura de 30 a 40cm acima do paciente;
Abra o controlador de fluxo do dispositivo, observando o gotejamento da solução
na cuba rim ou comadre, até que saia todo o ar.
Pince o cateter ou feche o controlador de fluxo inferior;
Calçar luvas de procedimento, EPIs e coloque a travessa impermeável;
Lubrificar os 10 à 15cm inicias da sonda retal cerca com o gel disposto em uma
gaze;
Afaste a região glútea do paciente com sua mão esquerda com auxílio de gazes, de
modo a visualizar o ânus;
Proceda a higiene do local (água morna) e faça a inspeção estática e dinâmica;
Se o paciente não possuir controle adequado do esfíncter, posicione-o sobre a
comadre, pois não serão capazes de reter a solução.
Explique ao paciente que é comum haver um pouco de cólica e leve distensão
abdominal.
Posicionar a comadre de modo a facilitar o acesso;
Avise ao paciente que procederá à introdução do cateter, pedindo para inspirar
profundamente;
Afaste as nádegas e introduza a sonda lentamente no ânus, cerca de:
(10cm - adultos e adolescentes), (5 a 7,5cm - crianças), (2,5 a 3,75cm - bebês);
Abra o dispositivo mantendo o frasco pendurado 30 cm acima do ânus para
permitir a administração lenta da solução e diminuir a pressão.
Após a entrada de toda a solução, feche o controlador de fluxo inferior, ou pince se
não houver este dispositivo;
Retire cuidadosamente a sonda retal e descarte-a;
Deixe o paciente na mesma posição, se possível, por 10 a 15 minutos;
Leve-o até o banheiro ou coloque comadre:
Se o paciente for ao banheiro oriente a não dar a descarga;
Observar consistência, cor, odor, e quantidade das fezes;
Fazer higiene em pacientes impossibilitados;
Reúna o material, despreze luvas;
Lave as mãos;
Proceda às anotações de enfermagem (inclusive as características das eliminações
fecais);
Manter o setor em ordem.
Obter o consentimento informado do paciente;
Feche o dispositivo da sonda retal em caso de desconforto e dor;
A infusão da solução deve ser lenta para não causar desconforto, espasmo e
dificuldade de retenção da solução no cólon;
O cateter retal jamais poderá ser forçado, poderá lesionar a mucosa retal;
Quando a impactação fecal for grande que não há condições de realizar o
procedimento de lavagem, as fezes deverão ser removid as com as mãos enluvadas
e lubrificadas, ou através de instrumentos específicos em centro cirúrgico, situação
essa chamada de Fecaloma.

Se a lavagem for feita com um frasco enema com bico:


Os procedimentos do (01 até 06) são iguais aos da Lavagem Intestinal;
Remover a tampa plástica da extremidade do frasco (o mesmo já vem lubrificado,
mas pode aplicar mais gel);
Separar delicadamente as nádegas e localizar o ânus;
Proceder à limpeza do local e as inspeções estática e dinâmica;
Retirar o ar de dentro do frasco de ENEMA;
Inserir o bico delicadamente no canal anal, inclinar o frasco em direção ao umbigo;
Espremer o frasco de baixo para cima até que toda solução tenha entrado no reto e
no cólon;
Retire o frasco ENEMA e descarte-o;
Instruir o paciente para reter a solução até sentir urgência de defecar (2 a 5 min.);
Os procedimentos do (16 até 20) são iguais aos da Lavagem Intestinal;
Data e Hora, realizada a lavagem intestinal (gota a gota) conforme prescrição medica,
infundido aproximadamente 450ml da solução, tempo de retenção de (minutos), quando
o retorno fecal se fez presente apresentando características com: (consistência, odor,
coloração...), se houve Intercorrências (quais) ou sem Intercorrências durante o
procedimento realizado.
Ass. do Técnico em Enfermagem + carimbo contendo registro do COREN.
1 – Diferencie Clister de enteroclisma.
2 – Qual a posição em que o paciente deverá estar para realizar a lavagem intestinal?
3 – A lavagem intestinal é destinada, apenas, para a eliminação das fezes?
4 – Defina:
1 - Algia 10 – Fétido 19 – Enteralgia
2 – Anorretal 11 – Hematêmese 20 – Entérico
3 – Anuperineal 12 – Náuseas 21 – Gastralgia
4 – Melena 13 – Obstipação 22 – Distensão
5 – Constipação 14 – Proctorralgia 23 – Azia
6 – Flatulência 15 – TGI 24 – Êmese
7 – Diarréia 16 – Evacuar 25 – Hiperêmese
8 – Enema 17 – Fecaloma 26 – Edema
9 – Fadiga 18 – Coprólito 27 – Miastenia

Você também pode gostar