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Você tem um chamado de Deus para a sua vida e quer que Ele o use na sua obra?
Então, “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade!” (2Tm 2.15).
1. Jesus treinou pelo próprio exemplo. Os discípulos pediram a Jesus para que lhes
ensinasse a orar, porque viram que Ele orava sempre (Lc 11.2).
2. Jesus treinou com abundante exibição das Escrituras (Lc 24.26,27, 44,45).
9. Jesus treinou mostrando aos doze as dificuldades que iriam enfrentar no campo
missionário (Mt 10.34-36).
10. E por fim, Jesus treinou mostrando aos doze as recompensas que irão receber
das mãos do Deus Missionário (Mt 10.40-42).
A pessoa que recebeu a chamada para missões precisa preparar-se para a tarefa,
aprimorando-se espiritualmente e organizando a sua vida pessoal enquanto aguarda
o momento determinado por Deus para partir rumo ao seu campo de trabalho. O
êxito no ministério só será possível por meio de uma vida de oração.
Renúncia(Gn12.1;Mt16.24-26).
Sacrifício(Mt10.38).
Obediência(Mt7.24-27;Lc19.17).
Piedade(1Tm4.8;5.4.2Pe1.3,6,7).
Devoção(Rm12.12).
Sinceridade(Rm12.9).
Humildade(Mt11.29).
Honestidade(Rm12.17,Fp4.8).
Seriedade(Fp3.12,2Tm4.7).
Coragem(Js1.9).
Otimismo(Rm8.31-39).
Santificação(2Rs4.9).
1. Conhecer bons livros e autores (At 17.28, citação tirada do poema fenômenos, do
poeta Arato, séc. III a.C);
5. Localização geográfica;
6. Clima;
7. Moeda;
8. Alimentação;
9. Vestuário;
11. Conhecimento secular (At 17.28; 1Co 9.24-26; 2Tm 2.5 e Mt 13.47-48);
14. Profissão (At 18.3; 20.34; 1Co 4.12 e 1Ts 2.9); etc.
Paulo foi um missionário sábio e dedicado, escolhido por Deus para um ministério
específico (Atos 9:15). A sua vida tem sido exemplo para a igreja no cumprimento da
grande comissão ainda hoje. Ele é visto por muitos como o maior missionário de todos
os tempos. Usava sempre áreas que poderiam ser alcançadas a partir de centros
estratégicos. Fazia discípulos e os encaminhava para novas frentes missionárias em
regiões e cidades distantes. Como se verificou em Colossos quando enviou Epafras que
fundou a igreja naquele local.
Ao fundar uma Igreja, o apóstolo Paulo, a organizava com presbíteros e diáconos, com a
finalidade de dar prosseguimento à obra após a sua partida. Ele procurava sempre se
colocar sobre fundamentos sólidos. Quando se deslocava para um determinado lugar
para pregar somente o fazia com plena convicção de que era a vontade de Deus. Muitas
vezes deixou de se dirigir a determinadas localidades para evitar construir sobre
fundamento alheio, uma vez que Jesus já havia sido anunciado por outros pregadores
(Rom. 15:20). Paulo era muito consciente. Sua dependência do Espírito Santo se
evidenciou claramente tanto nos textos de Atos dos Apóstolos, como em suas próprias
Epístolas (Atos 13:2-4; 16:6-7). Paulo sempre voltava às igrejas por ele organizadas
para encorajá-las e fortalecê-las (Atos 15:36). Ensinava que a igreja devia estar
constantemente propagando o Evangelho.
Os métodos utilizados pelo Apóstolo Paulo fazia com que alcançasse êxito em seu
ministério. Paulo usava sabiamente diversos artifícios para ganhas vidas para Cristo (I
Cor. 9:19-23). Usava os grandes centros, preparava líderes, pesquisava a situação de
cada local, se identificava com as pessoas, pregava de casa em casa, se auto-sustentava
e era flexível no trato com os problemas (Atos 20:17-21; 33-34). Um fato muito
marcante no caráter de Paulo é que ao conhecer determinada cultura ele se utilizava
astutamente para falar as pessoas que ele evangelizava, como foi no caso do Aerópago
de Atenas. Paulo sabia que os Atenienses eram supersticiosos e destacou esta
particularidade, para dar a introdução de sua mensagem, se utilizando inclusive do
próprio título de um santuário grego “…ao Deus desconhecido” (Atos 17:22-23).
Muitas vezes se utilizou do argumento de ser Cidadão Romano para se defender diante
de seus perseguidores (Atos 22:25-29). Ao ser preso em Jerusalém sob a acusação de
profanar o Templo, Paulo passando pelo tribuno perguntou-lhe se era permitido dizer-
lhe alguma coisa, o que causou espanto no tribuno que não esperava que ele soubesse
grego. Paulo conhecia profundamente o grego. Logo em seguida, ele pediu para falar ao
povo e falou em hebraico (Atos 21:37-40). Se utilizava de uma retórica muito bem
embasada nos conhecimentos do Antigo Testamento, como profundo conhecedor da Lei
que era (Atos 17:2, 17-19; 19:8-10; 23:6).
Paulo não se contentava tão somente em pregar, mas também lutava pela pureza da
doutrina cristã que ele chamou de sã doutrina. Ele orientava exortava e doutrinava as
igrejas à luz dos ensinos de Jesus, a viverem vida de santidade (Atos 14:22-23; 20:31-
36; II Cor. 11:2). Paulo enfrentou também o gnosticismo incipiente que permeava as
igrejas. Em Colossos ele enfrentou a tendência racionalista, que levava a igreja à
heresia. Estava de continuo se comunicando as igrejas através de correspondências com
o propósito de corrigir as suas falhas e imperfeições.
A maneira pela qual devemos navegar nessas águas culturais vem da compreensão de
que em uma cultura pós-moderna o mensageiro é a mensagem. Como somos vistos é tão
importante quanto as verdades que transmitimos. As pessoas assimilam aquilo que
veem. A atitude cultural da igreja local comunicará a pessoa a conduta de Cristo, que foi
amplamente atraente e aceita pelos “pecadores” de seus dias, ou reforçará um
estereótipo que presta um desserviço a Jesus.
Processo de adaptação
A doutora Antonia Leonora van der Meer diz: “O preparo cultural do missionário é a
chave para uma boa adaptação, integração no campo e o bom êxito do seu ministério”
(revista Capacitando, p. 25). A preparação não elimina automaticamente os problemas
de adaptação, mas diminui o impacto dos mesmos, deixando o missionário mais
sensível à realidade.
No campo, o missionário enfrenta muitos problemas, como, por exemplo, costumes
diferentes, língua, cultura, estresse, depressão, desânimo, além da saudade da família ou
país, entre outros fatores. Sem o devido preparo, tudo isso será insuportável. As
agências missionárias do Brasil têm se preocupado cada vez mais em preparar
adequadamente os candidatos à obra missionária, evitando-se, assim, o seu retorno
prematuro.
A capacitação visa preparar o candidato para a complexa tarefa de adaptação cultural e
comunicação eficaz do evangelho em outra cultura. Quando há um bom preparo, o
missionário, além de estar ciente dos possíveis choques, consegue fazer uma
contextualização correta para comunicar a Palavra de Deus com fidelidade, evitando o
sincretismo ou o transporte de sua cultura para o povo em meio ao qual está
trabalhando.
Está provado que, quanto melhor o preparo, menor o perigo de retorno prematuro e
outras consequências desagradáveis ao campo, à agência, à igreja enviadora e ao próprio
missionário. Adotar novos costumes é extremamente estressante e gera crise em
qualquer pessoa, e essa crise, por sua vez, é comparada à mesma que um soldado
experimenta quando vai à guerra. Em razão dessa situação estressante, é preciso que ele
tenha uma âncora, pois, caso contrário, perderá facilmente o referencial e fracassará.
4. Cuidar do emocional
O missionário não pode ser imbuído mais pela emoção ou mais pela razão. Não
pode equivocar-se entre razão e emoção, mas deve dosá-las. Emoção e razão devem
irmanar-se na vida missionária, para que sejam evitados extremismos. Assim como
graça e conhecimento devem ser pesados iguais em uma mensagem, também a
emoção e a razão devem andar juntas. Se o missionário não estiver preparado
psicologicamente, irá sofrer um abalo emocional.
O missionário precisa e deve cuidar da sua saúde (1Tm 4.16 e 5.23), pois dependerá
de seu físico e energia para levar o Evangelho. Deste modo, a integridade física do
missionário depende de pelo menos três agentes, são eles:
1. Alimentação adequada.
2. Exercícios físicos.
3. Descanso suficiente.
Retorno prematuro
1. Treinamento inadequado.
2. Falta de compromisso.
Sustento
Assim, o missionário deve estar associado à uma igreja local (Fp 4.14-15), viver
contente em qualquer situação (Fp 4.11-12), confiar no Senhor (Fp 4.13), estar
interessado não no dinheiro, mas no fruto que aumente o crédito da igreja (Fp 4.17).
O aspirante ao campo missionário deverá ter algumas características a serem
observadas:
1. Submissão à liderança.
6. Algumas questões importantes ainda devem ser levantadas durante este período de
preparação antes do envio do missionário ao campo:
10. Os filhos estão preparados para ir? Se estão na adolescência, isto causaria um
possível trauma?
15. Existe um círculo de amigos que esta pessoa faz questão de preservar?
16. O que diriam as pessoas que foram subordinadas ou superiores deste candidato?
É melhor não enviar ninguém do que colocar no campo missionário pessoas mal
treinadas, sem chamado e sem apoio básico, espiritual e logístico de suas igrejas locais.
5. Contextualização do evangelho
Assim o fez nosso Senhor e assim devemos proceder. Se o evangelho (e não a cultura) é
o “poder de Deus para a salvação de todo o que crê” (Rm 1.16), o engajamento por
parte do teólogo na contextualização da mensagem evangélica é imperativo. É
necessário que entendamos o mundo no qual foram escritas as laudas bíblicas, tanto
quanto o nosso próprio mundo com seus problemas, necessidades imediatas, forma de
pensamento e demais peculiaridades. Somente assim estaremos aptos a discernir a
transitoriedade da cultura da natureza imutável e vivificante do evangelho, ensinando-o
de maneira pura e simples como ele é.
Estresse de identidade
Quem sou eu ?
Infelizmente, alguns missionários não fazem nada do trabalho que dizem fazer. Ou o
fazem tão raramente — ou consistentemente operam seus negócios no vermelho — que
ninguém jamais poderia esperar viver com seu salário, muito menos sustentar uma
família. Então, sempre que a pergunta “de onde você recebe seu dinheiro?” vem, eles
não têm resposta confortável ou franca. A menos, claro, que afirmem ser
independentemente ricos.
Dissonância Ocupacional
Mas o mais doloroso para mim é que temo que nossos vizinhos estrangeiros possam
enxergar através dessa fachada. Todo mundo que sustenta uma família na comunidade
têm uma longa semana de trabalho, enquanto eu, aparentemente, não faço nada. Que
trabalho sinistro devo estar tramando todos os dias atrás do meu computador, e dentro
dos limites do meu apartamento? Quero dizer, você não estaria fazendo estas mesmas
perguntas se um homem saudita trouxesse a família para a sua vizinhança, mas não
parecesse trabalhar ou ter uma fonte de renda? E, se você ousasse perguntar, e ele
balbuciasse a respeito de algum plano nebuloso para a possibilidade de um emprego
futuro?
É assim para muitos missionários. Eles enfrentam o dilema do dia a dia do escrutínio
governamental. Mas muito mais significativa é a percepção da comunidade local. Pouco
importa o que pensa um burocrata nos escritórios do ministério de relações estrangeiras.
Os missionários devem se preocupar primeiro com sua própria incongruência
ocupacional, que é o que mais preocupa a família vizinha.
Confie no Mensageiro
Para ser claro, não estou sugerindo que esses missionários sāo mentirosos. Na verdade,
acho que, na maioria dos casos, eles estão dizendo coisas verdadeiras. Também não sou
contra o uso de plataformas. Desde que sejam legítimas, as plataformas têm um
potencial maravilhoso. Mas esta é a questão. As plataformas — e a maneira pela qual
nos explicamos ― acabam sendo críveis? Ou os missionários estariam minando a
mensagem que proclamam sendo indignos de confiança?
Acho que podemos e devemos enviar missionários para lugares difíceis. Mas também
creio que esses missionários devem ser quem eles dizem ser e fazer o que dizem que
fazem — mesmo que não seja tudo o que estão sendo e fazendo. Em muitos casos, isto
significará um sacrifício em horas destinadas ao ministério ou à agência missionária.
Isso significará estar disposto a fazer o desagradável e o mundano em prol da
construção de relacionamentos de confiança e de um testemunho confiável. Isso
significa que eles nem sempre podem estar fazendo a “coisa principal”.
Este é o custo das missões modernas. Pode não significar perseguição ou martírio,
mesmo nos locais mais perigosos. Em vez disso, pode significar horas sem fim de
trabalho monótono para a glória de Deus. Este é o preço não negociável da integridade
pessoal nas missões. Necessitamos reconhecer que as pessoas só confiarão em nossa
mensagem se puderem confiar em seu mensageiro.
Referências
https://coalizaopeloevangelho.org
www.icp.com.br
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