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CATETERISMO

VESICAL DE DEMORA

Profª Adriana Maria de Menez


 A passagem de uma sonda vesical é um procedimento
invasivo a partir do qual é inserido um cateter via uretra
alcançando a bexiga com a finalidade, dentre outras, de
drenagem da urina em pacientes com problema de
CONCEITO
eliminação urinária. Esta drenagem urinária pode ocorrer
por meio de um sistema aberto (intermitente ou de alívio)
ou fechado (demora) e ainda por via suprapúbica.
https://www.coren-ba.gov.br/
 [...] é um procedimento que requer cuidados de
Enfermagem de maior complexidade técnica,
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar

COMPETÊNCIAS decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da


equipe de Enfermagem, a inserção de cateter vesical é
privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-
científico ao procedimento.
Resolução COFEN nº 450/2013
 Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais
da profissão, compete a realização de atividades prescritas pelo
Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de:
 monitoração e registro das queixas do paciente, das
condições do sistema de drenagem, do débito urinário;

COMPETÊNCIAS  manutenção de técnica limpa durante o manuseio do


sistema de drenagem, coleta de urina para exames;
 monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação
de líquidos;
 sob supervisão e orientação do Enfermeiro.
Resolução COFEN nº 450/2013
 A passagem de sonda vesical sem a prescrição médica, é
importante ressaltar que, apesar de não ser uma prescrição
exclusiva do médico, para a realização de tal indicação
pelo(a) enfermeiro(a) existe a necessidade expressa de que
haja uma normatização institucional a partir de um
COMPETÊNCIAS protocolo atualizado com a definição de a quem compete
indicar e realizar o procedimento, em consonância com a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e
demais membros da equipe multidisciplinar de saúde, com
base nas evidências científicas.
Resolução COFEN nº 450/2013
 O cateterismo pode ser realizado para aliviar a retenção urinária
aguda ou crônica, para drenar a urina no pré e no pós-operatório,
para determinar a quantidade de urina residual após micção ou a
mensuração exata da drenagem urinária dos pacientes
INDICAÇÃO gravemente enfermos.

 O cateterismo suprapúbico estabelece a drenagem a partir de


bexiga pela introdução percutânea de um cateter ou por uma
incisão feita através da parede abdominal anterior para dentro da
bexiga. Ex: traumatismo uretral.
Tipos de
Sondas
 Cateter vesical de Foley 12 a 16 (adulto)
 Cateter vesical de Foley 6 a 10 (criança)
 1 par de luvas de procedimentos
 1 par de luvas esterilizadas
 1 coletor de sistema fechado

Materiais para  Anti-séptico tópico não alcoólico ou solução de clorexidina degermante


 Gel anestésico lubrificante de uso único
Sondagem  1 seringa de 20 ml ou 10 ml
Vesical de  1 agulha 30 X 10
Demora  1 ampola de água destilada
 Pacote de sondagem vesical contendo:
 1 cuba rim ou cúpula redonda
 5 bolas de algodão
 1 pinça tipo kelly ou cheron
 Gazes
 Campo estéril grande, de pelo menos 0,75m X 0,75m
 Orientar o paciente/acompanhante sobre o procedimento.
 Higienizar as mãos.
 Calçar as luvas de procedimento.
 Lavar minuciosamente a área perineal e genital do paciente com água e
sabão.
 Higienizar as mãos.

Técnica
 Paramentar-se com EPI (máscara, óculos e avental).
 Colocar paciente em posição dorsal, afastar as pernas num ângulo
para aproximado de 60°, levemente fletidas (se for do sexo feminino).

Sondagem  Abrir o pacote de sondagem vesical e posicionar uma das pontas na


diagonal, próxima à genitália.
Vesical  Colocar o cateter vesical, sistema coletor, seringa, gazes e agulha sobre o
campo estéril e o gel lubrificante sobre as gazes.
 Colocar o anti-séptico sobre as bolas de algodão.
 Calçar as luvas estéreis.
 Testar o balão da sonda.
 Adaptar o cateter urinário ao sistema (saco) coletor.

 Realizar a anti-sepsia do meato urinário e área adjacente com solução clorexidina


  Sexo masculino: Realizar a anti-sepsia a partir do meato urinário para a
 glande.
  Sexo feminino: expor a genitália com a mão não dominante e fazer a
 antisepsia do períneo com as bolas de algodão e pinça no sentido púbis-
 ânus, primeiramente dos grandes lábios, depois dos pequenos lábios e, após,
 do meato urinário.
Técnica para   Lubrificar a sonda com o gel lubrificante estéril.
Sondagem   Proceder à instalação do cateter vesical.

Vesical   Insuflar o balão com água destilada conforme quantidade determinada pelo
 fabricante.
  Fixar a sonda vesical.
  Colocar o coletor de sistema fechado abaixo do nível do colchão.
  Higienizar as mãos.
  Recompor a Unidade e recolher o material.
  Deixar o paciente em posição confortável.
  Anotar o procedimento realizado.
 Evitar tracionar o cateter durante a limpeza;
 Limpar ao redor da área onde o cateter penetra no meato uretral com
água e sabão durante o banho diário;
 Manter a bolsa coletora de sistema fechado abaixo do nível da
bexiga;
 Evitar que a bolsa coletora de sistema fechado toque no piso;

Cuidados de  Fechar o clamp durante manuseio do paciente, se for necessário


elevar a bolsa ao nível da bexiga;
Enfermagem  Atentar quanto ao débito urinário;
 Atentar quanto á queixas de dor e desconforto do paciente;
 Atentar sinais de sangramento ou secreções purulentas no local da
inserção do cateter;
 Comunicar alterações de débito ou indicativos de posicionamento do
cateter;
 Realizar esvaziamento da bolsa utilizando os EPI’s ;

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