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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Educação e Comunicação

Discente: Aurangzeb Muhammad Fayzal

Curso: Economia e Gestão 3ºano

Cadeira: Finanças

Docente: Florença Liso, MBA.

Demostração de Fluxo de Caixa

O presente trabalho da cadeira de finanças, tem como tema “demostração de fluxo de caixa”,
o presente ensaio visa abordar sobre a definição da demostração de fluxo de caixa (DFC),
principais atividades da (DFC), o que é fluxo de caixa, tipos de fluxos de caixa e sua finalidade,
apresentar aqui a estrutura da (DFC) e explicar como saber se a (DFC) está corretamente
estruturada, O objetivo deste trabalho é analisar e compreender a importância da demonstração
dos fluxos de caixa no relato financeiro. A demonstração do fluxo de caixa fornece informações
sobre as entradas e saídas de caixa de uma empresa durante um período específico e é essencial
para investidores, credores e outras partes interessadas entenderem a capacidade de uma
empresa de gerar caixa e gerenciar seu fluxo de caixa com eficiência. como metodologia serão
apresentadas revisão bibliográfica de autores com o fim de trazer ideias sólidas a cada especto
abaixo citado, e por fim terminaremos com a conclusão e as referências.

De acordo com Assaf Neto (2012) a Demonstração do fluxo de caixa permite que se analise,
principalmente, a capacidade financeira da empresa em honrar seus compromissos perante
terceiros (empréstimos e financiamentos) e acionistas (dividendos), a geração de resultados de
caixa futuros das operações atuais, e a posição de liquidez e solvência financeira.

A demonstração dos fluxos de caixa é obrigatória para todas as companhias abertas e de acordo
com a lei atual, a DFC deve evidenciar, no mínimo, três fluxos financeiros: Das operações,
Dos investimentos e De Financiamentos, e pode ser elaborada através de dois métodos:
direto ou indireto.

Essa demonstração fornece um resumo dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e de


financiamento ocorridos em uma empresa. A DFC possibilita a distinção dos fluxos de caixa
de cada atividade e os concilia com variações do caixa e títulos negociáveis no período
(GITMAN, 2010).

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Uma compreensão adequada do fluxo de caixa é essencial para a análise precisa da situação
financeira e viabilidade de qualquer empresa. A Demonstração dos Fluxos de Caixa pode ser
considerada um importante documento, especialmente para os empresários ou proprietários de
pequenas empresas, ou para os funcionários do banco de crédito ou analistas que tentam
determinar a solvência destas empresas (MATTHEWS, DAIGLE e JOHNSON, 2011).

Segundo Assaf (1997), o fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresa,


constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se
manterem em operação, as empresas devem liquidar corretamente seus compromissos,
devendo como condição básica o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos
vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de
entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma séria descontinuidade em suas
operações.

Geferson (2020) diz que os tipos de fluxo de caixa são: Fluxo de caixa operacional; Fluxo de
caixa indireto; Fluxo de caixa direto; Fluxo de caixa projetado; Fluxo de caixa livre e Fluxo de
caixa descontado.

Segundo Iudícibus et al. (2010) ao avaliar a DFC juntamente com as demais demonstrações
podem permitir que os usuários das empresas avaliem:

• a capacidade de gerar fluxos positivos; a capacidade de honrar compromissos;


• a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira;
• a taxa de conversão de lucro em caixa;
• a performance operacional de diferentes empresas;
• o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
• os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimentos e de
financiamento.

Para o cumprimento de sua finalidade Iudícibus et al. (2010, p. 565 e 566) diz que a DFC deve:

Evidenciar o efeito periódico das transações de caixa segregadas por atividades operacionais,
atividades de investimento e atividades de financiamento, nessa ordem; evidenciar
separadamente, em Notas Explicativas que façam referencia à DFC, as transações de
investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da empresa, mas não impactam
diretamente os fluxos de caixa do período; conciliar o resultado líquido (lucro/prejuízo) com o
caixa líquido gerado ou consumido nas atividades operacionais.

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Segundo Quintana (2009), a diferença entre os dois métodos de elaboração da DFC se encontra
na estruturação dos fluxos de caixa das atividades operacionais, no método direto são
evidenciados todos os pagamentos e recebimentos referentes às atividades operacionais,
enquanto que no método indireto o resultado do período sofre ajuste em decorrência das
despesas e das receitas que não interferiram diretamente no caixa ou nos equivalentes de caixa.

Estrutura da DFC:

PELO MÉTODO DIRETO PELO MÉDOTO INDIRETO


Companhia A Demonstração de Companhia A Demonstração de
Fluxos de Caixa, ano B Fluxo de Caixa, ano B

Atividades Operacionais Atividades Operacionais

Recebimento de clientes Lucro líquido


Recebimento de juros
(+) Depreciação
Duplicatas descontadas
(-) Lucro na venda de
Pagamentos
imobilidadeLucro ajustado
• a fornecedores de mercadorias
Aumento em duplicatas a receber
• de impostos Aumento em PECLD
• de salários Aumento em duplicatas descontadas
Aumento em estoques
• de juros
Aumento em despesas pagas
• despesas pagas antecipadamente Antecipadamente
Caixa Líquido Consumido nas Atividades Aumento em fornecedores
Operacionais
Redução em provisão para IR a pagar
Atividades de Investimento Redução em salários a pagar
Recebimento pela venda de imobilizado Caixa Líquido Consumido nas Atividades
Pagamento pela compra de imobilizado
Operacionais
Caixa Líquido Consumido nas Atividades
De Investimentos Atividade de Investimento

Atividades de Financiamento Recebimento pela venda de imobilizado

Aumento de capital Pagamento pela compra de imobilizado


Empréstimos de curto prazo Caixa Líquido Consumido nas Atividades
Pagamento de dividendos de Investimento
Caixa Líquido Gerado nas Atividades Atividade de Financiamento

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deFinanciamento Aumento de capital
Aumento Líquido no Caixa e Equivalente Empréstimo de curto prazo
–Caixa Distribuição de dividendos
Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em X0 Caixa Líquido Gerado nas Atividades

Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em X1 deFinanciamento


Aumento Líquido nas Disponibilidades
Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em
X0Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em
X1
Fonte: IUDÍCIBUS et al. (2010, p. 114).

Bryan (2017) Para saber se a DFC está correta deve:

• Verificar a exatidão dos números: Verificar as contas e garantir que todos os


números sobre a declaração de são precisos. Certifique-se de que os números são
consistentes com os registros contábeis e demais demonstrações financeiras.
• Revisão das fontes e usos de caixa: Verificar que as fontes e usos de caixa informou
sobre a declaração de são precisas e razoável. Verifique se os fluxos de caixa
operacionais, de investimento e atividades de financiamento são corretamente
classificadas.
• Verifique o início e término de saldos de caixa: Verificar que o início e o final de
caixa os saldos reportados na declaração de são precisas e consistentes com a
companhia de outras demonstrações financeiras.
• Reveja as notas de rodapé: Olhar para as notas de rodapé para a instrução, para
compreender qualquer itens incomuns ou alterações nas políticas contabilísticas que
possam afetar os números.
• Compare a declaração para períodos anteriores: Comparar o demonstrativo de fluxo
de caixa para períodos anteriores para garantir que as tendências nos fluxos de caixa
são razoáveis e consistentes com a empresa, o histórico de desempenho.

Em síntese, podemos ter a análise de que o fluxo de caixa é um instrumento de controle que
tem por objetivo auxiliar á tomar decisões sobre a situação financeira da empresa. Consiste em
um relatório gerencial que informa toda movimentação de dinheiro (entradas e saídas), portanto
é extremamente importante para as empresas. Sendo essencial para que as empresas tenham
sucesso, sem o fluxo de caixa ficam impossibilitadas de se planejar, de se ter uma administração
sadia, ainda que o desconhecimento ou mau uso desta ferramenta tão eficaz, gera um melhor

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desempenho e afeta de modo muito importante na gestão do negócio, assim certamente as
empresas que utilizam, tende a melhorar seus negócios, planejamento, e consequentemente a
saúde financeira.

Referências bibliográficas

GITMAN, L. J. (2010). Princípios de administração financeira (12ª. ed.). são Paulo, brasil:
Pearson Prentice Hall.

MATTHEWS, R. B., DAIGLE, R. J., JOHNSON, S. (2011). Interpreting the Statement of Cash
Flows. In: Third Annual General Business Conference Proceedings. (2ª. ed.). Texas, USA:
Journal of American Water Works Association

ASSAF, N. A., Silva, C.A. (1997). Administração do Capital de Giro. (2ª ed.). são Paulo,
brasil: Editora Atlas.

QUINTANA, A.C. (2009). Fluxo de caixa: demonstrações contábeis (3ª. ed.). Curitiba, brasil:
Juruá Editora.

ASSAF, N. A. (2012). Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico financeiro.


(10ª. ed.) São Paulo,brasil: Atlas.

IUDÍCIBUS, S., MARION, J. C. (2008). Curso de Contabilidade Para não Contadores:


Para as Áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia. (4ª ed.). São Paulo:
Atlas.

Geferson (2020). Tipos de fluxo de caixa. Recuperado em


https://globalfinanceiro.com.br/tipos-de-fluxo-de-caixa/

Bryan (2017) How to know if the statement of cash flow is correct. Recuperado em
https://bizfluent.com/how-10003353-check-statement-cash-flow-correct.html

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