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aprendizagem.
Agora, imagine que você esteja em uma calçada e, para atravessar para o
outro lado, precisa olhar para ambas as direções. Se houver alguém vindo,
deverá avaliar o momento correto de atravessar.
O ato de avaliar está presente a todo momento em nossas vidas. Então, será
que, em uma sala de aula, os estudantes são avaliados apenas como provas e
testes? Somente os docentes avaliam os estudantes ou será que o contrário
também acontece? Ainda, se estamos em prontidão a todo momento para
realizar uma avaliação quase instantânea do que nos cerca, isso pode ser fruto
de uma reflexão ou conhecimento aprofundado? Bom, como realizar essas
avaliações aligeiradas é inerente ao ser humano, é inevitável que um docente
emita, constantemente, juízos sobre seus estudantes e suas turmas.
Dica
Embora a avaliação espontânea seja inevitável, é importante que seja provisória e não
se configure em uma atitude que estratifique o outro, caso contrário, origina
estereótipos e preconceitos. Pairam no imaginário social diversos modelos que nos
ajudam a compreender nossa realidade e que, por vezes, orientam nossos juízos. No
ambiente escolar, para além dos modelos gerais, são acrescentados a um imaginário
como deve ser um aluno, seu ritmo de aprendizagem, entre outros ideais.
Você notou algum professor que agiu assim? Os estudantes tidos como
“normais” são mais parecidos com ele?
Julgamos o outro a partir do que somos com nossos valores e crenças.
Quando a avaliação espontânea realizada pelo docente rotula um estudante
(ou até uma turma), isso influencia a relação entre ambos e suas atitudes,
reforçando rótulos que se cristalizados, impedirão o professor de perceber
alguma mudança no aluno.
Sendo assim, um docente precisa assumir o compromisso ético de ter
criticidade perante suas avaliações espontâneas e seus juízos provisórios,
além de conhecimentos metodológicos e epistemológicos.
Embora todo professor seja humano e com isso traga seus valores, sua
moralidade e seus juízos, é fundamental que a avaliação seja o mais objetiva
possível e isenta de rótulos e estigmas. Parece óbvio, mas é sempre bom
reafirmar que o professor avaliará o processo de aprendizagem e, claro, o
processo de ensino. Ou seja, a avaliação ao mesmo tempo em que direciona
para a atividade do aluno, também deve ser direcionada para a atividade do
professor.
Herdamos muito desse passado, mas a proposta atual diz que a avaliação
deve servir para que o aprendizado possa ser facilitado, verificando as
demandas discentes. Além disso, atualmente não podemos pensar em
processo de ensino sem avaliar.
Mas não avaliação como sinônimo de prova ou teste, mas como possibilidade
de acompanhar, observar o percurso formativo do estudante. Se não sabemos
o caminho que os estudantes estão percorrendo, como poderemos saber se
eles estão indo em direção ao caminho correto?
História da avaliação
• O plano de curso;
• Atividades individuais e em grupo;
• Atividades escritas e orais com ajuda ou não;
• Diversos registros;
• Observação do estudante
• Portfólios;
• Autoavaliação;
• Reunião de responsáveis;
• Boletim.
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
Temos que entender que a Escola além de ser uma Instituição de ensino, um
prédio onde levamos nossos filhos (as), extensão de nossa moradia fora da
nossa moradia e entender, que ela e parte fundamental para a evolução e
crescimento de nossos filhos (as).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Como avaliar?
Imagine uma sala de aula antiga, em que um aluno esteja de pé, respondendo
a uma pergunta da professora. Logo atrás, um colega lhe “sopra” as respostas.
Pense agora que esse aluno tenha medo de ser descoberto e, por isso, esteja
apreensivo.
Essas perguntas não possuem uma resposta única. Buscar respostas para elas
significa abordar as funções da avaliação. Como discutimos, atualmente há
uma compreensão mais ampla das funções da avaliação, antes entendida
meramente como instrumento para medir, classificar e selecionar os
estudantes.
O ato de avaliar importa coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto
da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a
partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão
de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de objeto. O valor ou
qualidade atribuído ao objeto conduzem a uma tomada de posição a seu favor ou
contra ele. E, o posicionamento a favor ou contra o objeto, ato ou curso de ação, a
partir do valor ou qualidade atribuído, conduz a uma decisão nova, a uma ação nova:
manter o objeto como está ou atuar sobre ele.
Tipos de avaliação
Resumindo
Série 1
O que a define é menos da ordem dos fatos, objetivamente observáveis, que das
intenções, que por sua vez não podem ser apreendidas na exterioridade das práticas.
“É em sua destinação, no sentido do projeto no âmbito do qual ela se inscreve que se
“lê” a “formatividade” da avaliação (HADJI, 2000, p. 21)”.
Série 2
Partindo de tal fato, cabe ressaltar que o modelo ideal não é diretamente operatório.
“Ela é uma possibilidade oferecida aos professores que compreenderam que podiam
colocar as constatações pelas quais se traduz uma atividade de avaliação dos alunos,
qualquer que seja sua forma, a serviço de uma relação de ajuda. É a vontade de
ajudar que, em última análise, instala a atividade avaliativa em um registro formativo”
(HADJI, 2000, p. 22).
Escolher é preciso
Estratégia pedagógica
Isso é importante para que não aconteça com nossos estudantes uma
cena comum em salas de aula, quando uma professora pede para quem não
entendeu que levante a mão, e vária levantam. É importante elucidarmos que
as diferentes modalidades de avaliação não são excludentes.
Em geral, no cotidiano escolar, você verá que o processo de avaliação da
aprendizagem resulta da combinação de todas essas modalidades.
Planejando a aprendizagem
O conteúdo visto até aqui não é simples e precisa ter um contínuo processo de
reflexão. Para ajudá-lo nessa compreensão, optamos então por lançar mão da
prática.
Tradição:
Passo 1
Antes de mais nada, precisamos entendê-lo, e essa compreensão vai além de
palavras ou símbolos, englobando também saber os passos para a busca da
sua solução, superando dificuldades e obstáculos apresentados.
Passo 2
Após a compreensão do problema, precisamos partir para a elaboração de um
plano que permita a sua resolução, ou seja, quais os procedimentos que
deverão ser utilizados para se alcançar a meta.
Passo 3
Na etapa seguinte, é interessante identificar quais são os conteúdos e
conceitos envolvidos no seu problema para ajudar a elaboração do plano.
Passo 4
O próximo passo é a execução do plano elaborado, seguindo-o passo a passo.
Passo 5
E finalmente, chega-se à última fase, a revisão. Nesse momento, teremos a
chance de corrigir eventuais erros no processo e garantir a validade da
resposta.
Assim, podemos resumir os cinco passos para a resolução de um problema
em perguntas inseridas em duas etapas.
Compreender o problema
Resumindo
O que se espera como solução para um problema pode não ser útil para
outro, uma vez que pode existir uma nova variável e, com isso, a solução
não servir mais. Desse modo, o processo de solução necessita ser feito a
partir de novas escolhas.
Repare:
Isso precisa ser direcionado para essa energia virar algo positivo, ação,
continuidade do curso com um momento público de debate. E daí, certamente,
novos caminhos, e sempre deve haver novos caminhos.
Avaliação diagnóstica
Avaliação formativa
Avaliação somativa
Questão 1
Instrumentos de avaliação
A palavra instrumento é utilizada para nomear todo objeto que serve para
auxiliar ou levar a efeito uma ação qualquer. Quando falamos de instrumentos
de avaliação ou avaliativos, estamos nos referindo aos registros utilizados
para coletar dados a respeito do processo ensino e aprendizagem, ou seja, que
viabilizem o acompanhamento de determinado estudante. Sendo assim,
qualquer registro que ofereça informações sobre a aprendizagem passível da
interpretação do docente pode ser considerado um instrumento de avaliação.
Esse registro pode ser de diferentes naturezas:
• Observação;
• Trabalho em grupo;
• Debates;
• Seminário;
• Mapas conceituais;
• Provas;
• Dramatizações;
• Autoavaliação;
• Projetos;
Prova
A sensação de justiça que a prova evoca pode ser ilusória, pois uma prova
pode:
É um teste, no qual a opinião do aluno e a sua interpretação dos fatos não determinam
a resposta correta, visto que ela já é expressa no texto.
Contém uma ou mais frases em que são omitidas palavras ou partes, que são
substituídas por espaços em branco a serem preenchidos pelo estudante por
palavras ou números. Essas lacunas podem estar em qualquer lugar da
afirmação.
Algumas dicas para elaboração adequada desse tipo de questão são: formular
questões que só admitam uma reposta, não omitir dados irrelevantes,
mas também não omitir palavras que impossibilitem a compreensão da
frase.
Questão de certo/errado
• Verdadeiro/falso
• Certo/errado
• Sim/não
• Correto/incorreto
Questão de correlação
1. Oxítona ( ) Português
2. Paroxítona ( ) Proibido
3. Proparoxítona ( ) Ângulo
( ) Matemática
Consiste numa parte introdutória (suporte) contendo o problema – que pode aparecer
sob a forma de afirmação incompleta ou uma pergunta direta.
Avaliação discursiva
Categoria - 1
Categoria - 2
Exige respostas mais elaboradas, mas não tão extensas, de uma ou mais
frases. Contempla as perguntas que usam expressões como: relacione,
enumere, defina.
Categoria - 3
Fazendo escolhas
Ao avaliar o professor precisa ter em mente que ele faz escolhas. Essas
escolhas devem estar pensadas, vinculadas a seus objetivos e o que os alunos
necessitam desenvolver em termos de habilidades e competências.
Comparando objetivos
Observação
Portfólio
Autoavaliação
Conselho de classe
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
• Elaboração de Prova;
• Objetiva ou discursiva;
• Mescla tipos;
• Adaptar a prova ao perfil do aluno;
• Desempenho.
De repente, a pandemia
O ensino remoto
Muitas instituições não tinham ambiente virtual e tiveram que, em curto espaço
de tempo, adquirir esses ambientes, capacitar professores e ensinar os
estudantes e familiares a navegar nesses espaços. Aos poucos os improvisos
foram cedendo espaços às ações mais organizadas, planejadas pelas
instituições de ensino.
Mas e o acesso?
Como manter crianças e jovens motivadas quando o mundo inteiro está preocupado,
entrando em crise econômica, com o número de doentes e mortos aumentando a cada
dia?
Avaliando na pós-pandemia
É certo que a educação não será como antes. Existem debates importantes se
de alguma forma a situação traumática não teria sido propulsora de avanços
que existiam em ambientes reduzidos ou experimentais. A lógica é que tal qual
como uma guerra é desastrosa para vidas humanas, ela acaba por promover
avanços em técnicas de cura e comunicação – exemplo da Segunda Guerra
Mundial – a educação e a sua inserção e trocas com o mundo digital era uma
questão necessária e desafiadora, e passou a ser uma solução criativa, ao
mesmo tempo em que sofrida.
Tudo o que aprendemos sobre formas de avaliação mais eficientes, que não
visem a uma mera classificação, mas que forneçam subsídios para as
dinâmicas de ensino-aprendizagem, lidar com os alunos como aprendentes, de
fato, como ativos e vivos nas escolhas pedagógicas, deixaram de ser uma
necessidade a ser discutida para ser uma emergência em prol da educação.
• Política Publica;
• Decisões / autonomia;
• Segregação digital;
• Impacto social;
• Novos Processos de Avaliação e aprendizagem;
• Ensino a distancia;
• Aulas voltando;
• Modelos Híbridos;
Avaliação diagnóstica e a pandemia
• Novas possibilidades;
• Impacto do aprendizado;
• Aprovação Automática;
• Principio da Avaliação;
• Novos Mecanismos de Avaliação;
• Longo prazo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Questão 2
Sobre as dificuldades e possibilidades encontradas durante o processo de
ensino e avaliação da aprendizagem, leia as afirmativas a seguir:
Estão Corretas:
Considerações finais
O baixo rendimento de um aluno não deve ter como primeira solução a sua
reprovação, e sim considerar soluções para que ele aprenda o conteúdo
efetivamente, por meio de estratégias didáticas e um acompanhamento mais
individualizado, por exemplo. Também é relevante que o estudante seja
corresponsável nos seus processos de avaliação.
Por fim, a avaliação não deve ser considerada como um meio de coerção e
punição, mas sim um recurso para melhoria da qualidade de ensino e do
exercício da avaliação como uma prática emancipatória. Se isso já era uma
demanda urgente, o cenário de pandemia expôs as dificuldades e nos força a
repensar caminhos a serem desenvolvidos.
Podcast
podcast.mp3
Referências
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Assista:
Merli, uma série espanhola da TV3 sobre um professor de filosofia que discute
sobre a importância do aprendizado.
Por exemplo, imagine que você, durante uma aula, note que um de seus
estudantes está mais quieto do que o normal, decida aferir sua temperatura e o
termômetro marque 38,5°C. Até aí você está medindo/verificando. Porém, a
partir do momento em que compare essa “medida” com a temperatura corporal
média normal e afirme que ele está com febre, você realizará uma avaliação,
visto que qualificou essa medida. Complementarmente, avaliamos para orientar
a tomada de decisão, ou seja, o ato de avaliar resulta em ações!
Voltando ao nosso exemplo, o ato de avaliar que o estudante está com febre não
se encerra em si, ele induz uma tomada de decisão, como ligar para os
responsáveis do estudante, verificar se na agenda há indicação de medicação
ou encaminhá-lo para a enfermaria, por exemplo.
Isso quer dizer que, dependendo do país, da classe social, da posição política,
da época, dentre tantos outros fatores, uma educação de qualidade pode ser
definida de modos diferentes. Para termos ideia de como avaliar algo é muito
mais complexo do que medir, até para o que é considerado febre há alguma
polissemia. Em crianças, a maioria classifica como febre a temperatura retal
acima de 38°C, mas alguns consideram febre temperatura retal acima de 37,7°C
ou 38,3°C.
Nesse sentido é que o tema avaliação escolar se torna ainda mais complexo,
pois a noção de “qualidade” na educação é polissêmica e multifacetada, ou seja,
tem vários sentidos envolvendo diferentes instâncias. Podemos notar a presença
dessa diversidade de perspectivas na relação educação-qualidade nas
conversas informais, na sala dos professores, na mídia etc.
Contextualizando o desafio
Fracasso escolar
Um dos termos mais famosos e mais mal-empregados pelo senso comum para
avaliar as escolas contemporâneas como ruins é o fracasso escolar.
As crianças devem ser entendidas como sujeitos plenos, logo, seus estímulos e
sua condição de vida impactam fortemente sua relação com a escola. Há
crianças que já entram na escola com a sensação plena de inadequação,
fomentando a sensação do fracasso escolar que apontamos, mesmo que não
haja nenhum processo cognitivo que o leve para tal dificuldade, mas sim por uma
questão social.
Saiba mais
O Relatório Mundial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) (1999)
aponta o nascimento da criança número 6 bilhões, ocorrido em 12/10/1999. Isso
significa que o planeta Terra já tem mais de 6 bilhões de crianças. Aliás, duas
crianças nasceram nessa data, uma na Bósnia e outra no Brasil, em Salvador.
Essa criança nascida no Brasil tem: 30% de chances de não ser registrada ao
nascer; 40% de chances de seus pais terem um padrão instrucional de menos
de quatro anos de estudo; 21% de chances de nascer em lares cujos pais são
analfabetos; 27% de chances de viver em uma família com renda mensal inferior
a meio salário mínimo per capita; 17% de chances de trabalhar para ajudar a
família a partir dos 10 anos, embora o Estatuto da Criança e do Adolescente só
admita como adequado o trabalho após os 14 anos; 46% de chances de já estar
trabalhando entre os 15 e 17 anos, tendo ou não concluído o ensino básico, para
sobreviver e ajudar a família; 59% de chances de concluir o ensino fundamental
(8ª série), embora 95% tenham chance de acesso a esse nível de ensino. Os
dados recentes do Unicef anteveem que 41% das crianças brasileiras estão
fadadas ao fracasso escolar e a reproduzir, no futuro, a situação atual de
fracasso de seus pais. Está sendo considerado aqui como fracasso o fato de não
ter completado as oito séries. No entanto, estarão os 59% que concluem as oito
séries incluídos no não fracasso ou no sucesso escolar? Afinal, o que é o não
fracasso escolar? Será o alcance de certo grau de desenvolvimento humano?
Será a condição de autonomia? A de qualidade de vida? Será a condição de
civilidade que permita valores e práticas como a da equidade? Bem, se é tudo
isso, voltemos à afirmação anterior: não fracasso escolar é inclusão social
(SPOSATI, 2008).
Observe as manchetes:
Você já ouviu falar em CAQi e CAQ?
Como nos alerta o gato de Alice, é importante que realizemos uma discussão
ampla na sociedade do que consideramos uma educação de qualidade para, a
partir disso, chegarmos a pontos em comum e podermos, então, criar
instrumentos de avaliação que deem conta de orientar as tomadas de decisão
voltadas para as tão desejadas mudanças na qualidade da educação.
A capacidade da força de trabalho passa a ser vista na mesma lógica dos fatores
não humanos da produção. Seguindo essa linha de raciocínio, as habilidades e
os conhecimentos humanos seriam passíveis de um investimento específico, na
educação formal, que gerariam lucros futuros. O investimento humano (ou em
educação) assume o papel de “força motriz” de um ciclo virtuoso que desemboca
no desenvolvimento de um país, pois, nessa perspectiva, quando um indivíduo
investe em si próprio (educação) ele aumenta sua qualidade/produtividade no
trabalho que, consequentemente, aumenta seu salário, que aumenta seu poder
de compra/consumo e assim aumentam as vendas das empresas, que têm seus
lucros expandidos e necessitam, por fim, contratar mais funcionários. Dessa
forma, o investimento movimentaria a economia do país como um todo, já que
promoveria o fluxo de capital.
Tecnicismo
3ª resposta: instrução.
4ª resposta: avaliação.
Tyler afirmava ser necessário que os objetivos correspondam a comportamentos
explícitos para poder responder às suas outras três perguntas essenciais,
ocasionando uma orientação comportamentalista ao campo.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, define como dever do Estado, para
a efetivação do direito à educação, a garantia de “padrões mínimos de qualidade
de ensino, definidos como a variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem” (inciso IX, art. 4º).
Pilares da avaliação escolar para a qualidade
Por esse motivo, no próximo módulo, abordaremos um pouco mais sobre como
esse tipo de avaliação se instituiu em nosso país e como vem tomando
centralidade nos debates educacionais.
(F) A legislação vigente prevê o acesso à educação, mas não prevê questões
que se referem à qualidade da educação oferecida.
Ainda que não o tenhamos definido, passamos então a provocar sobre esse
conceito essa ideia de qualidade, retirando papéis do senso comum e explicando
que avaliação escolar é um instrumento poderoso para a gestão escolar, para o
Estado e para sociedade civil. Mas seu fim é voltado para um conceito abstrato
conhecido como essa tal de qualidade.
São muitas perguntas e nenhuma resposta até agora. Acontece que essas
respostas precisam de uma análise e, possivelmente, no fim do nosso estudo,
você ainda não as terá do modo que almeja.
1988
Foi realizada a segunda edição do Saeb nos mesmos moldes e, em 1995, foi
adotada uma nova metodologia, tanto na elaboração dos testes como na sua
análise, a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI), possibilitando a
comparação dos resultados obtidos ao longo do tempo. Foram mantidos o
público-alvo (séries), a abrangência (escolas públicas/amostral), a formulação
dos itens (currículos de sistemas estaduais) e as disciplinas/áreas do
conhecimento avaliadas.
1997
1999
2005
O Saeb sofre uma grande reestruturação e passa a contar com duas avaliações
distintas: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional
do Rendimento Escolar (Anresc), mais conhecida como Prova Brasil. A Aneb
manteve o formato anterior, com caráter amostral de escolas públicas e privadas,
com o foco na gestão da educação básica e contemplando estudantes
concluintes das etapas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do
ensino médio.
Já a Anresc consistiu em uma avaliação censitária de estudantes, apenas de
escolas públicas, concluintes dos anos iniciais e finais do ensino fundamental (5º
e 9º ano), possibilitando gerar resultados por escola. No que se refere à
formulação dos itens (questões), são mantidas as matrizes de referência, com
descritores resultantes da soma entre conteúdos curriculares e operações
mentais; também é mantida a decisão de avaliar apenas as áreas de Língua
Portuguesa e Matemática.
2013
2015
Ideb
Sigla
Deixam de existir as siglas ANA/Anresc/Aneb e todas passam a ser
denominadas como Saeb
Acompanhamento do processo de alfabetização
Antes realizado no 3º ano do ensino fundamental, passa a ser realizado no
segundo, como preconizado pela BNCC. Desse modo, são avaliados os
estudantes do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino
médio.
Matrizes
Foram reformuladas, buscando uma aproximação com a BNCC; o foco é
mantido nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, porém, também são
avaliadas as áreas Ciências da Natureza e Ciências Humanas em caráter
amostral.
Educação Infantil
Passa a ser avaliada de modo experimental e amostral, por meio de
questionários eletrônicos destinados a professores e diretores das escolas.
Avaliação
Aferirá as competências e habilidades previstas na BNCC, contemplando
todos os anos de escolaridade a partir do 2º ano do EF (e não mais será
realizada somente ao final de ciclos: alfabetização – 2º ano/ séries iniciais do
EF – 5º ano/ séries finais do EF – 9º ano/ ensino médio – 3º ano); deixa de ser
bianual e passa a ser anual; e também é prevista uma ampliação das áreas do
conhecimento a serem avaliadas.
Versão Digital
Contará com uma versão digital da prova, até então só impressa a partir o 5º
ano. Outro destaque dessa futura proposta é a possibilidade de ele servir para
admissão no ensino superior a partir de 2023-2024, enquanto um “Enem
seriado”.
O Novo Saeb firma-se, então, como o principal instrumento de acompanhamento
da qualidade da educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio,
atrelado à sua composição no Ideb. Para a aplicação do Novo Saeb, em 2021,
está previsto, por meio da Portaria nº 458, de 5 de maio de 2000, que institui
normas complementares necessárias ao cumprimento da Política Nacional de
Avaliação da Educação Básica.
Enem e Enade
• Cursos;
(INEP, 2020)
A avaliação do ensino superior é um excelente exemplo de para o que a
avaliação não deve servir! Não sendo objeto de nossa análise aqui, apenas
sinalizamos para perceber como, ano após ano, o resultado é aguardado e
divulgado como propaganda ou crítica pelo fato de representarem um ranking de
qualidade entre as universidades.
Esse exame sofre com a participação errática dos alunos e com a preocupação
das instituições privadas em garantir o engajamento para evitar danos à sua
imagem ou fechamento de cursos devido ao descomprometimento do aluno e
não, de fato, pela qualidade de seus ensinos.
Em outras palavras
O modelo foi praticado de forma mais ou menos intensa ao longo dos últimos 30
anos e, por isso, podemos sinalizar que está bastante introjetado em nossa
dinâmica de avaliação e compreensão do funcionamento da educação no Brasil.
Sobre a educação
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
Avaliação de aprendizagem
Refere-se àquela que acontece no cotidiano da sala de aula e é realizada pelo professor de
acordo com seu plano de ensino. Tem por objetivo diagnosticar, acompanhar e certificar o
educando em seu percurso de aprender na vida escolar. Ela é importante para não perdermos
de vista o desempenho de cada estudante em seu percurso de formação, identificando suas
aprendizagens e carências para propor soluções.
Avaliação Institucional
Sendo assim, todas essas instâncias avaliativas devem fluir para o mesmo
objetivo: a aprendizagem do aluno.
Dimensões avaliativas
Atenção!
Vejamos:
Sua composição passa pela formação dos professores, condição dos alunos,
região de atuação e um importante índice, o IDD – Indicador de diferença entre
os desempenhos observado e esperado. Nesse índice, são mensurados um
conjunto de condições que demonstra o quão o desempenho desse aluno, em
um exame nacional, pode ser muito mais representativo do que outro com o
mesmo desempenho ou superior.
Comentário
Esses exemplos não podem ser tomados como prova de que todos podem; não
devem ser exceções para confirmar a regra. Se nas escolas em que essa
utilização de recursos e novas metodologias de ensino mais frequente o
desempenho foi maior, a avaliação não deve servir para dizer como esse é
especial, ou que aqueles não foram aptos, mas ser utilizada para criar.
• Entre as escolas onde o número de alunos por professor é maior que 25,
o desempenho dos estudantes foi marcadamente pior (OLIVEIRA;
ARAÚJO, 2005).
Além disso, notou diversas ações realizadas a partir do resultado das avaliações
externas, tais como: estabelecimento de metas, criação de indicadores de
qualidades, monitoramento pedagógico, indicação de estudantes para
recuperação paralela, formação continuada para professores, produção de
materiais pedagógicos etc.
Impacto positivo
Impacto negativo
Tal prática acaba por distorcer a intenção das avaliações externas e a ação
educativa, ao passo que como pretende avaliar certa realidade acaba por reduzi-
la no que se avalia, deixando de lado os aspectos processuais do fazer educativo
e focando apenas nos seus produtos quantificáveis.
1ª Critica
2ª Critica
É quanto ao fato de ela ser externa. Isso porque, por mais que a sua elaboração,
os cuidados do processo de coleta e de interpretação dos dados sigam o máximo
rigor, a avaliação externa depende de que os avaliados acolham a prova e não
realizem manobras; o que pode deturpar as informações obtidas por ela, e
comum encontrarmos nos cotidianos escolares, é uma relação hostil às
avaliações externas ao invés de ser acolhida, ocasionado, por exemplo, que os
estudantes não se dediquem à sua realização.
3ª Critica
Avaliação da aprendizagem
Avaliação institucional
( ) Uma turma de 2º ano do ensino fundamental realiza uma prova do Saeb com
foco no processo de alfabetização.
Questão 2
(...) Eu treino eles [os alunos] para o gabarito, tem uns que não sabem nem
assim, por exemplo, tem a número 1, com a, b, c, d. Tem uns que colocam todas
as alternativas, por exemplo, a resposta da 1 e da 2, na número 1. Então, até
nisso a gente procura ajudar o aluno, a preencher o gabarito. É todo esse
cuidado que o Nível 1 tem, o Ciclo 1 (aqui é Ciclo 1), em estar auxiliando o aluno
(GIMENES, LOUZANO, MORICONI e SILVA, 2013).
São possíveis impactos das avaliações externas federais nas realidades locais,
exceto:
Podcast
Ouça agora os professores Rodrigo Rainha e Maria Luiza Vieira falando sobre
avaliação escolar.
Referências
BAUER, A.; GATTI, B. A.; TAVARES, M. R. Ciclo de debates: vinte e cinco anos
de avaliação de sistemas educacionais no Brasil. Fundação Carlos Chagas.
Florianópolis: Insular, 2013.
Explore +
Introdução
O que é planejamento?
O planejamento escolar
Planejamento estratégico
Planejamento Tático
É mais setorial e envolve metas e tarefas a serem executadas pelo pessoal do setor.
Planejamento Operacional
Por meio deste, planos de aplicação imediata aos níveis mais rotineiros e básicos de uma
instituição são produzidos.
Nas sociedades atuais, o planejamento é tão familiar que às vezes passa
despercebido, mesmo estando presente em todos os segmentos de nossas
vidas. Atualmente, o ato de planejar está consolidado como algo de suma
importância, e temos formas e esferas do planejamento percebidas e definidas
de diferentes maneiras. Falamos em:
• Planejamento pessoal
• Planejamento financeiro
• Planejamento organizacional
• Planejamento empresarial
• Planejamento estratégico
• Planejamento familiar
• Planejamento operacional
• Planejamento urbano
Saiba mais
Artigo 12
Artigo 13
Artigo 14
Atividade discursiva
Questão 1
Recreação
A recreação nas escolas é um momento de muitos ruídos e, para evitar acidentes envolvendo
alunos muito grandes e os menores, com frequência, há uso em horários alternados dos espaços
abertos ou mais amplos. O inevitável barulho produzido pelo recreio de uns interfere nas aulas
dos outros. Assim, para evitar maiores prejuízos, as aulas nesse horário precisam alternar
diferentes disciplinas e, quando for o caso, docentes, para não sobrecarregar ninguém e nenhum
conteúdo com dificuldades. Ou seja, é o planejamento dos horários das aulas que precisa ser
sabiamente estruturado para assegurar esse equilíbrio.
Aula
Outro problema semelhante é o das aulas no início e no final dos dias, que tendem a ser mais
“curtas” do que as do meio do dia, em virtude de sempre haver algum atraso no início do dia e
alguma dispersão próximo ao horário de saída.
Horários
Outro constrangimento a ser levado em conta é a organização dos horários. Somem-se a isso
outros problemas, pessoais e profissionais de docentes que atuam em mais de uma escola ou
com outras tarefas, limitando disponibilidades. Assim, chegamos à “arte” envolvida em uma
simples montagem de horário de aulas.
Espaços especializados
Do mesmo modo, há outros limites e outras necessidades, como o uso do refeitório e dos
espaços especializados — laboratórios, salas-ambiente, bibliotecas — e, assim, temos uma
percepção melhor da importância desse tipo de planejamento logístico nas escolas.
Sala de Aula
Educadores
Prática Pedagógica
Para que o planejamento escolar cumpra sua função, é preciso que ele seja
organizado conforme um cronograma e um sistema em que, gradativamente,
seja possível chegar ao conjunto de aspectos que ele abranja.
Atividade discursiva
O planejamento estratégico
Planejamento educacional
Você se lembra de que falamos de planejamentos organizados pelos estados, pelo governo
federal, municípios e que eles funcionam em cascata na organização do planejamento? Eles se
materializam no Plano Nacional de Educação, um documento obrigatório que precisa ser
renovado a cada decênio e fundamenta metas para a educação.
A lista pode ser interminável, mas não vamos seguir com ela. O importante nesse
debate é perceber, simultaneamente, como mais do que planejamento impróprio,
nosso sistema educacional sofre com a falta de um planejamento estruturado,
ao mesmo tempo que lida com uma centralização decisória incompatível com a
pluralidade de interesses em jogo e de atores envolvidos.
Planejamento participativo
Princípios Democráticos
Gestão Participativa
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
Podcast
Ouça o professor Rodrigo Rainha, que fala sobre o conceito de planejamento escolar.
Referências
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Introdução
Vamos planejar?
Assista à entrevista concedida pela professora Nilda Alves sobre planejamento
e cotidiano escolar.
Sabemos que, por mais que planejemos uma aula, ela nunca ocorrerá
exatamente como o programado, já que é modificada pela interação dos
estudantes. Então, por que planejamos? O planejamento anual de uma escola é
marcado por constante demandas e reorientações, sendo assim, por que
planejar?
Essas reflexões não têm respostas prontas. Elas devem fazer parte do seu
cotidiano como docente. Nesse sentido, é fundamental que você, como futuro
docente, independentemente do segmento e da forma como vai atuar,
compreenda as discussões que existem em relação ao planejamento na escola.
o Medir
o Executar
o Calcular
o Atingir
o Metrificar
o Organizar
o Avaliar
o Estruturar
o Investir
o Resultado
o Aluno
o Professores
o Direção
Existem muitas variáveis. O que pensamos, normalmente, é por que e para quem
planejamos. Esses objetivos são fundamentais. Ao planejarmos, devemos ter em
mente a finalidade e os envolvidos.
Planejamento no cotidiano
Ou seja, o planejamento está presente em nossa vida desde a hora em que
acordamos e tomamos nossas decisões: tomar café da manhã ou não? Como
chegar ao trabalho? Como organizar uma viagem, uma festa ou um encontro
com os amigos? Todas essas escolhas fazem parte do nosso planejamento
cotidiano, que nasce de um desejo, de uma intenção, de uma possibilidade ou
necessidade. Esperamos tomar as decisões mais acertadas mesmo sabendo
que há uma imprevisibilidade no dia a dia que nem sempre nos permite realizar
nossas tarefas da forma como planejamos. Mas queremos alcançar nossos
objetivos e, mesmo sem termos consciência, isso faz parte do ato de planejar.
Primeira Fase
Segunda Fase
Terceira Fase
Ainda segundo o autor, a vertente crítica, que ele denomina de segunda vertente,
exige que os docentes busquem compreender o que é a escola também de fora
dela, isto é, considerá-la como uma instituição inserida em um contexto social
mais amplo.
Vasconcellos (2000) nos ajuda a pensar nesse planejamento, que deve ser
compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação real para
transformá-la. É uma mediação teórico-metodológica para uma ação intencional,
que tem como objetivo fazer algo acontecer. Para isso, é importante e necessário
estabelecer, além de condições materiais, uma disposição interior, buscando
prever o desenvolvimento da ação desejada no tempo e no espaço. Caso o
planejamento não seja formulado, ocorrerá o trabalho a partir de improvisações
e sob pressão.
Como marco dessa fase, apontamos o desafio proposto por Vera Candau: a
superação de uma didática exclusivamente instrumental. A autora apresentou a
construção de uma didática fundamental, que estaria articulada à problemática
da educação na sociedade. Essa proposta representou um amplo movimento de
reação à didática marcada pela ideia de neutralidade.
O planejamento educacional pode ser dividido em três fases. Podemos afirmar que a
segunda fase, de caráter técnico-instrumental, é aquela que
Questão 2
Os planos
Libâneo (1994) aponta que há planos em, pelo menos, três níveis: o plano da
escola, o plano de ensino e o plano de aula.
Plano de escola
Plano de ensino
Plano de aula
O quê?
Conteúdo de cada área do conhecimento.
Como?
Metodologias de ensino e práticas avaliativas.
Por quê?
O direito à apropriação do conhecimento produzido historicamente.
Para quê?
A socialização e apropriação dos conteúdos constituem um compromisso com a
emancipação das camadas populares.
Para quem?
Sujeito histórico-social construído nas determinações das relações de classe.
Plano de ensino X Plano de aula
Plano de curso
O plano de curso — ou plano de ensino, como nos apresenta Libâneo (1994) —
é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de referenciar os conteúdos,
as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo
de ensino-aprendizagem concernente às unidades escolares, sejam estas de
ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos
de qualquer nível.
Objetivos
Os objetivos são divididos em duas categorias: gerais e específicos. Os objetivos
gerais são as grandes metas a perseguir, que se concretizam por meio de
objetivos mais específicos.
Objetivos gerais
Para a definição de objetivos gerais, é recomendado o uso de verbos com
significado abrangente. Deve englobar a totalidade do problema, definindo de
forma clara o que se pretende no final do projeto.
Objetivos específicos
Para a definição de objetivos específicos, é recomendado o uso de verbos com
significado mais restrito e direcionado. Os objetivos específicos contribuem para
a concretização do objetivo geral, pormenorizando-o. Estão relacionados com as
áreas específicas nas quais se desenvolvem.
Você pode fazer uma primeira versão e modificar como se fosse montar uma
segunda versão. Isso é necessário porque, conforme as aulas começam, você
conhecerá, de fato, seus alunos e terá de adaptar o que pensou à realidade do
que sabem e desejam.
Tempo provável
Trata-se da estimativa do tempo utilizado em cada unidade didática.
Desenvolvimento metodológico
O desenvolvimento metodológico é o componente do plano de ensino, a linha de
trabalho que será desempenhada para que aconteça o conhecimento. Indica o
que o professor e os alunos farão no desenrolar de uma aula ou de um conjunto
de aulas. É a construção do planejamento, de como e quais recursos serão
utilizados para o alcance dos objetivos propostos.
Avaliação
Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica é adequada para o início do período letivo, permitindo
que o professor conheça a realidade em que o processo de ensino-
aprendizagem acontecerá. Nesse caso, o principal objetivo é verificar o
conhecimento prévio de cada estudante.
Avaliação formativa
A avaliação formativa deve ser realizada durante todo o período letivo, com o
intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos
anteriormente.
Avaliação somativa
Planejamento de aula
Plano de aula
De acordo com Libâneo (1994, p. 225), “o planejamento escolar é uma tarefa
docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de
organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. O plano de aula é um
documento elaborado pelo professor que define o tema da aula, seus objetivos,
o que exatamente será trabalhado, a metodologia a ser utilizada e como será
feita a avaliação do processo.
• Clareza e objetividade.
Pressupostos
É importante iniciar esta seção explicitando que aqueles que buscam apenas
conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se
frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da
complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar.
Para isso, é necessário conhecer o modo de vida dos alunos, reconhecendo que
há diversos contextos culturais e conhecimentos que circulam no mundo e que
precisam ser visibilizados. Nesse sentido, precisamos compreender que o
planejamento pode ser concebido de outra forma, construído mais
coletivamente, junto com os estudantes.
Todo projeto é definido pela escolha do tema que será trabalhado. Esse tema
pode ter origem nas experiências dos estudantes, em uma informação recolhida
em outro projeto, em uma experiência que se originou em um fato da atualidade,
ou ainda em um tema proposto pelo professor.
Após a escolha do tema do projeto, serão levantadas hipóteses sobre o objeto
escolhido e sobre quais perguntas deverão ser respondidas para que isso
aconteça.
Enquanto isso, o professor deve enumerar os objetivos que espera atingir com
o tema proposto e listar os conteúdos que podem ser trabalhados a partir do
tema escolhido. Desse modo, é importante:
Para realizar um trabalho com qualidade e dar o suporte necessário aos alunos,
o professor deve estudar e se atualizar em torno do tema do projeto,
contrastando as suas informações com outras fontes que os estudantes
apresentem. Nesse processo, também é papel do professor criar um clima de
envolvimento e de interesse, no grupo e em cada pessoa, sobre o que se está
trabalhando. Por fim, o professor deve fazer uma previsão dos recursos
necessários.
• Desenvolvimento de autoria.
• Realização de descobertas.
• Aprendizado na prática.
• Possibilidade de contextualização dos conceitos.
• Elaboração de questões para investigação.
• Desenvolvimento de relações interpessoais e subjetivas dos sujeitos.
Esses fatores agravaram a condição emocional das crianças que perderam avós
e/ou familiares com os quais tinham um convívio muito próximo de uma forma
repentina, gerando um afastamento muito bruto e inesperado, em virtude do
contexto pandêmico. Outro agravante a ser considerado foi o afastamento do
convívio social com amigos e familiares. Ainda, a partir do processo de
isolamento, parques e áreas de lazer precisaram ser fechadas por conta da
contaminação.
Evasão escolar
Como reverter esse cenário? Essa é a grande pergunta realizada pelo Instituto
Alicerce (2022). Os dados apresentados comprovam que a pandemia acelerou
os problemas e acentuou as desigualdades sociais existentes em nosso país.
Diante disso, é essencial agir rápido, indo atrás de cada criança e cada
adolescente que teve seu direito à educação negado.
Notem o ciclo:
A equipe pedagógica reúne e entende a vivência dos professores.
A equipe pedagógica elabora um plano de ação integrado com
professores visando perceber e investigar a situação dos alunos e das
famílias.
Diante de resultados e necessidades, são separadas ações distintas para
atuar em problemas distintos: por exemplo, para alunos fragilizados
psicologicamente, práticas de ressocialização e adaptação aos novos
espaços, entre muitos outros possíveis. Para cada fragilidade, um plano
de ação com responsáveis, envolvidos, coleta e compartilhamento de
resultados.
• Então, a equipe pedagógica deve analisar os primeiros resultados e
detectar novas medidas, assim como proporcionar ações de clima.
Planejamento: praticando
“Talvez nunca antes na história deste país a escola tenha sido tão impulsionada
a repensar a forma como avalia os estudantes”, afirma Adriana Tárcia de Souza
Oliveira, que é professora de filosofia e de projeto de vida da Escola Estadual
Maria do Carmo Viana dos Anjos, em Macapá (AP) (VICHESSI, 2021, n. p.).
O que avaliar também foi posto em xeque e por que avaliar é outra questão que
desde o ano passado vem à tona cada vez mais. O Conselho Nacional de
Educação (CNE) recomendou a aprovação escolar automática do ano letivo de
2020 para o de 2021 — mesmo para aqueles que não aprenderam o esperado.
Evidentemente, não existem respostas simples para como, o que e por que
avaliar na pandemia, tudo depende do contexto. Contudo, o momento pós-
pandemia é um indutor excelente de reflexão: abre espaço para rever as práticas
avaliativas e planejar as que serão usadas, assim como abre oportunidade para
repensar os objetivos a serem alcançados com elas.
Para que o aluno aprenda, é importante que ele queira, ou seja, que ele esteja
motivado. Isso pode ser feito por meio de atividades desafiadoras, pois assim o
aluno sentirá o desejo de aprender. Para isso, o estudante deve ser respeitado
como um sujeito ativo. Um bom professor deve incentivar práticas educativas
que ativem o potencial dos alunos, visto que só assim o aluno deixará de ser
passivo e se tornará ativo em seu processo de aprendizagem.
Neste conteúdo, você deu seus primeiros passos para a elaboração de um bom
planejamento escolar. Para isso, foi necessário reconhecer a importância do
planejamento para o cotidiano escolar, bem como entender a diferença entre o
planejamento de curso, o planejamento de aula e o planejamento por projeto,
verificando a estrutura de cada um deles. No caso do planejamento por projetos,
identificamos as possibilidades que estão relacionadas a esse tipo de
experiência. Além disso, foi possível conhecer os tipos de avaliação, suas
especificidades e potencialidades.
Neste percurso, foi fundamental entender que, para fazer um bom planejamento,
há uma concepção de educação que está em jogo, e não um modelo a seguir.
Por fim, com foco nas práticas, tratamos dos desafios da sala de aula e do
cotidiano com o retorno às aulas pós-pandemia da covid-19. Tentamos integrar
os olhares entre as práticas docentes e caminhos que se mostram profícuos.
Podcast
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Para saber mais sobre Pedagogia de Projetos, assista aos vídeos do professor
Nilbo Nogueira.
Ao final deste módulo, você será capaz de definir planejamento escolar, suas
etapas e funções.
Os atuantes no processo
A importância do planejamento é:
Planejamento escolar
O planejamento pedagógico não pode ser uma ação mecanizada e única, não
pode ser um modelo pré-fabricado e imposto de modo vertical e imperativo. Cabe
à direção da escola o papel de observar o contexto amplamente, competindo
também aos professores e demais profissionais ligados com a dinâmica
pedagógica (a partir de suas vivências e convivências) a construção do
planejamento.
Planejamento da aula
A escola deve ser entendida como uma instituição voltada para a realização
pessoal e social, portanto deve atender a todos sem discriminação. Nesse
sentido, uma escola democrática, em termos de planejamento, precisa:
Retomada
Agora, vamos começar a refletir sobre cada uma dessas instâncias e como há
diferentes possibilidades de desenvolvimento desses processos, tanto no que se
refere às escolhas institucionais quanto administrativas e pedagógicas. Cabe
lembrar que a dimensão pedagógica, envolvendo a atividade-fim da escola,
deve ocupar um lugar de relevância, apesar de ser mais focal, pois é para o
sucesso dela que demais níveis e instâncias precisam atuar.
Escalas do planejamento
As redes pública e privada estão mais próximas do que poderíamos supor, pois
a maioria dessas normas se aplica a ambas, embora seja dever do Estado
apenas definir mais especificamente o funcionamento da rede pública, deixando
sempre alguma margem de liberdade às escolas, para que as especificidades
sejam consideradas nos momentos locais de planejamento e ação.
Produzindo o planejamento
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
Do ponto de vista do planejamento escolar, suas etapas e instâncias, como podemos pensar o
enfrentamento da crise causada pelo novo coronavírus e o isolamento social que fechou as
escolas no Brasil e em outros países do mundo? Quais ações abaixo devem ser executadas em
termos de planejamento?
I. A suspensão das aulas exigiu das escolas um replanejamento imediato de suas ações, tanto
administrativas quanto pedagógicas, e uma séria adaptação nos planos de ensino e nos próprios
conteúdos a ministrar.
III. Não é função típica do planejamento escolar preocupar-se com o uso de equipamentos por
parte do docente.
IV. Exigiram muitas mudanças nos planejamentos anteriores nos níveis administrativo e
pedagógico. Foram necessários feedbacks rápidos sobre o funcionamento do que se tentou fazer
e uma interlocução ainda maior com famílias e autoridades, educacionais e sanitárias, esfera do
diálogo da instituição com a sociedade.
Com isso afirmamos que, longe de considerar a escola uma máquina, a imagem
da engrenagem aqui utilizada pretende evidenciar a interdependência entre
todos, e a lubrificação é a responsabilidade de cada um com o cuidado com as
demais peças, que precisam se encaixar e se movimentar com leveza e
facilidade, sem que rusgas possam emperrar qualquer uma delas, travando, por
consequência, toda a engrenagem.
A tradição do “manda quem pode, obedece quem tem juízo” é uma realidade no
Brasil, e atinge a cultura escolar, mesmo nas escolas públicas, onde deveria ser
praticada a gestão democrática, conforme prevê a LDB. Acostumamo-nos a ver,
apenas nas autoridades instituídas, a responsabilidade pela gestão daquilo que
comandam, sejam empresas ou escolas. O que parece um privilégio dos
gestores, que podem mandar, é, no entanto, uma “faca de dois gumes”, porque
a centralização decisória traz com ela a responsabilização pelos resultados
apenas de quem decidiu.
A questão da participação
Para Gandin (2001), o “marco referencial”, que vai definir a missão da escola,
é considerado de suma importância, em virtude de sua dimensão política, de
escolha coletiva. Esse marco se compõe de um primeiro momento, em que se
tem a compreensão da realidade global da instituição, o chamado marco
situacional; e é a proposição do projeto de homem e de sociedade que balizará
os debates, o chamado marco doutrinal; e, por fim, a definição de um marco
técnico-procedimental sobre como se deve proceder para atingir essa meta
educativa no contexto em que a escola se situa, o chamado marco operativo.
O segundo momento, de diagnóstico, implica adaptação daquilo que se deseja
àquilo que parece possível fazer. Avaliam-se as práticas existentes e propõem-
se novas, levando à programação, que assume uma dupla dimensão: a de
mudanças no fazer e a de mudanças no ser da escola. Isso porque se entende
que, segundo Gandin:
Muito mais se pode estudar e ver sobre o assunto, mas compreender que, além
de importante, o planejamento não é algo que se encerra quando começamos a
implantar o que nele foi previsto. O planejamento segue sendo
permanentemente avaliado e refeito, em um ciclo que, embora
esquematicamente representado como uma coisa de cada vez, é algo mais do
tipo “Tudo ao mesmo tempo agora”, como o título do álbum da banda de rock
Titãs!
A escola é um organismo vivo, dinâmico e mutante, e isso precisa ser
compreendido por todos os seus sujeitos para que ela funcione bem e cumpra
sua função de ensinar e fazer aprender, respeitando as necessidades e
especificidades de todos.
Uma escola imaginária, que, ao final do ano letivo, tenha reprovado todos os
alunos não cumpriu o seu papel. Isso nos remete a uma das funções do
planejamento que é a de estabelecer metas e objetivos visando à melhor
formação educacional possível naquele momento, confirmando, ainda, o que
dissemos acima sobre o uso de resultados de avaliações em larga escala – como
a Provinha Brasil, a Prova Brasil e o ENEM – para avaliar e replanejar o trabalho
de cada escola.
Atividade discursiva
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou
de estudar.
Podcast
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Diário Oficial da União. Brasília: Poder Legislativo, 23 dez. 1996, sec. I, n. 248, p. 27.833.
GANDIN, D.; GANDIN, L. A. Temas para um projeto político-pedagógico. 12. ed. Petrópolis: Vozes,
2011.
TRAVITZKI, R. Qual é o grau de incerteza do Ideb e por que isso importa? In: Ensaio: avaliação de
políticas públicas educacionais. v. 28. n. 107. Rio de Janeiro abr./jun. 2020.
WPENSAR. Guia de planejamento escolar. Consultado em meio eletrônico em: 23 ago. 2020.
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O aprofundamento de seus estudos do planejamento escolar pode envolver desde textos acadêmicos até
documentos governamentais e escolares. É interessante pesquisar sobre:
• O novo FUNDEB.
Para saber mais sobre planejamento escolar, uma pesquisa que pode ser útil é: Planejamento escolar:
um estudo a partir de produções acadêmicas (1961 – 2005), de Reynaldo Mauá Junior.
• Leia o livro de Ilma Veiga, Projeto político-pedagógico de escola, publicado pela Editora Papirus;
Ainda sobre planejamento educacional, vale a pena ler o livro Planejamento Educacional, de Sonia
Fonseca
Por fim, se você deseja aprender mais sobre a perspectiva das relações entre planejamento e prática, vale
consultar o texto de Áurea Thomazi e Thania Asinelli, Prática docente: considerações sobre o
planejamento das atividades pedagógicas.