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Acompanhante terapeutico escolar e as contribuições da análise do

comportamento

Frente a essa nova questão que estamos enfrentando, sobre a retirada


do professores de apoio (acompanhante especializado), precisamos esclarecer
qual a diferença e a importância entre professores de apoio (acompanhante
especializado) x acompanhante terapeutico escolar. De acordo com o
Ministério da Educação (MEC) o professor de apoio escolar (acompanhante
especializado) deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da
docência e formação específica na educação especial, inicial ou continuada”.
Ou seja, todos aqueles com diploma de licenciatura podem ser professores de
AEE. Este profissional tem como função promover uma educação de
qualidade, eliminando os obstáculos para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas. O professor de apoio
(acompanhante especializado) elabora, identifica e organiza recursos
pedagógicos e de acessibilidade para promover o acesso à educação e
complementa a formação dos alunos com o objetivo de torná-los mais
autônomos e independentes dentro e fora da escola.

O Acompanhante Terapêutico (AT) em geral, é um aplicador ABA, que


faz parte de uma Equipe Multidisciplinar que acompanha a criança em seu
tratamento médico/terapêutico, é um profissional ou estudante e podem ser
psicólogos, terapeutas ocupacionais ou pedagogos. O objetivo do
acompanhante terapêutico na escola é integrar a criança autista no convívio
com os colegas, orientá-la nas atividades em sala de aula, garantindo recursos
que facilitem a sua compreensão e aprendizagem. O acompanhante
terapêutico escolar também ajuda os professores a manejar comportamentos
disruptivos e estimular comportamentos adequados da criança em sala de
aula. Ao contrário do professor de apoio (acompanhante especializado), o
acompanhante terapeutico escolar não decide quais atividades e
procedimentos utilizar nas intervenções, pois estes quem decide é o
profissional responsável pelo caso ou a equipe como a qual trabalha. Ou seja,
sua prática deverá ser supervisionada semanalmente ou quinzenalmente,
apresentando relatórios das atividades desenvolvidas com as crianças, na qual
estas auxiliam a desenvolver e descobrir suas habilidades e potencialidades
escolares.

Em resumo, professor de apoio (acompanhante especializado) é um


profissional de Educação Especial próprio para lidar com crianças com
deficiência introduzidas no contexto escolar da educação regular, que
oferecerá apoio às atividades de comunicação, interação social, locomoção,
alimentação e cuidados pessoais à instituição de ensino em que a pessoa
autista ou com outra deficiência estiver matriculado.

E o aplicador ABA, Acompanhante Terapêutico (AT) é um profissional


com conhecimento em ABA, integrante da Equipe Multidisciplinar que
acompanha a criança em seu tratamento médico/terapêutico, no qual consiste
em estar junto aos seus pacientes, para ajudá-los na execução de suas
atividades, superar algumas limitações, desenvolver competências e
autonomia. Entre as atividades mais importantes podemos citar:

 Brincadeira funcional: Algumas vezes a criança se engaja em


comportamentos sem função, como pintar toda a folha, nesse caso, é
necessário ensinar a criança a brincar de maneira funcional. O ensino
envolve o bloqueio do comportamento sem função e o reforço de
comportamentos mais adequados.

 Demandas escolares:  Nas escolas existem objetivos pedagógicos a


serem alcançados. É importante, dependendo da criança, a revisão
desses objetivos para indicar ao Acompanhante Terapêutico (AT) até
onde ele deve ir. Se os objetivos são os mesmo dos outros alunos, então
o trabalho do Acompanhante Terapêutico (AT) deve ser realizado no
sentido do alcance desses objetivos pela criança.

 
 Socialização: A escola é o local mais adequado para o treino de
socialização, assim, o Acompanhante Terapêutico (AT) também deve
possibilitar que a criança desenvolva essa habilidade, ensinando
brincadeiras sociais e a comunicação entre pares.

Sabendo que em sua maioria, o Acompanhante Terapêutico (AT) é um


aplicador ABA, vale ressaltar aqui, a importância da Análise do
Comportamento Aplicada (ABA) e suas contribuições para o desenvolvimento
de crianças autistas. Derivada do inglês  Applied Behavior Analysis, a Análise
do Comportamento Aplicada é uma ciência da aprendizagem, recomendada
pela Organização Mundial da Saúde para pessoas com desenvolvimento
atípico, especialmente o autismo. 

Sendo uma ciência reconhecida, ABA (Análise do Comportamento


Aplicada) tem apresentado resultados significativos em benefício do estado
clínico de crianças autistas, com a finalidade de desenvolver habilidades
essenciais na criança, sobretudo na área comportamental, quando ela
apresenta dificuldades de sozinha realizar. Desta forma, ABA (Análise do
Comportamento Aplicada) deve ser aplicada nos ambientes em que a criança
realiza suas atividades, inclusive na escola, onde será trabalhada para controle
e instrução a regras sociais básicas, estimulando a intercomunicação com o
outro e sua participação em sala de aula e fora dela, retificando condutas não
aceitáveis, comportamentos repetitivos e estereotipias.

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