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TEMA
Riscos Financeiros e Bancários
Discente:
Eduardo Inácio Vilanculo
Luísa Ana Manuel
Regina Daniel Chaúque
Vanessa Agostinho Langa
Neste presente trabalho visamos abordar sobre os riscos financeiros e bancários, debruçar sobre os
tipos bem como as fases da gestão de risco bancário e tem como objectivo mostrar a importância
da gestão de risco nas instituições financeiras.
Toda empresa enfrenta certos tipos de riscos financeiros. Tais riscos têm a ver com as operações
financeiras da organização e envolvem retornos em investimentos e negociações abaixo das
expectativas, além de problemas na gestão do fluxo de caixa.
2. Risco financeiro
O Risco Financeiro é a possibilidade de prejuízo em decorrência de transações financeiras e
operações de investimentos, sejam os agentes pessoa física ou jurídica.
A gestão dos riscos no sector bancário normalmente associada a uma unidade dentro da
organização com reporte directo à administração é ou deve ser uma das principais atribuições de
fiscalização efectiva dos reguladores bancários pelo potencial de destruição de uma instituição ou
de um sector sensível, como é o financeiro.
O risco de liquidez é o tipo mais comum de risco. Relaciona-se com o descasamento de fluxos
financeiros ativos e passivos e seus reflexos sobre a capacidade financeira da instituição em obter
ativos e honrar suas obrigações.
Os controles de risco de liquidez foram objeto de estudos, que determinou que as instituições
financeiras deveriam manter sistemas de controle estruturados em consonância com seus perfis
operacionais, que permitam o acompanhamento permanente das posições assumidas em todas as
operações praticadas nos mercados financeiro e de capitais, de forma a evidenciar o risco de
liquidez decorrente das atividades por elas desenvolvidas.
A Resolução determina ainda que as instituições financeiras devem estar capacitadas a identificar
os riscos da cada instituição individualmente, bem como os riscos do conglomerado.
Um dos tipos de risco financeiro mais significativos é aquele relacionado ao crédito. Esse risco
tem a ver com a confiabilidade financeira que uma empresa apresenta diante de um credor, ou seja,
às perdas que o credor possa ter ao fornecer crédito a um devedor inadimplente, que não honre
seus compromissos na data ajustada.
A importância na gestão de risco de crédito faz com que os bancos analisem o cliente antes da
concessão do crédito, para que possam minimizar os riscos da operação de crédito e por
consequência garantir maior lucro, premissa básica das Instituições Financeiras.
Sabe-se que os riscos nas operações de crédito estão diretamente ligados às taxas de juros
praticadas no mercado. Em uma época em que há um grande incentivo à tomada de crédito para
aquecer a economia, e que as Instituições Financeiras tentam atrair cada cliente com oferta de juros
menores, essa análise de crédito tem que ser cada vez mais precisa, para que possa minimizar os
riscos e assim competir com juros mais baixos, ganhando mercado.
Sistema especialista, a decisão fica a cargo do gerente de crédito que analisa cinco fatores:
caráter, capacidade, capital, garantia e condições de pagamento, e atribui um peso subjetivo a
cada fator, que formará a decisão de crédito (Saunders 2000).
Quando falamos em riscos operacionais em uma empresa, estamos nos referindo a prejuízos
advindos de funcionários, sistemas, processos e factores externos.
Atente-se para o bom funcionamento e a boa qualidade dos equipamentos utilizados, a eficiência
dos funcionários e, em especial, para a área de tecnologia: ela é um fator muito importante
actualmente, ou seja, é o risco dos impactos directos e indirectos, resultantes de factores humanos,
da inadequação ou falha de processos e da ausência de sistemas internos ou da ocorrência de
eventos externos, designadamente naturais, mas não só.
2.2.4. Risco de Mercado
II - sistemas para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as
operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, os quais devem
abranger todas as fontes relevantes de risco de mercado e gerar relatórios tempestivos para a
diretoria da instituição;
III - realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de que trata
o inciso II;
IV - identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades e produtos e análise prévia de sua
adequação aos procedimentos e controles adotados pela instituição;
Em termos de riscos financeiros de uma empresa, o mercado cambial não pode ser minimizado,
visto que é o maior mercado financeiro existente.
Este mercado realiza operações através dos maiores bancos comerciais do mundo, sendo a taxa de
câmbio correspondente ao valor obtido na troca de uma moeda por outra.
Riscos do mercado financeiro de câmbio são ligados às oscilações nas taxas de câmbio, que
ameaçam as finanças das empresas nacionais em negociações com o Exterior. Ou seja: a incerteza
quanto ao valor de uma moeda é o maior risco.uma das formas de diminuir esse risco é fazendo
Planeamento estratégico e gerenciamento eficaz que propiciam maior segurança em negociações
envolvendo moedas diferentes, com redução de custos e mais lucros.
Qualquer financiamento envolve riscos, tanto para quem o concede como para quem o contrata.
Por isso, esse é mais um dos tipos de risco financeiro que qualquer empresa enfrenta.
Enfim, é impossível evitar certos riscos financeiros de uma empresa, mas é possível gerenciá-los,
avaliá-los e mensurá-los. Esse processo pode ser realizado com probabilidades e estatísticas que
identifiquem processos e situações problemáticos.
2.2.8. Risco Regulatório ou Legal
Trata-se de um risco diretamente ligado ao Banco Central e ao Conselho Monetário Nacional, que
devem se precaver de todas as formas antes de promoverem alterações na política do Sistema
Financeiro Nacional.
O conceito de risco moral (moral hazard) se refere à possibilidade de que um agente econômico
mude seu comportamento de acordo com os diferentes contextos nos quais ocorre uma transação
econômica. Corresponde ao comportamento do agente econômico de assumir mais riscos, tanto
quanto maior for o aparato de proteção.
Trata-se de um tema bastante controvertido. Até que ponto, ao socorrer os bancos, o governo
estimularia esses agentes a proceder com outros empréstimos inviáveis, na expectativa de que, se
algo der errado, eles voltarão a ter ajuda do Estado?
A questão voltou à tona recentemente com a crise americana, quando o FED (Federal Reserve),
que é o Banco Central americano, injetou alguns milhões de dólares nas instituições financeiras,
visando evitar a quebra de alguns bancos que apresentavam risco de liquidez.
O risco sistêmico caracteriza-se quando a instituição financeira que não tenha recursos suficientes
deixa de pagar outra, causando o chamado efeito dominó, levando ao colapso todo o sistema
financeiro.
2.11. Risco Estratégico
Considerado geralmente como a maior ameaça das instituições financeiras, pelo cariz fiduciário
das operações com os clientes, credores e o mercado em geral. Traduz-se na probabilidade de
ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de uma percepção
negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes,
fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores, órgãos de comunicação social ou
pela opinião pública em geral.
Além dos riscos que ocorrem na concessão do crédito, há os riscos que existem até que o tomador
honre com todos os compromissos assumidos, até que o tomador pague a última parcela. Um
crédito concedido sem uma análise precisa traz para a instituição financeira perdas no patrimônio
da instituição, traz um provisionamento de devedores duvidosos, seu esforço para captar recursos
no mercado, aplicar estes recursos, gerar receitas, vai ser prejudicado pela perda dos valores
concedidos. A participação da inadimplência na composição da sua taxa de juros vai aumentar, e
ela será obrigada a diminuir seu ganho líquido ou aumentar a taxa de juro praticada, o que a faria
perder receita e também perder mercado, já que o que mais diferencia uma instituição financeira
de outra nos dias de hoje são as taxas por elas praticadas.
As Instituições Financeiras vêm com o passar dos anos aprimorando sua forma de gestão de riscos,
e essa reestruturação está deixando cada fez mais complexa essa atividade. Estas Instituições
Financeiras são muito importantes tanto para as empresas como para a sociedade em geral, pois
movimentam os recursos financeiros do mercado, disponibilizando-os para os toabalhmadores que
deles necessitam (VIEIRA, 2007).
Outro ponto importante demonstrado foi o provisionamento de valores decorrentes das operações
de crédito. Estes provisionamentos podem ser sobre as operações normais que apesar de recolher
uma porcentagem da operação, não impacta de forma tão significativa para a instituição já que à
medida que as parcelas vão sendo quitadas os valores vão diminuindo até seu saldo zerar.
4. Referência Bibliográfica
AMARAL, Isis de Castro. NEVES, Mateus de Carvalho Reis. FREITAS, Alan Ferreira de.
BRAGA, Marcelo José. Gerenciamento dos Riscos Operacionais: Os métodos utilizados
por uma cooperativa de crédito. Revista USP: São Paulo, 2009.
BLATT. Adriano. Avaliação de risco e decisão de crédito: um enfoque prático. São Paulo:
Nobel, 1999.
https://www.webartigos.com/artigos/riscos-bancarios/11583
https://finnet.com.br/5-tipos-de-riscos-financeiros-para-voce-ter-sob-controle/