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• Argumento
• Objetivo
• Proposta da pesquisa
Argumento
Nestes tempos onde se anuncia o fim da psicanálise é necessário reinventá-la. O lugar da psicanálise na
cultura mudou, e o viés da abordagem analítica do sintoma psiquiátrico se esgotou. A clínica confirma,
como sempre, a visão da psicanálise da condição humana, que é procurar no outro o que lhe falta, como
mostra o amor de transferência. Daí a observação, feita por Lacan, da psicanálise ser uma erotologia.
É necessária a psicanálise voltar onde sempre esteve, deixando de lado a ordenação psiquiátrica do
sofrimento, e perseguir sua própria clínica, fundada na diferença sexual, produzindo a constatação da
existência de formas diferentes de amor no homem (fetichista) e na mulher (erotomaníaco).
A partir disso se poderia falar em inconsciente masculino diferente de um inconsciente feminino?
Objetivo
Reconsiderar, desde a prática e teoria analítica atual, as questões clínicas que são conseqüências do fato do
animal humano, por ser atravessada pela linguagem, ser desnaturalizado, e por isso, não ter um objeto
sexual predeterminado.
Proposta da pesquisa
Em Lacan se pode considerar um primeiro momento da reflexão sobre o feminino, desenvolvido a partir do
Seminário III, quando a sexualidade é pensada como determinada pelo simbólico, livre da noção de
desenvolvimento, reflexão que se completa no texto "A significação do falo", e principalmente no texto
"Idéias diretivas para um congresso sobre a sexualidade feminina", cujas idéias estão resumidas no esquema
abaixo:
Um segundo período no pensamento de Lacan ocorre quando, nos anos 70, pricipalmente no Seminário
XX inscrever-se como homem ou mulher já não é mais uma questão de identificação e sim de sexuaçao,
quer dizer de escolha de gozo:
A conseqüência desta escolha é que masculino e feminino se repartem segundo o modo de gozar da
castração na relação ao outro sexo: um modo fálico e outro não-toda.
2 - Sexuação
Para a psicanálise a diferença sexual não é a diferença anatômica.
Justamente por issso o termo usado por Lacan, sexuação, opõe-se a pensar a sexualidade como condicionada
pelo gênero. A sexuação se dá em três tempos (G. Morel):
a - Diferença anatômica natural
b - Discurso sexual ( o sexo e um dizer)
c - Sexuação
b - Figuras
- a mulher fatal
- a mulher pobre
c - Fantasias femininas
- Dom Juan
- Amante castrado
- Homem morto
a - Clínica
- Forma fetichista de amor
- Homem sem ambiguidades (verdadeiro homem?)
- Degradação geral da vida erótica
- Disfunção erétil
- Homossexualidade masculina
- Fetichismo
- Empuxo à mulher
b - Figuras
- Dandy
c - Fantasias masculinas
d - O que é uma mulher para um homem
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