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1 Assista o vídeo a seguir, que menciona uma das formas de análise das contas públicas:
resultado primário e nominal.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cmmm-hk31Yo>. Acesso em: 2 ago.
2021.
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a alternativa correta referente aos demonstrativos contábeis que Pedro deve
utilizar para análise das contas públicas, segundo a Lei n. 4.320/64:
a) Balanço patrimonial, balanço orçamentário, balanço financeiro e
demonstração das variações patrimoniais.
b) Balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício.
c) Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e fluxo de caixa.
d) Fluxo de caixa e balanço orçamentário.
e) Balanço financeiro, balanço orçamentário, fluxo de caixa e balanço
patrimonial.
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Receita total Receita total
prevista na LOA atualizada
54.240.000,00 59.239.923,76
54.240.000,00 66.570.079,04
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Despesa Dotação Despesas Despesas Despesas
% realização
orçamentária atualizada empenhadas liquidadas pagas
Despesa de
11.141.433,63 4.962.523,87 3.031.339,41 3.031.339,41 27,21
capital
Reserva de
65.305,00 0,00 0,00 0,00 0,00
contingência
Total 66.570.079,04 47.889.541,94 44.504.154,66 44.501.063,86 66,85
O ente não deve fazer empréstimo para pagar despesa corrente. Por
exemplo, se a receita de operação de crédito for de R$ 100,00 (cem reais), a
despesa de capital deve ser de R$ 100,00 (cem reais) ou mais. Caso a despesa
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de capital seja de R$ 80,00 (oitenta reais), significa que o valor de R$ 20,00 (vinte
reais) a mais que foi emprestado pagará despesa corrente. Por outro lado, se a
despesa de capital for de R$ 120,00 (cento e vinte reais), revela que o ente
utilizou R$ 20,00 (vinte reais) de receita corrente para investir.
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Vamos ver um exemplo prático. A seguir temos um balanço orçamentário
simplificado de um município “Y”. A análise será apenas da parte de previsão,
não da execução orçamentária.
Receita Despesa
Descrição Previsão Execução Descrição Fixação Execução
Receitas Correntes 300.000 350.000 Despesa Corrente 250.000 250.000
Tributária 150.000 200.000 Pessoal 200.000 190.000
Patrimoniais 50.000 30.000 Juros 50.000 60.000
Contribuições 100.000 120.000
Receitas de Capital 200.000 175.000 Despesa de Capital 250.000 200.000
Operações de crédito 150.000 100.000 Investimentos 125.000 100.000
Alienação de bens 50.000 75.000 Amortização da Dívida 125.000 100.000
TOTAL 500.000 525.000 TOTAL 500.000 450.000
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impacto dentro das despesas realizadas em um determinado período. Considere
as informações abaixo do Município “Z”.
Despesa corrente (a) 41.472.815,25 93,19 %
Pessoal e encargos 27.394.520,64 61,55 %
Juros e encargos da dívida 238.061,09 0,53 %
Outras despesas correntes 13.840.233,52 31,10 %
Despesa de capital (b) 3.031.339,41 6,81 %
Investimento 2.574.262,72 5,78 %
Inversões financeiras 0,00 0,00 %
Amortização da dívida 457.076,69 1,03 %
Total (a + b) 44.504.154,66 100,00
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pessoal aumentou também, e em um percentual elevado (25,30%). Essa é a
maior explicação para o fluxo negativo.
Nesse caso, não teve nenhuma movimentação no fluxo de investimento.
Já o fluxo de financiamento também ficou negativo no ano atual, porque
ocorreram apenas pagamentos da dívida e a entrada do recurso dessa operação
de crédito ocorreu em anos anteriores. Esse fluxo será negativo até que se
contrate novo empréstimo. Assim, é melhor que seja negativo, pois significa
pagamento da dívida, e não novo endividamento.
Além de acompanhar a DFC, faz-se necessário acompanhar a execução
orçamentária. Quando é feito o orçamento (LOA), faz-se apenas a previsão de
receita e despesa, porém não se sabe se esse previsto será realizado. Assim,
pelo menos mensalmente, deve-se verificar as receitas recebidas no exercício e
compará-las às despesas empenhadas nesse mesmo período, que é quando se
assume o compromisso com o fornecedor.
Há um relatório em que se pode verificar o resultado financeiro por mês,
o balancete financeiro por fonte de recurso, que é outra forma de controlar o
saldo de disponibilidades e ainda por fonte. As fontes de recursos constituem-se
de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma
determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são
financiadas as despesas orçamentárias. Porém, nesse relatório não se tem
apenas entradas e saídas do exercício, e sim informações do ano anterior,
conforme exemplo simplificado a seguir.
Balancete de Fonte de Janeiro de 2021
Fonte 102 – Fundeb 40%
Saldo do Exercício anterior (2020) 491.410,28
Receita Orçamentária 194.990,16
Despesa Orçamentária (44.465,27)
Restos a Pagar (pagamento efetuado) (27.398,65)
Saldo final em banco/caixa 614.536,52
Empenho do exercício (2021) 0,00
Restos a Pagar (em aberto) (81.773,51)
Saldo Financeiro Gerencial 532.763,01
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O resultado total por fonte também é visualizado no quarto quadro do
balanço patrimonial – demonstrativo do superávit/déficit financeiro apurado no
balanço patrimonial.
Essas verificações devem ser feitas periodicamente para evitar que o ente
público entre em uma situação financeira crítica e de difícil recuperação.
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realizados e devolvidos dentro do mesmo exercício); e depósitos, que são os
depósitos caução e consignação. Veja um exemplo com valores de um Município
“T”.
Restos a pagar do exercício de 2020 3.388.478,08
Serviços da dívida – curto prazo 0,00
ARO 0,00
Consignação - depósito caução 16.112,07
TOTAL 3.404.590,15
OBJETO DE LIMITE
ESFERA Dívida Operação Concessão de
ARO
Consolidada Crédito Garantia
UNIÃO - 60% - 60%
ESTADO 200% 16%** 7% 22%***
MUNICÍPIO 120% 16%** 7% 22%***
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A RCL, utilizada para calcular os limites, é o somatório das receitas
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de
serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos alguns itens. É apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, ou seja, receita de doze meses. Para os
municípios é a toda receita corrente. Nos Estados, para encontrar a RCL, deve-
se diminuir as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional, por exemplo, 50% do IPVA pertence aos Municípios. E já para o
Governo Federal, há outras regras, redução dos valores transferidos aos
Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal (como o Fundo
de Participação dos Estados e o Fundo de Participação dos Municípios) e de
outras contribuições mencionadas pela Constituição Federal. O importante é
saber que a RCL é a base para encontrar os limites, aplicando os percentuais
determinados pelo Senado Federal.
Quando elaborada a resolução, foram estabelecidas duas regras para
recondução ao limite da dívida, quando ultrapassado por algum ente: a
Transitória e a Permanente.
A Transitória era direcionada para os Estados, DF e Municípios que
estavam desenquadrados no final de 2001, que foi o ano inicial da resolução
(40/2001). O retorno ao limite máximo deveria ocorrer em até 15 anos, à razão
de 1/15 ao ano. Se o ente descumprisse a trajetória seria vedada a realização
de operação de crédito, inclusive ARO.
Vamos analisar a situação hipotética abaixo para melhor compreensão.
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Primeiro devemos encontrar a dívida líquida (Dívida menos
Disponibilidades).
Dívida Pública Consolidada 20.700.000,00
Disponibilidades Financeiras (2.250.000,00)
Dívida Consolidada Líquida 18.450.000,00
O valor de 18.450.000,00 é o endividamento do ente.
Estados, segundo resolução do Senado, podem se endividar até 200% da
receita corrente líquida.
5.500.000,00 (RCL dada no exercício) x 200% = 11.000.000,00
O Ente está com uma dívida de 18.450.000,00 e só poderia ter
11.000.000,00.
O excesso da dívida do ente é de 7.450.000,00 (18.450.000 (-)
11.000.000).
Este excesso deve ser diminuído 1/15 em 15 anos.
Assim, dividimos o 7.450.000 por 15, que dá 496.667.
O valor 496.667 deverá ser diminuído em cada ano até voltar ao limite.
Essa é a resposta.
A permanente é para entes que vierem a se desenquadrar a qualquer
tempo. A volta ao limite deve acontecer em três quadrimestres (1 ano), sendo
pelo menos 25% no primeiro quadrimestre e o restante nos dois quadrimestres
seguintes.
Vamos analisar a situação hipotética a seguir para melhor compreensão.
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Primeiro, devemos encontrar a dívida líquida (dívida menos
disponibilidades).
Dívida Pública Consolidada 15.200.000,00
Disponibilidades Financeiras (2.800.000,00)
Dívida Consolidada Líquida 12.400.000,00
O valor de 12.400.000,00 é o endividamento do ente.
Municípios, segundo resolução do Senado, podem se endividar até 120%
da Receita Corrente Líquida.
3.500.000,00 (RCL dada no exercício) x 120% = 4.200.000,00
O Ente está com uma dívida de 12.400.000,00 e só poderia ter
4.200.000,00.
O excesso da dívida do ente é de 8.200.000,00 (12.400.000 (-) 4.200.000).
O município precisa reduzir esse excesso 25% no próximo quadrimestre
e o restante nos outros dois quadrimestres do ano.
8.200.000,00 x 25% é 2.050.000,00.
2.050.000,00 é o valor que deverá reduzir no primeiro quadrimestre de
2009.
Essa é a resposta.
Exemplo 1
Num/Ano: 8/2013 PARCELAMENTO PASEP
Origem: Interna
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Grupo: Parcelamento
Natureza: Contratual
Tipo Dívida: Pasep
Saldo Anterior: R$ 560.644,71
Inscrição PIS/Pasep a recolher – parcelado R$ 20.362,66
Baixa BB (5301-5) – PM Balsa Nova Movimento R$ 18.587,12
Baixa outras variações patrimoniais aumentativas - financeiras - consolidação -
R$ 10.938,54
Saldo Atual: R$ 551.481,71
Exemplo 2
Num/Ano: 16/2014 Contrato 64717 Agência de Fomento
Origem: Interna
Grupo: Empréstimo
Natureza: Contratual
Tipo Dívida: Outras Operações de Crédito
Saldo Anterior: R$ 1.440.196,43
Inscrição juros de operações de crédito internas – em contratos: R$ 130.884,77
Baixa BB (5301-5) – PM Balsa Nova Movimento - R$ 524.148,18
Saldo Atual: R$ 1.046.933,02
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Liquidez (Ativo Circulante (-) Almoxarifado (-) VPDs antecipadas (-) Investimento no RPPS)
Corrente Passivo Circulante
Liquidez __Disponibilidades__
Imediata Passivo Circulante
Liquidez Ativo Circulante (-) Almoxarifado (-) VPDs antecipadas (-) Investimento no RPPS) (-)
Seca Estoques
Passivo Circulante
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5.1 Análise vertical e horizontal
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A análise horizontal está voltada à evolução dos saldos das contas ao
longo dos anos, ou seja, compara os mesmos elementos em exercícios
diferentes. A seguir verifique o exemplo que demonstra o balanço patrimonial do
ente “Z” para o exercício atual e o anterior.
ATIVO
Exercício Exercício Análise
Especificação
Atual Anterior Horizontal
Ativo circulante 19.762.750,05 21.282.901,19 -7,14
Caixa e Equivalentes de Caixa 17.019.846,65 17.650.593,93 -3,57
Créditos a Curto Prazo 2.329.200,28 3.276.360,93 -28,91
Demais Créditos e Valores a Curto Prazo 298,75 263,56 13,35
Estoques 413.404,37 355.682,77 16,23
Ativo não-circulante 53.543.494,97 48.949.866,64 9,38
Créditos a Longo Prazo 0,00 0,00 0,00
Investimentos 6.580,84 6.573,70 0,11
Imobilizado 53.536.914,13 48.943.292,94 9,39
Total do ativo 73.306.245,02 70.232.767,83 4,38
PASSIVO
Exercício Exercício Análise
Especificação
Atual Anterior Horizontal
Passivo circulante 3.863.091,65 4.302.169,60 -10,21
Obrigações Trabalhistas 0,00 43.620,66 -100,00
Empréstimos e Financiamentos 3.541.590,41 3.600.370,07 -1,63
Fornecedores e Contas a Pagar 2.863,61 51.790,58 -94,47
Demais Obrigações a Curto Prazo 318.637,63 606.388,29 -47,45
Passivo não-circulante 1.599.984,01 2.257.782,84 -29,13
Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo 755.177,17 1.017.163,09 -25,76
Obrigações Fiscais a Longo Prazo 538.200,11 551.481,71 -2,41
Provisões a Longo Prazo 306.606,73 689.138,04 -55,51
Total do passivo 5.463.075,66 6.559.952,44 -16,72
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Resultados Acumulados 67.843.169,36 63.672.815,39 6,55
Total do patrimônio líquido 67.843.169,36 63.672.815,39 6,55
Total do passivo e patrimônio líquido 73.306.245,02 70.232.767,83 4,38
Identifica-se que no ativo o que mais teve variação de um ano para o outro
foi o “Créditos a Curto Prazo”, diminuindo o valor em 28,91%. Disso pode ser
entendido que o ente recebeu esse valor ou ainda perdeu o direito de cobrança.
No passivo, várias contas tiveram alterações relevantes. “Obrigações
Trabalhista” teve uma diferença de 100%, ou seja, no ano atual não ficou nada
pendente de pagamento e no exercício anterior havia a pagar. “Fornecedores e
Contas a Pagar” reduziu em 94,47%, o que indica diminuição nos restos a pagar
processado. As “Provisões a Longo Prazo” também baixaram 55,51%. No geral,
o passivo teve contração, o que é algo positivo, por se tratar de baixa de
obrigações com terceiros.
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A análise horizontal e vertical pode ser feita com as demais
demonstrações, como a demonstração das variações patrimoniais, para
identificar o que mais influencia o resultado positivo ou negativo do exercício, e
qual conta de resultado variou mais quando comparada ao exercício anterior,
impactando na alteração do resultado total.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. DF: Senado Federal, 1988.
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RESPOSTA
1. A
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