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Fundamentos da

enfermagem

Prof.ª: Dayane Amorim


Integrantes do grupo:

Maria José (Aline) Emília Ravane Cynthia Leonardo Dawyd Lucas


Sondagem vesical
O QUE SÃO AS SONDAS
VESICAIS?

• A sonda vesical é um tubo fino e flexível que é


inserido desde a uretra até à bexiga, para
permitir a saída de urina para um saco coletor.
Este tipo de sonda é geralmente utilizado em
quem não consegue controlar o ato de urinar ou
tenha alguma patologia.
tipos de sonda vesicais

Demora:
Existem dois tipos de cateterismo vesical:

• Sonda vesical de demora


• Sonda vesical de alívio ou intermitente
Alívio:
Sonda vesicais de demora

• A sonda vesical de demora é utilizada quando é


preciso manter a drenagem contínua de urina
por vários dias, semanas ou meses.

Sonda Foley
Tipos de ponta

A - Ponta simples;
B - Ponta aberta;
C - Ponta de Coude ou Tiemann;
D - Ponta de asa ou Malecot;
E - Ponta de cogumelo ou de Pezzer;
F - Ponta de Foley.

1 - Drenagem de urina;
2 - Balão inflável.
Função para cada tipo de sonda

Drenagem da urina e inserção


Drenagem regular da de liquido na bexiga. Inserção cirúrgica, usada para
urina. Sondagem masculina de difícil drenagem suprapúbica e renal.
acesso.

Casos de hematúria Em intervenção cirúrgica


ou necessidade de de cistostomia e cirurgia
irrigação continua. de vesícula.
Calibre dos cateteres
Sonda Foley de 3 vias

Via para insuflar; Via para drenar a urina; fazer controle de irrigação.

• A irrigação vesical contínua tem a finalidade de


instalação de solução para lavagem contínua da
bexiga, para remoção de coágulos no pós-operatório.
Como a sonda é
dividida por dentro
Informações sobre o balonete
da sonda vesical

• O balonete existe na extremidade da sonda para


garantir que fique posicionada no interior da bexiga.

• Deve ser insuflado com água destilada.

• Hoje em dia não existe mais a recomendação de testar


o balonete antes de realizar o procedimento, pois o ato
de insuflar para testar e desinsuflar favorece o
aparecimento de sulcos potencializando traumas
durante a inserção.

• Não esquecer de desinsuflar o balonete antes da


retirada da sonda.
TESTAR ou NÃO TESTAR o balonete
da sonda vesical de demora?

• Na literatura mais antiga (qualquer uma delas) você vai encontrar a


RECOMENDAÇÃO de testar o balonete.

Mas porque ele é testado?


• As sondas podem vir com defeito de fabricação (balonete furado, rasgado etc.)
então testa-los antes da introdução seria uma forma de segurança.

 “Eu tenho 10 anos de formado e NUNCA aconteceu isso


comigo! Mas é comigo! Certamente com outras pessoas sim!
Já deve ter acontecido 1 vez! Com outras diversas vezes!
Enfim! Cada um tem suas experiencias!”
• Nos últimos anos vem surgindo a tendência de NÃO TESTAR o balonete! Pra alguns parece absurdo! Mas
até que faz sentido sabia? Vamos entender o motivo!

• Hoje, praticamente todos os fabricantes testam os cateteres antes da embalagem, para que cada cateter
esteja totalmente funcional, ou seja, os cateteres já vem testado! (E os que são encontrados com defeito em
nossa prática?). Quando nós insuflamos e desinsuflamos o balonete para testá-lo, o mesmo pode
apresentar um “sulco”, um “enrugamento”, isso além de contribuir para “esticar” ou “rasgar” o balão, pode
aumentar o diâmetro do cateter e pode levar a dor ou trauma para o paciente durante a inserção.
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Revisando a anatomia

• A uretra masculina não é apenas o tamanho


do pênis.

 Ela é dividida anatomicamente em três partes, prostática, membranosa e


peniana, tendo aproximadamente 20cm.

 Logo sendo o método mais seguro de cateterismo vesical prezar


pelo avanço do cateter em pelo menos de 20 ou 23cm, porém
para ter certeza pode introduzir até a bifurcação.
A prática de instilação de lidocaína gel no
canal uretral masculino para inserção de
cateter vesical é cientificamente aprovado?

• De acordo com a ANVISA, há indicação de introduzir gel lubrificante


estéril, de uso único, com ou sem anestésico, na uretra masculina,
durante a técnica de inserção do cateter vesical. Segundo Homenko, a
recomendação é a utilização de substância hidrossolúveis, como a
lidocaína geleia a 2%, na introdução do cateter.

• Nos pacientes do sexo masculino, segue-se a instilação uretral de 15


a 20 ml, enquanto que, nas pacientes do sexo feminino, esta
lubrificação pode ser realizada diretamente no cateter.
Sonda vesical de alívio ou intermitente

• Ao contrário da sonda vesical de


demora, a sonda de alívio não
permanece por muito tempo na pessoa,
sendo normalmente retirada após o
esvaziamento da bexiga.
Como é colocada a sonda
1. Reunir todo o material necessário;

2. Colocar luvas e lavar a região íntima da pessoa;

3. Lavar as mãos;

4. Abrir o pacote de cateterismo junto à pessoa, de forma estéril;

5. Abrir o pacote da sonda e colocar junto à cuba, sem contaminar;

6. Colocar o lubrificante sobre uma das gazes;

7. Pedir para que a pessoa fique de barriga para cima, com as pernas abertas para o sexo
feminino e as pernas juntas, para o sexo masculino;

8. Calçar as luvas esterilizadas do pacote de cateterismo;

9. Lubrificar a ponta da sonda;


10. Para o sexo feminino, fazer a anti-sepsia com a pinça montada, separando os
pequenos lábios com o polegar e o indicador, passar uma gaze molhada de anti-
séptico entre os grandes e pequenos lábios e sobre o meato urinário;

11. Para o sexo masculino, fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com
gaze umedecida no anti-séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão
esquerda o prepúcio que cobre a glande e no meato urinário;

12. Pegar a sonda com a mão que não entrou em contato com a região íntima e
introduzir na uretra, e deixar a outra extremidade dentro da cuba, verificando a saída
da urina;

13. Inflar o balão da sonda com 10 a 20 mL de água destilada. Pinça citada.


Materiais
Cuidados de manutenção da sonda
e prevenção de infecção urinaria:

• Lava bem as mãos com água e sabão antes e depois de • Realize a higiene íntima diariamente ou após
manusear a sonda evacuação

• Sempre deixar a sonda presa na coxa com fita • Comunique o médico se o paciente apresentar febre,
(esparadrapo ou micropore) para que não ocorra coloração escura da urina ou sangramento, odor fétido
tracionamento da mesma da urina, presença de pus na urina ou dor

• Nunca deixar a bolsa coletora no chão

• Clampear a extensão da sonda durante a movimentação


do paciente. (deitar/levantar/mudar o decúbito)

• Esvaziar com frequência a bolsa coletora, para prevenir o


refluxo da urina

• Não erguer a bolsa coletora acima do nível da cintura


Abreviações

• É importante saber as abreviações pois


 SVD: Sonda vesical de demora fazem parte da nossa rotina de
 SVA: Sonda vesical de alívio interpretar evoluções de enfermagem, e
anotações de enfermagem.
Possíveis riscos do uso da sonda

• O cateterismo vesical só deve ser realizado se for


mesmo necessário, porque apresenta um elevado
risco de infecção do trato urinário, especialmente
quando a sonda não é corretamente cuidada.

• Além disso, outros riscos incluem hemorragia,


formação de cálculos na bexiga e vários tipos de
lesões no aparelho urinário, principalmente devido a
aplicação de força excessiva na utilização da sonda.
Contraindicações:

• O procedimento é contraindicado em casos


que o paciente tiver:

.
 Estenose uretral: Uma doença urológica em que a uretra está parcialmente ou totalmente
obstruída.

 ITU em curso: Uma infecção que atinge um ou mais componentes do Trato Urinário

 Trauma uretral: Ferimentos, sendo observado mais em homens.


 Cirurgia de reconstrução uretra: A reconstrução uretral 

 Cirurgia vesical: Cirurgia que vai remover as células cancerígenas e os tecidos


adjacentes até a camada muscular da parede da bexiga.
Como esvaziar a bolsa
coletora de urina
• Esvaziar o saco coletor da sonda sempre que estiver com metade da sua
capacidade preenchida de urina, utilizando a torneira do saco. Caso o
saco não tenha torneira, deve ser jogado no lixo e trocado.
COFEN publica nova normativa sobre
Sondagem Vesical
Resolução 680/2021

• O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) aprovou a Resolução 680/2021, que atualiza e acrescenta
novas regras à Resolução 450/2013, que normatiza o procedimento de sondagem vesical no âmbito da equipe
de Enfermagem.

• Por se tratar de um procedimento invasivo envolvendo riscos ao paciente, como infecções do trato urinário ou a
trauma uretral, ou vesical, o COFEN determinou nesta que, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de
cateter vesical é privativa do Enfermeiro.
Fora ser uma técnica privativa do enfermeiro o
que mais muda com a Resolução 680/2021?

• acrescenta a regra de que o procedimento de sondagem vesical deverá ser realizado pelo Enfermeiro com
a presença obrigatória do Técnico de Enfermagem, discorrendo ser responsabilidade do profissional de
nível médio de enfermagem a “preparação do material e do ambiente necessário para a execução do
cateterismo vesical de alívio e de demora, cabendo a este abrir o material, posicionar o paciente, dar destino
ao material utilizado e encaminhar para laboratório material coletado para exames”, de modo a trazer mais
segurança ao paciente.
“Tem coisas que ninguém precisa
saber.”
Com exceção da professora.

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