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Economia e Mercado Profº Edem Marques

Até agora estudamos o PIB e como o governo pode afetar seu valor através das variáveis
macroeconômicas, ou seja, vimos o LADO REAL da economia. A partir de agora estudaremos
o lado monetário, estudando como se determina a demanda e a oferta de moeda.
Moeda é um ativo monetário de aceitação geral que os agentes utilizam na troca de bens e
serviços com os demais agentes. Atualmente a moeda é fiduciária e de curso forçado e como
qualquer mercadoria também tem oferta e demanda.

Funções da MOEDA

* Meio ou Instrumento de Troca: Num sistema econômico baseado na especialização e


divisão do trabalho, a moeda é o instrumento que facilita as trocas de mercadorias.

* Unidade de Conta (ou unidade de medida): Serve para expressar o valor de troca de
mercadorias diferentes, na forma de preço do bem.

* Reserva de Valor: A moeda serve para transferir poder aquisitivo do presente para o futuro.
Esta representa um direito que seu possuidor tem sobre outras mercadorias.

* Padrão de Pagamentos Diferidos: A moeda serve para transferir direitos e obrigações


monetárias para o futuro.
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Conceito e Composição dos Meios de Pagamentos (M): Meio de pagamento é todo o estoque
de moeda disponível para uso do setor privado não bancário a qualquer momento. Assim,
os meios de pagamentos devem ser suficientes para satisfazer as transações de bens e serviços
do setor privado e seu saldo é dado pelo valor de moeda em poder do público (PP) mais o saldo
dos depósitos à vista (DV). Assim: M = PP + DV
* Moeda em Poder do Público: Todo o valor de papel-moeda que o público retém para
realizar transações.
* Depósitos à Vista: Todo o valor de moeda-escritural disponível através de saldos em
conta corrente aos quais se tem acesso através de emissão de um cheque.
OFERTA DE MOEDA
* Oferta Monetária: ou oferta de moeda é definida como a quantidade de moeda disponível
na economia. Dependendo de seu grau de liquidez, os conceitos de oferta monetária se
dividem em:
M1: Moeda em poder do público mais depósitos à vista
M2: M1 + depósitos em caderneta de poupança.
M3: M2 + títulos da dívida pública federal, estadual e municipal, fundos do
mercado monetário (CDI, CDB, Fundos DI).
M4: M3 + depósitos a prazo e títulos privados (letras de câmbio e imobiliárias).
M1 é considerado haver-monetário, enquanto os demais ativos (que rendem juros) são
denominados de haveres não monetários ou quase-moeda.
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Criação e Destruição de Moeda: Em economia, diz-se que há destruição de moeda quando
o saldo dos meios de pagamentos (M1) diminuem e há criação de moeda quando M1 aumenta,
correspondendo a um aumento ou queda da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação de Moeda: Exportadores trocam dólares por reais
Empréstimos dos bancos comerciais ao setor privado
Saque da poupança
Destruição de Moeda: Importadores trocam dólares por reais
Pagamentos de Empréstimos pelo setor privado
Aplicação em CDB, CDI
Depósitos em conta corrente ou emissão de cheques nem criam nem destroem moeda.

* A criação e a destruição de moeda é feita apenas pelo Banco Central e pelos Bancos
Comerciais. Intermediários financeiros não bancários (como consórcios, bancos de
investimentos, sociedades de financiamento não criam nem destroem moeda. O oferta de
moeda pode ser dividida em oferta de moeda pelo Banco Central e oferta de moeda pelos
Bancos Comerciais.
Banco Central é a instituição designada a supervisionar o sistema bancário e regular
a quantidade de moeda da economia. Seu objetivo é a manutenção da liquidez do sistema
econômico em níveis compatíveis com o crescimento do produto e estabilidade da moeda.
Bancos Comerciais são instituições autorizadas pelo Banco Central, através de
uma carta patente, a receber depósitos e efetuar empréstimos ao setor privado.
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Banco Central: As principais funções do Banco Central são:
A ) Banco Emissor: Detém o monopólio da emissão de moeda.
B ) Banco dos bancos: Lugar onde os bancos comerciais depositam e transferem seus
fundos de um banco para o outro. O BC também é o emprestador de última instância para bancos
com problemas de liquidez para saldar seus compromissos (chamado redesconto bancário).
C ) Banco do Governo: Financia o tesouro nacional com a colocação de títulos
públicos, administra a dívida pública interna e externa, administra as reservas internacionais do
país e executa operações ligadas a organismos financeiros internacionais.
D ) Supervisor do Sistema Financeiro Nacional : Supervisiona o bom andamento do
SFN e o adapta às necessidades e transformações da economia do país, baixando normas,
fiscalizando as instituições financeiras e decretando intervenção ou liquidação de instituições
com problemas.
E ) Executor da Política Monetária: Regula a expansão dos meios de pagamento,
elaborando o orçamento monetário e utilizando os instrumentos de política monetária para
controlar a liquidez do sistema.
Os Instrumentos de Política Monetária são:
i ) Controle de emissões: Como o BC tem o monopólio de emissão de moeda e deve
colocar em circulação o volume de moeda necessária ao bom desempenho da economia.
ii) Controle de moeda e crédito: O BC afeta o sistema financeiro via regulamentação
e controle do crédito por meio da política de juros, controle de prazos, regras para financiamentos
aos consumidores.
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iii ) Reservas Compulsórias: A taxa de reservas compulsórias tem alta eficácia para
controlar o processo de multiplicação da moeda escritural e, desta forma, a expansão dos meios
de pagamentos. Se o governo quiser aumentar os meios de pagamentos reduz a taxa de
compulsório , caso queira reduzir os meios de pagamentos aumenta a taxa de compulsório.
iv ) Políticade Redesconto: O Banco Central é o emprestador de última instância a
bancos com problemas de liquidez. Quando o BC aumenta a taxa de redesconto (que representa
custo para os bancos comerciais) desestimula os bancos comerciais a efetuarem empréstimos
para o setor privado, mantendo mais moeda como reserva para eventuais dificuldades. Caso o
BC reduza a taxa de redesconto, o contrário é verdadeiro.
v ) Operações de Open Market (ou Mercado Aberto): São destinadas a regular no
dia-a-dia a liquidez geral da economia. Estas operações consistem em compra e venda de títulos
públicos no mercado de capitais. Quando o governo vende títulos, ele retira moeda do sistema e
quando este recompra ele injeta moeda no sistema.

OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS


Como já foi visto os bancos comerciais podem alterar a oferta de moeda através do
multiplicador bancário. Embora as instituições financeiras bancárias não possam emitir moeda,
os depósitos à vista em seu poder caracterizam-se pelo seu auto poder de expansão. Assim, os
bancos comerciais criam a denominada moeda escritural. O multiplicador será tanto mais alto
quanto menor for a taxa de retenção pelos bancos e quanto menor for a taxa de redesconto.
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Exemplo do mecanismo multiplicador: Suponhamos que os bancos comerciais sejam
obrigados a manter 20% de reservas compulsórias sobre os depósitos à vista. Um depósito inicial
de R$ 100 neste banco permitirá emprestar R$ 80, enquanto R$ 20 ficam depositados no BC como
compulsório. Estes R$ 80 retornam ao sistema bancário na forma de depósito em outro banco,
que por sua vez emprestará R$ 64 e depositará R$ 16 no BC como compulsório. Essa progressão
continua até que o valor do depósito inicial seja igual à zero. Para sabermos em quantos reais os
R$ 100 iniciais se transformaram, utilizamos a seguinte fórmula:
m= 1 , no exemplo acima K =1 / 0,20 ==> K = 5, ou seja, R$ 100 de
R
depósito inicial resultam em R$ 500 de moeda escritural.
O exemplo acima, porém, refere-se apenas ao multiplicador de depósitos. O multiplicador mais
utilizado na economia é o multiplicador da base monetária (B), que é o total de moeda em poder
do público (PP) mais as reservas dos bancos comerciais (R). As reservas dos bancos comerciais
são constituídos pela soma do caixa dos bancos, depósitos voluntários e depósitos compulsório
junto ao Banco Central. O total dos meios de pagamentos agora é a base monetária vezes o
multiplicador M = mB. O multiplicador bancário completo pode ser escrito como:
m=1 + c
c + r, onde
(c) é a taxa de retenção do público, que é a relação entre moeda com o público e depósito à vista.
(r) é a taxa de reservas bancárias que é o total dos encaixes e reservas em relação aos depósitos
à vista.
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Assim, expansões nos meios de pagamentos dependem de três parâmetros básicos:
A ) variações na base monetária ( B )
B ) Variações na taxa de retenção do público (maior c, menor m e, portanto, menor M).
C ) Variações na taxa de reservas bancárias (maior r, menor m e, portanto, menor M).
DEMANDA POR MOEDA
Agora que já sabemos como é formada a oferta de moeda na economia, estudaremos como se dá
sua demanda. Para isso, utilizaremos uma teoria de demanda de moeda. Existem três motivos
básicos para demandar moeda:
i ) Motivo Transação: Pessoas retém moeda para efetuar pagamentos que vencem antes
da data de recebimento de sua renda, ou seja, para adequar o fluxo de caixa. Este depende da
renda (Y), pois quanto maior a renda, maior os gastos e portanto maior os saldos monetários para
fazer frente aos vencimentos.
A função demanda de moeda por motivo transação é: Mdr = kPy, onde
k é o percentual da renda que as pessoas retém de moeda para transações, P é o
índice de preços e y é o produto real.
ii ) Motivo Precaução: A segunda razão para pessoas e empresas demandarem moeda
é a incerteza quanto às datas de recebimento e pagamentos. Da mesma forma que o motivo
transação, dependem da renda (Y). Assim, a equação da demanda por precaução é a mesma do
motivo transação. Assim:
Mdr+p = kPy
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iii ) Motivo Especulação: Keynes introduziu na economia a noção de que as pessoas
também demandam moeda para especular com títulos, imóveis, etc...
A moeda não apresenta riscos, mas também não apresenta rendimentos (em períodos
de baixa inflação). As pessoas para reduzirem riscos procuram diversificar sua carteira de
investimentos, inclusive guardando certa quantidade de moeda. Essa quantidade dependerá do
custo oportunidade de reter moeda, ou seja, da taxa de juros. Quanto maior a taxa de juros, maior
o custo oportunidade de reter moeda e, conseqüentemente, menor será essa retenção. Assim,
pode-se estabelecer uma relação entre taxa de juros e demanda por moeda para especulação. Essa
relação é inversa, pois quanto maior a taxa de juros, menos os agentes reterão moeda para
especulação.
A equação da demanda por moeda para especulação é Mde = f (i), sendo que a relação
entre Mde e i é negativa.

DEMANDA TOTAL POR MOEDA


Juntando as três razões para se manter encaixes monetários, têm-se que:
M = Mdr+p + Mde
M = kY + f (i) ==> M = f (Y, i)
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EQUILÍBRIO DO LADO MONETÁRIO
Como qualquer mercado, o equilíbrio do lado monetário se dá quando a oferta de
moeda se iguala à demanda por moeda. Por outro lado, a oferta monetária é insitucional, ou seja,
não depende de qualquer outra variável, apenas dos objetivos do Banco Central ou do governo.
Existem várias teorias que analisam o equilíbrio do lado monetário, porém duas são as mais
tradicionais, a Clássica e a Keynesiana.

TEORIA CLÁSSICA (Teoria Quantitativa da Moeda)


Oferta de Moeda : Ms = Mo Demanda de Moeda: Md = kPy
Equilíbrio : Ms = Md e Ms = kPy
Onde k é a taxa de retenção da moeda, P o nivel geral de preços e y a renda real.
A equação Ms pode ser reescrita da seguinte forma: Ms = ( 1 / V ) . Py
Rearranjando os termos, temos que MV = Py, onde V é a velocidade-renda da moeda,
que é o número de “giros” que a moeda dá criando renda. V é obtido dividindo-se o PIB pelos
meios de pagamento (M1). Por exemplo, em dezembro de 1998 o PIB brasileiro era de
R$ 899.814 milhões e os meios de pagamento R$ 50.707 milhões. Assim:
V = R$ 899.814 / R$ 50.707 = 17,74
A teoria quantitativa revela simplesmente que quando multiplicamos a quantidade
de moeda pela velocidade com que ela cria renda, teremos a própria renda nominal.
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TEORIA KEYNESIANA
Oferta de Moeda : Ms = Mo Demanda de Moeda: Md = f(Y, i)
Equilíbrio : Ms = Md e Ms = f(Y, i)
Para Keynes, o equilíbrio do mercado monetário depende da sensibilidade (ou
elasticidade) da demanda de moeda em relação à taxa de juros. Na teoria clássica, a demanda
de moeda é completamente inelástica em relação à taxa de juos.
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA SOBRE O NÍVEL DE RENDA E PREÇOS
Concluindo a análise do lado monetário da economia, veremos como a política
monetária afeta a renda e os preços.
IMPACTO SEGUNDO A TEORIA CLÁSSICA DA MOEDA
Supondo uma política monetária expansionista (aumento de M, por exemplo) e
supondo que V (velocidade renda da moeda) seja constante no curto prazo, o efeito sobre a
inflação ou o emprego depende de a economia estar ou não com recursos desempregados.
Se a economia está em pleno emprego, como V é constante e y não pode aumentar, um
aumento em M acarretará um aumento proporcional de P.
Se a economia está com recursos desempregados, então é possível que a expansão
monetária estimule a produção agregada y, sem necessariamente aumentar preços P.
Esta teoria é utilizada para prever os meios de pagamentos necessários para o
bom andamento do sistema econômico. Se o governo prever um aumento da renda real y de 6%,
dos preços em 20% e supondo V constante, então teremos que serão necessários 27,2% de
aumento em M para suprir a nova demanda por moeda.
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IMPACTO SEGUNDO A TEORIA KEYNESIANA
O impacto de uma política monetária expansionista dentro da teoria Keynesiana sobre
a renda y e os preços P é mais indireta, pois este também depende da taxa de juros. Assim, temos
de saber a relação entre investimentos e taxa de juros.
O QUE DETERMINA A DECISÃO DE INVESTIR?
Em princípio, a decisão de investir depende da expectativa de retorno do capital . A
taxa de retorno do capital (conhecida como TIR na matemática financeira) é conhecida como
eficiência marginal do capital (EMC). Assim como a TIR, a EMC é equivalente à taxa
que igual o valor presente dos retornos líquidos esperados que se acredita obter do investimento,
ao preço de aquisição do investimento.
Valor dos retornos líquidos esperados
Preço de aquisição =
t
(1+r)

Se a EMC > i é vantajoso a empresa investir


Se a EMC < i não é vantajoso a empresa investir
Ou seja, quando a taxa de juros for maior que a EMC, então vale a pena investir no
mercado financeiro. Assim, a relação entre investimentos e a taxa de juros é negativa, ou seja,
quanto maior a taxa de juros, menor será o investimento, pois a EMC terá de ser maior para
incentivar a empresa a investir.
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Assim, agora que sabemos o efeito da taxa de juros sobre o investimento, podemos
entender como a oferta de moeda afeta a renda e os preços. O mecanismo é o seguinte, supondo
aumento na oferta monetária (M).
A ) Um aumento na oferta de moeda faz com que a taxa de juros caia, provocando
aumento no investimento.
B ) Como já sabemos, o investimento é um elemento da demanda agregada e que uma
das suposições da economia Keynesiana é a ociosidade dos fatores. Assim, aumento dos
investimentos aumentarão a renda, porém não aumentarão o nível geral de preços.
TAXA DE JUROS
A taxa de juros representa o preço do dinheiro no tempo. A taxa à qual os bancos
emprestam recursos ao setor privado depende basicamente da oferta e da demanda por dinheiro
na economia. Assim, o Banco Central afeta a taxa de juros, pois este determina a oferta de moeda
e de crédito na economia. Quando a taxa de juros básica sobe, além de aumentar o custo para os
tomadores de dinheiro, ela também:
* Aumenta o custo oportunidade de reter dinheiro;
* Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
* Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo (crédito) e o investimento
produtivo;
* aumenta o custo da dívida pública interna.
Assim como a maioria das variáveis econômicas, é importante saber a diferença entre
taxa de juros nominal e taxa de juros real.
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Taxa de juros nominal constitui-se na taxa de juros propriamente dita, naquela que
sabemos ao buscarmos crédito ou pagarmos juros do cheque especial ou ao pouparmos . A taxa
de juros real mede o retorno de uma aplicação em termos de quantidade de bens, isto é, já
descontada a taxa de inflação. Portanto, taxa de juros real ( r ) é dada pela equação:
(1+i)
r= -1
(1+π)
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O mercado financeiro é constituído de quatro setores essenciais, onde atuam as
instituições bancárias (bancos comerciais) e as não bancárias (bolsa de valores, bancos de
investimentos, corretoras de valores, entre outras):
1 ) Mercado Monetário: Segmento do mercado financeiro que tem como
características operações de curto e curtíssimo prazo, com a finalidade de suprir o caixa dos
agentes econômicos, com sua liquidez sendo regulada pelas autoridades monetárias por
operações no mercado aberto.
2 ) Mercado de Crédito: Atende às necessidades de crédito de curto e médio prazo,
geralmente através de crédito ao consumidor e financiamento de capital de giro para as empresas.
Atuam nesse segmento as instituições financeiras bancárias e algumas não bancárias.
3 ) Mercado de Capitais: Atende as necessidades de financiamento de médio e longo
prazo dos agentes econômicos produtivos. Fazem parte deste segmento as Bolsas de Valores.
4 ) Mercado Cambial: Está sob os cuidados do BC e é onde a taxa de câmbio é
determinada, influenciada pela oferta e demanda de divisas e pela política cambial.
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O sistema financeiro nacional é constituído de dois subsistemas: o normativo e o da
intermediação financeira.
Subsistema Normativo
A ) Conselho Monetário Nacional: É o órgão máximo de todo o SFN e é formado
pelo ministro da Fazenda, ministro do Planejamento e pelo Presidente do BC. Seu papel é:
* Autorizar a emissão de papel-moeda;
* Fixar coeficientes de encaixe obrigatório sobre depósitos à vista e a prazo; 3 )
* Regulamentar as operações de redesconto;
* Estabelecer diretrizes ao BC para operações com títulos públicos;
* Regular operações de câmbio e política cambial;
* Aprovar o orçamento monetário elaborado pelo BC.

B ) Banco Central do Brasil: É o órgão executor da política monetária, exercendo a


regulamentação e a fiscalização de todas atividades de intermediação financeira do país. Suas
principais atribuições são:
* Emissão de papel-moeda;
* Recebimento dos depósitos obrigatórios dos bancos comerciais;
* Realizar operações de redesconto e de open-market;
* Controle de crédito e taxa de juros;
* Fiscalizar as instituições financeiras e conceder autorização para seu funcionamento;
* Administrar as reservas cambiais do país.
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C ) Comissão de Valores mobiliários: Sua principal atribuição é fiscalizar as bolsas
de valores e a emissão de títulos negociados nestas instituições, como ações e debêntures.
Subsistema de Intermediação Financeira
A ) Banco do Brasil: Além de ser um banco comercial, tem atribuições que não são comuns
à este tipo de instituição, como operar a Câmara de Compensação de Cheques, além de executar
algumas diretrizes do governo para a agricultura.
B) Bancos Comerciais: Compreende duas funções básicas: receber depósitos e efetuar
empréstimos. São obrigados por lei a manter reservas obrigatórias sobre o depósito à vista.
Também mantém encaixes voluntários para atender eventuais dificuldades de caixa.
C) Sistema Financeira da Habitação: O SFH tem na Caixa Econômica Federal seu principal
órgão, atrelado às decisões do CMN.
D ) Bancos de Desenvolvimento: Têm no BNDES sua principal insituição financeira de
fomento e sua principal função é conceder empréstimos de longo prazo para investimentos.
E ) Bancos de Investimento, Companhias de Crédito, Financiamento e Investimento: Os
bancos de investimentos foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para
suprimento de capital fixo e de giro para as empresas. De maneira geral, além disso estes
adquirem ações, repassam empréstimos obtidos no exterior, prestam garantias à empréstimos
e repassam recursos de programas especiais como FINAME, PIS, etc. As companhias de
crédito, financiamento e investimento surgiram para financiar o consumo de bens duráveis e
capital de giro de longo prazo.
F) Instituições Auxiliares: Tem como exemplo Corretoras e Distribuidoras de valores.
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Inflação
Conceito: Aumento contínuo e generalizado do nível de preços.

Tipos de Inflação
Inflação de Demanda: É considerada o tipo mais “clássico” de inflação e diz respeito
excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços.
Inflação de Custos: É uma inflação tipicamente de oferta. O nível de demanda
permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e eles são repassados aos
preços dos produtos.
Inflação Inercial: Mecanismos de indexação formal (contratos, aluguéis e salários) e
informal (tarifas públicas, preços no comércio e na indústria) que provocam a perpetuação da
taxa de inflação anteriores que são sempre repassadas aos preços correntes.

Outros Conceitos
Deflação: Redução contínua e generalizada do nível de preços.
Estagflação: Combinação entre inflação alta e recessão econômica.
Imposto Inflacionário: É a receita que o BC obtém ao emitir moeda.

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