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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINORTE

CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ENFERMAGEM


PROF PABLO JOSÉ

SONDA VESICAL DE DEMORA

1 DEFINIÇÃO
Ato de aplicação ou inserção de uma sonda oca, neste caso, refere-se ao uso
de um dispositivo dentro da bexiga ou externamente ao meato urinário.
(TIMBY, 2014, p. 680).

2 OBJETIVO
Realizar a drenagem da urina.

3 INDICAÇÃO
 Manter os pacientes incontinentes secos (a cateterização é o último
recurso usado, somente quando todas as outras medidas de continência
já foram esgotadas;
 Aliviar a distensão vesical, quando os pacientes não conseguem urinar;
 Aliviar com precisão o equilíbrio hídrico;
 Evitar que a bexiga torna-se distendida, durante certos procedimentos,
como uma cirurgia;
 Medir a urina residual;
 Obter amostras estéreis de urina;
 Instilar medicação no interior da bexiga (TIMBY, 2014, p. 680).

4 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS (EXECUTANTE)


Cabe ao enfermeiro executar o procedimento, sendo permitido o auxílio do
técnico de enfermagem para a realização da SVD.

5 SIGLAS
SVD- Sondagem Vesical de Demora
EPIs – Equipamentos de Proteção individual

6 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS


1. Bandeja;
2. Algodão;
3. Álcool à 70%;
4. Luva estéril;
5. Saco de lixo infectante;
6. Biombo
7. Esparadrapo;
8. Sonda Foley indicada;
9. Coletor de urina indicado;
10. Pacote de gases estéreis (02 unidades);
11. Ampola de água destilada (01 unidade);
12. Pacote de cateterismo vesical;
13. Solução indicada para antissepsia (Clorexidina degermante ou Iodo
povidine);
14. Cloridrato de Lidocaína em Gel a 2%;
15. Seringa de 20ml (01 unidades para paciente feminina ou 02 unidades
para paciente masculino);
16. EPI (touca, máscara, óculos, avental, pro-pés e luva de procedimento).

7 DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO OU ROTINA (PASSO A PASSO)

SONDAGEM VESICAL DE DEMORA (SVD)

 Abrir a torneira, e umedecer as mãos; espalhar a solução antisséptica nas mãos,


friccionando-as entre si (palma das mãos, dorso, espaços interdigitais, polpas
digitais, unhas, polegares e punho).
 Enxaguar, utilizando a técnica correta, para remover os resíduos de antisséptico
das mãos, evitando o contato direto das mãos com a torneira (no caso de torneiras
com fechamento manual, sempre utilizar o papel)
 Secar as mãos com compressão, utilizando papel descartável, iniciando pelas
mãos e seguindo pelos punhos; desprezar o papel na lixeira de resíduos comuns;
 Realizar a desinfecção da bandeja, utilizando algodão e álcool à 70%;
 Reunir os materiais na bandeja;
 Iniciar a paramentação, seguindo a ordem (Touca, máscara, óculos, avental e
pro-pé); Realizar fricção antisséptica das mãos, utilizando álcool à 70%;
posteriormente calçar as luvas de procedimento;
 Porta-se ao paciente com empatia, passando confiança e credibilidade;
 Verificar o número do leito e o nome do paciente;
 Explicar o procedimento que será realizado, dando apoio psicológico;
 Preparar o ambiente, posicionando a bandeja e o biombo em locais apropriados;
 Posicionar o lixo infectante em sentido oposto ao do campo estéril;
 Organizar os materiais de acordo com o fluxo de desenvolvimento do
procedimento;
 Inspecionar a genitália do paciente, avaliando as condições gerais e de higiene
(Caso necessário, realizar limpeza da região intima, utilizando água e sabão);
 Se houver necessidade realizar tricotomia;
 Desprezar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
 Abrir o pacote de cateterismo, preservando a esterilidade do material;
 Calçar as luvas estéreis;
 Retirar o sistema drenagem do seu involucro (auxiliar);
 Dispor o material necessário sobre o campo estéril (auxiliar);
 Aspirar água destilada, com apoio do auxiliar, para testar o cuff da sonda vesical;
 Conectar sonda na bolsa coletora e fechar a presilha de drenagem;
 Abastecer a cúpula com solução antisséptica (auxiliar);
 Abastecer a seringa com cloridrato de lidocaína em gel a 2%, com apoio do
auxiliar (se paciente masculino);
 Posicionar o campo fenestrado, antes da antissepsia, se paciente masculino;
após antissepsia, se paciente feminino;
 Proceder a antissepsia, iniciando a partir do meato uretral em direção a glande,
realizando movimentos circulares unidirecionais; em seguida, prosseguir para o
corpo do pênis, executando movimentos unidirecionais da coroa da glande em
direção a raiz do pênis; e por último, realizar antissepsia do saco escrotal em direção
ao períneo;
 Em caso de pacientes do sexo feminino, proceder a antissepsia do meato uretral
para os grandes lábios, mantendo movimentos unidirecionais de cima para baixo;
 Injetar 5 ml de lidocaína em gel a 2% no canal uretral (homem); passar lidocaína
na extensão da sonda vesical, em no mínimo 10 cm (mulher);
 Introduzir a SVD até a bifurcação em homens e em mulheres, até que haja a
drenagem urinária;
 Insuflar o cuff com água destilada, de 10ml a 15ml;
 Tracionar a sonda vesical, até que haja resistência;
 Retirar o campo fenestrado; posicionar a bolsa coletora a baixo do nível da
bexiga; em seguida, abrir a presilha de drenagem;
 Em homens, realizar a fixação da sonda lateralizando o pênis em direção a fossa
ilíaca e em mulheres, fixando na porção medial da coxa;
 Posicionar o paciente de forma confortável e segura;
 Realizar a identificação da bolsa coletora contendo os seguintes dados: Nome do
paciente, nome do profissional que realizou o procedimento, calibre da sonda, data e
horário da sondagem e volume de água destilada, utilizada para inflar o cuff;
 Ao termino do procedimento, recolher os materiais utilizados, dando destino
adequado aos mesmo;
 Remover e descartar no lixo infectante os EPIs, seguindo a ordem de
desparamentação (desatar o avental, retirar as luvas, retirar o avental utilizando a
técnica adequada, posteriormente, óculos, máscara, touca e pro-pé);
 Higienizar as mãos;
 Proceder as anotações de enfermagem no prontuário do cliente constando:
descrição da quantidade e das características da diurese, materiais utilizados,
presença de ocorrências adversas e medidas.

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