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RESUMO
Este trabalho trata de uma forma simples a religião dentro do Estado Laico, pois frequentemente ela é
conceituada de uma forma tendenciosa e confusa. Há inúmeras realidades individuais onde esse
conceito acaba sendo parcial, e de acordo com a vivencia de cada um, muitas vezes o laico é
entendido como uma forma de rejeição a religião, confundindo assim laico com laicismo. Este
trabalho tem por objetivo mostrar que a religião é importante para a pessoa e também para o Estado
e por isso deve ser respeitada e valorizada. Todos têm direito a manifestar sua religiosidade no
Brasil, isso é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988. O Estado Laico não pode se
identificar com nenhuma religião, mas protege o direito de todos praticarem seu credo, resguardando
os direitos básico de todo brasileiro. O método aplicado é a pesquisa bibliográfica, o artigo foi
pesquisado nos mais diversos meios de informações, trazendo assim um grande esclarecimento
sobre o tema. O resultado esperado desse estudo é trazer à tona a real relevância da religiosidade no
Estado Laico, para que possa esclarecer o bem comum dos princípios religiosos e assim
conscientizar a todos. Conclui-se que a religião deve ser um fator unificador e nunca separatista,
portanto a conscientização dessa unificação se faz necessária na sociedade contemporânea
brasileira, assim havendo uma reflexão sobre o papel do Estado e da Religião em todos os seus
aspectos. Mostrando que ambos têm funções diferentes, mas não significa que sejam inimigos, pois
todos caminham para a evolução humana.
3. O ESTADO
A palavra Estado vem do latim, status que sugere posição e ordem, que por
sua vez, transmite a ideia de poder. Logo Estado é uma forma que a sociedade
encontrou para se organizar politicamente.
O Estado é uma figura abstrata criada pela sociedade. Também podemos
entender que o Estado é uma sociedade política criada pela vontade de
unificação e desenvolvimento do homem, com intuito de regulamentar,
preservar o interesse público. (SILVA JUNIOR, 2009, p. 84).
5. NEUTRALIDADE
Toda cresça está relacionada a igualdade, não há como falar em religião,
crença e opinião sem deixar claro a igualdade entre cidadãos. Esse é o princípio da
neutralidade, que permite que todos podem fazer parte do todo. Não há privações
para ninguém, enquanto adepto de alguma cresça, são livres para irem e virem,
dentro ou não de algum local público, claro que dentro dos parâmetros da lei. O
Estado, ou seja: escola, prefeituras ou qualquer outra instituição pública, devem
garantir que a formação religiosa não seja especifica ou para uma ou outra religião,
o Estado, deve apresentar todos possam ter acesso a usos e costumes de cada
religião, sem proselitismo. Por isso que o ensino religioso nas escolas é de suma
importância para o desenvolvimento cognitivo, cultural, moral, social, artístico e
religioso nas crianças.
A Lei não deve ser fonte de privilégios ou perseguições, mas instrumento
regulador da vida social que necessita tratar equitativamente todos os
cidadãos. Este é o conteúdo político ideológico absorvido pelo princípio da
isonomia e juridicidade pelos textos constitucionais em geral, ou de todo
assimilado pelos sistemas normativos vigentes. (MELLO, 2010, P.10).
6. LIBERDADE
Ora, a laicidade deve ser vista, portanto, não como um princípio que se
oponha à liberdade religiosa. Ao contrário, a laicidade é a garantia, pelo
Estado, da liberdade religiosa de todos os cidadãos, sem preferência por
uma ou outra corrente de fé. Trata-se da garantia de liberdade religiosa de
todos, inclusive dos não crentes, o que responde ao caro e democrático
princípio constitucional da isonomia, que deve inspirar e dirigir todos os atos
estatais de acordo com um imperativo constitucional que não se pode
desconhecer ou descumprir. (SILVA, 2006, p. 249).
7. PLURALISMO
O Estado não deve favorecer e nem ignorar nenhuma religião, seja ela no
território nacional ou não. Os direitos humanos, garante a todo ser, o direito a
pluralidade, seja de pensamento, de religião, de consciência ou qualquer outra
convicção social e cultural. Quando não há respeito de pluralidade, volta-se as
guerras, as discórdias, o sofrimento. (ONU, 1981).
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 31. ed. São Paulo:
Malheiros, 2006.
SILVA JUNIOR, Nilson Nunes da. O conceito de Estado. Âmbito Jurídico, Rio
Grande, v. 12, n. 68, set 2009. Disponível em:
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=674
2&revista_caderno =9>. Acesso em: setembro de 2017.