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Ji-Paraná, RO
Novembro, 2022
Abimael Martins Lourenço da Silva
Ji-Paraná, RO
Novembro, 2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................5
1. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................10
REFERÊNCIAS........................................................................................................................11
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INTRODUÇÃO
O Brasil nos tempos contemporâneos está polarizado politicamente, a maioria dos
brasileiros estavam muito insatisfeitos com o cenário político nos últimos anos, e em 2018
houve uma mudança na presidência da República do Brasil, uma mudança que começara
mesmo antes do pleito eleitoral daquele ano, pois a presidente reeleita pelo povo brasileiro em
2014, Dilma Rousseff (PT) fora destituída no processo do “impeachment”, ou impedimento,
pois cometera crime de responsabilidade fiscal e editou decretos de suplementação prévia sem
autorização do poder legislativo, a quem competia esse poder. Assumiu então a presidência da
República interinamente para o restante do mandato o vice Michel Temer do então Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que apesar de em seu discurso de posse
prometer que iria criar medidas para superar a crise econômica e reequilibrar as contas
públicas, acabou entregando o governo com alto índice de rejeição na qual segundo os sites da
Revista Exame e Revista Veja, se baseando numa pesquisa do Datafolha, se dava em 82% de
reprovação, se tornando assim o presidente da República do Brasil com maior índice de
rejeição na história do país.
Devido ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) estar na época enquadrado na
“Lei da Ficha Limpa”, que não permite condenados em segunda instância concorrer uma
eleição, fora impedido de se candidatar e em seu lugar Fernando Haddad (PT) veio como
oposição ao candidato Jair Bolsonaro. Acende então a chama da polarização política, de um
lado um candidato que era de um partido considerado de “esquerda” e que vários membros
deste partido já haviam se envolvido em diversos esquemas de corrupção, e muitos destes
respondendo criminalmente na justiça. De outro estava o candidato da “direita”, da ala
conservadora que confrontava rispidamente as ideologias do partido rival.
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Esta polarização se alastra por todos os meios, alcança os rincões do Brasil, os lares,
as escolas, as famílias e até mesmo as igrejas, de um lado uma parcela da nação defendendo o
partido “A”, e a outra parcela defendendo o candidato “B”.
Sabe-se, porém, que já havia uma divisão radical dentro do parlamento brasileiro,
principalmente dentro da Câmara dos Deputados Federais, uma parcela defendendo princípios
igualitários e outros mais liberais, uma parcela defendendo ideologias de esquerda e de outro
ideologias de direita, mais conservadora.
Dentre muitas questões que surgiram foi a questão: o cristão deve se posicionar
quanto ao cenário político no Brasil?
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1. REFERENCIAL TEÓRICO
Se, na Grécia clássica a política era entendida como uma experiência que se
refletia na vida pessoal harmonizada aos interesses coletivos, confundindo-se
muitas vezes com o conceito de ética, hoje o sentido da política é bem
diverso. A política, entre os gregos, tinha o sentido de atividade pedagógica,
a chamada Paideia. Hoje, o caráter mais evidente do conceito atual de
política diz respeito, por um lado, à gestão dos negócios públicos e, por
outro, às ações da sociedade civil a fim de ter suas reivindicações atendidas.
Política, desde Maquiavel (1513), considerado o fundador da Ciência
Política, tem a ver com estratégias, ações racionais e objetivos a conquistar.
(Silva, Kalina Vanderlei, 2009, p 336)
Silva, Kalina Vanderlei vai explicar em sua obra “Dicionário de conceitos históricos”
que no esforço para explicar o mundo e o universo, é característico do ser humano possuir
alguma religião, pois há uma preocupação em entender os vários mistérios, como a origem, as
espécies, a morte e etc. Essas crenças, segundo os autores, é que davam sentido ao mundo
para os primórdios da humanidade e define religião como:
Observa-se, portanto, que tanto a política quanto a religião está sempre envolvendo o
coletivo ou um grupo social, por mais pequeno que seja. Torna-se quase impossível alguém
conviver em sociedade e abster-se totalmente de ambos os temas, porque por mais que tente
ele estará inserido no sistema social, por mais que evite discutir terá seus dogmas, seus
conceitos, às vezes sem perceber teve suas doutrinações que foram formadas em sua mente no
decorrer da vida.
Richter Reimer (2006, p. 91) vai nos mostrar que o império romano suplantava os
direitos dos seus dominados, não havia uma democracia onde as classes mais inferiores
tivessem voz para opinar, reclamar:
Estas informações podem ser percebidas quando Jesus conta as variadas parábolas,
geralmente aplicadas ao contexto social, por exemplo: a parábola dos dez talentos (Mt. 25, 14-
30), dos lavradores maus ou dos vinhateiros (Mt. 21, 33-43), da ovelha perdida (Lc. 15, 4-7),
do semeador (Lc. 8, 5-8) e outras mais. Jesus as aplicava de forma que ficasse claro a
interpretação da mensagem que queria passar. Em Mt. 17. 24-27 Jesus paga de si e de Pedro
os tributos do templo cobrados na época:
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Em outras referências nos evangelhos sinóticos Jesus manda dar pagar à Cesar, que
era o imperador absoluto na palestina, os impostos devidos, Mt. 22, 20-21: “E ele disse-lhes:
De quem é esta efígie e esta inscrição? Disseram-lhe eles: De César. Então, ele lhes disse:
Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.” Referência também
encontrada em Mc. 12. 13-17, Lc. 20. 20-26 (Bíblia JFA, ARC 2009):
Jesus estava sempre sendo observado pelos políticos da época, os quais mesclavam
suas ideologias, convicções religiosas com partidos políticos. Dentre os principais podemos
destacar os fariseus, saduceus, zelotes, essênios e herodianos.
Schiavo e Silva (2000, p. 30) vai nos dizer que os saduceus formavam um partido
político-religioso e eram aliados poderosos de Roma, eram formados por pessoas que tinham
uma boa situação financeira e queriam manter os status social.
Schiavo e Silva (2000, p. 32) vai definir os zelotes como um grupo de revoltosos
camponês da galileia, que andavam armados na zona urbana e eram chamados também de
sicários, devido, provavelmente ao sicar, uma espécie de punhal.
A Constituição Brasileira de 1988 no seu artigo 5º, incisos VI à VIII nos garante:
Marcos Paulo Dos Reis Quadros e Rafael Machado Madeira em seu estudo “Fim da
direita envergonhada? Atuação da bancada evangélica e da bancada da bala e os caminhos da
representação do conservadorismo no Brasil”, Opinião Pública 2018, relata que este número
de cristãos evangélicos só aumenta, principalmente na Câmara dos Deputados Federais. O
estudo mostra que em 2014 dos 513 haviam 74 deputados federais que se identificavam como
evangélicos.
Um dos principais fatores que contribuiu para que esta polarização tomasse grandes
proporções foi a tecnologia da informação que temos atualmente, a facilidade ao acesso desta
como redes sociais, mídia televisiva, canais em no Youtube e outras fazem com que em
instantes qualquer um, em qualquer lugar do mundo com acesso à internet fique sabendo em
tempo real o que acontece no Brasil. Aos poucos vai surgindo então estes movimentos
principalmente na internet, e a disseminação das ideologias vão crescendo cada vez mais.
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Em defesa dos seus princípios e valores e tendo seus representantes nas esferas
federais da política, os cristãos cada vez mais brigam pelos seus ideais. A alegação dos
cristãos, principalmente dos evangélicos, é que alguns projetos de leis que surgem da extrema
esquerda vão contra a Bíblia, projetos que interferem diretamente não só naquilo que a
religião cristã defende, mas no convívio social, na família e que aparenta defender
exclusividade de alguns grupos.
Dentre o número imenso de cristãos no Brasil, é claro que nem todos pensam
similarmente, há dentro das igrejas também aqueles que não concordam com tal envolvimento
da religião com a política, causando divisão nos templos e denominações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
-A igreja e a política- site: Congresso em foco-disponível em:
<https://congressoemfoco.uol.com.br/temas/direitos-humanos/a-igreja-e-a-politica/> -acesso
em 02 nov 2022.
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