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13 exercícios para ter mais inteligência emocional

POR ANA CLARA FRONTELMO · PUBLISHED 30 DE JUNHO DE 2020 · UPDATED 30 DE


DEZEMBRO DE 2020
A inteligência emocional é o conceito de utilizar as suas habilidades para mexer com as emoções e utilizá-
las ao seu favor. Mas isso você já sabe.
Por aqui, vamos às dicas de exercícios para desenvolver sua inteligência emocional.
1. Entender como a inteligência emocional pode ajudar você
Antes de tudo, o primeiro passo para trabalhar a sua inteligência emocional é reconhecer que algumas
habilidades para o processamento de informações estão diretamente ligadas às suas emoções.
A ideia é você poder canalizar isso para ter atitudes mais saudáveis. Marcelino Viana explica que este é o
ponto de partida para o equilíbrio.
Ao organizar-se emocionalmente, você tem mais chances de agir de forma produtiva em função daquilo que
deseja realizar, nesse caso, a tão sonhada aprovação em um concurso público.
2. Trabalhar a autoconsciência
Na inteligência emocional, você deve ter atenção às suas competências pessoais. E uma delas é a
autoconsciência, ou seja, o que você sabe sobre si, o que vê, faz e tem autocontrole sobre.
A questão aqui é: quando as emoções surgem, o que você faz?
Da mesma forma, você tem as suas competências sociais, ou seja, como se vê nesse nesse contexto social e
como amplia suas possibilidades de relação.
Isso vem associado à sua concepção de motivação, como explica o psicanalista:
Você está na preparação, está lá dando o gás, fazendo o máximo, mas sente que sua energia oscila, e
nessas oscilações você se vê enfraquecido, não consegue controlar essas emoções, ou seja, suas
competências pessoais estão em baixa.
Em consequência disso, você entra em competências sociais complicadas, ou seja, não tem uma relação
direta com o outro para pedir ajuda ou coisas do tipo.
Nesse contexto, a sua motivação baixa. Se a sua motivação está baixa, você acaba se tornando mais
improdutivo.
O emocional agregado pode resultar no famoso branco na hora da prova.
Se você trabalha o emocional, ou seja, suas competências pessoais e sociais, vai estar com a motivação mais
em alta, reter mais conteúdo e treinar melhor o cérebro para memorização.
3. Construa bons relacionamentos
Pode parecer simples, mas ter bons relacionamentos, empatia e se colocar no lugar do outro é um dos
exercícios fundamentais para sua inteligência emocional.
Isso porque, dessa forma, há uma chance maior do outro também entender seu percurso e ter uma troca
positiva com você. Bons relacionamentos geram bons sentimentos e emoções.
Você pode interagir com pessoas que estejam com o mesmo foco e objetivo. Pode trocar informações, estar
com alguém que produza tanto quanto você.
Esse é um fator que está relacionado ao seu percurso, que não necessariamente tem que ser solitário. Basta
ter responsabilidade para seguir firme e entender que este caminho é seu, faz parte de você.

4. Dê atenção ao seu corpo


O corpo é o primeiro indicador para saber se você está bem ou não. Se você não se organizar bem, seu corpo
sente. Se não desenvolveu suas atividades planejadas para o dia, o corpo irá acusar de alguma forma
também.
O que você precisa é entender como o seu corpo vai se regular. Não necessariamente em termos técnicos,
mas ao ponto de conseguir reconhecer se está bem ou não.
Para entender melhor isso, Marcelino Viana explica os conceitos do sistema nervoso simpático e
parassimpático, que são as duas divisões do sistema nervoso autônomo, que controla as nossas funções
como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão.
O simpático é responsável por preparar o organismo para responder em situações de estresse. O
parassimpático, por sua vez, é responsável por fazer o corpo retornar ao estado normal, mais estável, de
mais calma, explica o psicanalista.
Quando você receber várias doses de adrenalina, vai sentir um pouco de ansiedade, pode sentir hostilidade,
entrar no medo, na preocupação.
Esses sentimentos vão baixar a sua produtividade. Da mesma forma, se for uma situação de perigo, isso
acaba gerando em você ações que talvez você nem saberia indicar que seria capaz.
A conexão entre mente, corpo e cérebro precisa de uma atenção especial. Em uma preparação, se você não
está cuidando bem das emoções, está com ansiedade, ou medo do futuro, tem sua preocupação
potencializada.
5. Observe o seu comportamento
Você tem observado o seu comportamento? Uma realidade é que, para se desenvolver, você precisa ter
consciência de como está agindo.
Para praticar os exercícios de inteligência emocional, você deve observar o seu comportamento de forma
analítica. Pare de priorizar os outros ou de olhar só para o outro e pense:
 “Você tem o autocontrole das emoções?”
 “Quais são aqueles gatilhos que podem prejudicar o seu percurso?”
E observe como você interage com eles. Uma vez que você consegue observar como interage com essas
emoções, tem como trabalhar a forma como você reage.
Você tem como entender essas emoções e atuar em torno delas. Trabalhe os seus pensamentos positivos e
crie um ambiente positivo ao seu redor, recomenda o psicanalista.

6. Tenha um caderno de anotações


Para seguir a orientação do ponto anterior, não é preciso de muitos recursos. Basta um caderno de anotações.
Observe o seu comportamento e anote tudo sobre você no papel. Entenda os seus gatinhos, aquilo que pode
prejudicar no caminho ou que desperta em você sentimentos ruins.
“Faça um mapa de você mesmo, dê uma atenção e observe o seu comportamento de forma analítica”, indica
Marcelino Viana.
A forma como você reage a determinadas situações é determinante para o controle das suas emoções.
7. Pratique a positividade
Um ambiente positivo, com frases e exemplos inspiradores, é fundamental para trabalhar a sua
autoconfiança e determinante para exercícios de inteligência emocional.
A dica de Marcelino é fazer uma espécie de “dream list”, ou seja, uma lista dos sonhos.
Quando você tem contato maior com coisas positivas, tem mais emoções positivas. E isso ajuda muito no
combate aos pensamentos negativos.
Quanto mais próximo do percurso produtivo que outras pessoas já percorreram você estiver, a sua confiança
fica melhor e mais significativa.
O que faz a sua crença baixar é você sentir que está distante daqueles que já conseguiram alcançar bons
objetivos e resultados.
8. Evite desculpas 
No momento em que você começar a sofrer com a baixa de produtividade, vem a preguiça, raiva excessiva
em relação a diversas situações.
Conclusão: você trava e podem surgir desculpas.
“As terceirizações, desculpas: ‘eu não estudo legal porque na minha casa não tem ninguém para me ajudar’,
você vai entrando em uma categoria que é a gestão dos relacionamentos e em um contexto de maior
dificuldade para si”, afirma Marcelino.
Em uma condição ideal de controle emocional, você entra aos poucos no seu real, com emoções que são
produtivas e podem gerar um processo mais proativo para você.
9. Procure soluções
As informações trazem para o seu corpo “n” sensações, e os sentimentos podem deixar em baixa. Como é
que você pode reter a informação? Como é que pode estar motivado para estudar dessa forma?
Se você regula bem suas emoções, tem melhores pensamentos.
A consequência é que o cérebro processa isso e a comunicação vai acontecendo de maneira mais proativa,
seu corpo se regula melhor, e você tem mais motivação para estudar.
Não quer dizer que tudo vai ser perfeito, mas com esse controle dos pensamentos, as emoções oscilam
menos. Raiva e ansiedade vão surgir, mas o autocontrole disso será maior.
Quando você se sentir cansado, recupere as energias, o fôlego, siga para o novo dia porque tudo estará
conectado.
10. Faça ciclos de estudo
Uma dica para não deixar se levar pelos pensamentos negativos quando você não atingir a meta do dia é
trabalhar com ciclos de estudo no seu planejamento.
Isso porque, com uma rotina bem organizada, quando você sentir o cansaço, poderá descansar tranquilo,
pois se planejou previamente para isso.
É sempre possível remodelar o seu ciclo quando for preciso. Você não se sentirá desmotivado nem perdido,
afinal, desenvolveu uma programação e sabe que pode dar continuidade assim que se sentir melhor.
Não esqueça também de incluir a atividade física no seu cronograma. Ela é fundamental para a dualidade
mente sã, corpo são.
Precisa de ajuda para dar um gás nos seus estudos?
 
11. Não tenha medo de se afirmar
Em alguns momentos, você sentirá a necessidade de perguntar para as pessoas se está no caminho certo.
É normal buscar por feedbacks para resgatar ou fortalecer a autoconfiança. Mas, caso seja preciso, você não
deve ter medo de ser afirmar e posicionar sobre seus sonhos.
Se alguém quiser tirar você da trilha, não deixe. Preserve os seus sonhos.
12. Aprenda a lidar com a ansiedade e estresse
Você sabe o que tira você do controle? A recomendação do Marcelino Viana é procurar não se contentar
com isso.
“Tente trabalhar nos seus momentos de estresse, de ansiedade. Quando você tem o simpático e
parassimpático trabalhando, tente ter um pouquinho de resiliência”, aconselha o psicanalista.
Se a ansiedade está batendo, diminua o seu ritmo, sua frequência. Tire um tempo para você, para se
concentrar, com boas emoções, para despertar sentimentos positivos em você para depois retomar.
Se está muito cansado, descansa. Também pode praticar meditação ou alguma atividade física.
Sentiu que vai estourar? Calma, pense antes de agir, conecte-se com o racional, se policia e aprenda a agir
diante da pressão. Foque no que o motiva diariamente.
13. Reconheça seus limites
É essencial que você reconheça seus limites e suas potencialidades. Se você não consegue estudar oito horas
por dia, comece a estudar duas ou três e vai aumentando.
Se não, existem técnicas de estudo que você pode utilizar para aprender mais rápido. Mas, é claro, se você
tiver com as emoções reguladas. Caso contrário, essa pressa pode acabar influenciando na sua ansiedade.
Entenda o que você tem de limite para tentar dimensionar e enxergar o seu potencial. É isso que fará você
avançar em sua trajetória.

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