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Antes da sessão enviar um trem para a família imprimir ou pedir que a criança mesmo desenhe
dependendo da idade.
Peça que a criança imagine que fará uma viagem muito especial com aquele trem.
Ela é a condutora e pode ir para onde quiser... pode ser um lugar que já conhece e sente saudade, a
casa de um amigo ou familiar... um lugar onde gosta muito de passear... ou lugar que gostaria de
conhecer no futuro ou até mesmo vários lugares.
Enfim, a criança como condutora pode imaginar o que quiser. Você vai estimulando a criatividade e
ajuda a trazer à tona as emoções envolvidas no processo com perguntas:
* Quais pessoas você gostaria de convidar a levar nessa viagem também? Pedir para desenhar no
trem.
* Como é esse lugar? É grande? Pequeno? O que vê ao redor? Tem um cheiro? O que mais tem aí?
* Como você se sente quando chega nesse lugar tão especial para onde conduziu o seu trem?
Enfim... vai criando um roteirinho que tenha relação com a criança e com o que está trabalhando em
terapia.
(Por exemplo... tenho crianças com dificuldades nas habilidades sociais que criei dentro do roteiro
situações problemas para que fossem resolvendo).
Eles pintam o desenho, incluem os convidados e você pode solicitar para alguns (dependendo da
demanda) que vão desenhando e adicionando coisas com o decorrer dos dias, alguns lugares que
gostariam de ir após a pandemia e colar folha por folha atrás do trem.
OBS: Tem paciente que pediu os outros membros da família desenharem também e colou na
parede do quarto.
* Essa fiz com uma paciente autista que teve aumento nas estereotipias no período de
isolamento e precisava de auxílio para descarga de energia corporal (ótimo para crianças agitadas
com dificuldade de prender a atenção no computador):
Pedi para os pais desenharem no chão carinhas representando as 4 emoções:
raiva/medo/tristeza/alegria .
Criei uma lista de frases e cada vez que ouvia uma, a paciente tinha que pular na carinha que
correspondia a emoção contida na frase.
É divertido se você ler rápido, pois a criança tem que acompanhar o seu ritmo. Com ela eu criei uma
norma que se não esperasse o final da regra, tinha que ficar num pé só, assim já fui trabalhando
controle inibitório também.
*Com outro paciente fiz uma adaptação de uma atividade daquele livro "Terapia Criativa".
Pedi para separar caixinhas de fósforo, rolinho de papel higiênico e outros materiais recicláveis,
além de canetinha, pedacinhos de papel colorido, tinta...etc.
Separamos 3 "batalhas/problemas" que ele tem para resolver/elaborar e demos forma para elas. Ele
criou o monstro da timidez, o Xixi introvertido e Raiva escondida.
Foi uma sessão e tanto! E de quebra já teve conteúdo para a sessão seguinte onde trabalhamos as
estratégias de enfrentamento para essas situações