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PERSONALIZADO
DE APRENDIZAGEM
CADERNO DE
MATERIAL
ESTRUTURADO
EM LÍNGUA
PORTUGUESA
2º CICLO
6º e 7º Anos
Grupo 2
CADERNO DO ALUNO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Secretário Mauro Luiz Rabelo Annelise Maymone
Helaber Ricardo Vieira Jorge Herbert Soares de Lira
Madeline Gurgel Barreto Maia
DIRETORIA DE POLÍTICAS E Romildo José da Silva
DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Ulisses Lima Parente
Myrian Caldeira Sartori
Língua Portuguesa
COORDENAÇÃO GERAL DO
ENSINO FUNDAMENTAL Cíntia Rodrigues Araújo Coelho
Denise Regina Maria Dias Francisco Walisson Ferreira Dodó
Gilmara Silva Gênesson Johnny Lima Santos
Edi Silva Pires Gleiciane Regia dos Santos
Débora da Silva Souza Guimarães Gustavo Henrique Viana Lopes
Welington Baxto da Silva Janicleide Vidal Maia
Lilian Kelly Alves Guedes
CONSULTORES Lilian Kelly Ferreira Teixeira
PRODOCOEI/BRA/18-002 Livia Pereira Chaves
Adirce Juliana Alves de Sena Lyssandra Maria Costa Torres
Cristiane Cavalcante Souto Teixeira Samya Semião Freitas
Danilo Soares Escobar Tarcila Barboza Oliveira
Mapa do tesouro
Nosso mapa do tesouro nos levará ao resgate das informações “escondidas” no texto
e, para isso, precisaremos passar pelos seguintes trajetos, como chamaremos as etapas e os
processos:
Você sabe o que são ditados populares? Certamente você já deve ter ouvido alguns. Ditados
populares são frases ou expressões feitas em que há uma sabedoria popular, tal como: de grão
em grão a galinha enche o papo; isso significa que pouco a pouco pode-se conseguir um objetivo.
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Vamos trabalhar um pouco sobre essa temática, exercitando a habilidade de inferir o
significado dessas expressões em textos verbais! Para isso, você deve ler o cordel seguinte
e, depois, resolver os exercícios que se pede.
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Mais vale ter um na mão
Do que eu ter dois voando.
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1. No texto que você acabou de ler, há 10 ditados populares. A seguir você encontra duas
colunas em que deve escrever na coluna “A” os ditados populares que se encontram
no texto e, na coluna “B”, os significados possíveis desses ditados. Veja o exemplo e
continue a atividade.
COLUNA A COLUNA B
Água mole em pedra dura tanto Significa que com persistência
bate até que fura podemos conseguir nossos objetivos.
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2. Você conhece outros ditados populares? Escreva-os abaixo e compartilhe com a turma.
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E não me dê conselho, sei errar sozinho
Não há mestres como o mundo
E não fale a Deus dos teus grandes problemas
Fale a teus problemas que tu tens um grande Deus
Nem todas as verdades são para ser ditas
Não pode governar quem não sabe obedecer
Pra cuspir rosas é preciso saber engolir espinho
Pra quem tarde levanta chega cedo o anoitecer
Neste trajeto, vamos desvendar o significado de palavras e/ou expressões regionais, aquelas usa-
das tipicamente em determinadas regiões; dos estrangeirismos, aquelas oriundas de línguas estrangeiras
incorporadas à nossa língua, e dos neologismos, que são palavras novas ou a aplicação de um novo
sentido a uma palavra já existente na língua.
Para começar este segundo trajeto, trouxemos um lindo poema do poeta nordestino Patativa
do Assaré. O autor faz uma homenagem à sua terra natal e às suas raízes. Leia-o com
atenção e, em seguida, responda as questões acerca do texto.
1010
Eu e o sertão
(Patativa do Assaré)
11
Dos reinados de Aladim.
Tu é belo e é importante
tudo teu é naturá
ingualmente o diamante
ante de arguém lapidá.
1212
4. A partir da leitura do texto, deduza o significado dos termos listados na tabela baixo:
TERMOS DO TEXTO SIGNIFICADOS
Torrão
Portento
Gleba
Condão
5. Além dos termos destacados na questão anterior, há algum outro termo no texto que
você não tenha compreendido o significado? Se sim, anote-os em seu caderno, em
seguida, discuta com seus colegas acerca dos possíveis significados deles, com base na
leitura que fizeram do texto.
6. A crônica a seguir retrata como alguns termos de origem estrangeira fazem parte do
nosso dia a dia e, muitas vezes, nem percebemos. Será que você sabe o real significado
deles? Para refletir acerca desse questionamento, leia o texto e fique atento(a) às
palavras destacadas.
Um passeio, nos dias de hoje, é cool!! Olha! Fiquei muito espantado quando, por alguns instantes,
eu me imaginei um representante da massa popular passeando no shopping, é isso mesmo, como era um
final de semana em que eu estava de folga do meu trabalho, coisa difícil atualmente, resolvi fazer um convite
para minha esposa, eu lhe chamei para passear e comer em algum Shopping da cidade, depois aproveitar
para comprar uns acessórios para o meu note book, que foi contaminado por um spywere, e finalmente
escolher um presente para uma amiga que estava fazendo um open house de inauguração de sua casa.
Acabei usando algumas palavras que na minha infância que somente os estudantes da língua inglesa
usavam em seus diálogos mecanizados. E, como bom estudante de línguas, comecei a me questionar como
seria a vida de um simples mortal que não teve contato com essa tal de língua americana, de qualquer forma,
mesmo você não sendo um estudante de línguas, tenho certeza de que em algum momento da sua vida você
também já se deparou com o questionamento desse excesso de palavras estrangeiras em nosso cotidiano e da
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dependência que temos atualmente dessas palavras.
Bem, deixe me continuar, eu adoro Yakisoba, cheeseburger com ketchup e maionese, milk-
shake..., mas como a minha esposa está de dieta eu prefiro visitar algum outro restaurante com uma comida
mais light, por esta razão, dispensei o China in Box e outros fast food’s e fomos direto para uma Temakeria
(que atualmente não é tão light assim), pois não poderíamos perder muito tempo, caso contrário não daria
tempo de passar na loja de informática Info Store, info centro, ou qualquer outra info que derivasse algum
nome dos nossos amigos da América do Norte, e se sobrasse algum tempo também passaríamos na Hitec
pra fechar com chave de ouro. [...]
Fonte: https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Cronica-Sobre-Estrangeirismo/855193.html
7. Agora, analise as colunas abaixo e associe os termos aos seus respectivos significados
com base no texto lido.
Coluna 1 Coluna 2
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8. Quais das palavras estrangeiras contidas no texto você ainda não conhecia? Explique
que estratégias você utilizou para deduzir o significado delas.
9. Na Língua Portuguesa, quando se cria uma palavra nova, dá-se a este processo o nome
de neologismo. Esse fenômeno acontece sempre que os falantes inventam palavras para
ampliar o vocabulário ou quando empregam novos sentidos a palavras já existentes.
Leia os textos 1 e 2 para responder aos itens a e b, respectivamente.
Texto 1
Carnavália
[...]
Sinto a batucada se aproximar
Estou ensaiado para te tocar
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corassamborim
(Samborim)
Cuíca gemeu
Será que era eu
Quando ela passou por mim [...]
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Texto 2
Pedro pedreiro
1616
Tarefa 3 – Trajeto: inferir o sentido de palavras ou expressões
arcaicas ou em desuso em textos verbais simples
Em conversa com pessoas de mais idade ou lendo textos mais antigos, às vezes, vemos
palavras e expressões que, em nosso cotidiano atual, não são mais usadas ou são usadas
com pouquíssima frequência; a expressão “vossa mercê” é uma delas. Ela faz parte de um
conjunto de palavras e expressões denominadas “arcaísmos”.
10. Com a ajuda do(a) seu(sua) monitor(a), busque, no dicionário, o significado dos
arcaísmos seguintes:
ARCAISMO SIGNIFICADO*
Magote
Ceroula
Quiçá
Alcaide
Outrossim
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Papagaio
(Vinicius Calderoni)
1818
11. No contexto da canção, a expressão “vossa mercê” pode ser substituída por que
outra(s) palavra(s)/expressão(ões)?
Nos Trinques
(Raul Drewnick)
Excetuando a maquiagem
e o ar apalermado
era um morto irretocável
Fonte: https://rauldrewnick.blogspot.com/2017/10/nos-trinques.htmlv Acesso em 07 mar. 2022.
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O império da vaidade
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comparando o tórax com o do vizinho do lado, é uma pessoa movida por uma necessidade
desesperada — precisa ser admirado para conseguir gostar de si próprio. A mulher que
fez da luta contra os cabelos brancos e as rugas seu maior projeto de vida tornou-se a
vítima preferencial de um massacre perpetrado pela indústria de cosméticos. Como foi
demonstrado pela feminista americana Naomi Wolf, o segredo da indústria da boa forma é
que as pessoas nunca ficam em boa forma: os métodos de rejuvenescimento não impedem o
envelhecimento, 90% das pessoas que fazem regime voltam a engordar, e assim por diante.
O que se vende não é um sonho, mas um fracasso, uma angústia, uma derrota.
Estamos atrás de uma beleza frenética, de um padrão externo, fabricado, que não
é neutro nem inocente. Ao longo dos séculos, a beleza sempre esteve associada ao ócio.
As mulheres do Renascimento tinham aquelas formas porque isso mostrava que elas não
trabalhavam. As belas personagens femininas do romantismo brasileiro sempre tinham a pele
branca, alabastrina — qualquer tom mais moreno, como se sabe, já significava escravidão e
trabalho. Beleza é luta de classes. Estamos na fase da beleza ostentatória, que faz questão de
mostrar o dinheiro, o tempo livre para passar tardes em academias e mostra, afinal, quem
nós somos: bonitos, ricos e dignos de ser admirados.
Fonte: LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.
13. Qual a principal reflexão que esse texto apresenta aos seus leitores?
14. De que forma a mídia influencia os indivíduos a estarem sempre buscando uma
suposta perfeição física?
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15. Qual o posicionamento do enunciador acerca do comportamento ambicioso das
indústrias de cosméticos?
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SEÇÃO 2: SEGUINDO EM FRENTE
Olá, Tripulante! Na seção anterior cumprimos nossa primeira rota da viagem rumo
ao Aprender, passando por quatro trajetos importantes. Mas temos algumas milhas para
navegar ainda. Precisamos prosseguir! Nesta etapa da viagem, nosso tesouro continua sendo
desvendar as informações “escondidas” no texto, isto é, inferir informações implícitas,
porém, desta vez, seguiremos nosso trajeto navegando por textos multissemióticos. Esses
textos são aqueles que conjugam linguagem verbal e não verbal, ou seja, vão além da palavra
escrita e utilizam imagens, cores etc., a exemplo das tirinhas, charges e memes.
Mapa do tesouro
Nesta segunda rota (seção), nosso mapa do tesouro indica que passaremos pelos
seguintes trajetos (processos e etapas de aprendizagem):
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Fonte: https://static1.squarespace.com/static/5c9d48d22a6e0000019263e4/t/5ca37829105b2753d0ec96c2/1554217001
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QUADRINHO AÇÕES
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Fonte: https://www.instagram.com/dukechargista/ Acesso em 05 mar. 2022.
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Tarefa 3 – Trajeto: inferir ideias, opiniões, posicionamentos ou
fatos subjacentes a textos multissemióticos simples
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SEÇÃO 3: DESBRAVANDO MARES
Hei, Tripulante! Nossa viagem está perto de acabar, mas temos ainda um mar cheio de
redemoinhos para desbravar e vencer! Nesta etapa da nossa viagem, o desafio é um pouquinho
maior, pois você deverá aprender a inferir e justificar, em textos multissemióticos (tirinhas,
charges, memes, gifs etc.), o efeito de humor e/ou ironia pelo uso ambíguo de palavras,
expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
Parece complicado, mas não é! O humor e a ironia são uma das formas de nos fazer rir
quando lemos ou produzimos um texto, enquanto a ambiguidade é uma forma de atribuir,
digamos, duplo sentido ao que comunicamos. Vista o colete e vamos nessa!
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Fonte: https://conversadeportugues.com.br/2016/03/ambiguidade-como-recurso-expressivo/
Acesso em: 02 mar. 2022.
2. Ao analisar mais cuidadosamente toda a imagem, que outro sentido pode ser inferido
a partir da expressão “tudo em cima”?
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pontuação etc. Preste atenção à tirinha de Dona Anésia, a seguir, e responda as perguntas
que se pede.
3. Dona Anésia é um personagem de tirinha do artista Will Leite, que se caracteriza como
uma idosa que diz o que vem à cabeça. Com base na tirinha e levando em consideração
todo o texto, preencha na tabela, a seguir, as possíveis emoções que as reações do rosto
de sua filha deixam transparecer nos quatro quadrinhos.
QUADRINHO REAÇÃO
1
30
30
4. Com base nas características físicas do rosto de Dona Anésia, como você caracterizaria
a personalidade da idosa?
Neste trajeto, ainda exploraremos textos multissemióticos, mas agora a ênfase será a
habilidade de desvendar o efeito de humor ou ironia provocado pelo uso ambíguo (duplo
sentido) de palavras, expressões ou imagens. Com isso, alcançaremos o tesouro pelo qual
estamos buscando desde as seções anteriores: inferir informações implícitas em textos
diversos. Neste trajeto, você lerá duas tirinhas e responderá às questões relacionadas a elas.
A primeira delas explora o humor. Então, vamos lá!
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5. Qual é o fator gerador de humor?
Psiu, Tripulante! Agora vamos à segunda tirinha. Nela, vamos explorar a ironia. Por falar
nisso, a ironia é uma figura de linguagem que ocorre quando, em determinado contexto, há
o uso de expressões ou gestos que dão a entender o contrário ou algo diferente do significado
literal ou real.
Fonte: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/post/47550656709/por-jim-davis-wwwgarfieldcom
Acesso em 05 mar. 2022.
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9. Em que quadrinho há ocorrência de ironia?
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SEÇÃO 4: DESEMBARCANDO EM TERRA FIRME
Caro(a) Tripulante, parabéns por ter encontrado o tesouro das informações ocultas
no texto nas seções anteriores. A viagem foi incrível e olha quanta coisa aprendemos até
aqui! Passamos por vários trajetos, vencemos alguns redemoinhos, reajustamos algumas
rotas... Ufa! Foi uma viagem e tanto! Agora precisamos contar para todo mundo esse grande
feito. Para isso, precisamos exercitar nossa habilidade de reconhecer, quanto à leitura, os
elementos que compõem uma narrativa e inseri-los adequadamente nos textos que também
vamos produzir.
Você não vai acreditar, mas também temos um mapa do tesouro para a última
rota dessa nossa viagem! Para poder contar o grande feito que foi encontrar o tesouro
das informações implícitas nos textos, precisamos realizar três trajetos para, finalmente,
podermos desembarcar em terra firme, com segurança e com a bagagem necessária para
prosseguir com novas viagens, desbravando outros mares da Linguagem e desfrutar das
belezas que o Aprender nos reserva! Nossos últimos trajetos são estes:
Neste trajeto, caro(a) Tripulante, você irá exercitar, quanto à leitura, a habilidade de
identificar os elementos que compõem uma narrativa, a exemplo do enredo, personagem,
tempo e espaço. Além disso, é interessante também saber usar esse conhecimento na hora de
contar situações e fatos que ocorreram no nosso cotidiano. Assim, você também será levado
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a produzir pequenos textos em que deverá inserir adequadamente esses elementos.
A narração é um modo de organização de texto cujo conteúdo está vinculado, em geral,
às ações ou acontecimentos contados por um narrador. São exemplos de textos narrativos:
fábulas, notícias, contos, fofocas etc. Esse tipo de texto, apresenta basicamente os seguintes
elementos:
O fim do plantão foi especial para o pediatra Marco Antônio Alvim de Oliveira, de
54 anos, que integra a equipe da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da Santa Casa de
Araçatuba (SP). O médico cumpriu a promessa que fez a Pablo Henrique Ferreira da Silva,
de 9 anos, de visitá-lo vestido do super-herói Batman. O menino estava internado desde
o dia 14 de novembro após ser atropelado por um carro enquanto andava de bicicleta. O
motorista fugiu sem prestar socorro. A vítima teve traumatismo craniano e fraturas pelo
corpo e passou vários dias em coma induzido e tratamento na UTI Neonatal e Pediátrica.
Ele teve alta no sábado (19).
Em entrevista ao G1, o pediatra contou que em um dos plantões fez a promessa
a Pablo, que é apaixonado pelo Batman, de visitá-lo vestido do personagem quando ele
se recuperasse. “Quando ele começou a mostrar alguns sinais de melhora, ele já tinha
conseguido sair do respirador. Então, cheguei a comentar com a mãe: ‘se ele se recuperar, eu
me visto de Batman e vou visitá-lo no hospital’. No dia que eu fiz essa promessa, ele ficou
sentado na cama”, conta.
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Segundo o médico, a evolução do quadro foi constante e permitiu que o paciente fosse
transferido da UTI para a enfermaria menos de uma semana depois. Com isso, a promessa
foi cumprida na quinta-feira (17), dois dias antes de Pablo ir para casa. “Eu já fazia algumas
outras atividades nesse sentido em outros hospitais. Foi muito legal poder estimulá-lo, ver
essa melhora e a satisfação dele em ver o personagem e ter cumprido essa promessa que eu
fiz para ele. Para mim, foi muito prazeroso”.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2020/12/23/medico-se-fantasia-de-
batman-para-cumprir-promessa-a-menino-que-se-recuperou-de-atropelamento-video.ghtml
Acesso em 03 mar. 2022 [texto adaptado].
Enredo
Personagens
Tempo
Espaço
2. Agora que você já leu uma notícia, já sabe quais os elementos que compõe esse tipo de
texto, vamos colocar mãos à obra? Produza sua própria notícia sobre algum fato que
tenha ocorrido no seu bairro, na sua escola ou no contexto em que você vive. Você é o
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repórter agora! Antes, com a ajuda do(a) monitor(a), faça seu planejamento de escrita.
No trajeto anterior, vimos que o narrador é a voz que conta a história, o fato, a
notícia etc. Ele funciona como um mediador entre a história narrada e o leitor, ouvinte ou
espectador. Desta vez, veremos que, dependendo do ponto de vista desse narrador, podemos
ter três modos de contar e de organizar o que é contado. A isso, damos o nome de foco
narrativo:
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Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, “Histórias Vividas”, uma imponente
gravura. Representava ela uma jiboia que engolia uma fera. Eis a cópia do desenho.
Narrador-obser vador: é o que conta uma história como alguém que observa o que
acontece. Transmite apenas os fatos que consegue observar e conta a narrativa em 3ª
pessoa
Da porta de casa Dorothy só via a planície cinzenta e enrugada que se escondia até o horizonte sem uma árvore,
sem uma árvore, sem uma vila. Até o capim era raro e mirrado e tinha o mesmo tom cinzento que caracterizava
planície.
Narrador onisciente: é o que tem total domínio dos fatos e dos personagens. Deles,
conhece o presente, passado e o futuro, seus pensamentos e sentimentos. Também
conta a narrativa em 3ª pessoa
Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago sem ter nada para fazer :
uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro, que a irmã estava lendo, mas o livro não tinha desenhos, nem diá-
logos. “E de que serve um livro”, pensou Alice, “sem desenhos ou diálogos?”
[...] Narizinho teria ficado ali a vida inteira, examinando uma por uma, todas aquelas
joias, se um peixinho de rabo vermelho não viesse da parte do príncipe dizer que o jantar
estava na mesa.
Foi correndo e achou a sala de jantar ainda mais bonita que a sala do trono. Sentou-se
ao lado do príncipe e gabou muito a arrumação da mesa.
— Artes das senhoras sardinhas — disse ele. — São as melhores arrumadeiras do
reino.
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A menina pensou consigo: “Não é à toa que sabem arrumar-se tão direitinhas dentro
das latas...” Vieram os primeiros pratos — costeletas de camarão, filés de marisco, omeletes
de ovos de beija-flor, linguiça de minhoca – um petisco de que o príncipe gostava muito.
Enquanto comiam, uma excelente orquestra de cigarras e pernilongos tocava a música
do fium, regida pelo maestro Tangará, de batuta no bico. Nos intervalos três vaga-lumes de
circo fizeram mágicas lindas, entre as quais foi muito apreciada a de comer fogo. [...]
LOBATO, M. Reinações de Narizinho. SP: Ciranda Cultural, 2019
5. Agora, transcreva a porção textual (frase, parágrafo etc.) que você considerou para
identificar o foco narrativo na questão anterior:
A viagem
(Beatriz Ferreira Noble)
No meu aniversário, fui viajar com o meu tio, com a minha tia e o com meu irmão.
Planejávamos ir a Porto de Galinhas. Contudo havia um probleminha: teríamos de ir de
avião. Quando fiquei sabendo, desisti da viagem, “vai que aquele avião cai!?”
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Percebi que se eu pensasse assim, não ia poder fazer nada na vida!
- Vamos andar de bicicleta?
- Não! Vai que caia e me machuque!
- Vamos à montanha-russa?
- Não! Vai que ela quebre!
Então, decidi e falei que ia viajar e ia superar o meu medo...
Até que o dia da viagem chegou. Estava nervosa, aflita, tremendo... Saí de casa, indo
de táxi ao aeroporto de Congonhas.
No local, fazendo o check-in, não havia ninguém na fila, foi rápido. Estávamos
sentados em frente de onde iríamos embarcar.
Depois de uns dez minutos, chamaram o meu voo. Fiquei na frente do avião, não
sabia o que fazer: chorar, andar ou voltar.
Determinado momento, tive de entrar. Sentei-me em meu lugar e o avião decolou.
Nada de medo. Até comi meu lanchinho, estava uma delícia...
Ocorreu tudo bem.
A partir daquele momento, não tive mais medo de avião. Inclusive gosto de estar nele.
Fonte: http://escolabarifaldi.blogspot.com/2011/03/relato-pessoal.html
Acesso em 04 mar. 2022 [texto adaptado].
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Agora que você aprendeu o que é o foco narrativo, vamos exercitar também a
habilidade de identificar os tipos de discursos que encontramos em uma narrativa. Você já
ouviu falar em discurso direto e discurso indireto? Pois bem, recorremos a esses tipos de
discurso quando queremos “dar voz” ou expressar um pensamento do personagem em uma
narrativa. Existe também o chamado discurso indireto livre, mas não vamos trabalhá-lo
por enquanto.
Tia Em largou o trabalho e foi até a porta. Deu uma olhda na planíce, viu o perigo iminente e gritou para Doro-
thy:
― Depressa para o portão!
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Discurso indireto: a fala ou o pensamento é incorporada ao discurso do narrador, é
reproduzida sem a preocupação de estar exatamente como o personagem expressou. Não
há destaques em relação ao uso de dois-pontos, aspas ou travessão. os verbos de elocução
também são usados, porém, separam-se da fala dos personagens pelo uso de palavras
como “que”, “se”, “por que”, “onde”, entre outras.
Dorothy concordou com o gesto e começou a comer. A pedido do Espantalho, falou sobre Kansas, da
planície cinzenta e de como ciclone a transportara até aquele estranho país.
9. Releia o segundo parágrafo da notícia Médico se fantasia de Batman para cumprir promessa
a menino que se recuperou de atropelamento. Nela há trechos em discurso direto e indireto.
Você deverá passar de um para o outro, isto é, os trechos que você identificar como
discurso direto você deverá transformar em discurso indireto e vice-versa, fazendo os
ajustes e os acréscimos necessários.
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ele se recuperasse. “Quando ele começou a mostrar alguns sinais de melhora, ele
já tinha conseguido sair do respirador. Então, cheguei a comentar com a mãe: ‘se
ele se recuperar, eu me visto de Batman e vou visitá-lo no hospital’. No dia que
eu fiz essa promessa, ele ficou sentado na cama”, conta.
No primeiro trajeto, vimos que o enredo é o conjunto de fatos ligados entre si que
fundamentam a ação da narrativa. Agora, veremos que a forma mais comum de organizar o
enredo de uma narrativa é considerando a seguinte estrutura:
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Nesse último trajeto, quanto à leitura, trabalharemos a habilidade de identificar o
conflito gerador, o clímax e a resolução de uma narrativa. Quanto à escrita, você exercitará a
habilidade de estabelecer esses elementos no texto produzido. Na sequência, você encontrará
uma fábula de origem moçambicana. Leia-a e, após a leitura, responda o que se pede.
Era uma vez um Coelho, um Macaco e uma Gazela. E para começar, o Coelho
foi aquecer água e depois introduziu-se no recipiente com água quente. Tendo sentido o
aquecimento, pediu ao Macaco e à Gazela que o retirassem da panela. Em seguida, foi a vez
do Macaco entrar na panela para se aquecer de igual modo, como tinha acontecido com o
Coelho. O Macaco, após sentir um aquecimento agudo, pediu aos colegas que o retirassem
também da panela.
Por último, foi a vez da Gazela que ficou na água por pouco tempo e que em seguida
pediu que saísse, pois pretendia melhor conservar os seus chifres. No entanto, o Macaco e
o Coelho não a deixaram sair. Assim, a Gazela ferveu dentro da panela e o Macaco comeu a
carne dela. O Coelho apoderou-se de um dos chifres da gazela e pôs-se a cantar:
Estou a tocar a mbira* de mão
Cala-te.
Éramos procurados com o Coelho.
Cala-te.
A Gazela foi morta
Cala-te.
Pelo Macaco.
Cala-te.
Moral da fábula: quando estamos vivendo em sociedade não podemos fazer mal aos
outros. Os três combinaram para entrarem na água quente, mas houve traição do Coelho.
As pessoas quando vivem em comunidade devem fazer o bem.
Fonte: http://contafrica.org/pt/contes/conte-pt/mbaha-na-dzindhede-ma-mbhwembue#storyHeader
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10. Assim como a notícia, a fábula é um tipo de narrativa em que também há os elementos:
enredo, personagens, tempo, espaço. Esse gênero textual também possui uma sequência
narrativa, ou seja, características que cumprem o papel de início, desenvolvimento e
conclusão. Também com a ajuda do(a) monitor(a), preencha a tabela a seguir com base
nas informações da fábula moçambicana.
Situação inicial
Clímax
11. Agora que você já leu uma fábula, já sabe como se estrutura o enredo, vamos, também,
colocar mãos à obra. Produza sua própria fábula, a temática é livre. Antes, com a ajuda
do(a) monitor(a), faça seu planejamento de escrita. Deixe a criatividade fluir!
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CITAÇÕES
BAUM, F. O mágico de Oz. RJ: Ediouro, 2006
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
CARROLL, L. Alice no país das maravilhas. Porto Alegre: L&MP, 2014.
SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. RJ: Pocket Ouro, 2008.
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