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Faculdade Dehoniana

PECADO CONVERSÃO E VIRTUDES


Trabalho: Exortação Apostólica Reconciliação e Penitência
Prof.: Mário Marcelo Coelho
Aluno: Douglas Alvarino Waismann
Data: 25/03/08

1- Como ato de pessoa, o pedado tem as suas primeiras e mais importantes


conseqüências no próprio pecador. Descreva.
R.: O pecado interfere na relação do homem com Deus e essa relação é o fundamento da
vida humana, Deus é a origem e o fim supremo do homem. É no seu relacionamento
com Deus que o homem vai se humanizando, o pecado, portanto é tudo que desumaniza
o homem. Aí entra o humanismo que tem o homem como referencial sem o referencial
de Deus. Outra conseqüência do pecado é sua interferência no espírito do homem que
enfraquece sua vontade, que pode ter uma vontade para o bem, mas em conseqüência do
pecado a enfraquece essa vontade de agir corretamente (“O bem que quero não faço e o
mal que não quero acabo fazendo”). Alem de enfraquecer a vontade também obscurece
a inteligência que perde a consciência do sentido de pecado, que leva a um certo
relativismo que nega a existência do pecado, ou ainda que afirme a existência do pecado
não se sabe quem o comete.
2- Comente sobre as acepções de pecado social.
R.: Primeira acepção: o pecado de cada um repercute de alguma maneira sobre os
outros. No nível religioso da comunhão dos santos existe a lei da elevação: “Cada alma
que se eleva, eleva o mundo” do mesmo modo existe a lei da descida, certa comunhão
ou solidariedade no pecado de modo que quando um peca rebaixa a si mesmo e arrasta
consigo a Igreja e o mundo. Em suma todo pecado por mais intimo que seja repercute
com maior ou menor veemência e dano a toda estrutura da Igreja e da família humana.
Segunda acepção: é daqueles pecados cujo objeto é uma agressão direta ao próximo.
Pode se dar no nível da justiça nas reações de pessoa para pessoa, da pessoa para com a
comunidade e da comunidade para a pessoa, também se da no nível dos direitos da
pessoa humana (direito a vida, integridade física, liberdade, liberdade de culto,
dignidade) e também no nível do direito comum, pecado de comissão e omissão.
Terceira acepção: é a que diz respeito as relações entre comunidades humanas, pois
essas relações nem sempre estão em sintonia com os desígnios de Deus ( justiça,
liberdade e paz). A luta de classes, a contraposição de blocos de noções, de nação contra
nação, grupos contra grupos são todos males sociais. Apesar de nesses aspectos ser
difícil identificar um responsável e por isso usar o termo pecado social de maneira
analógica, não se deve esquecer a responsabilidade individual de cada pessoa.

3- Comente o contraste “Mysterium Pietatis” e “Mysterium Iniquitatis”.


R.: “Mysterium Iniquitatis” é o olhar sobre a natureza do pecado sem o qual não o
poderíamos conhecer, ele é o antônimo do “Mysterium Pietatis” que é a vitória de Deus
sobre esse pecado sendo uma síntese do ministério de Cristo (encarnação e redenção).
Assim o “Mysterium Pietatis” penetra nas raízes escondidas do “Mysterium Iniquitatis”
suscitando na alma uma movimento de reconciliação.

4- Qual a concepção de pecado conforme a exortação?


R.: A partir do mistério da iniqüidade apontado por São Paulo, a exortação mostra que o
pecado é obra da liberdade do homem, o homem é o sujeito do pecado. Pecado é a
desobediência a Deus, exclusão de Deus, ruptura com Deus que pode levar até a
negação de Deus. É o ato livre de desobediência onde naquele momento o homem não
reconhece o senhorio de Deus sobre a sua vida e por isso viola sua lei. O pecado é
pessoal porque é sempre um ato da pessoa e social porque tem conseqüências sociais.

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