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SEMINÁRIO DE SANTIFICAÇÃO E ACONSELHAMENTO EFICAZ

Santificação

Introdução
Hoje enfrentamos o pior tipo de perseguição espiritual que a igreja poderia sofre, a
permissividade moral, que associada ao avanço tecnológico tem engenhado uma cultura
globalizada cada vez mais anticristã, afetando diretamente a configuração da família e a
saúde da Igreja.
A real situação da Igreja sempre é reflexo do que vem acontecendo com a família. Já que
a família é célula da sociedade, o que temos hoje é um gigantesco câncer social. Durante
a década de 60, 70 começou a surgir a ideia de que o divorcio não era algo ruim, depois foi
seguido pela cultura do não casamento (sexo livre, drogas e rock). A grande referência de
ideias para a geração dos anos 60 foi a de que era proibido, proibi. Hoje enquanto os
heterossexuais não querem casar os homossexuais lutam para ter o direito ao casamento.
O resultado destas ideias é a epidemia de adolescentes gravidas e dos pais precoces, que
vão se multiplicando em um ciclo geracional reduzido a 15 anos em média. O aborto nas
ultimas décadas tem se multiplicado aos milhões. Aquelas pessoas que eram para protegê-
las e amá-las, são aquelas que assassina. O que aliada a outras questões tem aumentado
exorbitantemente as desordens psicoemocionais.
A falência da família gerou o crescimento da miséria e violência, gerando um cenário de
uma verdadeira guerra urbana que dissemina o pânico, principalmente nas grandes
cidades. A violência e criminalidade é apenas o efeito colateral da morte da família.
Por ultimo, temos a ditadura homossexual que a falta de discernimento entre aceitação e
aprovação. Aceitação é incondicional, ligado ao valor intrínseco do ser humano, porém
aprovação é condicional e depende do caráter, ou seja, das escolhas. Aceitar a pessoa
independente das suas escolhas é uma questão de civilidade, ser obrigada a aprovar uma
conduta que fere os valores próprios é abuso.
O Papel da Igreja
A igreja precisa reconhecer este grande desafio, ou caso contrario, ao mesmo tempo em
que uma grande colheita tem sido feita, os frutos rapidamente se perdem. São tantos que
tentam permanecer na igreja enferma e consequentemente infrutífera, mas acabam
desistindo da fé, morrendo espiritualmente.
Hoje, a grande demanda ministerial é fechar a porta dos fundos da igreja. Essa deficiência
ministerial tem produzido uma população equivalente à população evangélica, que já foi
evangélica, mas agora desviada e muitos apostatas. Uma geração pós-cristã que estão se
transformando nas piores pessoas da sociedade.
O ministério da maioria dos pastores resume-se apenas em uma rotina desgastante de
“apagar incêndios” e “pastorear as crises” de seus membros e discípulos. São os pastores
“bombeiros”. Eles não estão pastoreando as pessoas, mas as crises delas. Mas do que
nunca estamos presenciando uma geração de crentes superficiais e que estagnaram em
seu crescimento espiritual e necessita de uma libertação de seus pecados e fraquezas para
alcançares níveis mais profundos de intimidade com Deus.

O QUE É SANTIFICAÇÃO?
Santificação é o crescimento que temos a fazer, em Cristo, da nossa confiança e
obediência. É uma ação de resposta que nos tornamos mais parecida com o caráter de
Cristo. A verdadeira santificação é render-nos inteiramente ao Espírito Santo, para ter o seu
caminho em nós. É a ousada determinação de estar interessado apenas em que Deus está
interessado!
Santificação não é evitar ao pecado é uma entrega total nas mãos de Deus. Normalmente
a entrega total requer uma crise para desequilibrar nossas vidas, porque nós tendemos a
ser teimoso e não ceder ao total controle de Deus. Deus nos trará ao ponto de que Ele
exige de nós e se nós ignorarmos Seus toques sutis, Ele vai usar uns meios mais graves
para chamar nossa atenção.
Quando Cristo toma conta de sua vida, o curso muda para combinar com sua vontade, ou
assim deveria. Nossa vida não é mais a nossa própria porque é o Senhor.
Você está disposto a reduzir-se a nada? Está determinado o suficiente para retirar-se de
tudo o que você acha que tem direito no mundo, em sua carreira, ministério, igreja, incluindo
o que seus amigos pensam de você, e o que você pensa de si mesmo? Você está disposto
e determinado a abandonar o seu verdadeiro eu e se colocar simplesmente nu de você
perante Deus? Uma vez que você fazer isto, então ele pode começar a trabalhar mais em
você e em outros através de você.
Santificação é você lidar com o lixo da alma. É remover todo o lixo que escraviza nossas
emoções ao pecado. Libertação tem por finalidade “zerar” todo crédito de injustiça
acumulado. É o processo de emudecer qualquer possibilidade de acusação satânica ou
perseguição espiritual, viabilizando uma atmosfera espiritual fértil.

Vejamos alguns aspectos importantes sobre santificação:

1. Novo Nascimento X Santificação


Estes dois conceitos são essenciais na vida cristã. A Bíblia diz que é necessário nascer de
novo. O nascer de novo é instantâneo, mas a santificação é um processo longo e só
encerrará quando recebermos definitivamente o corpo glorificado. A santificação é um
processo doloroso que tem seu preço, pois se inicia quando Deus reaviva o nosso espirito,
o novo nascimento, e no processo da morte da nossa carne, nosso eu.
A diferença entre novo nascimento e santificação é a diferença entre a salvação espírito e
purificação da alma. É a diferença entre a salvação do espirito pela graça e a purificação
da alma pelas obras. Novo nascimento é o nascimento do espirito, é a regeneração do
espirito, mas não da alma. Santificação por outro lado é o processo perseverante da
conversão da alma. A conversão acontece na alma, a salvação acontece no espirito.
Como sendo triunfos, espirito, alma e corpo, os teólogos define que no espirito o homem
tem consciência, intuição e comunhão com Deus; na alma está basicamente a vontade e
as emoções; no corpo e o corpo é a nossa casa. A salvação do espirito é instantânea, mas
a regeneração da alma ou da vontade, das emoções é um processo. Nós podemos ser
salvos, estarmos dentro da igreja e continuar com uma mente mundana, continuar com as
emoções dominadas pelas memórias de dores, traumas emocionais vividos na vida.

2. Libertação X regeneração
A libertação faz parte do processo de regeneração ou em outras palavras santificação é
regeneração. No novo nascimento recebemos o perdão dos nossos pecados e também as
forças e as armas para começar a nossa luta por regeneração. Ser nascido de novo não
significa que de uma hora para outra começamos a amar nossos inimigos, que as crises
familiares acabaram, que todos os traumas foram curados, que agora de um pai ruim
instantaneamente virou um pai excelente, que as minhas amarguras e feridas emocionas
não existem mais, meus maus hábitos desapareceram, que meus desejos pecaminosos
foram embora, etc.
Libertação é arrancar da nossa vida o pecado, memórias feridas por culpa, vergonha,
abusos e traumas encobertos, cadeias pecaminosas vigentes, iniquidades ocultas,
inimizades, traumas, crises familiares etc. Já mais podemos esquecer de que uma vez
limpa precisamos preservá-la assim, caso contrario tudo volta como era antes ou talvez
pior.
Os demônios são meros parasitas espirituais que alimentam das injustiças humanas.
Vamos imaginar um local aonde o lixo vai sendo acumulado. Obviamente muitas moscas e
outras parasitas como baratas e ratos serão atraídos. Como combater esses parasitas?
Espantar as moscas, matar as baratas e ratos? Não!!! Precisamos tirar o lixo. Se não eles
acabarão retornando. Libertação não é expulsar os demônios é expulsar as causas que
trouxeram os demônios para nos destruir.
Não adianta muito sermos especialistas em parasitas, conhecer a hierarquia ou as
diferentes espécies e tipos de moscas, ratos, etc. Em libertação, a ênfase precisa ser dada
ao lixo. Quando se elimina o lixo, as parasitas vãs juntas! Em outras palavras a essência
da libertação é a santificação.

3. Benção X Maldição
“...porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade
dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e
guarda os meus mandamentos”. Êx. 20:5,6
Nos dias atuais o numero de pessoas que tem frequentados os cultos de prosperidade tem
aumentado. A maioria das pessoas estão correndo atrás das bênçãos, mas não o Deus da
benção. Infelizmente há maioria dos pregadores de prosperidade desassociaram as
bênçãos divinas da fidelidade e compromisso com Deus e associa apenas a dinheiro. Por
outro lado, sempre que menciona as bênçãos divinas esquecem-se de mencionar a
maldição pela falta de fidelidade.
Quando falamos de bênçãos e maldição, estamos falando de aspectos das alianças de
Deus com os homens. Deus nunca manteve qualquer relação mais íntimos com o homem
sem antes estabelecer uma aliança entre eles. Uma das razões para as alianças é porque
uma aliança é firmada sobre algo sério, significa que algo é muito importante, que exige
compromisso por ambas as partes. Portanto sem um compromisso mais profundo, sem
uma aliança não existe uma intimidade mais profunda com Deus. Ao mesmo tempo em que
uma aliança com Deus significa grandes benções, ela também vem carregada de maldição
se existir quebra desta aliança.

4. Desmistificando a maldição
Quando se fala em maldição, muita gente reage contra. Alguns expressam aversão, outros
já taxam de heresia, outros ficam teologicamente indignados.... Realmente existem muitas
pessoas que utiliza deforma desequilibrada e ensinam de forma como a Bíblia ensina. Os
ensinamentos “bíblicos”, mas que na verdade não é bíblico, se constitui um mito, uma
heresia.
Portanto vamos procurar desmitificar o termo maldição e entende-lo sob um prisma
bíblico:
• Palavra “maldição” é uma palavra bíblica.
Primeiramente maldição é um termo bíblico e não é algo que vem do ocultismo. Maldição
ocorre mais de 200 vezes na bíblia, portanto caso não gostemos do termo ele é bíblico.
Existem cerca de seis palavras no hebraico e quatro em grego para descrever maldições.
Vamos ver apenas 3 delas.
ALAH – Aparece cerca de 35 vezes no A.T. e sempre descreve uma maldição com
origem na quebra da aliança com Deus. Deuteronômio 27 e 28 quando Deus realizou um
pacto com o seu povo ele adverte: “ Ninguém que, ouvindo as palavras desta maldição
(alah), se abençoe no íntimo, dizendo: Terei paz, ainda que ande na perversidade do meu
coração”.
QALAL – Aparece 130 vezes no A.T. Significa desejar a alguém uma posição inferior
ou rebaixa-la de seu estado. O canal para esta maldição seria a língua. 1Sam 17:43.
ARAR – Aparece cerca de 63 vezes no A.T. e descreve uma pessoa debaixo de
maldição. Gen 3:14
• A maioria das vezes a palavra “maldição” é utilizado dentro do contexto
ao povo da aliança.
É natural concluirmos que uma pessoa ímpia e incrédula esteja em uma condição espiritual
amaldiçoada, mas na Bíblia a palavra maldição quase sempre está associada ao povo da
aliança. Toda aliança carrega consigo uma maldição, assim como todo mandamento, lei ou
principio. (Deut.28:15) (Hb 6:4-6).
• A essência do conceito da maldição é o castigo.
O verbo castigar vem do latim e significa no literal purificar por meio do sofrimento. O
objetivo da maldição, por incrível que pareça, é corrigir os nossos caminhos. Deus corrige
o filho que ama. Temos a tendência de pensar na maldição com algo negativo que
obrigatoriamente se repete na vida como um karma. Porém, na bíblia, a palavra maldição
não tem uma conotação fatalista, muito pelo contrario, a maldição é uma mensagem que
nos ajuda a discernir as desordens espirituais e reparar pessoalmente e sacerdotalmente
o erro.
Dizer que não existe maldição é afirmar que pecado não traz consequências. Algumas
pessoas dizem: Posso pecar à vontade porque Deus já me perdoou ou vai me perdoar em
Cristo. Isso pode ser uma verdade, porém estas pessoas ignora as consequências que
certamente visitarão ou permanecerão sobre sua vida, casamento, filho, etc. Semear é uma
escolha, colher é uma obrigação. A graça é o modo que Deus trata comigo e a santificação
é a minha resposta a essa graça, a maneira que trato a mim mesmo. É a condição para
chegarmos ao topo do monte do Senhor e lá permanecermos.

• A maldição pode ser transmitida por herança.


“o céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida
e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência” (Dt. 30:19)
Os nossos pecados nunca afetam apenas nós, mas todos aqueles que estão sobre minha
proteção. A maldição pelos nossos erros pode afetar gerações, como aconteceu com o
povo de Israel no antigo testamento, como afetou os judeus pedindo que o sangue de Jesus
caísse sobre eles e seus filhos (Mat 27:25). Um erro do nosso pai afetará minha vida e se
eu continuar no mesmo erro isto continuará afetando os meus filhos. ( Ez. 18).
• A maldição dentro do contexto da nova Aliança
Quando nascemos de novo pelo Espirito Santos, como fica a maldição carregada pelos
meus pais? Gostaria expressar minha opinião que eu acredito é mais bíblica. Creio que
quando aceitamos Jesus toda maldição espiritual que estava sobre nós foram anuladas (Gl
3:13). Mas não podemos esquecer que o diabo conhece muito bem a nossa história e vai
usa-la contra nós.
A maldição espiritual é anulada, mas as consequências físicas e emocionais por causa dos
meus pecados e pecados dos meus pais eu continuarei sofrendo. Dependendo como eu
reajo a estas memórias e sofrimentos, posso chegar mais perto de Deus ou servir como um
bloqueio e afetar a minha vida espiritual com Deus. Muito de nossos erros, especialmente
aqueles ocultos, ou mesmo aqueles já perdoados podem gerar em nós dor e sofrimento por
resto da vida.
O processo de libertação e cura interior nos ajuda a eliminar este sofrimento da alma que
foram gerados por uma traição no casamento, uma separação, um trauma de infância, que
pode ter grande influência da nossa personalidade hoje e etc.

5. Traumas e suas consequências na vida Cristã


Nosso inimigo age nas sombras do nosso discernimento. Nosso bom desempenho durante
uma batalha dependerá do que soubermos a respeito do inimigo. Satanás tenta provocar
nossos instintos naturais, com o fim de nos fazer pecar. Espreme-nos, tentando extrair
nosso suco mais azedo. Para alcançar seu intento, nos fustiga com pessoas agressivas,
egoístas e injustas, capazes de exibir atitudes provocativas. Ele deseja nos mostrar o que
temos de pior.
Satanás é inteligente o suficiente para não insistir em se apresentar de vermelho, rabo
comprido, tridente, chifres pontudos e bafo de naftalina. Ele utiliza disfarces sofisticados,
prega uma mensagem parecida com o cristianismo e se aproveita para introduzir aqui e
acolá um veneno ardente que, ensinado com linguajar cristão, passa despercebido.
Um número de pessoas declaradamente cristãs, bem maior do que imaginamos, carrega
fardos insuportáveis, elas se debatem em cárceres emocionais, sentem-se limitadas em
suas possibilidades, realizações e horizontes. Apesar de inúmeras tentativas de se
libertarem, permanecem congeladas. o diabo nos fustiga com suas setas incendiárias. Veja,
por exemplo, alguém dominado pela mágoa. Ele transforma o seu ofensor em um ser
onipresente – um deus.
Carregamos em nossas mentes um arquivo composto de boas e más impressões. Em
nossa memória emocional estão arquivadas cenas vividas em família, em meio aos amigos,
no exercício da profissão e na escola. Tudo o que Deus deseja fazer é uma queima desse
arquivo, da parte que se transformou em lixo. Não exatamente esquecer, pois a cura só
ocorre quando as lembranças não machucam. O segredo é reciclar o lixo e transformá-lo
em material novo, algo que se aproveite. A queima desse arquivo não inclui os fatos, mas
as emoções ligadas a esses fatos.
Medo, desilusão e carências afetivas se alojam em nosso porão emocional. Esses
sentimentos criam um ambiente apropriado para o desenvolvimento e a criação de ninhos
onde inúmeras espécies de aves (demônios) desenvolvem planos de destruição contra sua
vida. Não dá para continuar caminhando na fé, enquanto incubamos essa fauna.
Acerte seu relacionamento com o passado. Você poderá tirar um grande proveito ao viajar
no tempo, reencontrar-se com seus familiares, resolver pendências antigas, quebrar
barreiras, restaurar relacionamentos, rever sentimentos e voltar a amar.

6. Aconselhamento e libertação
Toda pessoa tem uma história e um caráter, ou seja, um passado e um presente, que
precisa ser redimido. Apesar da história não determina obrigatoriamente o caráter de um
individuo, exerce uma influência que não deve ser subestimada. É um grande erro descartar
a história como uma fonte de influência que afetam a nossa escolha e a nossa forma de
pensar e agir. Tornar-se alvo da influência demoníaca é um perigo real para o crente em
Jesus. Se não fosse assim, não precisaríamos de recomendações do tipo: “Não deis lugar
ao diabo”, “Resisti ao diabo”, “Revesti-vos de toda armadura de Deus”.
A primeira coisa a ser compreendida em relação a aconselhamento eficaz é que não
devemos separar o aconselhamento da libertação. Aqui se quebra aquele paradigma da
velha forma de libertação que se resume apenas em uma oração de poder, expulsão ou
quebra de opressão maligna.
A minha pergunta, neste momento, é a seguinte: O que realmente me torna resistente às
investidas do demônio? Um grito, uma fórmula litúrgica, alguma palavra mágica ou a nossa
santidade? Não dar lugar ao diabo é assumir uma postura de santidade e não tem nada a
ver “Libertação” não é para quem grita mais alto, mas para quem vive mais alto. Palavras
mágicas não funcionam, resistir ao diabo é ter um comportamento que o torne resistente.
A verdadeira libertação vem através da regeneração da alma.
O aconselhamento requer tempo de qualidade, ou seja, envolve um diálogo espiritualmente
inteligente, profundo e sem pressa. Aconselhamento precisam andar juntos para que o
ministério da restauração não se posicione em extremos que desequilibram o nosso
potencial de ajuda.
O aconselhamento produz conhecimento, conhecimento produz responsabilidade,
responsabilidade produz liberdade. Quanto maior a luz, maior é a responsabilidade e
quanto maior a responsabilidade, maior a liberdade. O aconselhamento conecta a pessoa
com as verdades divinas adequadas. Isto ativa o mecanismo de renovação da mente,
desfazendo mentiras, sofismas, culturas e fortalezas que escravizam e distorcem a sua
forma de pensar e agir.
Libertação trabalha em fechar todas as brechas que possibilite satanás nos usar ou nos
influenciar. Muito embora não creia na demonização de crentes, mas creio que nós
podemos dar lugar para eles nos usar. Outro ponto é que enquanto tiver algo em nossa
vida que nos ligue a nossa herança de pecado existiram áreas em nós que Deus ainda não
domina. Nosso maior problema em batalha espiritual, não é a presença dos demônios, mas
a ausência de Deus.

7. Causas de maldição
Quando fazemos um estudo cuidadoso da Bíblia, percebemos que o Diabo nunca aparece
como o personagem principal nas questões humanas. Na verdade, são bem poucas as
passagens bíblicas que se referem a ele. Muitos de nós, mais cedo ou mais tarde,
acabaremos chegando a conclusão que o maior de nossos inimigos, somos nós mesmos!
Não é o diabo que fere a terra com maldição, mas é o próprio Deus tratando com a rebelião
humana.
O pecado nunca está isolado da maldição. Vamos abordar alguns das principais causas
que normalmente geram maldição em nossa vida, ou seja, causas que impedem as
bênçãos de Deus em nossa vida e para termos novamente estas benções de Deus estas
causas devem ser primeiramente tratadas. Não importa quantas campanhas participemos
enquanto estiver algo em nossa vida que precisam ser libertas de nada adianta estas
campanhas.
a. Iniquidade dos pais
“Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus,
sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e
quarta geração daqueles que me odeiam”. Ex.20:5
Uma das coisas mais certa é que o pecado dos pais traz consequências diretas nos filhos.
Os filhos são os que mais sofrem quando os pais fazem algo de errado. Todo pecado tem
consequência e alguns dos pecados têm mais consequência que outros. Por exemplo:
Adultério X mentira. Quantos aqui já perceberam que muito embora muitos filhos não
gostem da forma que seu pai trata a sua família, mas se tornaram parecidos como o seu
pai quando constituíram famílias? Os erros vão se perpetuando e a maldição também. Na
maioria das vezes famílias desestruturadas geram filhos desestruturado emocionalmente.
Mesmo que as maldições espirituais cessam quando aceitamos Jesus, mas as maldições
físicas e emocionas não desaparecem da noite para dia. Temos muitas pessoas crentes
dentro da nossa igreja com feridas emocionais profundas que não foram curadas, pois
nunca confrontaram estas feridas. Estas feridas são usadas pelo Diabo para nos escravizar
emocionalmente. Feridas que por mais que choremos e oremos não deixa nos profundar
no relacionamento com Deus, pois elas estão lá sempre nos lançando pra baixo.
b. Quebra de alianças
Ser infiel ao cônjuge é também ser infiel à Deus. Qualquer pessoa que queira levar Deus a
sério, precisa levar muito a sério o casamento. Autoridade e testemunho são valores
proporcionais. Sem testemunho não existe autoridade. O adultério dentro de um matrimonia
geram maldições profundas e estas são algumas delas:
✓ Marginalização espiritual e ministerial da pessoa que
adulterou.
✓ Produz perturbações emocionais no casamento de ciúmes,
desprezo ....
✓ Expõe o outro cônjuge vitima da sua traição à mesma
situação.
✓ Afeta diretamente a vida financeira.
✓ Afeta diretamente o emocional dos filhos.

c. Rebelião e desonra contra os pais


Esse é um ponto relevante. Todo comportamento inspirado por desprezo e desonra aos
pais é altamente amaldiçoado: “Maldito aquele que desprezar o seu pai ou a sua mãe. E
todo o povo dirá: Amem” (Dt 27:16). Situação como envolvimento com drogas, mentiras,
agressões verbais e físicas contra pais, casamento sem o consentimento dos pais, etc.
acarretam duras consequências, entre elas:
✓ Cegueira e perdição
“o que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada e ficará em trevas
densas” (Pv 20:20). Instalam-se na vida diversas situações desfavoráveis envolvendo
desnortearmento, vulnerabilidade sentimental e afetiva, relacionamento errados e tantas
outras coisas que trancam a vida da pessoa e impedem as oportunidades.
✓ Morte prematura de uma ruim condição de vida
“Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu Deus te ordenou, para que prolonguem
os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o SENHOR teu Deus”. (Dt 5:16).
Desonra aos pais encurta a nossa vida e nada prosperar em nossas mãos.
d. Pecado encoberto
Todo pecado encoberto funciona como uma âncora que trava o desenvolvimento e impede
a dinâmica de uma vida prospera. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará;
mas o que confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28:13). Isso não apenas nos
afasta, como nos impede de alcançar a misericórdia de Deus e das pessoas levando-nos a
um estado de total ruína espiritual. Está é uma maneira de nos privar da graça de Deus.
A vida desta pessoa passa a ser extremamente dura, penosa e a pessoa permanece
debaixo da sentença do pecado. Enquanto um pecado é encoberto, ele não é perdoado.
Ao invés de experimenta misericórdia, está sempre sendo espancada na vida.
e. Falta de perdão e amargura
O grande triunfo de Satanás é a falta de perdão mediante injustiças sofridas. Oferecer a
quem quer que seja uma graça inferior à que recebemos de Deus nos enquadra na prática
de injustiça. No reino de Deus sonegar perdão é imperdoável. Algumas consequências por
falta de Perdão:
✓ Envenenamento emocional
A falta de perdão produz uma ferida que quando alimentada produz amargura. Amargura
é uma toxina espiritual tão venenosa quanto infectuosa. Magoar no literal é má agua. Não
perdoar é você tomar o veneno e querer que a outra pessoa morra. Obviamente quem está
morrendo é você quem está morrendo.
✓ Relacionamento aprisionado
O perdão é um principio decisivo que determina a condição de liberdade ou aprisionamento
espiritual. Quando mais amargurarmos contra uma pessoa, mais nos unidos iniquamente a
ela ficamos. Pois tudo que fazemos ou deixamos de fazer, gira em torno da pessoa que
sonegamos o perdão. O lugar central da nossa vida que pertence a Jesus é ocupado por
esta pessoa.
✓ Não seremos perdoados
Quando sonegamos o perdão colocamo-nos na situação de não sermos perdoados por
Deus.
✓ Condenação
A falta de perdão nos transfere da cadeira de juiz para o banco dos réus, onde acabamos
condenados, aprisionados, penalizados, torturados pelos nossos erros.

f. Pornografia
Em um país como o nosso onde a cada ano os índices de divorcio aumentam e o sexo é
encarado de forma tão normal a perversão sexual tem se tornado uma cadeia para muitos
cristãos. A cada ano o numero de ministro do evangélico que caem na prostituição vem se
multiplicando. Com a facilidade da internet a pornografia também se tornou mais acessível.
Já não precisa ir numa banca de revista, ela está disponível bem próxima de nós. Hoje
infelizmente o numero de cristãos presos nesta cadeia é muito grande. É uma cadeia, pois
não conseguem mais parar.
A pornografia tem sido a porta de entrada da destruição de muitos ministérios, pois começa
na pornografia e terminam num divorcio. A queda de Davi começou de uma pornografia ao
vivo e trouxe consequências terríveis para ele e sua descendência.

8. Processo da crucificação
A crucificação pode ser definida resumidamente no processo de negar a si mesmo. A
essência é o processo de transferência e uma disponibilidade total para reconciliar e
reeducar a capacidade de relacionar. Crucificação é tirar toda e qualquer coisa que esteja
impedindo de uma relação mais profunda com Deus e com os meus irmãos. Jesus nos
oferece a cruz como nosso ponto de partida. A vida é feita de morrer e de viver. Morrer para
o mundo e viver para Deus. A cruz é o lugar onde todas essas coisas acontecem, onde a
gente morre e onde a gente vive.

Vejamos alguns pontos necessários para a crucificação:


a. Humilhação
Humilhação não é algo muito agradável, mas essencial para nos livrar de servos escravos
pelo pecado. Perdão está associada a humilhação, pois reconhece a necessidade de que
erro e precisa de uma reconciliação. No entanto a voz da justiça própria, da amargura, da
vergonha, estardalhaçam de todas as formas tentando fazer prevalecer a obstinação
doentia do nosso coração. A humilhação tem que falar mais alto que a reputação. A
humilhação é o carro-chefe da cura de uma terra (2 cro 7:14). A maior pedra para sermos
totalmente livres é o orgulho, a idolatria pela honra, o amor a reputação.
b. Confissão
É o processo de expor a Deus, expondo também a outra pessoa que se fazem necessária
pecados, culpas e vergonhas. É neste momento que a luz dissipa as trevas, que a verdade
desfaz a mentira, que a chave do quebrantamento abre prisões da alma. “Confessai as
vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por
um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).
Que gostemos ou não, tudo o que está nas trevas está sujeito a uma intervenção direta de
Satanás. Porém quando a confissão e mais escandalosa que o pecado, quando decidimos
ser ousados espiritualmente em crucificar a nossa reputação, julgando-nos a nós mesmos,
então não seremos condenados com o mundo.
c. Arrependimento
Arrependimento não é convicção de pecado. A convicção de pecado faz parte do processo
de arrependimento, mas não é o arrependimento. Arrependimento também não é confissão
de pecado. Confissão é outro passo em direção ao arrependimento. Arrependimento se
consuma na decisão de mudar! A palavra grega para arrependimento é “metanoia”, que
significa mudança de mentalidade, motivação, propósito, indicando que a pessoa decidiu
andar em uma direção oposta à que ela se encontrava. Arrependimento é mudança,
transformação radical de motivação e comportamento. Arrependimento não é um processo,
é uma decisão interior e irreversível de nos alinharmos com a vontade de Deus. “O que
encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa,
alcançará misericórdia” (Pv 28:13).
d. Perdão
Sem perdoar não podemos ser perdoados. Perdoar é o processo de enfrentar
responsavelmente nossas feridas e ressentimentos. Alguns pontos importantes acerca do
perdão:
✓ Perdão não é um sentimento, é uma escolha.
✓ Perdão não é uma sugestão, é um mandamento.
✓ Perdão é unilateral. O perdão não se baseia no merecimento
do ofensor
✓ Perdoar não significa esquecer
✓ Perdoar alguém não significa fingir que não está ferido

e. Restituição
É o processo de retratar, devolver e restaurar aquilo que foi danificado, subtraído ou
defraudado na vida de outra pessoa. Em se tratando de restituição, pecado oculto ( na
esfera da mente ) se confessa ocultamente a Deus; pecado pessoal confessa
pessoalmente, com a pessoa lesada; pecado público se confessa publicamente. Esta é a
mais poderosa e eficaz arma para libertar a consciência. A restituição é o principio mais
difícil de praticar, o que mais dói na nossa carne, mas ao mesmo tempo é o princípio mais
poderoso para resolver as coisas e nos liberar inteiramente. ( Lc 19:8,9).
f. Descanso
O descanso é a altamente retentivo e consolida ainda mais cada conquista alcançada. O
descanso vem como resultado de uma rendição genuína e de uma confiança completa na
graça de Deus. Paz é uma segurança absoluta em Deus, mesmo em meio as piores e mais
fustigantes adversidades.
g. Limpeza de Mente na Cruz.
Todo o mal arquivado em sua memória recebeu na cruz, um golpe mortal. Muitas das
lembranças que continuam vivas em nossas memórias nos machucam e nos sentiríamos
aliviados se pudéssemos nos livrar de todas elas. A existência de sentimentos assim
denuncia a presença de um ego insatisfeito e tremendamente atuante. Enquanto
estivermos centralizados no eu, dificilmente nos sentiremos totalmente satisfeitos. O EU é
insaciável.
Quando crucificamos nossos desejos carnais, Ele nos dá a alegria de ver nossas
aspirações atendidas, trazendo-nos um grande conforto. O que parecia perda, transforma-
se em ganho e o que antes parecia ganho, transforma-se em perda. Deus não nos
conduzirá até alguma cova existencial profunda.
Deus espera torná-lo um ser invadido pela Sua presença e capaz de realizar grandes
proezas. Seja fortalecido por dentro e enfrente as batalhas de fora com força total.
Receba o poder do Espírito Santo e usufrua tudo isso. Você vencerá o ódio, a timidez, a
vingança, o adultério e a solidão.
Como consequência de uma queima de arquivos, vem o alívio de todo peso, o consolo de
todas as nossas tristezas, a libertação das prisões emocionais e o perdão do pecado.

ACONSELHAMENTO EFICAZ, RESTAURANDO A IMAGEM DE CRISTO


INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios para o ministério pastoral e realizar um aconselhamento eficaz
que traga mudanças de vida, mudança de atitude. Muitas das vezes o aconselhamento
pastoral é realizado somente nos momentos de crises, pois na maioria das vezes é
exatamente no pior da crise que a pessoa procura ajuda ou oração do pastor. E então o
ministério do pastor está em administrar as crises das suas ovelhas do que propriamente
cuidar delas diariamente.
Orar pelo milagre para Deus resolver aquela crise é o ponto. No entanto o pastor deve ter
o cuidado de procurar aconselhar não somente naquele ponto da crise, mas muitas das
vezes a crise é só o resultado de atitudes, decisões e experiências ruins que aconteceram
durante a vida da pessoa que contribuíram para chegar da crise. Então o aconselhamento
pastoral deixa de ser aquela conversa depois do culto que se detém apenas no ponto
isolado do problema, para olhar a vida da pessoa como um todo, e, ai leva tempo e muita
paciência, porém os resultados são duradouros.
Satanás sabe que todo ser humano tem as leis de Deus escrita em seu coração. O homem
por natureza foi criado com um senso de justiça do que é certo e errado. Ele foi criado com
necessidade de um relacionamento com Deus e com as outras pessoas, pois ele é um ser
que precisa de amor, aceitação, respeito, amizade, confiança, necessidades físicas, etc. É
exatamente nestas necessidades que Satanás procura destruir o homem através da
substituição dos valores morais divinos com os valores mundanos.
O mundo impõe uma série de condições para conseguirmos estas coisas que
necessitamos, impondo uma falsa felicidade e satisfação inatingíveis. A pessoa sempre
procura ser exclusivista, a melhor, a maior etc...
“Eu preciso ser o melhor naquilo que faço”.
Segundo o os valores dos sistemas mundano eu só sou feliz se:
• Vida Social – Status.
• Personalidade – O centro das atenções.
• Cultura – Intelecto.
• Boa condição financeira.
• Beleza Física, etc.
Estes valores sempre são inatingíveis e nunca serão satisfeitos. Esta insatisfação é usada
por Satanás para colocar o homem contra Deus. Ele culpa Deus por esta falta de felicidades
plena e ai gera uma rebelião sistêmica da sociedade contra os padrões dos valores divinos.
Ex. Numa forma mais radical, geralmente um assassino em série, uns homossexuais
tiveram grandes transtornos dentro da família.

Existem dois tipos de obstáculos que podem nos derrotar: ( Det. 1:20-32)
• Obstáculos exteriores: (Problema cotidiana), dinheiro, família, saúde, etc. São as
crises circunstancias que enfrentamos.
• Obstáculos Interiores. Gerado principalmente pela Incredulidade. Acontece quando
a pessoa começa a duvidar do amor, da aceitação, do perdão e do poder de Deus
em relação a nós.
Esta crise de valores afeta profundamente a nossa maneira de nos vermos, de ver o mundo
e a nossa segurança pessoal vão se deteriorando. Como resultado vamos construindo
muralhas na nossa personalidade que nos isolam dos valores e padrões saudáveis de
relacionamento, pois tememos nos ferir novamente.
Muitas das pessoas que aceitam Jesus chegam à igreja com traumas e feridas emocionais
causadas por uma decepção, um sofrimento, uma perda. Outras chegam com padrões e
valores mundanos que necessitam serem tratados. Caso contrário, serão crentes que estão
dentro da igreja, mas com a mente e valores mundanos.
Existe uma diferença enorme entre salvação e santificação. Salvação é instantânea e de
graça, Santificação é um processo e vem através de esforços. A santificação é um processo
ajudado pelo Espirito Santo que usa vários meios e uma dela é o pastor.
O alvo deste estudo não é tratar apenas como os traumas no passado que podem nos
aprisionar em problemas no presente, mas é nos ajudar a viver um padrão divino mesmo
enfrentando rejeições e decepções que certamente vamos sofrer.

1. ALGUMA COISA ESTÁ FORA DO PRUMO.

O prumo é um instrumento muito importante para o pedreiro que o utiliza para averiguar se
a parede que está construindo não fique torta. Deus utilizou da
figura do prumo para mostrar que ele da mesma forma averigua
o povo de Israel ( Amos 7:7-9 ).

Deus comparou a nação de Israel a uma parede fora do prumo,


prestes a cair. Para mostrar o quanto ele estava torto, ele colocou
diante do povo o prumo da lei. Era uma advertência de que a qualquer
momento a nação poderia ruir, e que seus inimigos iriam espalhá-los
como se fossem os tijolos de uma parede desmoronada. (Jer. 41:19)

Deus nunca deixou de aferir pelo prumo de sua Palavra a vida


daqueles que chamou para ser o seu povo. Ele continua a fazê-lo
conosco nos dias de hoje, para que possamos conhecer a verdade e
aprender o caminho que nos conduz a uma vida de firmeza e estabilidade.

A nação de Israel havia se afastado tanto de Deus, que ele a comparou a uma parede torta,
fora de prumo, que poderia desabar a qualquer momento. (Am. 7:7-8). Quando não temos
Deus como nosso ponto de referência, perdemos a vida e tudo o que ela poderia nos
proporcionar.

As paredes do coração

E assim como Deus aferiu com o seu prumo a nação judaica, afere também o nosso
coração. Como um inspetor de construção usa o prumo para garantir que a estrutura está
segura, Deus usa a bíblia para avaliar a nossa vida e saber qual o ângulo que estamos
construindo a nossa personalidade. Quanto mais afastados dos padrões divino, mais
vulneráveis emocionalmente estaremos para as pressões e tensões da vida, mas difíceis
seremos para manter um relacionamento saudável com o nosso próximo.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as
fontes da vida”. Pv. 4:23 nos adverte que uma das mais importantes coisas que devemos
fazer é guardar o nosso coração. O coração simboliza o centro das nossas emoções, onde
se trava as maiores batalhas emocionais. É nele que criamos barreiras de autodefesas para
proteger de que outras pessoas nos firam novamente.

Paredes são mecanismos de autodefesa ante uma rejeição que sofremos na vida. Estas
muralhas vão sendo levantadas em torno da nossa personalidade com a finalidade de
ocultar nossas debilidades em relação às exigências do mundo para sermos aceitos.
Quando escolhemos reagir pecaminosamente em relação às rejeições vamos sacrificar
transparência, espontaneidade, honestidade no relacionamento. Por isto, atrás da muralha
de uma personalidade violentada, existem trevas, solidão e um forte bloqueio contra o amor.

2. FALSOS PROFETAS

Durante a nossa vida varias pessoas e acontecimentos aos poucos vão nos afastando da
nossa verdadeira identidade em Cristo, estas coisas podemos chamar de falsos profetas.
Estes falsos profetas nos levam a desviar do prumo divino através de “autodefesa” que
construímos, mas que na verdade destrói a nós mesmos.

Os falsos profetas podem estar tanto dentro de nós como fora e constituem uma constante
ameaça para o povo de Deus (Ez.13:15,16). Influenciados por suas mentiras, os israelitas
haviam se tornado como parede fracas e inseguras, ainda que caídas. Enquanto os falsos
profetas aplaudem os seus feitos, Deus os adverte de que está prestes a desabar sobre
eles uma forte tempestade, que irá remover a caiação e derruba ao chão suas frágeis e
falsas paredes. Estes falsos profetas de forma sutil ou direta, com seu exemplo e influência,
eles constrangem a quem os ouve a construir paredes de medo e desconfiança. Em muitos
casos, apresentam-se até como mensageiros do Deus Todo-poderoso.

Mas quem são esses “falsos profetas”, e que bases utilizam para nos enganar tanto assim?

2.1. Os pais.
Infelizmente estes podem ser os nossos primeiros falsos profetas em nossa vida.
Sabemos que mesmos os mais corretos, tem suas falhas, pois não vivem 100% de
acordo com os princípios divinos e podem passar uma imagem negativa de Deus
através da sua paternidade.
Tanto a “falta de carinho” como também “falsas declarações” podem paralisar o
desenvolvimento emocional da criança, impedindo-a de uma vida normal.
Como os pais criaram você? Qual a imagem de paternidade eles demostraram? Que
palavras negativas eles lançaram que moldaram a sua personalidade?
2.2. Professores.
Os professores são outros que podem influenciar como grandes falsos mestres em
nossas vidas, principalmente como exemplo e com seus ensinos especialmente
naquelas fases que ainda os temos como grandes detentores das verdades e
absorvemos seus ensinos como esponjas. O diabo sabe disto e esta levando o próprio
governo, através do sistema educacional, destruir o padrão de moralidade bíblica. Um
bom exemplo é o “Kit gay” que pretende colocar nas escolas.
2.3. Colegas.
Muitas das vezes aquela frase que nós somos produtos do meio em que vivemos, é
na maioria das vezes, uma realidade que acontece entre nós, especialmente quando
não temos a nossa identidade firmada em cristo. Somos influenciados a vivermos e
agradarmos aqueles que estão em nossa volta para sermos aceitos por estes grupos.
Segunda algumas pesquisas nos U.S.A 64% dos rapazes e 44% das moças
adolescentes até 18 anos são sexualmente ativos. O pensamento da sociedade, hoje
é: “ Cada um vivem como quer! Não seja um chato! Arranje alguém! ”
2.4. Governo.
Está tem sido um dos grandes falsos profetas, especialmente quando aqueles que são
os defensores da ordem e da justiça, são os primeiros a procurarem desviarem da
verdade de Deus e fazem com que seus cidadãos tenham a obrigação de viverem de
acordo com suas leis injustas.
2.5. A mídia.
Estes são profetas que estão mais perto de nós, dentro dos nossos lares nos
ensinando de forma sutil, mas incisiva uma vida de violência, lascívia e crimes. As
vezes não fazemos ideia do quanto nós somos afetados pelas as histórias sódicas das
histórias de fantasia que acabam se transformando em história reais. Ex. Novelas da
Globo.
2.6. A igreja e sua liderança.
Infelizmente não é raridade sermos impactados por aqueles que deveram ser um
exemplo a serem seguidos como nossos pastores, são os que causam os maiores
escândalos. Pastores que caem ou que fazem mal-uso da palavra de Deus para se
beneficiarem ou usam a bíblia com pretextos para ensinos errados. Em muitos casos
líderes espirituais estão dando uma falsa profecia, não por aquilo que pregam, porém,
pôr aquilo que vivem. Este é o principal argumento de uma pessoa que está sendo
evangelizada. Pessoas estão alarmadas com os escândalos dos líderes espirituais.
2.7. O coração.
O profeta Jeremias registrou que o coração é uns dos principais falsos profetas em
nossa vida (Jr 17:9,10). Muitos confiam em seus sentimentos, ou aquela “voz tranquila,
silenciosa” como balizador das suas decisões. Nós julgamos o nosso coração
confiável e digno de crédito, mas ele imite sinais falsos e enganosos, sem que demos
conta disso. O coração não pode ter a autoridade suprema das nossas decisões.
2.8. Decepções
Um dos piores falsos profetas é a decepção que tivemos com aqueles que mais
amamos, confiávamos e que eram os nossos modelos de heróis, mas que nos
decepcionaram causando em nós dores profundas na alma. Alguém da nossa família,
um amigo, cônjuge, um amor não correspondido ou um amor traído.
O resultado destes modelos de autoridades que foram “falsos profetas” é que através
de suas fortes influências em nossa vida conseguiram forjar os nossos valores. Estes
valores é um sistema de autodefesa, simbolizado pela parede que construímos em
nossa personalidade para nos proteger de sermos novamente feridos. No entanto o
resultado é um estado de cegueira que não conseguimos distinguir entre a voz
enganosa dos falsos profetas e a dos verdadeiros que são enviados por Deus. Então
não percebemos que estas paredes nos impedem de relacionamentos afetivos
profundos e sinceros com outras pessoas.
2.9. Satanás
De todos os falsos profetas, o mais astucio e mentiroso é o próprio Lúcifer. A Bíblia
não fala muito do poder de Satanás, pelo menos não tanto quanto fala da sua sutileza,
artimanha e falsidade. Ele sabe explorar nossas fraquezas no sentido de enfraquecer-
nos, desanimar-nos, fazer-nos abdicar da vida cristã. Enquanto estamos muito
preocupados com os inimigos externos, abrimos a guarda para os inimigos internos,
nossa personalidade. E é exatamente onde Satanás tem conseguido muitas vitórias,
pois é atuando sobre ela tem conseguido destruir relacionamentos, casamentos,
famílias e até sociedades.
Quando uma pessoa se torna um cristão isto significa que tudo transforma e todas as feridas
e decepções são saradas? As paredes tortas são instantaneamente aprumadas? Não
necessariamente. Mas significa que o Espirito Santo ao longo da vida vai mostrando onde
as paredes estão tortas e necessitam serem reconstruídas.
Infelizmente para muito crentes o maior inimigo é ele mesmo. Cada vez que repetimos
determinada atitude negativa, ela se solidifica em pouco mais, tornando-se um hábito. E é
assim que vamos acrescentando tijolos à parede. Vez por outra sofremos traumas
emocionais tão forte que chegamos a “emparedar” toda uma área de nosso ser, com o
objetivo de evitar que nos magoem de novo. As paredes que construímos para nos proteger
podem acabar nos aprisionando, destruindo em nós a própria essência da vida.

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