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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS:

UM ESTÍMULO AO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM


RESUMO
O processo educacional é complexo, indo desde exercícios físicos a conceitos científicos, dessa
forma as inteligências múltiplas estão presente em todas as áreas da educação, no aluno é fácil
perceber essa dificuldade ou facilidade em aprender. Nessa busca de se aprimorar o professor vem
tentando de muitas formas contribuir para o uso das inteligências múltiplas, buscando novas
abordagens em sala de aula, percebe-se que o uso das inteligências múltiplas é benéfico. O presente
artigo tem por objetivo estudar, analisar e justificar a importância das inteligências nas práticas
pedagógicas do docente em prol do discente. O uso das inteligências é um método aceitável para
alcançar o desenvolvimento educacional do aluno. As inteligências múltiplas são: espacial, corporal-
cinestésica, música, interpessoal, interpessoal, naturalista, linguística e lógico-matemática. Suas
estimulações são das seguintes formas: inteligência corporal-cinestésica (movimentos do corpo),
inteligência espacial (observação e movimentação de objetos), inteligência musical (ouvir, cantar,
jogos operatórios e lúdicos), inteligência naturalista (comparação e observação do ambiente),
inteligência linguística (ouvir, ler e produção de textos), inteligência lógico-matemática (jogos de
estratégia, problemas e jogos matemáticos), inteligência intrapessoal e interpessoal (contato social,
interação com o grupo e consigo, expressão das ideias). Todas essas inteligências são motivadas no
processo aprendizagem, o aluno é incentivado a desenvolver esses saberes, pois quando o aluno é
motivado e estimulado ele apresenta mais facilidade em aprender. Os resultados serão justamente a
forma como se aprende, assim será o diferencial para esse aluno, com isso ele consegue aplicar em
sua vida suas experiências. Seus saberes conquistados em sala de aula, darão a esse aluno um
enorme diferencial, trará a ele tanto um conhecimento cognitivo e um crescimento pessoal,
proporcionando-o uma grande possibilidade de sucesso em sua vida.

Palavras-chave: Inteligências Múltiplas. Desenvolvimento Intelectual. Estimulação


da Inteligência.
1. INTRODUÇÃO

As inteligências se manifestam de forma diferentes nas pessoas, pode-se


perceber que ao longo do processo educacional as pessoas se destacam em uma
ou em outras áreas de inteligências, mas sentem muitas dificuldades em outras. Em
sala de aula acontece o mesmo, por exemplo, o aluno tem uma enorme dificuldade
em realizar uma redação, mas em realizar os cálculos de números tem uma
facilidade extraordinária. O interesse deste estudo é conhecer as teorias e verificar
suas contribuições e sua potencialidade ao processo aprendizagem, é importante
ressaltar que cada pessoa é um ser único, e por isso existe tempo e maneira dela
aprender, por isso a ideia das inteligências múltiplas pode colaborar e auxiliar o
professor a alcançar esse aluno de uma forma efetiva, valorizando assim as muitas
inteligências.
O professor deve propor atividades dinâmicas, ambiente prazeroso, observar
o nível de cada aluno, essas iniciativas aumentas as possibilidades do
desenvolvimento dos saberes e das experiências em sala de aula, trabalhando
dessa forma como agente transformador. As mudanças na sociedade, melhora os
níveis de pensamento, pois traz mudanças de atitudes no processo ensino
aprendizagem, melhora o convívio entre
ensino/inteligências/aluno/professor/sociedade. Na escola, as inteligências múltiplas
devem ser trabalhadas como ferramenta complementar, mas importantes para o
desenvolvimento educacional, devem facilitar o currículo, auxiliando assim a
transmissão e assimilação do conhecimento.
Por muitos anos a inteligência era medida exclusivamente pelo conhecimento
e bom rendimento nas áreas específicas do conhecimento, hoje sabe-se que as
pessoas em especial os alunos possuem características próprias e suas habilidades
também são individuais, pois somos únicos em nosso manifestar, dessa forma pode-
se associar o saber em novos saberes. Com isso há o desenvolvimento das
inteligências na criança, assim consegue estimular suas habilidades, não
classificando-a, privando de desenvolver suas capacidades, diagnosticando somente
as habilidades tradicionais.
A escola é o ambiente propicio e responsável para oportunizar a prática das
inteligências múltiplas, pois elas bem aplicadas é um ótimo meio de promover o
desenvolvimento da criança. A atuação do professor nesse processo trará ao aluno
benefícios, uma vez que essa ferramenta seja bem planeja e incentiva e por sua vez
o docente esteja capacitado e atento a identificar esses saberes.
Ensinar práticas diferenciadas é ensinar a vida, pois adquirindo consciência
do seu próprio cognitivo e suas potencialidades poderá vivencia-las, causando assim
uma transformação na forma que ele se expressa, deixando seus desenvolver
natural, para assim torna-se um adulto não reprimido.

2. CONCEITO DE INTELIGÊNCIA

A inteligência humana é alvo de inúmeras áreas da ciência, desde a


antiguidade há um esforço em tentar compreender o pensar humano, onde cada
povo fazia sua configuração, consideração para destacar e valorizar o raciocínio do
homem, por isso sempre ocorreu muitas ideias de filósofos e psicólogos diferentes.
(Gardner, 2000).
Gardner (1994), a princípio não propõe um conceito para a inteligência, não
define com exatidão do que a inteligência é feita. Sua visão inicial vem da
preocupação em definir critérios para explicar e explorar as potencialidades
cognitivas humanas, logo por isso não está preocupado em conceituar a inteligência
propriamente dita.
Alfred Binet (1857-1911) foi o primeiro a produzir teste de inteligências, esses
testes eram utilizados para prever quais crianças poderiam fracassar ou não na
escola. Após esses estudos surgiram os testes de medir a inteligência (QI), onde
avaliava as pessoas por intermédio de questões de múltiplas escolhas. (Gardner,
2000).
A Teoria das Inteligências Múltiplas, inicia no XVII, na busca do saber a tudo e
conseguir ensinar a todos. Essa busca faz remeter ao próprio Gardner que sempre
enfatiza as múltiplas inteligências que acompanham a pessoa humana, resumindo a
sete inteligências principais.
Eu agora gostaria de mencionar brevemente as sete inteligências que
localizamos e citar um ou dois exemplos de cada uma delas. A
inteligência linguística é o tipo de capacidade exibida em sua forma
mais completa, talvez, pelos poetas. A inteligências lógico-
matemática, como o nome implica, é a capacidade lógica e
matemática, assim como a capacidade científica. Jean Piaget, o
grande psicólogo do desenvolvimento, pensou que estava estudando
toda a inteligência, mas eu acredito que ele estava estudando o
desenvolvimento da inteligência lógico-matemática. Embora eu cite
primeiro as inteligências linguística e lógico-matemática, não é porque
as julgue as mais importantes – de fato, estou convencido de que
todas as sete inteligências têm igual direito à prioridade. Em nossa
sociedade, entretanto, nós colocamos as inteligências linguística e
lógico-matemática, figurativamente falando, num pedestal. Grande
parte de nossa testagem está baseada nessa alta valorização das
capacidades verbais e matemáticas. Se você se sai bem em
linguagem e lógica, deverá sair-se bem em testes de QI e SATs, e é
provável que entre numa universidade de prestígio, mas o fato de
sair-se bem depois de concluir a faculdade provavelmente dependerá
igualmente da extensão em que você possuir e utilizar as outras
inteligências, e é a essas que desejo dar igual atenção. A inteligência
espacial é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo
espacial e de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse
modelo. Os marinheiros, engenheiros, cirurgiões, escultores e
pintores, citando apenas alguns exemplos, todos eles possuem uma
inteligência espacial altamente desenvolvida. A inteligência musical é
a quarta categoria de capacidade identificada por nós: Leonard
Bernstein a possuía em alto grau; Mosart, presumivelmente, ainda
mais. A inteligência corporal-cinestésica é a capacidade de resolver
problemas ou de elaborar produtos utilizando o corpo inteiro, ou
partes do corpo. Dançarinos, atletas, cirurgiões e artistas, todos
apresentam uma inteligência corporal-cinestésica altamente
desenvolvida. Finalmente, eu proponho duas formas de inteligência
pessoal – não muito bem compreendidas, difíceis de estudar, mas
imensamente importantes. A inteligência interpessoal é a capacidade
de compreender outras pessoas: o que as motiva, como elas
trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Os
vendedores, políticos, professores, clínicos (terapeutas) e líderes
religiosos bem- sucedidos, todos provavelmente são indivíduos com
altos graus de inteligência interpessoal. A inteligência intrapessoal,
um sétimo tipo de inteligência, é a capacidade correlativa, voltada
para dentro. É a capacidade de formar um modelo acurado e verídico
de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na
vida. (GARDNER, 1995, p. 15).

Nos Estados Unidos da América esses testes foram banalizados e com isso
foram aplicados a muitos tipos de pessoas entre eles os gênios, recrutas, deficientes
metais, grupos raciais e étnicos, tornando-se um requisito obrigatório nas práticas
educacionais naquele país. Os testes de inteligência serviam e eram acreditados por
muitos, mas no entanto em algumas sociedades não eram aceitos, pois não levam
em conta a cultura que o indivíduo estava inserido. Nesse aspecto cultural onde
estava inserida as inteligências ou pela ancestralidade, muitos questionamentos
foram levantados, a contestação dos testes e sua veracidade foi colocada em
questão, trazendo um desconforto aos testes. “Que a inteligência é inata e que a
pessoa pouco pode fazer para modificar isso”. (GARDNER, 2000, p. 25).
Antunes (2000), relata que as inteligências herdadas estão muito além de
seus avós, que essa carga genética pode ser alterada pelos estímulos recebidos
durante a vida.

Fez-se muito barulho em torno da possível hereditariedade do QI


sustentada nas últimas décadas; embora alguma autoridade
chegasse tão longe a ponto de alegar que o QI não é em nenhum
grau herdado, declarações extremas sobre hereditariedade intra e
inter-raças foram desacreditadas (GARDNER, 2000, p. 28).

Para Piaget (1975), a inteligência é uma atividade que as vezes supera a


biologia, justamente porque a inteligência é a construção das relações humanas e
não é somente um saber uma identificação.
Dessa forma para Gardner as inteligências estão apoiadas em sete
seguimentos: linguística, lógico-matemática, espacial, cinestésico-corporal, musical,
pessoais (interpessoal e intrapessoal) e naturalista.

3. A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Todas as pessoas que são ditas como normais possuem habilidades que
estão alicerçadas a outros saberes e estão ligadas a tudo que as rodeiam, a língua,
a cultura, os valores, a religião, ressaltando o nível da habilidade e na combinação.
(Gardner, 2000). Segundo o autor, para ser incluso como uma inteligência múltipla, a
capacidade avaliada, deverá ser geral na espécie humana, devendo ser vinculada
ao estímulo cultural e que possuam raízes biológica. Sobre isso ele afirma, que ao
criar a lista das inteligências múltiplas, é levando inúmeras evidencias e várias
fontes: o conhecimento seja ele normal a todo ser humano ou individual, exclusivo a
pessoas talentosas, as informações de colapsos das capacidades cognitivas
danosas ao cérebro; os estudos sobre as populações excepcionais, (pessoas
prodígios, idiotas, sábios e autistas), os danos cognitivos ao longo dos anos, cultura
e cognição, estudos psicométricos, treinamento psicológico. Assim somente a
inteligência que consegue satisfazer esses critérios pode ser enquadrada como uma
inteligência genuína. (Gardner, 2000).

ao criarmos nossa lista, nós procuramos evidencias de várias fontes


diferentes: o conhecimento a respeito do desenvolvimento normal e
do desenvolvimento em indivíduos talentosos; as informações sobre o
colapso das capacidades cognitivas nas condições de dano cerebral;
os estudos sobre populações excepcionais, incluindo prodígios,
idiotas sábios e crianças autistas; os dados sobre a evolução da
cognição ao longo do milênio; as considerações culturais cruzadas
sobre a cognição; os estudos psicométricos, incluindo exames de
correlações entre testes; e os estudos de treinamento psicológico,
particularmente as medidas de transferência e generalização através
das tarefas. Somente a inteligência candidata que satisfaziam todos
ou mais dos critérios foram selecionadas como inteligências
genuínas. (GARDNER, 2000 p. 20).

3.1 Inteligência espacial

A inteligência espacial segundo os pensadores Campbell e Dickinson (2000),


inclui uma série de habilidades correlacionadas, a inteligência viso espacial é como
discriminação visual, é o detalhamento, o reconhecimento. Esses autores relatam
que a visualização não é fundamental para a inteligências espacial, na verdade até
pessoas com deficiência visual podem desenvolver muito bem essa inteligência.
Gardner (2002), confirma essa argumentação, dizendo que um indivíduo cego pode
desenvolver a inteligência espacial, mesmo não possuindo acesso ao mundo visual.
Ele relata que a inteligência espacial é a capacidade de perceber o mundo e suas
formas, perceber o ambiente nos mínimos detalhes, mas que isso não requer visão,
pois essa capacidade visual pode ser transformada e modificada para a realidade do
próprio cego, ele mesmo consegue fazer essa transformação, mesmo com a
ausência dos estímulos físicos relevante a mesma.
Essa inteligência diferencia de cultura para cultura, por isso mostra
claramente que o potencial biopsicológico evolui de uma civilização para a seguinte.
(Gardner, 2000). Essa inteligência se inicia entre os 09 ou 10 anos de idade e
continua ativa até o fim da vida do ser humano, justamente por ter o potencial de
reconhecer e manifestar padrões de espaço, como o ser humano está em constante
movimento ela está sempre ativa.
Profissionais que com essa inteligência: artistas, arquitetos, navegadores,
guias e caçadores.
3.2 Inteligência cinestésica

Essa inteligência é desenvolvida pela capacidade de controlar os movimentos


e as habilidades físicas, como: equilíbrio, força, destreza, flexibilidade e velocidade.
(Armstrong, 2001).
Antunes (2000) relata que para o ocidente essa inteligência perde muito
espaço e estímulos, devido a cultura intelectual.

[...] é infelizmente, muito prejudicado na cultura ocidental pela


preconceituosa visão de que coisas da cabeça valem bem mais de
que coisas do corpo, mas abstraindo dessa faceta cultural, o uso
hábil do corpo foi importantíssimo para a humanidade durante
milhares de anos. (ANTUNES, 2000, p. 35).

Gardner (2002) relata que os gregos adoravam a beleza da forma humana,


desenvolviam atividades esportivas e artística, fazendo a fusão de beleza, corpo e
cabeça. Percebe-se pela dança a forma mais madura da expressão corporal, a
expressão corporal é uma da mais antigas, ela serve como diversão, religião,
recreação, agradecimento, enfim como meio de dar vazão aos sentimentos.
Se destacam com essa inteligência os atletas, dançarinos, escultor, cirurgiões
e cientistas.

3.3 Inteligência musical

Armstrong (2000), comenta que a inteligência musical é a capacidade do ser


humano produzir e apreciar ritmo, tom, timbre, é a apreciação da forma de
expressão musical. A inteligência musical é o talento que mais cedo se manifesta na
vida da pessoa, que teve contato e experiências continuadas com a música, com
isso pode desenvolver uma habilidade musical. (Gardner, 2002).
A inteligência musical é a forma de expressar as formas pela música.
(Armstrong, 2001). Os povos antigos, incluíam a música como parte obrigatória do
currículo escolar, pois ajudava no desenvolvimento pessoal e social. Hoje
dificilmente se trabalha a música em sala de aula, pois ela tem pouco valor, há uma
corrida contra o tempo para que os alunos aprendam mais e mais rápido, mas
infelizmente muitos não sabem, que pela música pode-se alcançar resultados mais
satisfatórios. (Campbell; Dickinson, 2000). Destacam-se, nesta inteligência,
compositores e maestros.

3.4 Inteligência interpessoal

Muitos estudos apontam para a hereditariedade, ambiente e experiências, o


desenvolvimento das inteligências Intra/Interpessoais. (Campbell; Dickinson, 2000).
Segundo esses mesmos autores, o desenvolvimento dessas inteligências ocorre em
ambientes que estimulem o desenvolvimento cognitivo, emocional e físico.
A inteligência Intrapessoal é composta por pensamento e sentimentos.
Segundo Gardner (2000), “a inteligência intrapessoal envolve a capacidade de a
pessoa conhecer, de ter um modelo individual de trabalho eficiente – incluindo os
próprios desejos, medos e capacidades”.
O indivíduo possui uma imagem coerente de si próprio, conhecimento de seu
estado emocional, como também motivação, autodisciplina, auto entendimento e
autoestima. (Armstrong, 2001). Profissionais que se destacam são psicoterapeutas e
líderes em geral.

3.5 Inteligência interpessoal

A inteligência interpessoal está ligada diretamente na capacidade de perceber


e o humor, motivações e sentimentos das outras pessoas. (Armstrong, 2001).
Armstrong ainda relata, que pode-se reconhecer os gestos, as expressões
faciais, as sensibilidades e capacidade de influenciar as outras pessoas, todas essas
características são próprias dessa inteligência.
Resumindo ela está ligada a capacidade de compreensão, como também
formar grupos e relacionamentos, e conseguir mantê-los. (Campbell; Dickinson,
2000)
Para o pensador Gardner (2000), “a criança pequena pode discriminar entre
os indivíduos ao seu redor e detectar seus vários humores”. É presente nas
profissões: professor, vendedor, conselheiro e líderes em geral.

3.6 Inteigência naturalista


Gardner (1995), diz que a inteligência naturalista se refere ao reconhecimento
da natureza, as plantas, animais e rochas. Os primeiros humanos, já recorriam a
essa inteligência, onde suas sobrevivências dependiam exclusivamente do
conhecimento natural, reconhecendo o que é nocivo e benéfico na natureza, pois
seu convivo era diária com o meio ambiente. (Campbell; Dickinson, 2000). Esses
traços são reconhecidos nos naturalistas, biólogos, ativistas, botânicos, fazendeiros
e paisagistas.

3.7 Inteligência linguística

A linguística está ligada diretamente a oralidade, ao uso das sensibilidades


aos sons, funções das palavras e da linguagem. (Armstrong, 2001). Por intermédio
da fala o homem conseguiram analisar, resolver problemas e até planejar o futuro.
(Campbell; Dickinson, 2000). A competência da oralidade é a capacidade de
expressão opiniões, explicar sentimentos, conversar, pois essa faculdade é a mais
presenta na vida do ser humano, pois falar é uma ação diária para a convivência. Os
dotados essa faculdade são os poetas, autores, jornalistas e palestrantes.

3.8 Inteligência lógico-matemática

Conforme Armstrong (2001), a inteligência matemática está ligada a


capacidade discernir padrões lógicos ou numéricos, assim facilitando o raciocínio,
dessa forma estão presente nessa inteligência a classificação, dedução,
generalização, cálculos e testagem de conjectura. Os profissionais que demonstram
essa inteligência são os cientistas, matemáticas, programadores de computares e
engenheiros.

4. INTELIGÊNCIA E A ESCOLA

No processo de ensino aprendizagem o professor age como mediador do


conhecimento, deve diversificar as práticas pedagógicas de maneira que contribua
aquisição do conhecimento, no desenvolvimento das capacidades cognitivas,
oferecendo aos alunos a possibilidade de evoluir no seu desenvolvimento, mas
sempre trazendo sentido e proporcionando uma visão melhor desse conhecimento
por parte dos mesmos. Tanto a prática cognitiva docente/aluno, quanto a instituição
escola, que envolve todo os processos educacionais, infraestrutura e os
profissionais da instituição, devem favorecer o desenvolvimento dos alunos em sua
integralidade, visto que na educação infantil as crianças são um livro aberto,
preparadas para assimilar o conhecimento e desenvolver suas inteligências, assim
preparando-as para as séries seguintes com qualidade. Logo para essa preparação
seja efetiva é importante que o currículo escolar, comtemplar a grade escolar com
um ensino diferenciado é respeitar a dignidade humana, a educação dita como
tradicional, não é mais aceitável, pois a escola necessita de uma educação
dinâmica, que envolva todos os temas que contribuam para uma educação de
qualidade, temas relevantes à aprendizagem e interdisciplinaridade, afinal a criança
não pode trabalhar somente letras e números, deve aprender os conhecimentos
cognitivos e é de suma importância que consiga trabalhar e resolver seus conflitos,
aprender regras, conhecer o mundo e conseguir ver-se incluso nele.
O educador não pode parar no tempo, ficar à mercê de um programa
curricular fechado e inflexível, deve se abrir ao novo, criar novas ferramentas de
aprendizagem, acompanhar as conquistas e descobertas das crianças, assim
trabalhando diversas maneiras de aprendizagem, trazendo estímulos ao aluno.
Existe inúmeras formas de estimular as inteligências múltiplas, nesse contexto
os jogos ganham um enorme espaço como ferramenta, ou seja os jogos podem
trazer um bom caminho para aprender. Através dos jogos pode-se desenvolver a
personalidade, e trazer à tona as diferentes inteligências. Pode-se trabalhar o corpo,
a musicalidade, a matemática, a fala, o espaço, as relações inter/intra pessoais,
além de outras capacidades, com essas brincadeiras pode proporcionar um grande
estímulo e de uma maneira descontraída.
Se o professor se capacitar e buscar novos saberes, novas formas de
estimular esses alunos, poderá propor as inteligências múltiplas, o professor
necessita ter uma postura crítica perante os acontecimentos da vida, ou seja ser um
sujeito ativo, no processo ensino/aprendizagem, estar disposto a oferecer uma
educação construtiva, onde o aluno consegue construir o conhecimento em conjunto
escola/professor/educação/inteligências. Assim o professor proporcionará um
conhecimento amplo e um desenvolvimento efetivo e integral.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todos precisam de estímulos, no entanto desenvolver as inteligências


múltiplas, está além de um estímulo, o cognitivo de um aluno é mais que um simples
ato de ensinar, ou uma pequena atividade, é fundamental que o professor, consiga
acessar essas inteligências no aluno, dessa forma é importante que o currículo
escolar, as legislações, o ambiente e toda a sociedade percebam e se envolvam
nesse processo ensino/aprendizagem, que causará um sucesso ou insucesso na
vida adulta desse aluno. É preciso urgentemente banir esse processo arcaico de
ensino, remodelar esse padrão e apostar nos modelos que favoreçam a
manifestações das inteligências múltiplas, o professor como transmissor e mediador
deve explorar ao máximo as capacidades cognitivas do aluno, oferecendo ao
mesmo um aprendizado que enfatize suas qualidades para a vida.
Essa estimulação deve acontecer em seu cotidiano, de forma que as
inteligências possam ser trabalhadas com jogos, brincadeiras lúdicas, motoras,
valorização do ser, observação do ambiente em geral, respeitando sempre a opinião
de todos, para assim construir um aprendizado continuo, desde sua fase infantil até
as séries finais, para que esse processo seja realmente significativo e com
resultados efetivos.
REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. A teoria das inteligências libertadoras. 2. ed. Petrópolis,


Vozes, 2000.

ARMSTRONG, Thomas. Inteligências Múltiplas na sala de aula. São Paulo:


Artmed, 2000.

ARMSTRONG, Thomas. Inteligências Múltiplas na sala de aula. 2. ed. Porto


Alegre: Artes Médicas, 2001.

CAMPBELL, l., CAMPBELL, B., DICKINSON, D. Ensino e Aprendizagem por meio


das Inteligencias Multiplas. Traduyfo de Magda Franya lopes. 2. ed. Porto Alegre:
Artes Medicas Sui, 2000.

GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1993.

GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: a teoria das inteligências múltiplas.


Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.

GARDNER, H. O cientista das inteligências múltiplas. Revista Nova Escola, São


Paulo, Out. 2000. Seção Gestão Escolar, Grandes Pensadores.

GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas. 2.


ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.

PIAGET, J. (1975). O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro,


Zahar.

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