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Didáctica de Biologia I - 2019

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Didáctica de Biologia I - 2019

1.PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS
Baseia-se na escolha do conteúdo que apresenta a estrutura de uma disciplina.
A utilização deste princípio é necessário quando o professor quer fixar a estruturação das suas
aulas e concretização dos objectivos das aulas (objectivos mais específicos).
→ O procedimento exemplar significa a partir de exemplos típicos e a profundidade das questão,
isto significa que o professor deve transmitir aos alunos

QUESTÕES
1-Os exemplos escolhidos são típicos?
2- Os exemplos escolhidos relacionam-se com o ambiente do aluno?
3- Os exemplos escolhidos consideram os interesses dos alunos?
4-Existem meios didácticos que podem representar os exemplos escolhidos?
5-Tais exemplos possibilitam a ocupação com os métodos biológicos de pensamento e as
actividades dos alunos?

DESVANTAGEM DO PRINCÍPIO
Apresenta pouca variedade dos conteúdos
A escolha de um exemplo concreto não possibilita a dedução do geral ou universal
Não considera a variabilidade dos objectivos e fenómenos ( A escolha de um exemplo não
representa o universal)

1.2.PRINCÍPIO DA ESPIRAL
Um aluno não é de forma alguma um “saco vazio” que se pode encher com conhecimentos e,
ainda menos, um objecto de cera que conserva em memória as formas que nele se modelaram.
Um aluno é um organismo “actor” que constrói uma estrutura conceptual onde se inserem e
organizam os conhecimentos de que se apropria e as operações mentais que domina.
Faz a construção do conhecimento ao longo da sua história social e em contacto com ensino e
sobretudo, através das informações mediatizadas e experiência da vida quotidiana (Giordan e
Vecchi in Didáctica das Ciências da Natureza)
O princípio da espiral inclui uma abordagem de um certo conteúdo em várias classes, cada vez
mais aprofundado.

O professor inicia com esclarecimento de conceitos básicos e relações básicas que são abordados
mais tarde com mais profundidade , noutras relações.

1.3.PRINCÍPIO DA INTERDISCIPLINARIDADE
O princípio da interdisciplinaridade considera e combina os conteúdos das outras disciplinas com
os da Biologia.
O princípio de interdisciplinaridade é um princípio alternativo. A sua aplicação nas aulas de
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Biologia é de grande importância porque aparece com a ideia de que numa certa disciplina não
trata-se de aspectos isolados, isto é, critica o pensamento linear.

1.4.Princípio de orientação didáctica

O professor utiliza vários métodos para orientar as actividades do aluno. Existe quatro formas
pelos quais o professor pode orientar os alunos.
Orientação no objecto – a partir do objecto vai se abordar vários assuntos a ele relacionados.
estrutura química ; Distribuição geográfica; Importância para homem, animais e plantas ,Água;
Propriedades físicas.
Orientação no problema ou na situação – existe um determinado problema central importante
para os alunos ou sociedade que o professor utiliza como ponto focal para a aula (ex. problema
relacionado com a sexualidade ou densidade da população).
Esta orientação realiza-se na sala de
aulas.
Orientação no âmbito – o professor pode orientar os alunos a obter informação científica
através da interpretação de textos das revistas jornais e outros meios de informação baseados na
cultura geral. (ex: nas aulas relacionadas coma saúde, meio ambiente). Esta orientação realiza-se
fora da sala de aulas
Orientação no método – trata de alguns métodos gerais e específicos importantes para a vida
que a partir deles o aluno pode se informar sob forma de uma aprendizagem social,
(ex:comunicação, planificação de projectos, actividades em grupo, analise e interpretação dos
textos, jogos, teatro etc.)

1.5.PRINCÍPIO CENTRALIZAÇÃO DO HOMEM


A escolha, a legitimação e a combinação de conteúdos tem como ponto central o homem. O
Homem é analisado aos níveis da “biosfera”, da população e do “organismo”. Este princípio
considera os conteúdos tendo em conta os seguintes questões:
1-Qual é a base as condições para a existência do homem?
2-Qual é a particularidade do homem?
3-Qual é a importância da variabilidade?
Estas três questões tentam se responder em níveis correspondentes nos âmbitos da biosfera
população e organismo.

1.6.PRINCÍPIO DE APLICAÇÃO

“Se o Homem começar com certezas, terminará com dúvidas, mas se ele ficar satisfeito em
começar com dúvidas poderá terminar em certezas”( Bacon citado por Muller 2005)
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A escolha, a legitimação, e a combinação de conteúdos, efectua-se a partir de conteúdos que se
relacionam com importantes questões individuais e sociais que possuem um interesse específico
para os alunos.
Tenta relacionar os aspectos biológicos com as importantes questões individuais e sociais podem
existir entre âmbitos.
Áreas
1-Ecologia: trata aspectos do meio ambiente e a sua protecção .
2-Biologia Humana e Educação Sanitária: doenças , civilização.
3-Genética: manipulação genética, factores que podem influênciar a hereditariedade.
4-Zoologia Aplicada: domesticação, jardins, zoológicos
5-Botânica Aplicada: aplicação de insecticidas e herbicidas
6- Medicina Humana: doenças hereditárias

OBJECTIVO DO PRINCÍPIO DIDÁCTICO DE APLICAÇÃO

Os alunos devem aplicar os conhecimentos biológicos para vários sectores da vida considerando
os interesses do sector
-A importância subjectiva é o ponto principal do princípio de aplicação.
Relações lineares/ não lineares.

1.7.PRINCÍPIO DA CONSIDERAÇÃO DA HIERARQUIA DA MATÉRIA VIVA.

“A ciência cognitiva indica que o conhecimento é armazenado hierarquicamente. Qualquer


tentativa para criar uma hierarquia, antes de ter lugar o compromisso da aprendizagem, parece
ser vantajoso” (Mintzes,Wanderssee, Novak citado por Muller2005)

EX: Átomos Moléculas Organelo celular – célula - tecido – órgão -organismo

2.FORMAS SOCIAIS E O SEU SIGNIFICADO PARA AS AULAS DE BIOLOGIA


2.1.Motivação dos alunos
Motivar os alunos ( chamar o interesse dos alunos) O interesse origina uma concentração da
atenção, uma prontidão para uma determinada actividade .
Daí, o interesse é uma importante condição para que o aluno tenha uma necessidade de executar
uma tarefa, responder uma pergunta e resolver um determinado problema.
Para tal , o professor tem de criar motivos para os alunos

A motivação é uma forma de estimular o interesse pela aprendizagem no aluno.


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Interesse é uma forma emocional que se manifesta como necessidade de obter e conseguir alguns
conhecimentos essenciais para um bom resultado da aula.

2.1.1.TIPOS DE MOTIVAÇÃO

Para despertar o interesse, o professor deve motivar os seus alunos através de dois tipos de
motivação:
* Motivação primária ou intrínseca – motivação que existe dentro do aluno (já existe dentro
do aluno).
O aluno acha que um determinado interesse é muito importante para ele.
* Motivação secundária ou extrínseca – vem de fora do aluno (que vem de fora).
É motivação que vem de fora. EX: do professor, dos pais ou de outros alunos. Pode também ser
uma ameaça, premiar, etc.

2.1.2.FACTORES FUNDAMENTAIS PARA CRIAR INTERESSE

1º MOTIVAÇÃO= estimular o interesse, a atenção e curiosidade possibilidades da motivação:


-Descrição daquelas situações da natureza que os alunos podem ligar com a sua emoção ,
-Considerar as emoções para a aprendizagem
-Considerar as contradições e lacunas dentro dos alunos para iniciar uma aula.
Considerar certas confusões ( falta de clareza na interpretação de um determinado fenómeno),=
Conflito Cognitivo» provocado pelo professor.
-Utilização de vários meios didácticos para apresentação da clareza par alcançar um determinado
objectivo
-Falar de problemas actuais que afeitam a sociedade para despertar o aluno.

2º-UTILIZAÇÃO DE DETERMINADOS MÉTODOS


Através da utilização de determinados métodos , o professor tem de possibilitar uma luta activa-
(= O aluno só pode aprender quando estiver em actividades)

3º –O PROFESSOR TEM DE COLOCAR OS MEIOS DIDÁCTICOS COMO


OBJECTOS OPERACIONAIS( Aplicação dos meios)
4º – Durante as aulas tem que existir um Feedback de controle e avaliação ( em fases)
5º – Tem que se usar o princípio de Espiral
a) Bases Psicológicas do princípio de Espiral :

-Através das repetições e avaliações pode-se fixar melhor os resultados


-As novas informações podem se fixar facilmente se relacionarmos com os conteúdos já
conhecidos
-É mais fácil perceber os conteúdos se partir de as aspectos já conhecidos em fases
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-Os PEA devem ser comparáveis havendo para tal a necessidade de formular os objectivos (
comparar os objectivos planificados e os alcançados)
b) Factores externos que estimulam o interesse
Para motivar o aluno existe varias possibilidades:
Descrição da situação da vida diária que o aluno passa a relacionar com a aula
O professor apresenta uma certa confusão nos alunos (conflito cognitivo) em que o aluno não e
capaz de resolver o problema apresentado pelo professor
Usar meios didácticos, modelos, cartazes, (serve para motivar os alunos)

2.2..Tipos de aprendizagem
a)Tipo Visual – o aluno percebe os conteúdos através da visão (apresenta-se um objecto para
perceber esse objecto).
b)Tipo auditivo – o aluno percebe os conteúdos através da audição (ele precisa de ouvir para
perceber melhor).
c)Tipo tacto – o aluno percebe os objectos, fenómenos de Ensino-aprendizagem. Através do
tacto.
d)Tipo abstracto (idiomático) – o aluno percebe os conteúdos, processos sem precisar de ver
mas precisa de linguagem do professor (a linguagem oral) ou através do livro ou caderno.
A existência destes tipos de aprendizagem justifica o Ensino-aprendizagem principalmente nas
aulas de biologia.
Durante a aula deve existir fases de controlo e avaliação.
Os conteúdos devem ser ordenados considerando o princípio de espiral.
Para a aplicação deste princípio existem fundamentos psicológicos a considerar:
A repetição e avaliação melhoram os resultados em relação a um certo conteúdo.
Novas informações podem ser fixadas com mais facilidade se o professor tentar relacionar os
conteúdos novos com os passados.
O professor deve começar com os aspectos conhecidos e mais fáceis
Os resultados do PEA devem ser comprovados a partir dos objectivos operacionais previamente
formulados

3.CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES DIDÁCTICAS


3.1.Conceito de método de ensino
É o caminho para atingir um objectivo, com os meios adequados; (investigação científica;
assimilação do conhecimento, etc.)
Ver o objecto de estudo nas suas propriedades e relações com outros objectos e fenómenos e sob
vários ângulos;
São acções, passos e procedimentos vinculados a reflexão, compreensão e transformação da
realidade;
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São acções do professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para
atingir os objectivos.

3.2.A escolha e organização dos métodos


Deve corresponder à necessária unidade objectivo – conteúdo -método. (um depende do outro
para ter sucesso).
Dependem dos conteúdos específicos;
Implica o conhecimento das características dos alunos quanto à capacidade de assimilação e
quanto as suas características sócio-culturais e individuais; (ligação entre os objectivos e as
condições de aprender do aluno);

3.3.Classificação dos métodos


Exposição pelo professor.
Trabalho independente
Elaboração conjunta
Trabalho em grupo

3.4.Variação do grau da actividade do aluno e a actividade do professor em cada método


Básico
3.4.1.Método de Apresentação (A) ou Exposição pelo professor
os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentados, explicadas ou demonstradas pelos
professores e actividade dos alunos é receptiva, não passiva; bastante utilizado em nossas
escolas, apesar das críticas importante: alertar sobre práticas didaticamente incorrectas, como:
conduzir os alunos a uma aprendizagem mecânica; decorar, memorizar, sem uma sólida
compreensão do assunto.

Formas de exposição : exposição verbal; demonstração; ilustração; exemplificação.


Na exposição, o professor deve mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e de
pensar articulando com outros procedimentos:
Exposição verbal – sua função é explicar um assunto desconhecido. O professor deverá
estimular sentimentos, instigar a curiosidade, relatar sugestivamente um fato, descrever com
vivacidade uma situação real, fazer leitura expressiva, etc.
Demonstração – é a forma de representar fenómenos e processos reais (germinação).
Ilustração – é uma forma de representar fatos e fenómenos reais através de gráficos, mapas,
esquemas, gravuras, etc. (Requer dos alunos capacidade de concentração e observação).
Exemplificação – é um meio de auxiliar a exposição verbal
Há uma transmissão dos conteúdos pelo professor que e feita de varias formas:
Leitura, demonstração, modelos e experiências. A apresentação pode ser feita pelo professor
(A/P) ou pelo aluno (A/A), a apresentação pelo aluno e pouco frequente.
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Ex: Experiências.
O Método de apresentação utiliza-se em certas situações quando os alunos tem poucos
conhecimentos sobre certa matéria ou quando o professor tem que transmitir matéria sobre um
conteúdo complicado
Quando os alunos devem receber informações contínuas.
Quando os alunos devem se familiarizar pela primeira vez com os métodos de trabalho
Quando os alunos não sabem trabalhar com um certo objecto.
Quando o professor quer transmitir um conteúdo emocional.
Neste método a actividade do professor é maior que a do aluno.

3.4.2.Método de actividade em conjunto (TC) ou Método de elaboração conjunta


Interacção entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada, com elaboração de
perguntas que leve os alunos a reflexão.

Forma mais típica do método é a conversação didáctica – aula dialogada;


forma mais usual de organizar a conversação didáctica – é a pergunta do professor – dos alunos
não interrogativo e sim estímulo para o raciocínio; conversação didáctica excelente
Há uma transmissão pelo professor e recepção pelo aluno e vice-versa. Isso decorre sob duas
formas: Diálogo e Discussão
Diálogo, existe três tipos de diálogo:
Diálogo catequético é um diálogo interrogativo, ensino leccionado por lições.
Diálogo hermenêutico é um diálogo que domina a interpretação de textos.
Diálogo heurético é um diálogo de argumentação. O aluno deve deduzir as suas conclusões.
Neste diálogo o aluno descobre a novidade por si próprio A designação heurético vem da palavra
grega Heureke – descobrir.
Tanto no diálogo como na discussão o professor pode utilizar certo tipo de perguntas:
* Perguntas de discussão
* Perguntas que dizem respeito a objectos singulares
* Perguntas que dizem respeito a aspectos relacionados com um objecto ou processo
* Perguntas que dizem respeito a certas explicações, relações, correcções científicas.
* Perguntas que dizem respeito a um certo comentário ou tirar uma certa conclusão.
* Perguntas de métodos de trabalho
* O professor deve formular as perguntas com exactidão.
Neste método básico a actividade do professor encontra-se ao mesmo nível que a dos alunos

3.4.3.Método de Actividade independente (AIA) ou Método de trabalho independente


Actividades realizadas pelos alunos, dirigidas (estudo dirigido) e orientadas pelo professor.
Para que esse método seja eficiente, o professor precisa:
- Dar tarefas claras e acessíveis;
-Assegurar condições de trabalho;
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-Acompanhar de perto;
- Aproveitar o resultado para toda classe
Pode-se iniciar esse método com a colocação de uma tarefa. Os alunos podem ter uma actividade
duradoura.
Ex: os alunos podem observar certos fenómenos tais como: a germinação das sementes; pode ser
uma actividade que os alunos irão realizar durante semanas, dias ou nas aulas.
Os alunos recebem uma orientação de modo que possam resolver certos problemas
A interpretação das figuras, gráficos ou tabelas é também uma AIA tal como fazer exposição e
coleccionar objectos naturais.
Durante a AIA o professor nomeia e descreve os objectos de trabalho;
Assegura as condições de trabalho;
Ajuda, corrige e valoriza os resultados do trabalho.
A actividade do professor deve ser menor que a do aluno
E possível distinguir dois tipos de AIA.
1º tipo, AIA que o professor orienta estimulando o trabalho. Este tipo, é quando o aluno não tem
conhecimentos suficientes para trabalhar sozinho, o professor deve dar condições e modos de
realização.
2º tipo, AIA (mais orientada) é mais para a planificação realização e valorização do trabalho.
Os próprios alunos devem procurar os métodos, caminhos, formular as hipóteses para descobrir a
solução da tarefa do respectivo problema

4.PLANIFICAÇÃO DAS AULAS DE BIOLOGIA


-Para uma melhor organização do PEA é necessário elaborar um plano de lição.
-Plano de lição é uma fixação escrita da concepção didáctica de uma aula, mas não pode ocorrer
em forma de uma análise didáctica.
-Existem dois passos principais para a planificação de uma aula.
- Análise do objecto ou científica
- Análise didáctica
* Análise científica
O professor deve conhecer os conceitos científicos e o sistema de conceitos.
Deve reconhecer também as condições para a formação de um problema.
A representação e caracterização da estrutura e importância dos conteúdos o que implica:
A análise das partes de um determinado conteúdo
A análise dos resultados empíricos que já existem em relação a um determinado conteúdo
Apresentação das ligações entre os conteúdos temáticos
Explicação de certos fenómenos biológicos que significa utilizar conceitos científicos
Conhecer a literatura científica a utilizar ou consultar.
A análise científica decore antes da análise didáctica. Deve se analisar o conteúdo científico que
se pretende leccionar.
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Esta análise deve incluir aquelas informações que o professor precisa para a sua aula (conceitos)
unidade, aula

4.1.Esquema de Planificação das aulas de biologia


analise didáctica
-fundamentos da escolha do tema
- condições especiais nos grupos dos alunos
-condições situativas
-fixação da concepção da estrutura de uma unidade/aula
-transformação e redução didáctica
-decisão sobre métodos básicos e funções didácticas
-decisão sobre meios didácticos

Analise do objecto
conceitos científicos e sistema descrição das condições para se conceitos a formação de um
problema
-representação e caracterização da estrutura e importância do conteúdo
-analise de partes de um determinado conteúdo
-analise dos resultados empíricos que já existem em relação a um determinado conteúdo
apresentação das ligações entre
os complexos temáticos entre os conteúdos
-Definição dos conceitos científicos
literatura científica
literatura didáctica
exposição da unidade/aula

Analise do objecto

Realiza-se antes da análise didáctica, tem de incluir aquelas informações que o professor precisa
para a realização das suas aulas (veja esquema acima).
A análise do objecto tem os seguintes objectivos:
1. Aplicação sólida e científica do conteúdo
2.analise do objecto considerando as suas partes, ligações e qualidades
3. Formação de um sistema de conceitos incluindo as ligações entre os conceitos· Analise
didácticos
durante esta análise o professor tem de simplificar, preparar e estruturar o conteúdo da ciência
(aplicação do método de espiral)
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4.2.Condições especiais aos grupos dos alunos
os alunos são diferentes. E necessário considerar os interesses subjectivos e os objectivos dos
alunos. Considerar os conteúdos anteriores, conhecimentos, habilidades, capacidades e atitudes
já adquiridos; considerar se os alunos sabem trabalhar em grupo ou diferentes formas sociais e
mais didácticas, se os alunos tem conhecimento de uma linguagem científica, considerar as
diferenças de camadas sociais entre os alunos, etc.

4.3.condições situactivas
considerar o seguinte:
-local de ensino, o tempo para leccionar uma determinada aula( 45’ ou 90’), condições em
relação aos meios didácticos, o numero dos alunos.

4.4. Fixação da concepção e da estrutura de uma aula

Transformação e redução didáctica


o plano de lição inclui:
-fixação dos objectivos gerais e específicos
o professor tem de simplificar o conteúdo científico
transformação didáctica significa transmissão dos conteúdos e métodos da ciência considerando
os objectivos, o tempo, as condições especificas, etc. A parte mais importante da transformação e
a redução didáctica que significa uma restrição e uma simplificação dos conteúdos através de
vários métodos.

5.A utilização dos meios didácticos nas aulas de Biologia


5.1.Conceito de meios didáctico

Meios didácticos são para o professor meios de apoio para o tratamento da matéria e para o
cumprimento dos objectivos.
Para os alunos são meios de observação e de trabalho que contribuem para a aquisição de
conhecimentos, capacidades e habilidades, atitudes e convicções

5.2.Classificação dos meios didácticos


Meios didácticos
objectos vivos (ex.Planta no vaso)
objectos mortos (ex. Herbário)
conexão imitada (ex: aquário)
símbolos Figuras geométricas
Palavra escrita (ex. Clorofila)
Palavra falada características (ex. Desenho)
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fenómeno (ex. Fotografia colorida)


simbolizações
representações
conexão autentica (ex.Ecossistema)

5.3.Função dos meios didácticos


Constituem um material precioso no ensino
Constituem um suplemento necessário para atingir os objectivos de aprendizagem.
Organizam a aula permitindo que o professor fique menos dependente dos seus
apontamentos, evitando que o aluno se perca;
· Introduzem o assunto da aula;
Motivam o aluno estimulando o interesse e captando a atenção;
· Ajudam a classificar conceitos abstractos;
· Exemplificam situações diversas;
· Ajuda a reter um assunto;
· Possibilitam o desenvolvimento de capacidades

Esquema de funções dos meios didácticos


Função de exercitação
Função de informação
Função de representação

Meios didácticos
Função de motivação
Em relação a função de informação existe dois modelos de meios didácticos:
-Modelo Enrichment ou enriquecido
-Modelo Contexto ou contextualizado.

Modelo Enrichment ou enriquecido – traz toda informação que o aluno precisa (completo)
Ex: desenho com respectiva legenda
Geralmente é utilizado para a transmissão da Matéria nova

Modelo Context ou contextualizado – não traz toda a informação. (incompleto)


Ex: Desenho sem legenda
Geralmente é utilizado para a consolidação e no controle e avaliação.
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5.4.Factores para a escolha dos meios didácticos

· O aluno é um factor para a escolha dos meios didácticos


· O professor é que mostra ou não os meios didácticos
· O tempo para apresentar (disponibilidade do tempo)
· Local e momento da aula

5.4.1.Exigências para a apresentação dos meios didácticos

Devem ser apropriados, isto é, adequados aos objectivos da unidade e da aula;


Simples, que envolvem pouca explicação (um meio didáctico complicado faz com que a atenção
do aluno se desvie);
Atraente, atraem ao manter a atenção dos alunos;
Manejável ou seja fácil de manipular;
Visível, visto por todos sem dispersar atenção; Ex: o quadro preto deve estar sempre limpo,
tubos de ensaio e copos limpos, as linhas para sublinhar um assunto ou assunto ou titulo no
quadro devem ser feitas com uma régua
Utilização dos meios didácticos

Para a utilização dos meios didácticos, o professor deve fazer uma selecção cuidadosa tendo em
conta o método de ensino a empregar, o conteúdo a transmitir e tem que escolher o momento da
aula que deve aplicá-los

5.4.2.Ao seleccionar os meios didácticos o professor deve ter em conta os seguintes aspectos:
Os meios didácticos devem estar em concordância com os objectivos da aula (classe ou unidade
didáctica);
Os meios didácticos servem de estímulos para novas actividades;
O professor entrega os meios didácticos para sustentar a informação, verificar e avaliar como e
que os conhecimentos foram adquiridos pelos alunos;
O professor emprega os meios didácticos com o fim de ilustrar, levar o aluno a ver, a investigar,
descobrir, e construir;
Os meios didácticos assumem assim um aspecto funcional e dinâmico, proporcionando a
oportunidade de enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade objectiva e
oferecendo-lhe a oportunidade de actuação;
·
Os meios didácticos devem ter uma boa apresentação e conservação;
Devem permitir que o aluno active o seu raciocínio, usando, (ex: ficha de trabalho para
preenchimento)
Devem ter um conteúdo informativo correcto, (ex: modelo do átomo com as camadas)
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Depois do tratamento da matéria quando queremos comprovar e/ou confirmar uma actividade e o
seu resultado (ex: projectando um filme, slides, desenhos, fotografias, cartazes, sobre a matéria
dada, realizando uma experiência, trabalhando com as fichas de trabalho, etc.).
Emprega-se meios didácticos nas seguintes fases da aula:
Antes do resumo ser tratado na aula, quando pretendemos estimular o interesse pela
aprendizagem (ex: informação de um jornal sobre a poluição, experiências simples sobre a
identificação de nutrientes nos alimentos ou extracção de pigmentos nas plantas através de
cromatografia, etc.).
· Durante o estudo da matéria nova, quando queremos a participação dos alunos e a partir dela
para um maior aprofundamento

(ex: tabelas de valores e respectivos gráficos para em seguida traçar gráficos sobre a taxa
fotossintética, textos de apoio, etc.);

5.4.3.Escolha dos meios didácticos

O professor tem que usar sempre os meios didácticos, pois é a partir deles que os alunos
desenvolvem a sua capacidade de observação e sensação e sobretudo tornam-se capazes de
elaborar o conhecimento a partir da realidade viva, o aluno tendo diante de si um objecto em
tamanho natural, pode captar:
A sua forma.
A sua cor ou cheiro
O material que o constitui,
O seu peso e densidade,
As suas dimensões e as suas propriedades químicas e físicas.
Existe um grande número de objectos reais que por objectivos óbvios (tamanho, peso),não
poderão ser utilizados na escola na sua forma original, por exemplo, as árvores, os rios, mares,
alguns ecossistemas, etc. Esses objectos podem ser representados por imitações, através da
construção de modelos.

5.5.Modelos e método de modelo

Modelos são objectos representativos utilizados quando não é possível colocar os objectos reais a
disposição ou quando não e possível estudar particularidades importantes de um objecto real.
Características dos modelos
· Apresentam semelhanças e analogias com o objecto real mas não são idênticos aos
objectos e processos reais.
· Reflectem características essenciais dos objectos reais

5.5.1.Classificação dos modelos


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Classifica-se os modelos em dois grupos fundamentais (Müller, 2005):
Planares (ex: fotografias, escantilhões, mapas, desenhos, etc.)
Tridimensionais, aqueles que apresentam três dimensões (ex: bonecos, objectos
geométricos, esculturas que representam objectos reais, etc.)

5.5.2.Método de modelo
Conceito do método de Modelo
O método de modelo é um método científico para a obtenção da informação e conhecimentos
sobre determinadas características da realidade utilizando modelos.
Passos do método de Modelo
· Colocação do problema
· Hipótese
· Revisão da hipótese segundo o método de modelo
· Observação ou experiência utilizando o método de Modelo
· Dedução do resultado da observação
· Verificação da veracidade ou falsidade das hipóteses
· Resposta ao problema
Observação ou experiência utilizando o método de Modelo

· Dedução da conclusão da hipótese


· Planificação das actividades práticas e preparação do material técnico básico
· Formulação da tarefa para observação
· Realização da observação ou experiência
comparação dos resultados da observação com as hipóteses fazendo relação com
objecto fenómeno processo existente na realidade
· Resposta ao problema que existe na realidade.

6.POSSIBILIDADE DAREALIZAÇÃO EFICAZ DAS AULAS DE BIOLOGIA PELO


PROFESSOR

6.1. EXIGÊNCIAS EM RELAÇÃO AS ACTIVIDADES DO PROFESSOR.

1-Realizar as actividades considerando as funções, os objectivos, dos conteúdos


2- Consideração do nível de desenvolvimento dos alunos.
3- É necessário compreender os processos, os meios e as vias de aprendizagem , compreender a
lógica dos assuntos, compreender e saber usar técnicas pedagógicas.
4-Garantir uma aprendizagem investigava e orientada a resolver problemas, garantir a
diferenciação para estimular os alunos,

Condução do processo de aprendizagem usando a linguagem


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O professor deve dar impulsos ou estimular interesse dos alunos.

Para estimular os alunos o professor usa palavras que indicam o que os alunos devem fazer tais
como: escreva, defina ,observe, etc...).

O aluno deve saber o significado de cada actividade cognitiva indicada pelo professor, para tal, o
professor deve explicar as tarefas.

a) Dar impulsos
Os impulsos servem para a estimulação do interesse.
Dar impulso = dar actividades que incluem actividades cognitivas (descrever, comparar,
classificar ,etc). No plano de lição deve se incluir a formulação das actividades.
b)Fazer perguntas
Existe perguntas vários tipos de perguntas tais como:

· Perguntas sem motivação


· Perguntas sugestivas – aquelas que o professor começa a frase e os alunos a terminam
(frequente no ensino básico) não são didacticamente recomendáveis.
· Insistência do professor (o professor repete a resposta do aluno)

Formulação excessiva de perguntas do que tarefas (limita a diversidade cognitiva dos


alunos).

6.2.DESENVOLVIMENTO DO QUADRO MURAL


a) Definição do conceito de quadro mural
Quadro mural é um meio didáctico com o qual o conteúdo da matéria nova é transmitido durante
a aula, através de uma apresentação sistemática e clara do texto e da imagem fixada no quadro
preto ( segundo o colectivo de autores: 1989; 364)
Quadro mural é resumo daquele conteúdo que foi transmitido durante a aula e que o professor
fixa no quadro (caderno de apontamento de didáctica de biologia :1997; sp).

O quadro mural significa:


resumo de conteúdos que o professor vai fixar:
na transparência; nas fichas para actividades dos alunos
perguntas e tarefas para a avaliação escrita.
Depende de salas especiais | Técnica de Projecção |
Técnicas de planeamento da instalação de um laboratório Técnica de exposição; Técnica de
laboratório; Observação; Experimentação e Demonstração | Slides; MicroscópioRetroprojector;
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Técnica de desenho Quadro mural; Fotocopias ; Mapas Técnica de modelosTécnica de colecção |

Não dependentes de salas especiais


1. Técnica de preparação ( colecta e conservação)
2. Técnica de visitas de estudo
b) Técnicas do desenvolvimento do quadro mural
Ex:
posição do quadro mural nas técnicas biológicas do trabalho.
Visão geral sobre técnicas biológicas do trabalho
Importância do quadro mural
O quadro mural tem as seguintes tarefas:
* Introdução e estruturação da aula;
* Transmissão e apresentação do conteúdo;
* Consolidação, controle e avaliação dos resultados

6.3.Exigências didácticas para a elaboração do quadro mural


a) Elaborar imagens claras sobre a separação do essencial e não essencial através da distinção
escrita da imagem.
b) Considerar a relação entre os objectivos e os conteúdos;
c) O quadro não pode ser muito vasto;
d) Apresentar uma estruturação e disposição clara e objectiva do tema
e) Diferenciação na indicação do tema principal e do subtema;
f) Possibilitar a explicação dos conhecimentos duma forma individual e criativa pelos alunos
Possibilidades educativas durante o trabalho com o quadro mural
a) Possibilitar aos alunos o desenvolvimento da criatividade e da fantasia;
b) Vem-no como modelo;
c) Possibilitar o desenvolvimento da ordem e da estética nos alunos;
d) Desenvolvimento de esquemas, desenhos, na forma tridimensional;
e) Concentração para o essencial
f) Utilizar correctamente a linguagem científica.
Tipos de quadro mural

1. Quadro mural tipo texto


Características:
* Descritivo, realçando aspectos mais importantes.
2. Quadro mural tipo combinado
* Combinação entre palavras escritas, esquemas, desenho, etc.
3. Quadro mural do tipo desenho
Domina o desenho ou esquema. As palavras escritas são muito pouco dominantes
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Didáctica de Biologia I - 2019
Os quadros murais podem ser distinguidos por apresentarem-se de várias formas:

1-Quadro mural “permanente”, que afixa os resultados essenciais ou importantes de uma aula e
os alunos escrevem tudo nos seus cadernos.
O quadro mural permanente exige planificação rigorosa!

2-Quadro mural “temporário”, que serve para explicações espontâneas, escrevendo as expressões
complicadas, fazendo cálculos secundários e dando informações secundárias.
O quadro mural temporário exige a planificação do professor!

3-Quadro mural “espontâneo”, que serve para explicações espontâneas no quadro preto ou
branco, a partir da situação da aula.
O professor tem que escrever no quadro de maneira legível e do tamanho suficientemente grande
para que os alunos nos últimos bancos possam ler sem dificuldades.
Todos os termos novos, datas e nomes, devem ser escritos como também explicados;

Textos de apoio

O texto de apoio, visa ocupar o aluno fora da sala de aula, bem como dentro dela;
O texto de apoio, tem que conter uma linguagem clara e simples para que o aluno não enfrente
dificuldades;
O nível dos textos de apoio, deve corresponder ao nível de capacidades dos alunos e deve ter
uma parte com tarefa e exercícios.

Fichas de trabalho

As fichas de trabalho são geralmente utilizadas pelo professor, como meio para exercitar, aplicar,
repetir, sistematizar, controlar e avaliar os conhecimentos adquiridos;
Uma ficha de trabalho, pode ser feita em forma de transparência, podendo ou não apresentar
lacunas acerca do assunto a ser tratado

6.4.Os diferentes tipos de aula


· Aula teórica.
· Aula prática (Seminário)
· Aula laboratorial
· Trabalho (aula) de campo

Aula prática
Actividade do Professor | Actividade do aluno |
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Didáctica de Biologia I - 2019
Estimular, provocar a actividade mental do estudante: Orientar Formular perguntas Pedir
exemplos ou definições (conceitos) Explicar, esclarecer, demonstrar, certificar Estimular a
exercitação por parte dos estudantes Manter a ordem (chamar atenção) Recomendar literatura |
(papel activo) Colocar dúvidas e questões (problemas) Responder as questões do professor
Demonstrar, verificar Discutir Exercitar Resolver problemas |

Vantagens | Desvantagens |

 Motivante para o estudante Mais rentável por estudante


 Permite um acompanhamento individual do estudante Muita retro – alimentação
Apropriada para a consolidação da matéria.
 Uniformiza as orientações da aula teórica | Não adequada para um grande número de
estudantes
 Exige maior talento por parte do professor na planificação das actividades O sucesso da
aula depende do nível de preparação dos estudantes Menos matérias por unidade de
tempo, relativamente a aula teórica |
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Didáctica de Biologia I - 2019
BIBLIOGRAFIA

1.BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem, Petrópolis,


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Plano Curricular do Ensino Secundário Geral (PCESG). Documento orientador, objectivos,
politica, estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação. Maputo, Diname, 2007.

5.MEC, Ministério da Educação e Cultura. Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação.


Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB). Documento orientador, objectivos,politica,
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9.MÜLLER, S. Didáctica das Ciências naturais. Maputo, Texto Editores, 2005.

10.RIBEIRO, A. C. E RIBEIRO, L. Planificação e avaliação do ensino-aprendizagem.


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11.NIVAGARA, D.D.Didactica geral: aprender a ensinar, Universidade


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12. PACHECO, J. A. (1999). Componentes do Processo de Desenvolvimento do


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13. PILETII, Claudino, Didáctica Geral, 23ª edição, São Paulo, Ática Editora, 2004.

14. Pires, J. (2003). Concepções e Modelos de Planificação Pedagógica. Revista Escola


Moderna, 17 (5), 5-22.

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