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VIOLÊNCIA E "ESPAÇO VIRTU@L": DESCONSTRUÇÕES.

A atualidade do pensamento freudiano através de Winnicott

José Outeiral
( Médico. Psicanalista. Full Member e Didata da International Psychoanalytical
Association )

O que viola o outro o corrompe


Maomé

Winnicott é um analista freudiano, um homem que conhece muito bem Freud


Horácio Etchegoyen, Fundamentos da técnica analítica

Ao ressaltar a atualidade do pensamento freudiano e dos autores inseridos na tradição


psicanalítica, tratarei de expor algumas idéias sobre os espaços da modernidade e da
pós-modernidade, particularmente buscando estabelecer uma diferenciação entre o “
espaço virtual “ e o espaço de desenvolvimento psíquico representado pelo “ espaço
potencial.” de Donald Winnicott, o mais freudiano dos analistas ingleses.
Acredito estar, desta maneira, exemplificando a contemporaneidade da psicanálise e a
vitalidade do pensamento freudiano.

Quero iniciar minha exposição com uma pequena história clínica, de um grupo familiar.

Uma vinheta clínica...

Trata-se de uma família de classe média, um casal e dois filhos, um rapaz e uma moça,
adolescentes. O pai compra um computador e instala a internet, para que os filhos
façam suas pesquisas para trabalhos escolares. O pai trabalha o dia todo, os filhos
estudam pela manhã e pela tarde e a mulher é professora pela manhã e a tarde
dedica-se aos afazeres domésticos... Uma vida comum e, até certo ponto, monótona e
sem emoções...
Um dia a mulher " entra " na internet e num determinado " chat " encontra um homem
do outro lado do mundo. Começam a conversar; era um homem gentil, que dizia coisas
muito interessantes e que a " compreendia ", segundo o que ela relatou depois. No dia
de seu aniversário, que o marido quase esquecera, este homem mandou-lhe um cartão
de " feliz aniversário " com um " coração vermelho palpitante "... ela se sentiu
emocionada como há muitos anos não se sentia... Começou então uma conversa mais
sensual, mais erótica e, por fim, um diálogo que, soube depois, faria inveja a Bocage e
a Bukovisky ... A mulher, antiga, pois era moderna e não pós-moderna, apertava uma
tecla do computador - delete - e acreditava que tudo ficava apagado...
Num domingo a tarde, toda a família na sala ( o computador em famílias de classe
média fica, como a televisão, na sala ), o marido, que entendia um pouco mais desta
fascinante máquina, foi procurar alguns E-mails na lixeira do computador e - atônito - "
puxou " todas as conversas da esposa e do homem... Ficou Apavorado pois convivia
com a esposa há mais de vinte anos, e nunca imaginara que ela quizesse ouvir tais
coisas e, muito menos, escrever o que ele lia... os filhos colocaram-se contra a mãe,
que de Mãe Santa passou a " mulher adúltera "... e o mais impressionante, a própria
mulher não reconhecia o que via como algo seu, que tudo aquilo tivesse sido uma
expressão de seu self !

O que aconteceu...

Em psicanálise temos vários vértices, escreveu com sabedoria W. Bion.


Sugiro que , hoje, tomemos um deles: o dos espaços da modernidade versus os
espaços da pós modernidade.....
A modernidade enfatizou a existência de dois espaços ( sob, por exemplo, a influência
do romantismo, pois estamos falando de uma história de amor, quando esta corrente
literária inaugurada por Goethe colocou o homem e suas emoções no centro do
universo) : (1) o espaço interno, das emoções, dos desejos, das pulsões, da alma e do
mundo dos sonhos, topos psíquico, nosso tão conhecido, e (2) o espaço externo, dos
acontecimentos reais. A modernidade coloca as coisas nos seus devidos lugares, no
lugar certo, cada coisa em seu lugar, buscando a certeza e seguindo a Descartes, Kant
e a Comte...
A pós-modernidade criou um novo espaço, o ciberesp@ço, do qual nos fala, entre
tantos outros, Pierre Lévy e Jean Baudrillard: o espaço virtual...o espaço desta nova
máquina, que é interativa, que denominamos o computador !

Desconstruindo ( ou dando foco ) à história clínica desta esposa e de sua família...

Esta mulher, cuja narrativa de self, escreveria Ch. Bollas,, se relaciona ao " moderno ",
de certa maneira ao antigo e ao passado, só reconhecia dois espaços ( interno e
externo ), e o espaço virtual, espaço do presente, terceiro espaço, espaço do hight-tec,
lhe é estranho, " desconstrói " sua estrutura de self quando ela penetra nele e, uma
possibilidade, é que a violência aconteça... A correspondência entre Sérgio Rouanet,
pensador brasileiro, e Otto Kernberg, presidente da IPA, sobre a
psicanálise&modernidade&pós-modernidade, nos levanta questões bastante oportunas
para uma discussão, ao situar a psicanálise como uma área do conhecimento que
busca preservar a subjetividade do homem, ato essencial neste momento de
transição .

Quantos de nós, na adolescência, ao sair do cinema, este jogo de sombras e


movimento bi-dimensional, identificado com o herói, caminhava como John Wayne ou
acendia um cigarro como Humprey Bogarth... esta identificação durava algum tempo e
depois se esfumaçava. Hoje crianças e adolescentes terão que tipo de identificação ao
jogar no espaço virtual, inter-ativo, muito mais poderoso, é certo que o velho cinema...!
Uma distinção necessária: espaço potencial e espaço virtual

Quero trazer para nossa discussão a questão do "espaço virtual", correlacionando-o


com o "espaço potencial" de Donald W. Winnicott (DWW). Me ocorre que esta é uma
idéia oportuna, pois, talvez, possa efetivamente surgir algum grau de confusão entre
ambos os conceitos. Sempre pensei, entretanto, estes dois "espaços" dentre de
categorias bastantes diferentes, mas trata-se, agora, de sintetizar estas idéias.
Inicialmente é necessário buscar algumas definições operacionais, para que possam
ter uma linguagem comum, ao falarmos, por exemplo em "virtual" - palavra bastante
moderna, ou melhor dito, pós-moderna… - porque o "espaço ´potencial" supõe-se já
bastante conhecido. Vamos à tarefa…

O ESPAÇO VIRTUAL

" A força e a velocidade da virtualização contemporânea são tão grandes que exilam as
pessoas dos seus próprios saberes, expulsam-nas de sua identidade…"
Pierre Lévy ( 1995 )

Pierre Lévy, filófoso francês bastante conhecido e cujas palavras utilizo como epígrafe,
publicou em 1995 um livro significativamente entitulado " Qu'est-ce que le virtuel"
( Editions La Decouverte, Paris 1985) que nos auxilia bastante a definir além de
considerações pessoais, o " espaço virtual". Seguindo ao tempo que disponho hoje,
vou direto à tarefa, abrindo ,sem muitas delongas, caminho para nossa discussão.
Esclarece este autor que a palavra "virtual" vem do latim medievo "virtualis", cuja
derivação os remete a "virtus", força, potência. Prosseguindo em delimitar o sentido
deste conceito, Pierre Lévy escreve que na filosofia escolástica é "virtual o que existe
em potência e não em ato" ("O virtual tenda a atualizar-se, sem ter passado no entanto
a concretização efetiva ou formal…virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras
de ser diferentes"). Para Pierre Lévy, desta maneira o termo "virtual" é utilizado na
linguagem corrente de uma maneira simplista, " para significar a pura e simples
ausência de existência, da realidade". Ele considera também que a partir de Gilles
Deleuze, "que o virtual não se opões ao real, mas sim ao atual", enfatizando o conceito
de "atualização" e que a virtualização é um dos principais vetores da criação da
realidade. Ao seguir definindo o conceito de "virtual" o autor opõe ao conceito de
"dasein", conceito de Heidegger do "ser-um-ser-humano" ou, literalmente, "ser-ai" , ao
"ser-lá" do "virtual": o "virtual", ao contrário do "dasein", é a "não presença". E mais,
segue escrevendo esse filósofo, que pode ser localizado na pós modernidade:

"Quando uma pessoa, uma coletividade, uma ato, uma informação se virtualizam, eles
se tornam não presentes, se desterritorializam… a virtualização submete a narrativa
clássica a uma prova rude: unidade de tempo sem unidade de lugar".

Esta desterritorialização, se presta, a meu ver, a produzir uma confusão, adiantando já


meus comentários finais, com o "espaço potencial" winnicottiano, pois Pierre Lévy
comenta que "'a virtualização permite uma passagem do interior ao exterior e do
exterior ao interior… uma espécie de fenômeno Moebius…".

Ao comentar sobre o efeito da virtualização sobre o corpo o autor escreve sobre o


"hipercorpo", ancoragem que deixa ainda mais clara a ligação do conceito de "virtual"
com o de cibernética…

" A virtualização do corpo incita a viagens e a todas as trocas. Os transplantes criam


uma grande circulação de órgãos entre os corpos humanos. De um indivíduo a outro,
mas também entre os mortos e os vivos… cada corpo individual torna-se parte
integrante de um imenso hipercorpo híbrido e mundializado…"
É muito grande o número de autores que tratam do tema da pós modernidade, alguns
com esperança e outros com ceticismo, mas penso, com vagar, quando leio o que Jean
Baudrillard ( 1997 ) escreve:

" As máquinas só produzem máquinas. Isto é cada vez mais verdadeiro na medida do
aperfeiçoamento das tecnologias virtuais. Num nível maquinal, de imersão na
maquinaria, não há mais distinçao homem-máquina: a máquina se situa nos dois lados
da interfase. Talvez não sejamos mais que espaços pertencentes a ela - o homem
transformado em realidade virtual da máquina, seu operador, o que corresponde à
essência da tela. Há um para além do espelho, mas não o além-tela. As dimensões do
próprio tempo confundem-se no tempo real. E a característica de todo e qualquer
espaço virtual sendo de estar ai, vazio e logo suscetível de ser preenchido com
qualquer coisa, resta entrar, em tempo real, em interação com o vazio".

O ESPAÇO DOS FENÔMENOS E OBJETOS TRANSICIONAIS

Certamente conhecemos bem o conceito de "espaço transicional" , mas podemos


acompanhar o próprio Donald Winnicott em "Transitional phenomena" ( 1971 ):

" Introduzi os termos "objetos transicionais" e "fenômenos transicionais" para designar


a área intermediária de experiência, entre o polegar e o ursinho, entre o erotismo oral e
a verdadeira relação de objeto, entre a atividade criativa primária e a projeção do que já
foi introjetado, entre o desconhecimento primário da dívida e o reconhecimento desta".

E ainda:

" (Esta mãe)…começa com uma adaptação quase completa às necessidades de seu
bebê e, à medida que o tempo passa, adapta-se cada vez menos completamente, de
modo gradativo, segundo a crescente capacidade em lidar com o fracasso dela".
Repetindo que estes são conceitos bastantes conhecidos de todos, vamos aos
comentários.

Existiria a noção de transicionalidade, tal como a compreende Donald Winnicott, na


obra de S. Freud ? Este é, sem dúvida, um ponto de controvérsia e, como tal ,
necessita ser discutido. André Green ( Outeiral, 1995 ) em vários trabalhos tem escrito
que sim. Mas é no próprio S. Freud que encontramos momentos nos quais surge a
noção de transicionalidade. Como exemplo podemos referir uma passagem deste autor
em “ Recordar, repetir e elaborar “ ( Freud, 1914 ):

A transferência cria assim, uma região intermediária entre a doença e a vida real,
através da qual a transição de uma para outra é efetuada. A nova condição assumiu
todas as características da doença, mas representa uma doença artificial, que é, em
todos os pontos, acessível à nossa intervenção. Trata-se de um fragmento de
experiência real, mas um fragmento que foi tornado possível por condições
especialmente favoráveis, e que é de natureza provisória.

O texto freudiano citado introduz claramente a noção de “ área de ilusão ”, de “ espaço


potencial “ e de “ transicionalidade “, antecedendo, em muitos anos, estas noções
desenvolvidas posterriormente por Donald Winnicott. O leitor recordará que, dois anos
mais tarde, S. Freud , em “ A transferência “( 1916 ), escreveu :

Uma vez que a ação terapêutica domina o paciente, podemos comprovar que a
enfermidade muda bruscamente de orientação, refazendo agora todas as suas
manifestações à relação entre analista e paciente. Assim, pois , a transferência é
comparável à casca vegetal existente entre a casca e a madeira daas árvores, capa
que constitui o ponto de partida da formação de novos trecidos e do aumento da
espessura do tronco.

Novamente os conceitos de transicionalidade são trazidos por S. Freud e não cabe


prosseguir nas referências ao tema, que são encontradas ao longo de vários trabalhos
de sua monumental produção teórica e clínica. Assim somos levados a concordar com
Donald Winnicott ( 1967 ), quando em “ O brincar e a realidade “ ele escreveu
“ ...quando me converti em um freudiano ... “.

COMENTÁRIOS

Desde o ponto de vista conceitual e da linguagem utilizada encontramos os elementos


típicos para o conceito de "espaço virtual" no que, talvez, possamos chamar, seguindo
Jean-François Lyotard, de "condição pós-moderna": fragmentação, cyberespaço, des-
subjetivação, globalização, não presença, des-historização, abolição da distinção entre
sujeito e objeto, etc. Se for assim, a discussão proposta é ainda mais oportuna, pois
aqui-e-ali talvez tenhamos percebido que pode existir uma confusão ao situar o
pensamento de Donald Winnicott no conjunto dos pensadores da pós-modernidade, de
um novo pensamento psicanalítico, ao considerar que a "psicanálise freudiana" assim
com a "modernidade" dá sinais de se exaurir.
Acredito, marcando uma posição bem clara e convidando ao debate, que o
pensamento de D. Winnicott em gera e, particularmente, quanto ao "espaço potencial",
espaço dos fenômenos e objetos transicionais não se situa no cyberespaço, território
que nos é aportado por uma ferramenta criada pelo desenvolvimento tecnológico das
sociedades pós-industriais ( ou ao que Frederic Jameson chama de pós-modernismo, a
lógica cultural do capitalismo tardio ) e sim a um espaço psíquico, espaço que é
possibilitado pela mãe-suficientemente-boa, espaço que possibilita a interação e
desenvolvimento do self, inserido na tradição freudiana. Esta polêmica me lembra o
personagem de romance de Machado de Assis, " Dom Casmuro", "que era lido, posto
que de atropelo"…

A tela do computador não é um espelho, muito menos um espelho vivo como é o olhar
da mãe, como acentuou Donald Winnicott. O sujeito só se torna personagem
verdadeiro quando há uma possibilidade de separação entre a cena que transcorre no
palco e a platéia, entre sujeito e objeto, entre Eu e o Outro.

J. Baudrillard comenta que "…tudo, porém, concorre, na atualidade, para a abolição


deste corte: a imersão do espectador torna-se convival, interativa. Apogeu ou fim do
espectador. Quando todos se convertem em atores não há mais ação, fim da
representação. Morte do espectador. Fim da ilusão estética". ( Baudrillard, 1997 )
É exatamente esta necessária ilusão estética, que acentua J. Baudrillard e como,
anteriormente, escreveu Freud e desenvolveu Winnicott, a "pré-condição para o
desenvolvimento emocional" ( Kernberg, 1997 ). Este tema também é desenvolvido,
como sabemos por Donald Meltzer (1998) quando apresenta a noção de que a primeira
experiência estática do individuo é dada pela percepção do seio materno. Para Donald
Winnicott esta experiência estética, fundamental para o desenvolvimento emocional, é
dada pela "área de ilusão", local de uma experiência paradoxal, onde o bebê cria e
encontra a beleza, possibilitada pela mãe-suficientemente-boa. É assim, desde o
vértice da psicanálise que esta questão pode ser melhor compreendida.

Uma oportuna discussão sobre estas questões que envolvem a psicanálise e o tema da
modernidade/pós-modernidade é dada, como referi antes, pelos trabalhos de Sérgio
Rouanet ( El malestar en la Modernidad, 1997 ) e de Otto Kernberg ( El malestar en la
Modernidad: a propósito del texto de Sérgio Rouanet, 1997), quando este último autor,
presidente da International Psychoanalytical Association, escreve:

"'El mismo Freud senãlaba a necessidade de ilusión como uma précondición para el
crescimento emocional, prefigurando así el concepto de Winnicott del mundo
transicional como el origem de la creatividad en el reino de la cultura".

É, assim, impossível confundir o "espaço virtual", tornando possível pela tecnologia,


com "espaço potencial", espaço psíquico, mas em um tempo de pós-modernidade,
onde as necessárias diferenças são negadas, ou seguindo, "sensulato" ao conceito de
S. Freud de "verleugnung", estas questões podem ocorrer… Sendo modernos e não
pós-modernos, a percepção das diferenças são fundamentais para nós…mas são
apenas algumas idéias.

Em minha opinião, retomo, existe uma grande atualidade no pensamento freudiano,


incluindo aí os diversos autores inseridos na tradição que nos foi legada por S. Freud, e
a psicanálise se constitui, sem dúvida, em um espaço de humanização, dentro e fora
dos consultórios, de extrema importância. Associada a outras área do conhecimento
tem um lugar nas controvérsias que envolvem a cultura contemporânea.

Na verdade, a pós-modernidade teve seu obituário decretado pelo próprio J. Lyotard


logo após escrever o livro que serviu para difundir a expressão: mas as idéias trazidas
são importantes para podermos pensar "mundo em que vivemos", como certa vez
disse Donald Winnicott. A psicanálise, hoje, tem, repito, um sentido fundamental como
um dos espaços onde o pensamento humano encontra guarida para refletir sobre o
ser-e-viver-no-mundo.
Uma ressalva é fundamental.

A questão não é o perigo que o virtual possa representar . Ele é apenas uma
ferramenta, uma máquina, como foi, no início o " fogo ": fato fundamental a descoberta
do " fogo ", que serve para passarmos, como lembrou Claude Lévy-Strauss do " cru ao
cozido ", evoluir na cultura.

Gaston Bachelard, em a Psicanálise do Fogo, nos descreve a maravilha e os perigos


desta primeva descoberta. Ele cita dois poemas:

Un souffle chaud m´empourpre / un grand frisson me glace


( Um sopro quente me purpura/ Um grande calafrio me gela )
Vielé-Grifin ( apud Bachelard )

Dans la clarière de les yeux/ Montre les ravages du feu ses ouvres d´inspiré/ Et le
paradis de as cendre
( Na clareira de teus olhos/ Mostra os estragos do fogo suas obras de inspirado/ E o
paraíso de suas cinzas )
Paul Éluard ( apud Bachelard )

Para finalizar...
.
Sem dúvida a invenção da imprensa por Gutemberg representou um grande avanço
para o conhecimento humano, restrito até então há uns muito poucos. O conhecimento
se difundiu, termina a Idade Média e inicia a Modernidade. A Cibernética, é, de certa
maneira, a reinvenção de Gutemberg. Não é em si mesma nem boa nem má, nem
pacífica nem violenta, pois estas são categorias da condição e da intervenção humana
e não das ferramentas e das máquinas...

Cabe lembrar o padre Jorge, do livro " O nome da Rosa " de Humberto Eco...

Bibliografia
Bachelard, G. ( 1949 ). A Psicanálise do Fogo. Martins Fontes. São Paulo. 1994
Baudrillard, J (1997). Tela total: mito-ironias da era do virtual e da imagem.
Sulina, Porto Alegre. 1997
Etchegoyen, H. ( 1995 ). Fundamentos da técnica psicanalítica. Artes Médicas. Porto
Alegre. 1995
Jameson, F (1991). Postmodernism. The cultural Logic of Late Capitalism.
Duke University Press. Chicago. 1991
Kernberg, O. (1997). A propósito del texto de Sérgio Paulo Rouanet: El malestar em la
modernidad. Psicoanálisis Internacional. Informativo de la API.
Vol. 6, issue 2, 1997
Levy, P. ( 1997 ). Cibercultura. Editora 34. São Paulo. 1999
Levy, P. (1995). Quést-ce le virtuel. Editions La Découvert. Paris 1995
Levisky, D. et alii ( 1997 ). Adolescêcnia e violência. Artes Médicas. Porto Alegre. 1997
Levisky, D. et alii ( 1998 ). Adolescência pelos caminhos da violência. Casa do
Psicologo . São Paulo. 1998
Lyotard, Jean-François (1986). Le posmoderne expliqué aux enfantes. Editions Galilée.
Paris, 1986
Outeiral, J ( 1995 ). Interpretação e transicionalidade In: Outeiral, J. & Thomaz. Th.
Psicanálise Brasileira. Artes Médicas. Porto Alegre. 1995
Parente, A. (org.) (1996). Imagem-máquina: A era das tecnologias do virtual. Ed.34 e
Ed. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1996
Rouanet, S. (1997). El malestar em la modernidad. Psicoanálisis International.
Informativo de la API. vol.6, issue 2, 1997
Outeirall@hotmail.com

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