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Delfina Manuel Anli

Edson Vicente Bernardo Kalande


Olinda Minelia Paulino
Tunia Joaquina Luisa Luis Lavieque

Gestão de estoques laboratoriais


Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Delfina Manuel Anli

Edson Vicente Bernardo Kalande

Olinda Minelia Paulino

Tunia Joaquina Luisa Luis Lavieque

Gestão de Estoques laboratoriais


Licenciatura em Ensino de Biologia
(Licenciatura em ensino de biologia com habilitações em Gestão de laboratórios)

Trabalho de pesquisa da cadeira de


Didática de Laboratório para fins
avaliativos a ser apresentado no
departamento de Ciências naturais e
Matemática
Docente: Msc. Franceline Gavicho
Uarrota

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

1. Gestão de estoques laboratoriais..............................................................................................4

2. Tipos de estoques laboratoriais................................................................................................4

2.1. Estoque Ativo.......................................................................................................................4

2.1.2. Estoque passivo.....................................................................................................................5

3. Importância de estoques laboratoriais......................................................................................6

4. Vantagens da gestão de estoques laboratoriais.........................................................................6

4.1. Maior segurança................................................................................................................6

4.1.2. Planeamento.......................................................................................................................6

4.1.3. Redução de custos..............................................................................................................7

5. Desvantagens da gestão de estoques laboratoriais................................................................7

5.1. Compra excessiva.............................................................................................................7

5.2. Fragilidade dos produtos...................................................................................................7

6. Controle de estoques laboratoriais...........................................................................................7

7. Dimensionamento de estoques laboratoriais............................................................................8

Conclusao......................................................................................................................................10

Referencias Bibliograficas.............................................................................................................11
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Introdução
Diariamente, os laboratórios lidam com grandes quantidades de materiais como seringas,
agulhas, gazes, algodão, dentre outros que são utilizados durante a realização das atividades, no
entanto a gestão de controle de estoque em um laboratório é de suma importância para a
administração correta e eficiente de produtos químicos e materiais utilizados para executar as
tarefas rotineiras e eventuais. Com uma administração incorreta, pode-se gerar a falta de
materiais que muitas vezes são muito importantes para o desenvolvimento do trabalho
laboratorial, prejudicando assim, o bom andamento da pesquisa, que precisa ser tratada com a
profunda importância, pois a mesma tem tempo de início, meio e término.

Objectivos
Geral
 Compreender como a gestão de estoques laboratoriais é feita
Específicos
 Identificar a gestão dos laboratoriais;
 Descrever detalhadamente os estoques laboratoriais;
 Distinguir a importância da da gestão de estoques.
Metodologia
Para a realização deste trabalho foi necessária a leitura de alguns livros bibliográficos para servir
de guia e o uso de internet para compilar algumas informações necessárias para o
desenvolvimento do trabalho.
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1. Gestão de estoques laboratoriais


Martins (2009) define gestão de estoques laboratoriais como um conjunto de ações que
possibilita ao gestor identificar se os estoques estão sendo consumidos de maneira eficiente e
eficaz. Já Slack et al. (2013) conceituam gestão de estoques laboratoriais como uma atividade
que planeja e controla os acúmulos de recursos transformados conforme sua movimentação pelas
cadeias de suprimentos, operações e processos.

De acordo com Moreira (2012), estoque pode ser qualquer quantidade de qualquer material sob
aguardo de utilização futura. Em relação ao tipo de material que é mantido estocado, existem
quatro classificações dos estoques: estoque de matérias primas, estoque de componentes, estoque
de produtos em processo e estoque de produtos acabados.

2. Tipos de estoques laboratoriais


Existem alguns aspectos que devem ser especificados para montar um sistema de controle de
estoque. Segundo Moura (2004), o primeiro passo é conhecer os diferentes tipos de estoques
existentes que são ativos e passivos.

2.1. Estoque Ativo


De acordo com Malagoni (2005), é todo estoque resultante de um planejamento prévio e
destinado a uma utilização em que podem ser:

Produção constituído por matérias-primas e componentes que integram o produto final;

Produtos em processo constituídos por matérias em diferentes estágios da produção;

Manutenção, reparo e operação formado por peças e componentes empregados no processo


produtivo, sem integrar o produto final;

Produtos acabados compreendem os materiais e/ou produtos em condições de serem vendidos;

Materiais administrativos formado por matérias de aplicação em geral na empresa, sem


vinculação com o processo produtivo.
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2.1.2. Estoque passivo


O estoque inutilizado é decorrente de alterações de programas, mudanças nas políticas de
estoque ou eventuais falhas de planeamento, que engloba as seguintes categorias:

Estoque disponível constituído pelos materiais sem perspetiva de utilização, sem destinação,
total ou parcialmente;

Estoque alienável constituído de material disponível, inservível, obsoleto, e sucatas destinadas à


venda.

Conforme Cabanas Ribeiro (2005), os estoques podem ser classificados também da seguinte
forma:

Estoques de matérias primas constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no


processo produtivo do laboratório. São os itens iniciais para a produção dos produtos do
laboratório;

Estoques de materiais em processamento ou em vias são também denominados materiais em


vias, os quais são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas
seções que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado – por
serem mais matérias-primas iniciais – nem no depósito – por ainda não serem produtos acabados;

Estoques de materiais semi-acabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo


processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também
ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em
processamento pelo estágio mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas
mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em
produtos acabados;

Estoques de materiais acabados ou componentes referem-se a peças isoladas ou componentes


já acabados para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que,
quando juntadas, constituirão o produto acabado;

Estoques de produtos acabados referem-se aos produtos já prontos e acabados, cujo


processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e
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já passaram por todas as fases, como matéria-prima, materiais em processamento, materiais


semiacabados, materiais acabados e produtos acabados.

3. Importância de estoques laboratoriais


Para RIOS (2011) os laboratórios lidam com grandes quantidades de materiais como seringas,
agulhas, gazes, algodão, dentre outros que são utilizados durante a realização das atividades.
Além da gestão de estoque contribuir para a maior organização desses itens, ela também é
importante para manter a organização das amostras, para armazenar cada uma delas de acordo
com suas necessidades e especificações e para manter o controle sobre o tempo de validade de
cada uma delas. A gestão de estoques é importante para que o laboratório possa lidar com o fluxo
de materiais e com as amostras de forma eficaz.

Para Nogueira (2012), a formação de estoques baseia-se em causas fundamentais que são
incertezas, flutuações da oferta, erros nas previsões e expectativas, falta de conhecimento dos
conceitos e técnicas de gestão de estoques, políticas ultrapassadas, falta de informações
ocasionadas por sistemas precários e falta de confiabilidade nos dados.

Suzano (2013) apresenta uma lista de requisitos básicos para uma gestão de estoque eficiente e
eficaz num laboratório, sendo eles estimativas razoáveis de manutenção de pedido e de falta de
estoque, previsão de demanda que seja confiável, um sistema de classificação para os itens em
estoque, um sistema para acompanhar o estoque disponível e o encomendado.

4. Vantagens da gestão de estoques laboratoriais


Existem diversas vantagens que podem ser apontadas no controle de estoques num laboratório
que realizam um controle rigoroso de seus estoques. Entre as principais delas citamos:

4.1. Maior segurança

Um controle rigoroso de estoque ajuda a controlar os lotes e as validades dos materiais e


contribui para evitar desvios e desperdícios. Além disso, afeta positivamente as finanças do
laboratório e evita a compra equivocada de materiais. Auxilia no monitoramento de cada
movimentação que é realizada, aumentando ainda mais o controle dos materiais.

4.1.2. Planeamento
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Uma gestão de estoque eficaz controla os níveis dos estoques e sinaliza diretamente para o setor
de compras quando existe a necessidade de reposição dos materiais. Isso ajuda a evitar que os
itens faltem em estoque, ou que sejam comprados em excesso, o que ajuda a promover a redução
de custos.

4.1.3. Redução de custos

Com o controle rigoroso dos estoques, é possível encontrar pontos de melhorias que contribuem
para a redução dos custos. Eles podem estar na redução dos desperdícios, no aumento da
produtividade, na redução dos níveis de estoque, entre outras coisas.

5. Desvantagens da gestão de estoques laboratoriais

5.1. Compra excessiva

A compra em excesso traz risco de vencimento da validade dos produtos

5.2. Fragilidade dos produtos

Fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de serem mantidos estocados ou
poderão ser mantidos em períodos muito curtos

6. Controle de estoques laboratoriais


O controle de estoque ou gestão de estoques é o processo de organização dos recursos materiais
de um laboratório. Os responsáveis pela tarefa devem adotar práticas eficientes para este
controle, pois ele se relaciona diretamente à rotina laboratorial. Boa parte dos laboratórios de
ensino dependem diretamente do estoque para realizar suas experiencias. O controle de estoque
deve ser realizado com base nas informações sobre as necessidades do laboratório.

Para um controle de estoque conforme Pozo a gestão de estoques visa ao gerenciamento dos
estoques por meio de técnicas que permitam manter o equilíbrio com o consumo, definindo
parâmetros e níveis de suprimento e acompanhamento à sua evolução. Os responsáveis pela
administração dos laboratórios precisam estar atentos às quantidades em estoque de materiais,
pois qualquer erro para menos pode ocasionar atraso no processo.
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Segundo Pozo (2001, pag 13,14), os gestores dos laboratórios devem conferir especial atenção à
administração de materiais, dada a capacidade de esta atividade afetar positiva ou negativamente
os resultados obtidos. Todos os requisitos de segurança precisam ser respeitados na estocagem
dos produtos químicos e equipamentos até o mínimo detalhe precisam ser estudados, de forma
que não haja falhas e/ou acidentes, assim todos precisam estar engajados nesse objetivo.
menciona que são necessários vários estudos sobre o local de instalação do laboratório, e que
dentro do mesmo existem várias regras a se seguir, para que haja uma adequação padrão, e que
isso deve ser planejado para cada tipo de laboratório.

Bowersox e Closs et. al. (2001) dizem que, no controle de estoque são analisadas as normas do
laboratório e sua cadeia de valor relacionadas a estoque. Nela se deve ser considerado a
quantidade a ser utilizada, e ainda o local onde será guardado esse material, e isso também deve
ser planejado antes para que se tenha uma ótima movimentação. Para que não haja risco de
acidentes como explosões, incêndios, deve-se separar produtos químicos de acordo com a sua
reatividade e volatilidade, e de forma correta para que não tenha ruptura nas embalagens
transportadas que tem importância da rotulagem, a ficha informativa de segurança de produtos
químicos e inventário de materiais químicos, além de planejar um ótimo inventário para que
esteja no lugar certo, e na quantidade adequada.

Se um laboratório realiza compras de materiais todos os meses, certamente o estoque estará


sempre cheio. Neste caso, quando não se tem um controle dos produtos, muitas compras de
materiais desnecessárias são realizadas, o que gera um custo maior, além disso, quando existe
um lote com prazo de validade vencido, pode ocorrer um prejuízo ainda maior, tanto pela perda
do material quanto na alteração dos resultados na experiencia.

7. Dimensionamento de estoques laboratoriais


O dimensionamento dos estoques laboratoriais, na concepção de Rios (2011), trata das questões
relativas à quantidade de estoque que deve ser mantida e a maneira como isso deve ser feito. Para
tal, deve-se levar em consideração os custos envolvidos na manutenção deste estoque, bem como
questões referentes à previsão de consumo. uma das finalidades da gestão de estoque é
determinar os custos envolvidos na manutenção ou não de produtos estocados. Desse modo, os
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autores desmembram os custos em três categorias: custos de pedido, custos de manutenção e


custo de falta.

Para Pozo (2015) a previsão das quantidades que o mercado irá necessitar é uma tarefa
importantíssima no planeamento, e, em função disso, o técnico de laboratório deve alocar
métodos e esforços adequados em suas experiencias.

Slack, Chambers e Johnston (2015) apresentam as séries temporais como modelos matemáticos
que preveem o futuro baseado em dados passados. Os laboratórios de modo geral, mantêm em
estoque produtos, mas apenas um pequeno percentual deles merece atenção mais cuidadosa e
controle mais firme por parte do gestor.

Para Morais (2015) a informação sobre a quantidade de material estocado deve apresentar alto
nível de confiabilidade. Assim, um dos principais objetivos da gestão de estoques laboratoriais é
garantir a precisão das movimentações de entrada e saída de produtos. Para isso, é necessário
adotar uma ferramenta que garanta a informação sobre o volume existente e uma análise
constante do comportamento do estoque. Para o bom funcionamento da gestão de estoque de
laboratório.
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Conclusao
Chegado ao fim do presente trabalho conclui-se que estoque pode ser qualquer quantidade de
qualquer material sob aguardo de utilização futura. Em relação ao tipo de material que é mantido
estocado, existem quatro classificações dos estoques: estoque de matérias primas, estoque de
componentes, estoque de produtos em processo e estoque de produtos acabados
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Referencias Bibliograficas
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e
distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato C. Administração de Materiais e Recursos


Patrimoniais. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística.


7 ed. São Paulo: Atlas, 2015.

RIOS, Fernanda Polonia. Práticas de gestão de estoques em hospitais: um estudo de casos em


unidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Rio de Janeiro, 2011.

SLACK, Nigel et al. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de


impacto estratégico. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.

SUZANO, Márcio Alves. Administração da Produção e operações com ênfase em Logística. Rio
de Janeiro: Interciência, 2013.

KRAJEWSKI, Lee J.; RITZMAN Larry; MALHOTRA Manoj. Administração de produção e


operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

CORRÊA, Henrique L., Corrêa Carlos A. Administração da produção e operações manufaturas e


serviços: uma abordagem estratégica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Bowersox e Closs et. al., C. E. Diferentes abordagens ao ensino de laboratório. Porto Alegre:
Editora da Universidade, UFGRS, 2001.

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