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Paul TILLICH, Religionsphilosophie, 1962, p.14.
O projeto e promissor da modernidade faz com que as pessoas se tornem
cada vez mais individualistas e anti-solidárias e a religião vem para animá-las ou conformá-
las diante da imutável história. E contra e angustia do futuro traz segurança e paz é o que
Marx vai chamar de “ópio do povo”.
Diante desse quadro existe uma linha de pensamento que chega ao meio termo,
critica os limites da modernidade sem negar suas conquistas, onde a religião exerce um
papel paradoxal que hora critica e resiste ao sistema, hora explica-o e alimenta-o.
1. O que é mito?
R: O mito é um discurso, um relato de uma pessoa, de uma ação ou acontecimento de
ordem divina. Ele intencionaliza e especializa um determinado símbolo, pessoa,
acontecimento, tornando-o assim divino. Existem os mitos de origem e mito fundante que
ajudam a explicar a origem de determinadas situações sociais e ou culturais. Os mitos se
consolidam principalmente por suas manifestação social.
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HOORNAERT, E. Formação do catolicismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 103.
3. Fale sobre as estruturas que compõe a religião popular no Brasil?
R: As funções da religião dependem da situação da cidade, ou local que exercem essas
funções. Para se atender as grandes massas das metrópoles precisa-se de “santos fortes”, de
enormes catedrais. Deus age através das mediações, essas mediações compõe as estruturas
religiosas populares. A bíblia é usada como um objeto que não apenas contem a mensagem
escrita, mais que emana força e proteção. Não há catolicismo popular sem os santos, não há
pentecostalismo sem a bíblia. Portanto a bíblia e as imagens dos santos são elementos da
estrutura religiosa popular. Os serviços, cultos, pregações seguem o movimento de
institualização dentro de uma eleição, organização e hierarquização, que a legitimiza e
fundamenta. Existe ainda o aspecto financeiro com a idéia de um contrato com Deus, onde
eu pago o dizimo ou oferta à igreja, doação para festa do santo, para depois ser agraciado
por Deus, ou no sentido negativo de que se eu não aceitar esse “contrato” com Deus posso
ser prejudicado por Ele.
Referências bibliográficas
ALVES, Rubem. O suspiro dos oprimidos. São Paulo: Paulus, 1984. p. 145-167.
FILHO, José Bittencourt. Matriz religiosa brasileira. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 31-81.
TERRIN, Aldo Natale. Nova era: a religiosidade do pós-moderno. São Paulo: Loyola,
1996. p. 216-223.
Faculdade Dehoniana
Taubaté-SP
2007
Faculdade Dehoniana
Taubaté-SP
2007