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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver,


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a
vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa
economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas,
empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e
a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos
ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa e criatividade e
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão
para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra


no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como
objectivos:

 Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
 Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante.
 Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos
como para o mercado de trabalho e auto emprego.
 Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


 O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
 Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
 O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
 Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do


mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros
desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético,
de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os
seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de
tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;

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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual,
mas também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é,
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de
diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se,
assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus
conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica e
criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de
conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita,
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como
cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do
país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem
com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;

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g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.

(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações em


que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver limpa e
promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas
forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27

Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade,


humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor
próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá
estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias
ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema
parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos
temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes
dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver
com os outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares

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sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas
transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as


disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante
nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa
situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou
lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso
da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na


família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para
a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para
a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

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O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

 organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,


habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;
 encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de
outras áreas do saber;
 acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
 criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;
 avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa
pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste
sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade
se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas
próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá
envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e
correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de


análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um
centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação,
reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e


aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar

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implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da
heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e


utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela
integração social e vocação profissional.

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O ensino da disciplina de História na 11ª classe

Este é o Programa da disciplina de História da 11ª Classe. Este Programa de Ensino foi elaborado a
partir do que vigorou até 2008. No geral os conteúdos não sofreram grandes alterações. Alguns foram
eliminados, outros reorientados para uma abordagem centrada em África em geral e Moçambique em
particular.

A disciplina de História, assim como todos os outros devem ter em conta os temas transversais que
deverão ser integrados ao longo da planificação das unidades temáticas. Para complementar a
abordagem dos temas transversais poder-se-ão realizar actividades extracurriculares.
O ensino da disciplina de História deve contribui para o desenvolvimento de atitudes de respeito pelos
direitos e crenças dos outros, de solidariedade, de tolerância, consciência patriótica e vontade de
participar activamente na construção de uma sociedade moçambicana democrática.

O Programa da 11ª Classe é constituído por cinco unidades, nomeadamente:


1- Introdução à História,
2- Invasão, Partilha e ocupação efectiva de África,
3- África no período colonial
4- O Movimento de Libertação Nacional – 1880- 1980,
5- Problemas Africanos de Hoje 1960 – aos nossos dias

Competências a Desenvolver no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral

 Usa a terminologia da disciplina de História para descrever acontecimentos sócio-históricos;


 Usa as línguas (portuguesa, inglesa, local e outras) para a recolha e sistematização de informação
de interesse sócio-histórico, cultural e patrimonial;
 Busca permanentemente estratégias independentes de aprendizagem e de informação em
diferentes meios para aprofundar seu conhecimento sobre matérias de História Universal, de
África e de Moçambique;
 Relativiza os factos e revela o sentido crítico perante o fluxo de informações que lhe chegam
através de vários meios de comunicação;
 Usa os conhecimentos que possui sobre o mundo, adquiridos quer através das ciências naturais,
quer através das ciências sociais, para analisar e compreender as relações e os laços que unem
homens e mulheres ao seu meio ambiente;
 Participa nos esforços da comunidade e do país na luta contra a pobreza através do seu
envolvimento consciente em acções de produção em seu benefício e da comunidade;
 Tem consciência de ser e pertencer a uma nação dispondo de referências que lhe permitem
situar-se no mundo e respeitar as outras culturas;
 Promove acções visando a defesa dos direitos humanos, de cidadania, da democracia e tolerância
pelas diferenças;

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 Promove o espírito de cooperação inter-pessoal, entre as comunidades e povos;
 Age em conformidade com a lei na gestão e resolução de conflitos sociais;
 Respeita as leis nacionais, internacionais e de cada país;
 Analisa a importância de resolução pacífica dos conflitos
 Participa na organização dos processos político-sociais do país.
 Manifesta solidariedade em relação aos acidentes naturais e humanos.
 Rejeita e participa no combate e consumo de drogas;
 Elabora e divulga textos sobre os efeitos negativos de consumo de drogas;
 Divulga os bons hábitos de saúde na comunidade;
 Participa nos projectos de desenvolvimento da sociedade de forma crítica e responsável;
 Aplica os conhecimentos no desenvolvimento de projectos que beneficiem a sua comunidade e o
país;
 Solidário para com as crianças, idosos e portadores de deficiência;
 Apoia as pessoas portadoras de deficiência, idosos e crianças caso estejam a enfrentar alguma
dificuldade;

Objectivos Gerais do Ciclo

Os objectivos centrais deste Programa de Ensino pode assim resumir-se nos seguintes:
 Analisar criticamente e problematizar os factos sociais;
 dominar os conceitos e outros instrumentos operatórios da História,
 Adquirir hábitos de exigência e de rigor, ensaiando metodologias de investigação
 Reconhecer a relatividade e a constante reconstrução do saber histórico.
 Perceber que a História de África (da África negra, em particular) é parte integrante da História
Universal;
 Reconhecer a existência de factores externos que condicionaram o desenvolvimento do
continente, designadamente a dominação colonial;
 Reconhecer a existência de uma teoria científica sempre em evolução;
 Reflectir criticamente sobre os dados sociais a um domínio de conceitos cada vez mais sólido e a
uma cada vez maior relacionação de acontecimentos, designadamente os acontecimentos de
alcance mundial e os surgidos em África ou com ela relacionados;
 Identificar na História as referências e o papel das suas comunidades no contexto do património
histórico nacional;
 Estabelecer analogias, semelhanças e diferenças entre o eu e o (s) outro (s) nos diversos tempos e
lugares, como a procurarem o sentido das permanências e mudanças culminando com a
compreensão da realidade presente;

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 Analisa os conteúdos da história do país como forma contribuir para fortificar a consciência
patriótica e a unidade nacional;
 Compreender a dinâmica da História do país nos níveis sócio-politico, económico e cultural...

Objectivos de História
 Analisar os elementos fundamentais na definição do conceito de "História" bem como as
condições que explicam o aparecimento da História, incluindo os seus pressupostos desde a
Antiguidade;
 Analisar os pressupostos filosóficos da evolução da História desde as origens até ao século XX;
 Reconhecer os principais representantes das teorias abordadas bem como das correntes
historiográficas estudadas;
 Estudar comparativamente as diversas Correntes Historiográficas e seu processo evolutivo
através de quadros-resumo que mostrem os aspectos inovadores de cada corrente nova, bem
como os aspectos rejeitados das correntes anteriores;
 Explicar a problemática da Historiografia Africana e o seu lugar na História Universal;
 Descrever os fenómenos ligados à invasão do continente africano -factores da invasão, partilha,
conflitos da partilha, Ocupação Efectiva e resistência à ocupação;
 Descrever os fenómenos marcantes ligados e resultantes da colonização do continente africano -
factores e teorias sobre colonização, francesa, belga, inglesa, alemã e portuguesa;
 Narrar os acontecimentos ligados ao Movimento de Libertação Nacional (M.L.N. ). em África;
 Analisar os fenómenos ligados a luta dos países africanos rumo às Independência;
 Discutir sobre os problemas com que os países africanos se debatem após a conquista da
Independência;
 Construir gráficos, tabelas, mapas e frisos cronológicos sobre todos os temas africanos aqui
tratados;
 Identificar as principais figuras que se destacaram nas lutas dos M.L.N. e na luta pela
Independência em África e Moçambique.

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Visão Geral dos conteúdos do Ensino Secundário Geral

11ª Classe 12ª Classe


8ª Classe 9ª Classe 10ª Classe
1- Formação do Sistema 1 - As Contradições 1- Introdução à História, 1. Sobre a periodização da História
1- A História como Ciência Capitalista do Século XV- Imperialistas, dos finais do de Moçambique
XVII século XIX até ao final da Iª
Guerra Mundial
2 - O Capitalismo Industrial 2- O Desenvolvimento 2. Moçambique - Da comunidade
2- Origem e Evolução do e o Movimento Operário Politico no Mundo no início 2- Invasão, Partilha e ocupação de caçadores e recolectores ao
Homem nos séculos XVIII-XIX do século XX efectiva de África, surgimento das sociedades de
exploração
3 - Do Capitalismo 3. Os Estados de Moçambique e a
3- As diferenciações sociais e Industrial (século XVIII- 3 - A II Guerra Mundial – 3- África no Período Colonial penetração mercantil estrangeira
a Formação de Estados XIX) ao Imperialismo fim (1939 – 1945) e o Movimento
do século XIX e início do de Libertação Nacional
século XX
4. As relações sociopolíticas 4 - O Mundo entre a 4- Movimento de Libertação 4. Da dominação colonial em
na Europa e na África entre confrontação e o Nacional e as independências em Moçambique à independência
século V-XV desanuviamento África nacional
5. Problemas africanos de hoje 5. Moçambique pós-independênte
1960- aos nossos dias

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Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 11ª Classe

Unidades Temáticas Conteúdos


Carga
Horária
1- Introdução à História, 1.1. A evolução da Historiografia 24
1.2. Noções sobre Metodologia e Epistemologia
da História
2. A África entre os séc. XV-XIX (revisão) 9
2- Invasão, Partilha e ocupação -A Conferência de Berlim e a partilha de África
efectiva de África, -Antecedentes: o tratado de Zaire
-A partilha e conquista de África
-A resistência africana
-A Periodização da Resistência à dominação
colonial
3- África no período colonial Características Gerais do Colonialismo em 21
África
-Tipos de colónias: de povoamento; de
exploração e protectorados
-A função das colónias para as metrópoles
-Impacto da dominação colonial em África: ao
nível político, ao nível social e ao nível
económico
-Significado do colonialismo em África
4- Movimento de Libertação 3. . Os Movimentos de Libertação Nacional 18
Nacional – 1880- 1980, em África
-O Nacionalismo Africano
-As potências europeias diante do movimento
nacionalista
-Os países africanos rumo à independência
-Nos territórios Ingleses - Gana
-Nos territórios Franceses
-A Conferência de Brazaville
-O papel do RDA e de Houphouet-Boigny
-As independências nas colónias francesas à luz
da lei quadro
-Os territórias belgas -Do Congo ao Zaire
-A actividade política dos nacionalistas
-A crise do pós-independência e a separação de
Catanga
-As Rodésias

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5- Problemas Africanos de Hoje 5. A Unidade africana 9
1960 – aos nossos dias  Da OUA a UA (1963-2000):
 As principais zonas de tensão em África:
- O Sudão
- Marrocos
- O Congo
 Da SADCC (1980) a SADC (1992)

Avaliação 18
Total 99

Distribuição da Carga Horária

Trimestre Unidade Temática Carga


Horária
1º Unidade 1 Introdução à História
Trimestre 24

Avaliação 6
Unidade 2 A Invasão, Partilha e Ocupação Efectiva de África
2º 9

Trimestre

Unidade 3 África no período colonial e o Movimento de Libertação Nacional – 21


1880- 1980
Avaliação 6
3º Unidade 4 Movimento de Libertação Nacional – 1880- 1980
Trimestre 18

Unidade 5. Problemas africanos de hoje 1960-aos nossos dias 9

Avaliação 6

6
Plano temático

Unidade Temática: 1- Introdução à História


Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
O aluno: Horária
1. Historiografia
 Definir o conceito de História  O conceito de "História" e a evolução historiográfica Elabora tabelas comparativas
 Explicar a evolução do pensamento histórico da até ao século XIX. da evolução do pensamento
Antiguidade até ao século XX  A Historiografia do século XIX e XX histórico
 Caracterizar a historiografia greco-romana  A Historiografia Africana: as principais correntes
 Explicar a importância da Bíblia como fonte 24
histórica 1.2. Noções sobre Metodologia e Epistemologia da História Usa correctamente o
 Diferenciar a historiografia judaica da cristã  Noções sobre Metodologia: vocabulário histórico
 Caracterizar a historiografia do iluminismo  Objecto da História para expressar as suas ideais
 Caracterizar a historiografia do século XIX 1.3. Fontes da História.
 Explicar o contributo da Escola dos Annales  Os métodos da História:
para o desenvolvimento do pensamento - A Análise e as suas operações (Heurística,
histórico Crítica e Hermenêutica)
 Mencionar os principais representantes de cada - A síntese
corrente historiográfica - A Metadisciplinaridade ou
 Caracterizar a historiografia africana Interdisciplinaridade.
 Noções sobre Epistemologia da História:
 As relações entre o sujeito e o objecto do
conhecimento da História.
 A Relatividade do conhecimento Histórico

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Sugestões Metodológicas: Unidade Temática: 1- Introdução à História

Nesta primeira unidade pretende-se que os alunos adquiram a noção da evolução da


ciência histórica para que estes se apercebam do seu caractér dinâmico.

Assim, em relação ao período da Antiguidade até ao século XIX, após uma breve
abordagem sobre o conceito de história, partindo dos conhecimentos que os alunos
trazem das classes anteriores, o professor poderá destacar o facto de a noção de história
ser algo dinâmico, que foi se modificando ao longo dos tempos. Assim propõe-se uma
referência geral à evolução da Historiografia desde o seu surgimento até ao século XIX.
O importante não será, pois, um tratamento exaustivo de cada fase, mas apenas a
identificação dos principais momentos de evolução da história, através da indicação dos
aspectos essenciais que marcam cada fase. (Maria Cândida Proença).

Para o século XIX, época do surgimento da História Científica, propõe-se uma


abordagem mais exaustiva, identificando as principais correntes do Século XIX
(Romantismo, Positivismo, Historicismo e Socialismo científico). Para tal sugere-se a
elaboração de tabelas destacando:
 as correntes
 as características;
 os principais representantes.

Para cada período da evolução do pensamento histórico, sugere-se a elaboração de


tabelas destacando:
 as correntes (Historiografia Oriental;
 as características e os principais representantes. Deverá recorrer aos
conhecimentos que os alunos possuem das classes anteriores, particularmente da
oitava, nona e décima classes, sempre que se procurar contextualizar determinada
corrente historiográfica.

No que respeita a historiografia africana, o professor deverá discutir as seguintes:


 Eurocêntrica;
 Afrocentrica;
 africanista

Em relação a metodologia e epistemologia da História, sugere-se que trabalhe com os


vários tipos de fontes para melhor compreender o processo histórico. Deverá discutir com
seus alunos a importância da História como ciência, sublinhando a subjectividade e a
relatividade do conhecimento histórico.

Indicadores de desempenho

-Utiliza as fontes históricas para compreender o processo histórico


-Pesquisa, selecciona e organiza informação para transformar em conhecimento mobilizável

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Unidade Temática 2: A Invasão, Partilha e Ocupação Efectiva de África

Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga


O aluno: Horária
2.1. A África entre os séc. XV-XIX (revisão) Analisa os mapas de África
 Descrever a situação Socio-politica e  A invasão do Continente Africano antes e depois da
sócio-económica de África entre os Séc.  As viagens exploratórias (objectivos, principais Conferencia de Berlim
XV-XIX itinerários)
 A Conferência de Berlim e a partilha de África
 Caracterizar África no periódo pré-colonial - Antecedentes: o tratado de Zaire Relaciona a cedência de
- Causas, objectivos e principais decisões da Portugal perante os ingleses
 Explicar o processo da expansão e o Conferência de Berlim (revisões) em África com a fragilidade
poderio europeu no séc. XIX 2.3. A partilha e conquista de África economica portuguesa
 2.4. A resistência africana contra a ocupação 9
 Analisar as resistências africanas e sua europeia Revela um sentimento de
importância  2.4.1. As causas da resistência orgulho pela resistência
 2.4.2. As formas de resistência imposta pelos povos
 As consequências da Resistência Africana africanos face a ocupação
efectiva do continente
 Exemplos de resistências
- África do Norte
Reconhece a falta de unidade
- África Oriental
como uma das razões do
- África Austral
fracasso das primeiras
resistências

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Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 2: A Invasão, Partilha e Ocupação Efectiva de África

Nesta unidade sugere-se que se aborde de uma forma objectiva as relações existentes entre África e Europa no período compreendido
entre os séculos XV e XIX, recorrendo aos conhecimentos que os alunos possuem de classes anteriores.
Em relação ao período subsequente, deve destacar que até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus
próprios reis, rainhas e chefes de clãs e de linhagem; que estava organizada em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de
porte e natureza variados. Referir também, que no período 1880-1910, foi assaltada na sua soberania, independência e valores
culturais, o que explica a resistência dos africanos.

Sugere-se que se trabalhe com mapas políticos de África antes e depois da Conferencia de Berlim, que se localize nos mesmos as
principais zonas de interesse e de conflitos entre as potências europeias.

No que respeita as resistências africanas, sugere-se que os alunos elaborem tabelas e mapas referentes a cada uma das regiões
estudadas, indicando: o território, colonizador, resistentes ,formas de resistências, principais acontecimentos e consequências.

O professor deverá discutir com os alunos na sala de aula a ideia da soberania.

Sugere-se que se trabalhe com a seguinte periodização, baseada na História Geral de África, volume VII:
1º Período 1880-1919: é o período da defesa da soberania e da independência africanas mediante o recurso à estratégia do confronto,
da aliança ou da submissão temporária;
2º período 1919-1935: é o período da adpatação, sendo a estratégia utilizada, a do protesto contra as práticas opressivas do sistema de
dominação.
3º período. 1935-... é o período dos Movimentos de Libertação Nacional

Indicadores
- Relaciona a dominação europeia no final do Séc. XIX com a expansão do capitalismo industrial e financeiro
- Recolhe e sistematiza informação sobre a resistência e ocupação efectiva de África.

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Unidade Temática 3. África durante o período colonial
Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
O aluno: Horária

 Mencionar as características gerais do 3.1. Características Gerais do Colonialismo em África Recolhe informações sobre o
colonialismo em África colonialismo em África
 Formas de Administração colonial
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 Descrever os diferentes tipos de colónias  Tipos de colónias: de povoamento; de exploração
em África e protectorados Realiza actividades de forma
autónoma, responsável e critica
 A função das colónias para as metrópoles
 Diferenciar a actuação das potências
europeias nas colónias  As estruturas políticas-administrativas:
 A economia colonial: a função das colónias para a Avalia o significado do
metrópole; as actividades económicas; o papel das colonialismo em África
companhias
 Impacto da dominação colonial em África: ao
nível político, ao nível social e ao nível económico
 Significado do colonialismo em África

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Sugestões metodológicas: Unidade Temática 3. África durante o período colonial

Nesta unidade o professor poderá orientar os alunos para a recolha de informação sobre as caracterìsticas gerais do colonialismo em
África, poderão consultar a História Geral de África Vol.VII de A.Adu Bohaen, A descoberta de África de Fage e Mãe Negra de Basil
Davidson, assim como outros materiais.

Em grupos os alunos poderão caracterizar um tipo de colonização que será posteriormente apresentado a turma, seguida de discussão. O
professor deverá fazer o estudo comparativo destes sistemas usando tabelas e esquemas e ter em atenção as principais ideias dos grandes
defensores do colonialismo, para que os alunos deduzam delas a essência e a razão de ser do colonialismo.
Sugere-se ainda que os alunos identifiquem no mapa os territórios colonizados pela Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e Portugal.

Sugere-se que o professor discuta com seus alunos o impacto do colonialismo em África, destacando os aspectos positivos e negativos.

Visto isto deverão merecer atenção os aspectos ligados a emergência do nacionalismo africano começando pelos levantamentos dos
camponeses à acção dos intelectuais até a formação dos partidos políticos.

Indicadores de desempenho

- Relaciona os diferentes modos de colonização e de povoamento com a especificidade dos mesmos.

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Unidade 4: Os Movimentos de Libertação Nacional e as Independências em África 1880-1980
Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
O aluno: Horária
- Explicar o surgimento do nacionalismo em 4.1. Aspectos Gerais dos Movimentos de Libertação Nacional
África; em África Explica o surgimento do
 Conceito Movimento de Libertação 18
 a base ideológica (pan africanismo e negritude) Nacional (MLN)
 as causas,
 as forças motrizes
4.2 As potências europeias diante do movimento
- Caracterizar os diferentes tipos de nacionalista
nacionalismo; 4.3 Os países africanos rumo à independência
 O Gana
 A acção de J.B. Danquah e a Convenção Unitária Compara os diferentes tipos
da Costa do Ouro (United Gold Cost Convention de nacionalismo em África
– UGCC) por regiões e/ou potência
 O papel de Kwame Nkrumh colonizadora
 A proclamação da Independência
 Os novos ideais (self relience e feed yourself)

4.4 O MLN nos territórios franceses


 A Conferência de Brazaville
- Explicar o processo de surgimento das  O papel do RDA e de Houphouet-Boigny
independências  A Lei-quadro (1956) e a viragem
 As independências das colónias francesas à luz
- da lei quadro
4.5 A Independência do Congo ao Zaire
 A actividade política dos nacionalistas
 O papel de Patrice Lumumba
 A crise do pós-independência e a separação de
Catanga
4.6As Rodésias e Niassalândia
 A Federação e o Nacionalismo
 Os caminhos rumo à Independência

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Sugestões Metodológicas: Unidade 4 Os Movimentos de Libertação Nacional e as
Independências em África 1880-1980

Nesta unidade sugere-se que o professor trabalhe o conceito de nacionalismo,


diferenciando o nacionalismo africano do europeu. Deverá fazer referência ao movimento
pan-africanista e à negritude.

Ao analisar o nacionalismo africano, deve-se ter em conta os factores que influenciaram


(internos e externos), o recrudescimento das lutas pela independência em África,
salientando casos concretos em cada uma das regiões do continente

Sugere-se que ressalte os aspectos do nacionalismo e mencionar o papel dos


nacionalistas no processo de libertação dos países africanos, por exemplo Kwame
Nkrumah, Leopoldo Senghor, Patrice Lumumba, entre outros

Tal como no estudo do Colonialismo em África, mais do que a descrição de processos


ligados à descolonização em áfrica, pretende com esta Unidade explorar os aspectos
gerais do nacionalismo africano.

A descrição de alguns exemplos será útil para a compreensão da acção dos nacionalistas
africanos, mas, além da forma tradicional, pode ser estudada através da realização de
pequenos trabalhos individuais ou em grupo
Sugere-se que os alunos produzam pequenos trabalhos sobre os líderes africanos e o seu
papel nos processos de Libertação em África.

Em relação ao MLN, professor prestar atenção os aspectos ligados à emergência do


Nacionalismo Africano começando pelos esporádicos levantamentos camponeses à acção
dos intelectuais, até à formação dos partidos políticos.

A elaboração de mapas políticos, tabelas e quadros resumos à medida que a abordagem


vai prosseguindo é indispensável, para que os alunos verifiquem a expansão da acção
colonial e consequente surgimento do movimento de libertação no terreno.

Indicadores de desempenho
- Diferencia o nacionalismo africano do europeu
- Descreve o processo de conquista das independências nas diferentes regiões da
África
- Explica a importância e o significado das independências em África

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Unidade Temática 5: Problemas africanos de hoje 1960- aos nossos dias
Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno: Horária
 Explicar o fundação da OUA 5.1 A Unidade africana Argumenta a
(1963) e a sua transformação  Da OUA a UA (1963-2000): necessidade da criação
em OA em (2000)  Criação da OUA: os objectivos da OUA e da mudança
 Principais actividades da OUA para UA 9
 Interpretar a Carta da OUA  A UA: objectivos
Compreende a criação
 Explicar o contexto do 5.2 As principais zonas de tensão em África: da SADCC como
surgimento do NEPAD  O Sudão estratégia de
 Marrocos desenvolvimento da
 Explicar a fundação da  O Tchad região
SADCC e a sua transformação  O Congo
em SADC Compreende a
5.3 Da SADCC (1980) a SADC (1992)
necessidade de
 Objectivos da SADCC
mudança de SADCC
 Principais realizações políticas, económicas, sociais e culturais
 Mencionar as principais para SADC
 Transformação da SADCC em SADC
realizações no âmbito politico  Objectivos
económico e cultural (SADCC  Principais realizações
e SADC)

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Sugestões Metodológicas:
Considerando que esta unidade se refere a uma história recente o professor poderá utilizar
material extraído de jornais, revistas que contenham discursos de cimeiras, reportagens
(OUA, UA, SADCC, SADC ). A partir desta informação o professor poderá orientar os
alunos para realizarem trabalhos em grupo para posterior apresentação e debate.

No que diz respeito as principais zonas de conflito não se pretende uma abordagem
detalhada mas, apenas que se faça uma breve referência a existência de diversas áreas de
conflito no continente e usar como exemplos os que aparecem no Programa de Ensino.
Poderá fazer referência a outros exemplos.

Uma outra alternativa será de o professor orientar os alunos para recolha de informação
sobre um dos tópicos desta unidade com orientação clara sobre a bibliografia a consultar.

O professor deverá providenciar um mapa político - admnistrativo do continente para que


os alunos possam localizar os países que fazem parte da SADCC e posteriormente
SADC.

É importante que o professor aproveite estas aulas para falar dos principais feitos dos
presidentes da região, destacando os impulsionadores da SADCC.

Deve ser vincadas as mudanças mais recentes que ocorreram em África e em particular
na região da África Austral e em Moçambique (trabalho a ser realizado pelos alunos)

Indicadores de desempenho
- Destaca o papel da OUA e a sua transformação em UA
- Explica o papel da SADCC e a sua transformação em SADC
- Caracteriza os desafios actuais da União Africana e do continente africano

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Avaliação

A avaliação é um instrumento do processo de ensino aprendizagem através do qual se


pode verificar como estão senso cumpridos os objectivos e a finalidade da educação,
permitindo melhorar ou adaptar as estratégias de ensino, aos conteúdos e as condições
concretas existentes.

A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o


desenvolvimento do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de
reajuste curricular de acordo com as necessidades educativas dos alunos.

A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma


que se obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos
de competências básicas descritas no Programa de Ensino.

A avaliação na disciplina de História privilegia:


 as visitas de estudo;
 elaboração de esquemas;
 tabelas;
 gráficos;
 mapas;
 entre outras

Para abordagem dos conteúdos definidos neste Programa de Ensino, sugere-se a consulta,
de entre outra, a seguinte bibliografia:
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra vol 1 Portugal, Publicações Europa
América 1999.

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