Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Prefácio
Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário
Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade
de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se
faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida
continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG,
de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas
instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço
da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.
2
1. Introdução
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se
enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e
Cultura e tem como objectivos:
O Currículo do ESG, introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
3
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.
4
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos
níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas
múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e
co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
5
O desenvolvimento de projectos comuns constitui também uma estratégia que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas
de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a
realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores,
alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem
significativos.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados
a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação
social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e
a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
6
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o
desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a conhecimentos,
procedimentos e experiências de outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-
los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o
mundo e transformá-lo;
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.
7
I. O ENSINO-APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
A Biologia é uma ciência que estuda a vida, o modo e o funcionamento dos seres vivos. Ela
investiga a origem, o desenvolvimento, a complexidade e a variedade, fenómenos e processos
biológicos. A Biologia engloba uma enorme variedade de assuntos e inclui muitas subdisciplinas
que tratam de aspectos particulares da vida.
8
disciplina de Biologia abrem-se também horizontes para a formação técnico-profissional em
áreas como por exemplo, medicina, veterinária, agronomia, farmácia, enfermagem, entre outros.
Realçar a importância de aplicação dos diferentes métodos de ensino durante o processo
de ensino e aprendizagem, é necessário substituir a aprendizagem por recepção (onde os
conceitos, as proposições são apresentadas aos alunos por um agente independente, por exemplo
o professor) pela aprendizagem por descoberta. No entanto, não se recomenda o total
abandono da aplicação das funções didácticas (introdução, matéria nova, consolidação,
controlo/avaliação), dos métodos básicos (método expositivo, elaboração conjunta, trabalho
independente), dos clássicos (indutivo, dedutivo). Os alunos, em qualquer sistema educacional,
merecem uma escola que os encoraje, os apoie e premei o pensamento criativo, a compreensão
profunda e as novas maneiras de resolver problemas.
É igualmente importante a utilização de vários meios didácticos. Para isso, deve-se reflectir
sobre a utilização e a aplicação correcta dos meios de ensino disponíveis, merecendo esta
reflexão uma atenção muito especial. Sabe-se, que nem sempre o objecto real pode ser colocado
à disposição e que certas particularidades do mesmo nem sempre podem ser estudadas. Nestes
casos, ter-se-á de recorrer aos objectos representativos que incluem desenhos feitos pelo
aluno/professor e figuras tiradas de livros e Internet, entre outros. Considera-se a linguagem oral
um meio didáctico de maior abstracção e, consequentemente, aquele que exige do próprio aluno
uma alta capacidade intelectual para perceber o respectivo conteúdo ligado a um objecto,
fenómeno ou processo natural.
Tendo em conta as dificuldades que a maioria das nossas escolas têm em equipamento
didáctico, é possível adquirir ou produzir meios didácticos simples, elementares, sugestivos,
produtos de imaginação e criatividade do professor, sem requerer avultadas somas em dinheiro.
Conforme foi acima referido, a planificação é um elemento importante e exigido no dia-
a-dia em todas as actividades. Ela caracteriza-se por um processo de racionalização, organização
e coordenação da acção docente em que se seleccionam e organizam estratégias do ensino-
aprendizagem. Existem três aspectos fundamentais na planificação, que são fundamentalmente
tarefas do professor: a análise científica, a análise didáctica e a análise psico-pedagógica.
Sublinha-se a importância da utilização e aplicação da linguagem científica nas aulas de
Biologia. Esta precisa essencialmente de definições e exemplificações dos conceitos. Com o uso
da linguagem científica, os alunos devem reconhecer o essencial de um determinado aspecto
científico e desenvolver a sua capacidade de falar cientificamente. Todo o processo de ensino-
aprendizagem precisa de uma avaliação. “Avaliar não é apenas o acto de classificar ou atribuir
notas aos testes realizados. Avaliar é diagnosticar, identificar os problemas e as dificuldades do
processo do ensino-aprendizagem que podem estar relacionados com os métodos e meios
utilizados pelo professor, os métodos de estudo do aluno, a motivação, as matérias dadas, etc.”
(Conceitos e Técnicas de Avaliação da Aprendizagem, INDE, 2001).
9
OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Criar nos alunos o amor pela natureza, estabelecendo relações afectivas com os
organismos;
• Respeita diferentes opiniões perante uma determinada situação em que esteja envolvido;
• Valoriza as opiniões da comunidade perante uma determinada situação;
• Divulga as leis de genética e teorias de evolução na comunidade para a resolução de
conflitos;
• Demonstra de hábitos correctos, conduta social responsável perante a saúde individual e
colectiva;
• Organiza campanhas de sensibilização contra as DTS, consumo de drogas e de protecção
do ambiente;
• Aplica as teorias científicas para melhorar a produção agro-pecuária;
• Comercializa produtos agro-pecuários para a melhoria da dieta da comunidade;
• Analisa os efeitos do uso dos recursos naturais na comunidade e no país;
• Estabelece a relação entre os fenómenos biológicos, seres vivos e o ambiente ;
• Usa e respeita as propriedades de bem comum.
10
OBJECTIVOS GERAIS DO 2º CICLO
Ao terminar a disciplina de Biologia no 2° Ciclo do Ensino Secundário Geral, o aluno deve ser
capaz de:
• Explicar os princípios de classificação dos seres vivos, as características anatómicas e
morfológicas dos principais grupos dos seres vivos;
• Identificar as linhas gerais da evolução das plantas e animais;
• Mencionar a importância de determinados seres vivos para a estabilidade da natureza e
para o Homem;
• Interpretar e apresentar de forma oral, escrita e gráfica fenómenos biológicos;
• Utilizar os conhecimentos biológicos na vida pessoal e da sociedade;
• Consolidar as suas capacidades de manejar o microscópio e fazer preparações;
• Consolidar as capacidades de planificar e realizar experiências utilizando método
científico;
• Consolidar as capacidades de trabalhar de forma autónoma e com a literatura científica
sem ajuda directa do professor;
• Desenvolver uma atitude positiva perante a vida dos organismos na natureza;
11
III. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS DO 2º CICLO
1. CONTEÚDOS DAS AULAS DE BIOLOGIA DA 11ª CLASSE
35 semanas a 3 aulas por semana = 105 aulas por ano
12
IV. OBJECTIVOS DA 11ª CLASSE
No final do ano lectivo de aprendizagem os alunos deverão ser capazes de:
• Mencionar as características dos grupos dos seres vivos dos diferentes reinos;
• Classificar os seres vivos nos seus diferentes reinos;
• Explicar a morfologia, modo de vida e reprodução dos diferentes reinos;
• Explicar as tendências evolutivas com base na adaptação, diferenciação,
centralização e no aumento da capacidade dos diferentes órgãos e sistemas;
• Utilizar a literatura cientifica para completar os seus conhecimentos;
• Fazer preparações temporárias e observá-las ao microscópio;
• Caracterizar o vírus;
• Mencionar a importância dos vírus e as doenças que provocam;
• Explicar o nível de organização e tendências evolutivas dos seres vivos dos
reinos mencionados;
• Utilizar chaves dicotómicas ao determinar a Família das plantas;
• Fazer colecção de plantas;
• Prevenir doenças causadas pelos organismos dos reinos estudados.
13
V. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA DA 11ª CLASSE
35 semanas à 3 aulas=105 aulas
Iº Trimestre
1ª Unidade: Sistemática dos seres vivos...........................................( 5 aulas)
Sistemas de classificação dos seres vivos
Taxonomia e nomenclatura
Categorias básicas
Regras de nomenclatura
IIº Trimestre
2ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos do Reino Monera ao Reino
Plantae ...............................................(continuação)
Características gerais
Classes do filo
Reino das plantas
Características gerais do reino
Reprodução dos seres vivos
Filos do reino das plantas
Classes das Angiospérmicas e Gimnospérmicas
14
IIIº Trimestre
3ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos- Reino Animal........( 46 aulas)
Reino animal
Características do reino animal
Filos do reino animal
Animais acelomados
Animais psudocelomados
Animais celomados
15
VI. PLANO TEMÁTICO
16
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta classe, o professor deve preparar as suas aulas considerando que os alunos já adquiriram alguns conhecimentos básicos sobre as
características dos organismos nas classes anteriores e que neste ciclo eles irão aprofundar e ampliar esses conhecimentos.
Ao introduzir a unidade de sistemática, o professor deve orientar os alunos a perceberem-se da necessidade de classificar os diferentes
seres e fenómenos que ocorrem. Isto pode ser feito, por exemplo, explorando a organização da própria escola em classes, secções, turmas
e dentro das turmas a sequência alfabética dos nomes. Poderá ainda demonstrar a diversificação usada para nomear objectos, alimentos e
outros seres, usando línguas nacionais e internacionais.
Com base nas ideias acima, os alunos poderão compreender como os cientístas (Biólogos) fazem a troca sistemática de informações
sobre os seres tão diversificados e demonstrar a necessidade e importância do uso dos nomes científicos universais.
No que diz respeito as regras de nomenclatura, é importante que os alunos entendam que a espécie é a unidade básica de classificação dos
seres vivos. O professor poderá orientar os alunos a efectuarem o sistema de classificação do Homem: (reino – animal; filo – cordados;
sub-filo – vertebrados; classe – mamíferos; ordem – primatas; família – hominídeos; género – Homo; espécie – Homo sapiens como
uma forma de consolidação.
No que diz respeito ao historial do sistema de classificação dos organismos na antiguidade (era empírica e prática) é importante fazer
referência aos vários cientistas que estiveram envolvidos nesta classificação desde o Lineu até Whittacker. Os alunos devem entender que
com o desenvolvimento da ciência os estudos sobre os agrupamentos dos seres vivos foram mudando. As investigações mais profundas
das características dos organismos, incluindo as substâncias genéticas e bioquímicas em geral evoluiram na área científica permitindo a
possiblidade do surgimento de novos agrupamentos das espécies.
Indicadores de desempenho:
• Demonstra, com base em diferentes exemplos, a hierarquia das categorias taxonómicas;
• Agrupa os seres vivos de acordo com as suas características segundo Whittaker;
• Descreve os critérios utilizados na classificação dos seres vivos.
17
Unidade temática: Estudo e Classificação dos seres vivos do reino Monera ao reino Plantai
Caracterizar seres procariótas Filos do reino monera: Diferencia os filos do reino das
Filo Schizophyta: plantas de acordo com as suas
Classificar as bactérias de acordo com
o características gerais; estrutura, formas e nutrição das características
a sua organização bactérias)
o Reprodução (divisão binária e conjugação)
Distinguir as diferentes formas de
o Importância das bactérias
bactérias o Doenças causadas por bactérias (cólera, tuberculose,
difteria e tétano), sintomatologia e medidas de
Descrever a importância das bactérias
prevenção.
47 aulas
Conhecer a origem dos Vírus Vírus Solidariza-se com as pessoas
Origem, características e reprodução infectadas e afectadas pelo
Mencionar a diversidade dos Vírus HIV/SIDA e outras doenças
(ciclo lítico e lisogénico )
Descrever a reprodução viral
Doenças virais (SIDA , sarampo, varicela, varíola, raiva.)
Identificar doenças causadas por vírus
Sintomatologia, modo de transmissão e profilaxia das doenças
Descrever a sintomatologia e modo de
transmissão, profilaxia de doença Demostra hábitos correctos,
causadas por vírus conduta social responsável
18
Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Tempo
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Reino Protista perante a sua saúde e da
Características gerais e exemplos de seres unicelulares e comunidade
Caracterizar o reino Protista eucariontes
19
Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Tempo
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Mencionar as características dos Reino dos Fungos das dicotiledóneas
Características gerais, morfologia, nutrição
fungos.
Reprodução e importância
Mencionar as classes do filo
Classes do Filo Mycophyta Usa chaves dicotómica simples
Mycophyta
– características gerais de cada classe e exemplos de modo a familiarizar-se com as
Descrever o processo da reprodução – doenças causadas por fungos principais características
morfológicas de diferentes
dos fungos.
Líquenes classes
Dar exemplos da importância dos Características gerais e exemplos
fungos para o Homem e para a
Natureza.
20
Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Tempo
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Descrever as características gerais das
Gimnospérmicas e Angiospérmicas. Filo Briófitas- características gerais e exemplos
Ciclo de vida da Funária (musgo)
Mencionar a importância de algumas Importância dos musgos para a natureza
espécies das gimnospérmicas e
angiospermicas. Filo Traqueófita – características gerais e exemplo
Sub filo pterophytina
Identificar os principais grupos das
gimnospermicas e angiospermicas. Características gerais das filicíneas e exemplo (polipódio)
Ciclo de vida do polipódio
Distinguir monocotiledóneas das
dicotiledóneas; Classe das Ginnospérmicas
Caraterísticas gerais e exemplos (casuarina)
Dar exemplos de plantas
monocotiledónes e dicotiledóneas Classe das Angiospérmicas
Características gerais e exemplos
Diferenciar as fases do ciclo de vida de Ciclo de vida de uma Angiospermica
uma angiospermica” Classificacao da classe das Angiospermicas: monocotiledónea e
dicotiledónea
Distinguir os órgãos reprodutores Comparação entre monocotiledónea e dicotiledónea (raiz, caule,
masculinos e femininos de uma folhas, nº de cotilédones, e flor)
angiospermica
Polinização, fecundação e formação do fruto
Descrever o ciclo biológico das Origem, constituição e germinação da semente
Ginnospérmicas e Angiospérmicas Comparação dos ciclos biológicos das plantas (clorofíceas até as
angiospérmicas)
Sistematizar os filos do reino das Aplicação de uma chave dicotómica simples
plantas
21
SUGESTÕES METODOLÓGICAS:
Nesta unidade trata-se da abordagem de diferentes temas referentes os Reinos Monera até ao Reino Plantae. É importante que os alunos
diferenciem as características gerais de cada um dos reinos estudados, agrupem os seres de acordo com os filos e classes de cada um dos
reinos.
No tratamento do tema doenças, sugere-se que o professor dê um trabalho de investigação aos alunos sobre as doenças causadas pelos
diferentes organismos estudados, por exemplo, os causadores da tuberculose, cólera, tétano, HIV-SIDA, etc, seguido de apresentação e
debate. Seria importante que os alunos pesquisassem as doenças mais comuns na sua comunidade, vias de transmissão e tratamento dado
quer no hospital quer por meio da medicina tradicional.
Na classificação do Reino Plantae é importante explicar aos alunos que as Rodofíceas (algas vermelhas), Feofíceas (algas castanhas),
Clorofíceas (algas verdes), têm como habitat o meio aquático e as restantes no meio terrestre. Para uma melhor compreensão sugere-se
que os alunos sob orientação do professor elaborem um quadro resumo como a seguir se apresenta:
Para o tratamento dos outros filos (Briófitas e Traqueófitas) o professor deve ter em conta que já foram abordados alguns aspectos
referente aos mesmos. E assim, deverá criar um espaço para o diálogo; referenciar a grande diferença entre os dois filos tendo em conta a
sua evolução, pois, os Briófitas são plantas avasculares, isto é, sem os vasos condutores e os Traqueófitas são vasculares e explicar
também a dependência das Briófitas em relação aos lugares húmidos.
No Filo Traqueófitos, sendo plantas superiores, o professor deve dar um informe das características gerais, sua classificação em sub-filos,
sendo o mais importante o filo Pterophytina, traqueífita suas características gerais e as respectivas classes: Filicíneas (polipódio),
Gimnospérmicas e Angiopérmicas (feijoeiro).
22
Para melhor compreensão dos conhecimentos, sugere-se que o professor recomende aos alunos, a levarem consigo materiais de várias
plantas (fetos, milho, feijoeiro, etc.).
Na classificação da classe angiospérmica: mono e dicotiledóneas, sugere-se que o professor junto com os alunos elaborem um quadro
comparativo como o que a seguir se apresenta:
Quadro comparativo
monocotiledónea dicotiledónea
Tipo de raiz Raiz fasciculada Raiz aprumada
Tipo de caule Colmo ou espique tronco
Nervação das folhas Folhas paralelinérveas Folhas não paralelinérveas
Um cotilédone Dois cotilédones
Número de cotilédones
Grau de diferenciação do
Pouco diferenciado Diferenciados (com sépalas e pétalas)
perianto
A este nível é importante que os alunos saibam usar a chave dicotómica para a sua classificação.
O estudo sobre a comparação dos ciclos biológico das plantas (algas clorofíceas até as plantas), deve permitir compreender há uma
redução progressiva da geração da gametófita que corresponde ao desenvolvimento gradual da geração esporofita, isto é, a geração
esporófita é mais longa que a geração gametófita.
De acordo com as condições materiais da escola o professor deve planificar trabalho prático nas suas aulas. Caso a escola possua o
microscópio, os alunos deverão observar objectos preparados por eles sob a orientação do professor. Mais o exercício de fazerem as
preparações deve ser realizados pelos próprios.
Indicadores de desempenho:
• Diferencia as características dos filos estudados do reino Monera ao Reino Plantae;
• Menciona a importância económica, ecológica de alguns representantes dos filos estudados;
• Identifica e descreve as doenças causadas pelos diferentes organismos estudados;
• Identifica as linhas gerais de evolução das plantas;
• Aplica a chave dicotómica simples no estudo de diferentes organismos.
23
Unidade temática: Estudo e classificação dos seres vivos - Reino Animal
24
Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Tempo
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Identificar a relação biótica entre o Filo Artrópodes
homem e nematelmintes; Características gerais do filo
Classes do filo dos artrópodes: centípedes, milipedes, crustáceos, insectos e
Relacionar o modo de vida da minhoca aracnídeos
com a fertilidade do solo; Características gerais das classes e seus representante
Importância dos artrópodes
Trabalho prático
Estudo e comparação da morfologia dos insectos mais importantes da região
Filo Cordados:
Características gerais
Mencionar os grupos taxanómicos dos
vertebrados; Vertebrados Menciona a importância de
Características gerais alguns animais estudados
Super-classes:
Diferenciar peixes cartilagíneos dos Peixes (cartilagíneos e ósseos):
peixes ósseos, características gerais
reprodução e importância
25
Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Tempo
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Classe répteis
Características gerais
Mencionar as características dos Reprodução e importância
répteis e das aves;
Classe aves
Descrever o modo de vida e Características gerais
reprodução dos Mamíferos. Reprodução e importância
Classe mamíferos
Características gerais
Reprodução e importância
26
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Nesta unidade os alunos irão utilizar os conhecimentos já adquiridos nas classes anteriores , aprofundando e alargando as possibilidades e
critérios de classificação dos seres vivos.
Sugere-se que o professor peça aos alunos para mencionarem as características gerais (habitat, modo de vida, estrutura externa e
exemplos) do reino animal podendo ser acrescentadas as seguintes características: São seres heterotróficos, pluricelulares, tamanho e
forma fixa, as células não possuem parede celular e a maioria digere o alimento numa cavidade interna e armazenam, como reservas, o
glicogénio e gorduras. Algumas destas características já foram estudadas nas classes anteriores com destaque na 8ª classe.
Posteriormente poderá indicar os 9 filos deste reino: Espongiários, celenterados, platelmintes, nematelmintes, anelídeos, artropodes
moluscos, equinodermes e cordados.
E importante que o professor introduza os conceitos diblásticos ou diplobláticos (existência de duas camadas de células-endoderme e
ectoderme), triblásticos ou triploblásticos (existência de três camadas de células-endoderme, mesoderme e ectoderme), acelomados (não
possuem celoma-cavidade no interior da mesoderme), pseudocelomados (cavidade entre a endoderme e a mesoderme, representando um
estado de evolução para celoma) e celomados (Cavidade no interior da mesoderme que caracteriza todos os animais de nível de
organização superior).
Na abordagem dos diferentes filos o professor poderá utilizar os meios didácticos ao seu dispor (livros, mapas, modelos, entre outros)
para ilustrar os seres representativos dos filos ou irá orientar os alunos para trazerem exemplares ou produzam os materiais para uma
melhor visualização. No final os alunos deverão agrupar os seres dos diferentes filos nas suas respectivas classes.
No tratamento do tema Doenças, sugere-se que o professor dê um trabalho de investigação aos alunos sobre as doenças causadas pelos
diferentes organismos estudados, por exemplo, os causadores da ténia, lombrigas, malária ou ainda da importância de alguns animais
seguido de apresentação e debate. Seria importante que os alunos pesquisassem as doenças mais comuns na sua comunidade, vias de
transmissão e tratamento dado quer no hospital quer por meio da medicina tradicional.
Em relação aos Filos dos artrópodes, moluscos e vertebrados sugere-se que no final, os alunos elaboram um quadro comparativo de cada
uma destas classes como a que a seguir se indica:
27
Filo dos artrópodes
Classes Principais Características
Corpo comprido e achatado, segmentos todos iguais com excepção do cefálico que possui
Centípedes
um par de antenas, cada segmento possui um par de patas. Ex.: Centopeias.
Corpo comprido e cilíndrico, segmentos iguais com excepção do cefálico que apresenta um
Milipedes par de antenas e um par de mandíbulas e os restantes segmentos possuem dois pares e patas
cada um. Ex: Maria café.
Corpo diferenciado em cefalotórax e abdómen, presença de numerosos apêndices com
Crustáceos varias funções, exoesqueleto impregnado de sais de cálcio; a maioria são aquáticos. Ex.:
Lagosta.
Corpo diferenciado em cabeça, tórax e abdómen, possuem um par de antenas, três pares de
Insectos
patas locomotoras, traqueias como órgãos respiratórios, dominam em todos os ambientes,
(alados-com asas; apteros-sem asas)
exceptuando o aquático, sofrem metamorfoses. Ex.: Mosca .
Corpo diferenciado em cefalotórax e abdómen, não possuem antenas nem mandíbulas,
Aracnídeos
podem apresentar queliceras, pedipalpos e quatro pares de patas. Ex.: Aranha.
28
Indicadores de desempenho:
29
VIII. AVALIAÇÃO
A avaliação é uma tarefa didáctica, necessária, contínua e sistemática do trabalho do
professor, em todo o processo de ensino e aprendizagem na escola.
É através desta, que se pode acompanhar passo a passo o domínio das matérias pelos
educandos e, não só, obter resultados que vão surgindo no decorrer do trabalho
interactivo professor-aluno e aluno-professor.
A avaliação é uma tarefa muito complexa que não pode ser entendida e nem resumida
simplesmente com provas e atribuição da nota ao aluno.
Alguns estudos feitos mostraram que no actual sistema de ensino existe uma
discrepância entre o nível de transmissão pedagógica e o nível de recepção sendo a
maior preocupação dos professores o cumprimento dos programas no fim do ano, sem
no entanto, certificarem se a maioria dos alunos aprendeu o que se esperava que
aprendesse.
Estes objectivos podem ser avaliados de diferentes formas, nas provas sistemáticas,
trimestrais, de forma oral , escrita e em trabalhos práticos.
O professor deverá fazer perguntas que permitam que os alunos respondam aos
objectivos acima mencionados.
30
Não devem ser perguntas reprodutivas. Elas devem dar possibilidades aos alunos para
aplicarem os conhecimentos relacionados com a vida diária.
Os outros conteúdos servirão para enriquecer o nível de conhecimentos dos alunos.
1-Actividades práticas:
Herbário, uso da chave dicotómica.
2- Demonstrações:
Germinação da semente, culturas de bolores
3- Debate
Formas de transmissão, prevenção e tratamentos de doenças
31