Você está na página 1de 11

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Centro Aberto de Ensino a Distância


2º Ano, IIº Semestre

Disciplina: Finanças Públicas

Tema: Tesouro Público

Discente:

Arnâncio José Macumbuie

Fenando Paulo

Inês Manjate
Docente:
Olívia Suzana de Almeida Machia
dr. Amarildo Jaime Muchanga

Xai-Xai, Setembro de 2022


Arnâncio José Macumbuie

Fenando Paulo

Inês Manjate

Olívia Suzana de Almeida Machia

Tesouro Público

Instituto Superior e Gestão de Negócios

Xai-xai, , Setembro de 2022


Índice

Introdução .................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral .............................................................................................................................. 4
1.1.2. Específicos .................................................................................................................... 4
1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 4
2. Tesouro Público .................................................................................................................... 5
2.1. Conceitos .......................................................................................................................... 5
2.2. Princípios do Tesouro Público .......................................................................................... 5
2.3. Orçamento e plano de Tesouraria ..................................................................................... 5
2.4. Atribuições e competências do Tesouro Público .............................................................. 6
2.5. Operações de tesouraria .................................................................................................... 6
3. Conta única ........................................................................................................................... 7
3.1. Estrutura da Conta única ................................................................................................... 7
3.2. Abrangência da Conta única ............................................................................................. 8
3.3. Benefícios da conta única na gestão das finanças do Estado ............................................ 8
Bibliografia ................................................................................................................................ 11
4

Introdução
O presente trabalho tem como tema o Tesouro Público: Tesouro Público Compreende os direitos,
as garantias e obrigações da responsabilidade do Estado e tem pôr objecto a elaboração da
programação financeira, os desembolsos e pagamentos relativos à execução orçamental e
financeira (UTRAFE 2003, p. 11). A centralização dos fundos do tesouro público em um sistema
de conta única é prática internacionalmente reconhecida como essencial para a gestão eficiente
das disponibilidades de caixa de qualquer governo.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender o tesouro público.
1.1.2. Específicos
 Apesentar as atribuições e competências do tesouro público;
 Apesentar a relação entre a conta única e tesouro público.
1.2. Metodologia

No concerne a questão metodológica e técnicas de pesquisas adoptou se a pesquisa bibliografia


que obedeceu a selecção de obras que de forma profunda ou superficial abordagem o tema;
recolha de informações, analise, discussão, sistematização, do trabalho final.
5

2. Tesouro Público
2.1.Conceitos
Segundo UTRAFE1 (2003, p. 11) Tesouro Público Compreende os direitos, as garantias e
obrigações da responsabilidade do Estado e tem pôr objecto a elaboração da programação
financeira, os desembolsos e pagamentos relativos à execução orçamental e financeira.

2.2. Princípios do Tesouro Público


Segundo UTRAFE (2003, p. 14) são princípios do Tesouro Público:

 Unidade de Tesouraria - Todos os recursos deve ser centralizada com vista a uma maior
capacidade de gestão, dentro dos princípios de eficácia, eficiência e economicidade,
abrangendo, este princípio, todos os fundos de origem fiscal e não fiscal, bem como os
provenientes de operações de crédito legalmente autorizadas.
 Equilíbrios de Tesouraria - As entradas de recursos devem ser iguais ou superiores às
saídas de recursos. A cobrança de todas as receitas deve ser realizada observando o
referido princípio.
2.3. Orçamento e plano de Tesouraria
UTRAFE (2003, p. 19) a elaboração do Orçamento de Tesouraria e do Plano de Tesouraria
compete ao Subsistema do Tesouro Público e é realizada de forma a canalizar as informações
necessárias à sua elaboração, quer de informações sobre as previsões que são informadas pelos
Órgãos competentes, quer dos registos contabilísticos da execução orçamental e financeira.

Orçamento de Tesouraria - estabelece a programação financeira para o exercício económico,


trimestralmente, desagregado por mês, objectivando priorizar as disponibilidades de dotação às
UGE para apoiar as despesas dos órgãos e instituições do Estado.

Planos de Tesouraria - estabelecem a programação financeira para o trimestre aprovado do


Orçamento da Tesouraria, mensalmente, desagregado por semana, objectivando disponibilizar
recursos financeiros às UGE para pagar as despesas realizadas pelos órgãos e instituições do
Estado.

1
Unidade Técnica da Reforma da Administração Financeira do Estado.
6

2.4.Atribuições e competências do Tesouro Público


Segundo UTRAFE (2003, p. 22) são atribuições da Superintendência do Tesouro Público:

 Autorizar a abertura de contas bancárias dos órgãos da administração directa, das


autarquias, fundações e dos fundos especiais;
 Controlar a Conta Única e todas as contas bancárias administradas pela Superintendência
do Tesouro Público;
 Efectuar a aplicação dos saldos financeiros e controlar seus rendimentos.
E compete à Superintendência do Tesouro Público:

 Administrar a Conta Única do Tesouro Estadual e outras que sejam de sua


responsabilidade;
 Estruturar, manter e articular o Sistema de Administração das Finanças Estaduais,
envolvendo os órgãos sectoriais de programação financeira, com o objectivo de dar
suporte à execução eficiente da despesa pública;
 Administrar, controlar, avaliar e normatizar os sistemas informatizados relativos aos
processos do Tesouro Estadual;
 Emitir as Ordens de Provisão Financeira.
2.5. Operações de tesouraria
Segundo UTRAFE (2003, p. 26) a tesouraria operacionaliza-se em duas formas: tesouraria a
crédito e a débito.

Operação de tesouraria a crédito - consiste na entrada de recursos oriundos de diversos


depósitos não classificados como receita orçamental, os quais originam obrigações para
pagamento futuro, tais como: Valores Recebidos em Depósito; Vales e Ordens Postais.

Operação de tesouraria a débito - consiste na saída de recursos financeiros do Tesouro para


atender pagamento de despesas imprevistas para as quais não existe cobertura orçamental,
quando autorizadas por autoridade competente, cujas regularizações devem ocorrer até o
encerramento do exercício económico.
7

3. Conta única
A execução financeira do Orçamento do Estado tem como um dos seu instrumentos básicos a
Conta Única do Tesouro (CUT), que tem como objectivo permitir a racionalização do uso dos
recursos financeiros do Tesouro.

Segundo SEFAZ (2017, p. 12) conta única é o mecanismo utilizado para atender o princípio da
Unidade de Tesouraria, bem como para racionalizar o uso dos recursos financeiros do Estado,
através do qual se movimenta a recolha da receita, assim como os pagamentos de despesas, seja
qual for a sua proveniência ou natureza.

Para UTRAFE (2003, p. 34) a conta Única do Tesouro público é um sistema constituído por
conta bancária única em instituição financeira contactada pelo Estado e por contas escriturais no
sistema de contabilidade do Estado, compreendendo também o conjunto de normas, processos
operacionais e sistemas para gerenciamento e movimentação dos recursos depositados na Conta
Única do Tesouro público.

Segundo o mesmo autor o Tesouro público não se apropria dos recursos próprios dos órgãos
depositados na Conta Única. Os mecanismos de individualização dos fundos e de gestão das
disponibilidades da conta única propiciam os meios para que o Tesouro garanta a titularidade e a
disponibilidade dos recursos próprios dos órgãos. Por estes instrumentos, os recursos próprios são
identificados e classificados contabilmente em conta de disponibilidade financeira do próprio
órgão titular dos recursos.

3.1. Estrutura da Conta única


Seguindo UTRAFE (2003, p. 34) o Sistema da Conta Única do Tesouro Público é constituído
por conta bancária única (conta principal) em instituição financeira contratada pelo Estado e pelas
contas escriturais no sistema de contabilidade do Estado, disciplinadas pela Secretaria da
Fazenda.

Compõem também esse sistema o conjunto de normas, processos operacionais e sistemas


informáticos de gerenciamento e movimentação dos recursos depositados na Conta Única do
Tesouro Estadual. Compõem o Sistema da Conta Única tanto os recursos da conta principal do
Tesouro junto a seu agente financeiro, quanto os recursos mantidos pelo Estado em outras contas
8

bancárias, que deverão migrar para aquela conta mas que, devido a limitações operacionais,
normativas ou contratuais, ainda não tenham sido incorporados à mesma.

As contas escriturais têm por finalidade permitir o acompanhamento detalhado de determinados


montantes de recursos que, por sua origem, natureza ou destinação de uso, requerem
gerenciamento destacado, como nos casos das vinculações de receitas para determinados fins, ou
dos recursos próprios dos órgãos ou entidades.

3.2.Abrangência da Conta única


De acordo com Segundo SEFAZ (2017, p. 17), a Conta Única do Tesouro público deverá acolher
todos os recursos originários do orçamento do Estado, independentemente das fontes de recursos,
dos seus titulares ou beneficiários, das vinculações de gasto e dos agentes arrecadadores, com
excepção dos recursos provenientes de capitalização do Regime de Previdência do Estado de
Goiás, operações de crédito, convénios e aqueles originários da estrutura de assistência em saúde
dos servidores públicos estaduais.

3.3.Benefícios da conta única na gestão das finanças do Estado


Segundo SEFAZ (2017, p. 23) são de três naturezas os benefícios de implantação da Conta
Única: financeiros, operacionais e de transparência.

Como benefícios financeiros destacam-se: i) melhoria da capacidade de programação do fluxo de


caixa do Tesouro, facilitando garantir tempestivamente os recursos para o cumprimento dos
compromissos financeiros do Estado; ii) maximização dos rendimentos de aplicação de
disponibilidades temporárias de recursos, eliminando-se a ociosidade de fundos em contas
bancárias e obtendo-se rendimentos mais elevados em decorrência do maior volume dos recursos
aplicados; iii) redução dos custos associados a atrasos de pagamentos (juros e multas) e dos
custos de financiamento de déficits temporários; e iv) eliminação de trâmite de recursos pela rede
bancária nos casos de pagamentos entre órgãos integrantes da Conta Única.

Como benefícios operacionais destacam-se: i) a intensificação do emprego de tecnologia no


processo operacional, eliminando actividades manuais e erros de processamento; ii) maior
celeridade na execução das actividades; e iii) encerramento de centenas de contas bancárias e de
todas as actividades pertinentes à movimentação e conciliação dessas contas.
9

A maior transparência decorre da centralização em uma só conta e da celeridade nos registos de


seus saldos e movimentos nos sistemas de gestão financeira do Estado.
10

Conclusão

Chegado no final da pesquisa conclui-se que o tesouro público não se apropria dos recursos
próprios dos órgãos depositados na Conta Única. Os mecanismos de individualização dos fundos
e de gestão das disponibilidades da conta única propiciam os meios para que o Tesouro garanta a
titularidade e a disponibilidade dos recursos próprios dos órgãos. Por estes instrumentos, os
recursos próprios são identificados e classificados contabilmente em conta de disponibilidade
financeira do próprio órgão titular dos recursos.
11

Bibliografia

UTRAFE (2003). Modelo conceptual do SISTAFE: Detalhamento dos Subsistemas do Tesouro,


do Orçamento e da Contabilidade. Maputo: MPF.

SEFAZ (2017). Conta única tesouro estadual manual operacional. Goiás: SEFAZ-GO.

Você também pode gostar