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Banho no leito

Banho no leito

• Banho não é apenas uma atividade para


higiene, mas também uma ação terapêutica
que estimula a circulação sanguínea,
substituindo as atividades físicas.
Banho no leito
• Uma das atividades que fazem parte da rotina
dos hospitais é o banho do paciente. Não há
como negar a sensação de bem-estar e conforto
que ele gera, sem falar na remoção de sujidades
causadoras de doenças e infecções, oferecendo
melhora bio-funcional, além de fortalecer a
autoimagem, extremamente importante para
aqueles que estão em situação vulnerável.
Banho no leito
• Mas essa atividade precisa ser muito bem
avaliada e planejada pelos enfermeiros para não
causar mais danos à saúde do indivíduo. A
primeira pergunta é: qual sua situação clínica?
Porque, em algumas situações de gravidade, a
higienização completa não é aconselhada. No
caso de cirurgias cardíacas, por exemplo, não é
recomendado nas primeiras quatro horas após o
procedimento.
Banho no leito
• O banho no leito pode ser feito na cama, ou no
chuveiro, para que o próprio paciente, se
possível, possa tomar banho com privacidade,
em pé ou sentado. O uso da banheira não é
recomendado devido à contaminação da água
por sujidades da pele e secreções que podem
passar para outras áreas do corpo. Em se
tratando de bebês, é preciso desinfetar a
banheira com produtos adequados.
Banho no leito
• O tipo de sabonete também é importante, pois o
pH deve estar de acordo com a pele para não
retirar a proteção natural e abrir caminho para
infecções. São indicados os sabonetes neutros
líquidos ou toalhas com soluções umectantes.
Relacionado à temperatura ambiente nas UTIs, o
ideal é manter entre 21°C e 24°C.
Banho no leito
• É uma intervenção autónoma de enfermagem que se constitui de extrema
importância para o bem-estar físico, psíquico e social do doente;

• É um momento de relacionamento interpessoal único, que pode e


deve promover a comunicação e empatia com o doente;

• O horário deve ser adequado, não só à organização de cada instituição mas,


sobretudo e primordialmente aos hábitos dos doentes;

• A sua execução é dependente de uma consulta ao processo e plano de


cuidados no sentido de se identificar o nível de dependência do doente.
Devem verificar-se as condições ambientais da unidade: temperatura,
ventilação, iluminação
Então... Vamos sintetizar!
Banho no leito
• O banho no leito é a higienização total ou parcial do
corpo executada em pacientes acamados e
impossibilitados de saírem do leito.

• Um banho completo no leito limpa a pele, estimula a


circulação, proporciona um exercício leve e promove
conforto.

• O banho possibilita ao enfermeiro\técnico avaliar a


condição da pele, a mobilidade articular e a força
muscular do paciente.
Banho no leito
• É preciso alertar aos profissionais que o banho
no leito é necessário sim, mas que em alguns
casos, ele deve ser discutido e analisado antes
de ser prescrito pelo enfermeiro e administrado
pelo técnico
Banho no leito
• Visto que o banho no leito é uma técnica diretamente
relacionada a mobilidade, higiene e conforto, sua
execução requer passos criteriosos para que sua
finalidade não ocasione danos ao paciente ou ao
profissional envolvido no cuidado.

• Durante o procedimento de banho no leito, recomenda-


se ao profissional técnico iniciar o procedimento pela
lavagem da cabeça, face, higiene oral seguindo a
sequência céfalo-caudal, ou seja, tronco, braços, dorso,
pernas e por último as regiões perineais e anal.
Banho no leito
• Devemos ressaltar aqui que a região anal deverá sempre
ser a última região a ser limpa, descartando-se o material
utilizado em seguida.

• A higiene oral no paciente crítico tem uma grande


importância clínica, pois sua finalidade é a remoção do
acúmulo de saliva gerado pelo organismo, diminuindo o
risco de pneumonia provocada pela ventilação mecânica
e a diminuição significativa da flora bacteriana presente
na cavidade oral.
Antes da técnica, alguns
cuidados!!!
Banho no leito
• Antes do seu início, são observados todos os
equipamentos de monitoramento e soros que
estão sendo infundidos, pois o tratamento
precisa continuar durante o banho, exceto a
dieta por sonda, que deve ser pausada. É muito
importante observar e manter o decúbito no
mínimo a 30 graus. Normalmente, para cada
paciente acamado, são necessários dois técnicos
de enfermagem e, se a situação for muito grave,
a higienização é parcial e acontece com
supervisão direta do enfermeiro.
Banho no leito
• No momento do banho há também a limpeza do
colchão com material desinfetante: na
mobilização do paciente e antes de colocar o
novo enxoval. São realizados até dois banhos
completos e seis higienes de genitália, a cada
troca de fralda.
Banho no leito
• Para a limpeza oral dos pacientes intubados e/ou
comatosos, são utilizadas espátulas e gases
embebidas em antisséptico. “Também existem
no mercado alguns bastonetes de material
maleável que já têm o produto e facilitam o
processo”.

• Já a higiene do pavilhão auricular externo é feita


normalmente no banho, com compressas.
Banho no leito
• A técnica do banho no leito inclui o asseio da
genitália, higienizada por último sempre de
forma unidirecional, trocando as compressas em
cada área a ser lavada. É utilizado o mesmo
sabonete do banho.

• A equipe também deve ser instruída a hidratar a


pele dos pacientes com cremes e curativos
especiais, que são colocados como forma de
proteção e prevenção da úlcera por pressão.
Ok, vamos iniciar?
Avaliação inicial!
• • Verificar indicações e precauções específicas em relação ao
movimento e posicionamento;
• Verificar tubos e localização dos cateteres I.V;
• Avaliar a necessidade do banho;
• Avaliar a capacidade de ajuda da pessoa; planear a ajuda
apropriada;
• Durante o banho na cama, deve realizar movimentos passivos
(MPA) das articulações, conforme apropriado;
• Avaliar a capacidade para compreender instruções;
• Perguntar quais as preferências em produtos auxiliares de higiene
(por exemplo, sabão);
• Obtenha produtos auxiliares da higiene, roupa e equipamento;
• Avaliar a temperatura e ventilação do quarto (ajuste se possível);
feche as janelas e porta para prevenir correntes de ar;
• Lavar as mãos antes de ir buscar a roupa;
Preparo da pessoa
• Explicar como é que a pessoa pode ajudar.

• • Explicar a sequência das atividades;


• Desimpedir a zona de trabalho;
• Assegurar a privacidade;
• Colocar o material necessário na cadeira ao lado da cama ou
na mesa-de-cabeceira a uma altura confortável;
• Ajustar a cama a uma altura confortável com as grades
levantadas;
• Posicionar o doente em decúbito dorsal, salvo contra-
indicação;
Material
• Luvas de procedimento;
• Bacia\balde para o banho;
• Sabão (sabonete)
• Carro de roupa limpa (hamper)
• Carro de roupa suja
• Toalhetes ou esponjas
• 1 Toalha de rosto
• 1 Toalha de banho
• Camisa ou pijama
• Produtos auxiliares de higiene (sabão, pó de talco,
desodorizante, hidratante, loção da pele) ;
Técnica
• Lavar as mãos;
• Reunir material e colocar sobre a mesa de cabeceira do
cliente;
• Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será
feito;
• Favorecer privacidade ao cliente, utilizando biombo s/n;
• Fechar porta e janelas para evitar corrente de ar;
• Colocar o cliente em decúbito dorsal;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar roupa do cliente;
• Cobrir o corpo do cliente com seu próprio lençol, expondo
somente a face.
Técnica
• Iniciar o banho com a limpeza da região ocular, de dentro para
fora (sem sabonete);
• Em seguida, lavar o rosto, ensaboando, enxaguando e
secando;
• Os cabelos e o couro cabeludo seguir a técnica ;
• Passssar para os membros superiores atentando para a região
dos braços, axilas e mãos;
• Expor a região do tórax e lavá-la;
• No caso de clientes do sexo feminino: se a condição clínica
permitir, orientá-la para que ela própria lave a região dos
seios;
• Molhar a compressa de banho para retirar o sabonete do
cliente;
• Secar e cobrir região do tórax;
Técnica
• Expor a região do abdome e lavar;
• Molhar compressa para retirar o sabonete do cliente;
• Secar e cobrir a região do abdomen;
• Expor os membros inferiores e lavar as pernas do cliente;
• Molhar a compressa de banho e retirar sabonete do cliente;
• Secar e cobrir os membros inferiores;
• Elevar decúbito do cliente em 45o, se não houver contra
indicação;
• Pedir para o cliente inclinar a região dorsal e lavá-la;
• Molhar compressa de banho para retirar sabonete do cliente;
• Secar e retornar o cliente à posição horizontal;
Técnica
• Colocar o cliente novamente em decúbito dorsal, com as pernas em
abdução;
• Expor região genital e lavar região ou, caso a condição clínica
permita, orientar o cliente a fazê-lo;
• Desprezar compressa de banho, a toalha e a roupa suja no hamper;
• Vestir, pentear os cabelos do cliente e auxiliar no uso de cosméticos,
se necessário;
• Desprezar conteúdo das bacias no vaso sanitário do banheiro do
cliente;
• Recompor a unidade;
• Retirar luvas de procedimento e desprezá-las;
• Lavar as mãos;
• Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do
cliente;
Obs. Trocar os curativos que
tiverem sido molhados.
Entenderam?
Querem praticar?
Calma, existem alguns riscos!
• Risco de Hipotermia
• A cada passo realizado durante o banho no leito, o profissional
deverá ter o cuidado de secar a pele e protege-la da temperatura
externa, ou seja, evitar que o paciente permaneça por um maior
tempo exposto a baixas temperaturas, diminuindo o risco de
hipotermia. Isso é comum ocorrer em pacientes neurológicos e
sedados. Para isso, muitas UTI’s utilizam produtos de banho a seco.

• Risco de Infecção
• Como foi citado, o banho deverá obedecer a sequência céfalo-
caudal, deixando as partes íntimas e a região anal para a última
etapa.Caso haja contato direto do material (toalha de banho ou
lenço) com substâncias orgânicas, estes deverão ser descartados,
evitando a propagação de microorganismos. Evitar o contato direto
das luvas com secreções. Descartar caso isso ocorra. As roupas de
cama sujas deverão ser acondicionadas nos hampers, nunca no
chão.
Calma, existem alguns riscos!
• Risco de Queda
• Outro risco que o paciente acamado apresenta no momento do
banho é a queda do leito. Para que isso não ocorra, os critérios a
serem adotados antes de iniciar o procedimento baseiam-se nas
condições psicomotoras do paciente (agitação, confusão mental),
sedação e superfície corpórea (pacientes obesos requerem uma
maior mobilidade da equipe durante seu posicionamento no leito.

• Risco de Perda de Artefatos (sondas, catéteres vasculares, drenos)


• Durante a manipulação do paciente no banho, a equipe operacional
deve atentar-se para a presença dos artefatos terapêuticos
presentes. Os mesmos deverão estar fixados corretamente e a troca
da fixação deverá ocorrer no final do banho.
Agora sim!!!

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