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‘LIBERTAÇÃO

Introdução
A maior perseguição atual da Igreja está na área da permissividade que consiste em relativismo
moral, visando à destruição do núcleo familiar.

“Assistimos a um acontecimento que talvez não tenha precedente na história que é a dissolução
do grupo familiar. Pela primeira vez a instituição familiar está desaparecendo e as consequências
são imprevisíveis” (Charles Melman).

Ex: cultura do não casamento (heterossexuais que não querem casar), casamento homossexual,
gestação na adolescência, aborto e o aumento exponencial das desordens psicoemocionais.

Mães Solteiras + Pais Marginalizados = Filhos Vulneráveis

Essa desestruturação tem como principais consequências perversão sexual e a violência.


A queda dos principais impérios mundiais está relacionada à morte da família onde se observa
aspectos comuns de:

a) Deficiência moral crônica,


b) Perda de vínculos familiares,
c) Libertinagem sexual,
d) Envolvimento com rituais satânicos, caracterizado pelo explicitismo (moda) atual.
Papel da Igreja é entender os tempos do fim.

AJUSTAMENTO PASTORAL

As grandes colheitas têm sido prejudicadas pela morte dos frutos, o que tem levado a formação
de um “evangelho” humanista, permissivo e descentralizado da glória de Deus. A Igreja tem se
tornado impotente por permitir o desequilíbrio, retirando a Cruz do centro de sua pregação. São
tantos que tentam permanecer na Igreja enfermas e consequentemente infrutíferos.
Os principais problemas consistem em não conseguir consolidar os novos membros (Eclesiologia
celular), abrindo a porta de traz da Igreja e gerando as piores pessoas (Lc 11.26).
O evangelho não traz mais impacto, gerando pastores bombeiros com rotinas desgastantes,
centrados na administração de crises, onde:

a) Os fundamentos não são confrontados


b) Os ciclos das crises não são quebrados e
c) Cria-se uma Igreja superficial e insípida.

Deve-se preocupar mais com a transfudamentação do que com a transformação.

PROPÓSITO DA LIBERTAÇÃO

“Esta abordagem visa educar o corpo de Cristo com princípios e valores bíblicos, investindo na
saúde da Igreja, e, principalmente, no seu crescimento qualitativo, resgatando valores do
sacerdócio e da função pastoral, com profundidade e de maneira contextualizada com as
necessidades emergente dessa geração” (Coty).

CONCEITOS BÁSICOS

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A) Expulsão de demônios x Libertação

Expulsão de demônios – está associado ao processo de evangelização, um pronto socorro


espiritual. O Ministério Evangelístico está baseado na cura e na expulsão de demônios, esta
última permite ao individuo estar livre para tomar suas decisões longe das influencias malignas
(Mt 10.8).

Os demônios são parasitas espirituais colaterais a qualquer batalha espiritual que se alimentam
de injustiças de carnalidades humanas. Muito mais terrível do que a presença do adversário é o
que advém como resultado quando o SENHOR vira Seu rosto de nós.

Ex: Lixo (pecados) ------------------------------ Ratos, baratas,... (demônios)

Libertação – lida responsavelmente com a perspectiva comuns que estão viabilizando a


exploração demoníaca. Em relação às pessoas supostamente salvas, existe uma distancia
espiritual entre “ter o direito a uma vida livre” e “concretizar esse direito na própria realidade”.
Libertação consiste na retirada do “lixo espiritual”, lidando responsavelmente com as
respectivas causas que estão viabilizando a exploração demoníaca.

Na libertação não se lida diretamente com demônios e sim com as brechas que lhes dão acesso:
Abusos, cadeias pecaminosas, pecados ocultos, inimizades, feridas e quebra de aliança.

B) Maldições (Perseguições)

➢ Castigo adquirido da quebra de uma aliança com Deus,


➢ Aquilo que é proibido por força de castigo, punição ou destruição,
➢ Situação ativa de perseguição aflitiva (prisão), oposto à graça, ou.
➢ Adquirida por falar mal, praguejar, difamar, execrar, xingar e desejar mal.

As perseguições aparecem contextualizada com o povo da promessa. Também se referem ao


castigo que leva o povo a corrigir seus caminhos, discernir as desordens espirituais e reparar
pessoalmente e sacerdotalmente os erros (Dt 28.15; Hb 6.4-6).

As perseguições são consequências das desobediências às leis, sendo que os demônios não são
protagonistas nesse processo (I Pe 5.8).

A essência da perseguição encontra-se na desconexão geracional através da quebra de alianças


e relacionamentos (Ml 4.6).

Estas podem ser transmitidas pelas gerações através de herança, já que os pecados constituem
caminhos para uma visitação demoníaca correspondente ao pecado.
A maldição, por incrível que pareça, é uma bênção!

C) Novo Nascimento/Conversão de Alma

Novo Nascimento – aspecto inicial do processo de conversão. Consiste no novo nascimento do


espírito humano através do Espírito de Deus, representando a regeneração da vida espiritual. É
o processo instantâneo de salvação e traz a certeza dela, não se tratando de uma conversão
total.
É um processo espiritual.

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“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo
se fez novo.” (II Co 5.17).

Sintomas de um verdadeiro novo nascimento:


1. Apetite espiritual,
2. Sensibilidade espiritual,
3. Sensibilidade ao pecado,
4. Abertura para a comunhão,
5. Desejo de compartilhar sua fé e
6. Exala comprometimento.

Conversão de Alma – está relacionada à regeneração da alma. Requer perseverança (mudança


de direção, valores, paradigmas, sincronizando os pensamentos humanos com os de Deus e
afetando relacionamentos). Na conversão o indivíduo dá tudo o que tem e é (Mensagem do
Evangelho).

"PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que
não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Rm 8.1).

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo." (II Coríntios 5 : 17)

"Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam;" (Atos 17 : 30)

Quando o crente não se converte a prática da iniquidade tende a apagar o Espírito em sua vida.
Não se pode chegar à salvação tomando o caminho largo (I Co 6.9-10).

Toda pessoa nascida de novo tem por direito de viver uma vida inteiramente livre, mas muitas
vezes esta tem a chave da prisão, mas continua presa por comodismo, falta de crescimento
espiritual, doutrinas heréticas.

D) Processo de Endividamento Espiritual

A dívida do passado não é quitada após o novo nascimento, mas Deus tem recurso para suprir
seu pagamento, basta à pessoa fazer uso destes recursos que são provenientes do sacrifício de
Jesus para lidar com cada situação do passado.

TRÊS ASPECTOS DA RESTAURAÇÃO

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Restauração
Libertação;
10%

Regeneração;
10%

Reeducação;
80%

I – Regeneração – processo de ser gerado de novo, tendo como fundamento: evangelização,


novo nascimento e discipulado.

Consiste em dois passos (Ef 4.22-28):

A) Despojando do velho homem (não despojar dos velhos demônios) – muitos adotam um
novo rótulo religioso, mas mantém os valores antigos.

B) Não dar lugar ao diabo – satanás se infiltra pelas brechas do descontrole, dar lugar ao
diabo significa lhe entregar a jurisdição em determinada área (Ef 1.1).
Devemos então assimilar o tipo de relacionamento que temos com nossos sentimentos.

Ex: Ira – sentimento que cumpre um propósito de quebrar nossa indiferença à injustiça, mas
quando se perde o governo desta, vem o pecado (Ef 4.26).

Obs.: Jejum – o domínio do apetite nos ensina a dominar outros sentimentos, levando ao
domínio próprio, que é a maior arma contra o descontrole. Investir no relacionamento com os
próprios sentidos é a arma mais efetiva contra o descontrole (Jejum, Oração e Bíblia).

(II) Libertação – libera o indivíduo das ancoras do passado através do aconselhamento


específico, conhecimento relacionado ao sacrifício e lidando com as histórias pessoal, geracional
e ministerial deste.
A libertação é fundamental, mas não é o fim do processo, não estando relacionada ao combate
direto a demônios. Tem por finalidade “zerar” todo crédito da injustiça e emudecer toda
possibilidade de acusação demoníaca.

III) Reeducação – tem por finalidade reconstruir um caráter de obediência em áreas que tinham
histórico de pecado e derrotas, reintegrando a personalidade e destruindo sofismas (argumento
ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um
acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente,
incorreta e deliberadamente enganosa).

Ela consolida os processos de regeneração e libertação.

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A libertação quando isolada da reeducação é irresponsável. O indivíduo tem que saber que ele
tem a responsabilidade de manter os territórios livres para a ação do Espírito, e para tanto ele
tem que:

A) Aprender a Desaprender – consiste no descondicionamento moral e social e no


despojamento do “eu”, eliminando argumentos, sofismas e raciocínios (II Co 10.4-6; Tg
1.21). Um raciocínio maligno (fortaleza) sempre está respaldado por uma ferida.

B) Aprender a Reaprender – nos abre para novos conceitos e valores, aproximando de


Deus e reconciliando com Ele. Exige paciência e humildade, aumentando a capacidade
de auto-correção.

C) Aprender a Aprender – deve-se crescer na graça e no conhecimento, observando que


as maiores lições geralmente são aprendidas das coisas que desprezamos (II Co 1.27-
29), evitando a síndrome da maturidade (Ec 4.13).

PADRÃO DE ACONSELHAMENTO NA LIBERTAÇÃO

CONCILIAÇÃO ENTRE ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO

Lei da responsabilidade - Aconselhamento – está relacionada ao caráter e escolhas do


indivíduo. Toda pessoa tem um caráter, um presente e passado que necessitam ser redimidos.
A história geracional, territorial e pessoas não determinam obrigatoriamente o caráter do
indivíduo, mas também não podem ser desprezados quando avaliarmos sua formação. A
bagagem histórica determina culturas que podem ditar as escolhas que determinam o caráter,
sendo que tudo começa na forma de raciocínio estruturado pelo indivíduo.

Atendimento Pastoral

Quando você semeia um pensamento, colhe um feito. Quando você semeia um feito, colhe um
hábito. Quando você semeia um hábito, colhe um caráter. Quando você semeia um caráter,
colhe um destino.
O que determina os rumos de nossas vidas são nossas escolhas. A teoria fatalista diz que as
escolhas são definidas pelos rumos que tomamos.

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Não se pode separar aconselhamento de libertação. Quando o aconselhamento vem
acompanhado de libertação deve-se criar um vínculo empático com a pessoa, focalizando a
capacidade de interação com a mesma.

Aconselhamento – enfatiza a Lei da Responsabilidade que rege que sem responsabilidade pelos
atos não se pode obter cura. Observa-se que cerca de 80% das desordens têm origem na alma
(Psicossomáticas). É mais importante saber que tipo de pessoa tem a doença do que tipo de
doença tem a pessoa.

O aconselhamento deve trazer conhecimento, que trará responsabilidade a fim de alcançar a


liberdade. Culturalmente se confunde liberdade com riquezas e conforto, mas estes tendem a
encaminhar a pessoa ao tédio e frustração. A liberdade está relacionada ao grau de
responsabilidade que a pessoa tem com aquilo que preza, desta forma quanto maior a
responsabilidade, maior será a responsabilidade experimentada por esse indivíduo.

O aconselhamento conecta a pessoa com as verdades divinas adequadas, ativa o mecanismo de


renovação de mente, desfazendo sofismas, fortalezas, preconceitos, etc., que escravizam a
mente, levando a pessoa à responsabilidade.

Coty afirma que “a essência do aconselhamento é redimir a capacidade da pessoa reagir, através
do discernimento da verdade”. Devem-se confrontar culturas e pensamento que tem aparência
de verdade, mas não são.

Contra quem lutar? (Ef 6.10-12)

As armas do inimigo consistem em Pressão e Blefe.


• Pensamentos;
• Emoções;
• Sentimentos;
• Físico: Opressão;

Lei da Herança (Pessoal, Familiar, Territorial) - Libertação – lida com a lei da herança.

Bíblia

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As Doenças Psicossomáticas têm como origem o estresse contínuo causado por desordens na
alma. De outra forma devem-se considerar as doenças Pneumopsicossomáticas que são
desordens com origem no espírito humano.

Ignorar princípios espirituais é um erro cometido pela psicologia e psiquiatria e pela psicanálise,
pois em várias situações o entendimento da doença só pode ser alcançado quando se entende
a forma com que essa pessoa se relaciona com o mundo espiritual.

Para cada pecado existe um espírito maligno de natureza correspondente:

1º Ex: Jesus confronta Pedro através do perdão (Jo 18.21-35).

2º Ex: É o da mulher encurvada (Lc 13.10-17), estudaremos aqui alguns aspetos relevantes dessa
passagem:

1. Lucas (médico) traz o diagnóstico da doença como sendo de origem espiritual;


2. Jesus a reconhece como filha de Abraão (herdeira da promessa), de outra
maneira Ele não reconheceu doutores da lei nesta condição (Jo 8.37);
3. Jesus fala sobre o início da enfermidade (18 anos) confrontando a mulher com
um problema mal resolvido;
4. A mulher representa uma Igreja dentro da Igreja: doente, deformada,
idolatrando necessidades, complexo de inferioridade, subtraída de objetividade
e sem nenhuma perspectiva espiritual.

3º Ex: Outra passagem importante é a do jovem rico (Mt 19.16-22). Jesus lança um
questionamento superficial a um jovem rico, mas inseguro, e depois o confronta com seu
relacionamento doentio com sua riqueza.

Princípios básicos no processo de cura interior

a – Revelação/confrontação;
b – Confissão de culpa e da vergonha;
c – Perdão incondicional;
d – Assumir responsabilidade por escolhas erradas;
e – Reconciliar-se unilateralmente e
f – Confessar intercessoriamente os pecados e injustiças.

Situações que Inviabilizam a Libertação

Deve-se avaliar o processo de regeneração experimentado pela pessoa, pois uma libertação
prematura pode causar mais mal que bem, considerando os seguintes fatores que inviabilizam
a libertação:

1 – Pessoas não crentes – a libertação quando não correspondida através de atitudes de


compreensão e obediência, corre-se o risco de que o estado pós-libertação seja pior do que o
primeiro (Mt 12.45). Toda libertação consiste em uma colisão com as forças demoníacas, o que
requer uma proteção espiritual conseguida pela salvação (Capacete da salvação – Ef 6.17).
Construir um alicerce espiritual é fundamental para a libertação de uma pessoa. Neste caso
deve-se proceder com um aconselhamento evangelístico.

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Lembrando que os demônios devem ser expulsos visando somente à evangelização.

2 – Recém-convertidos ao evangelho – neste caso deve-se esperar o processo de discipulado


antes de se iniciar a libertação em si, a fim de que o indivíduo se fortaleça para suportar o
repúdio inevitável que vem após a libertação. Não obstante, pode-se oferecer um pronto
socorro calçado no ensino em áreas que estão trazendo muita perturbação (98%
aconselhamento; 2% libertação).

3 – Descomprometidas com o evangelho – pessoas superficiais, levianas, mais interessadas nos


benefícios que no próprio evangelho e que não têm disponibilidade de abandonar o pecado
devem ser alvo de uma reevangelização.

4 – Não batizados – o batismo é um processo cerimonial, mas que tem grande conteúdo moral,
estabelecimento um sentimento sólido de membresia, paternidade espiritual e identificação
(pertencer) com o Corpo. Para se ter autoridade tem que estar sujeito à autoridade o que leva
a um testemunho público e cobertura espiritual.

5 – Não congregam – sem cobertura espiritual, discipulado e conselhos a pessoa com dificuldade
em manter um relacionamento com o Corpo de Cristo (lembrando que todo organismo tem que
ser expresso por uma organização) se torna egoísta (Pv 18.1), não amadurecendo. Observando
que os problemas de interação desempenham um ministério em nossas vidas. O sentimento de
isolamento tem por base o espírito de rebelião. O aconselhamento deve consistir em resolver o
isolamento.

6 – Que se recusam a perdoar – a falta de perdão bloqueia a Graça de Deus, fortalecendo


cadeias, levando a obstinação. O perdão parte da decisão levando ao processo de cicatrização
(Gl 6.17). Perdão não é um sentimento, e sim um mandamento que deve ser obedecido,
possibilitando a pessoa a lembrar do ocorrido sem desconforto, acabando com a amargura, ódio
e indiferença.

7 – Amasiadas ou que namoram em jugo desigual – o aconselhamento deve se resumir a


resolver a questão.

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DIAGRAMA DO PADRÃO DE ACONSELHAMENTO NA LIBERTAÇÃO

Toda doença implica em três situações:

1) Sintomas – mecanismo de alerta que indica a existência de desordem no organismo, ex:


depressão, perseguição espiritual.

2) Causas – a distancia entre os sintomas e a verdadeira causa do problema pode ser muito
grande, e por vezes difícil de ser discernida. Para tanto se deve fazer uma constatação
multifatorial a fim de que o problema possa ser atacado em sua raiz.

3) Tratamento – o tratamento está associado a uma solução específica que precisa ser
proporcional ao mal, portando depende de um diagnóstico preciso.

Deve-se realizar de uma relação inteligente entre sintomas, causas e cura.

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CAPÍTULO I

SINTOMAS DE PERSEGUIÇÃO
Um sintoma real de perseguição é a grande premissa para uma libertação. Podemos definir
sintomas como o efeito colateral do problema. É um erro interpretar o sintoma como o
problema. Uma leitura correta dos sintomas é o genuíno ponto de partida para uma libertação
eficiente.

Os infortúnios escabrosos, doenças estranhas, tentações incomuns, perturbações e


perseguições variadas de fundo espiritual ou de caráter hereditário podem se caracterizar como
sintomas de maldição.

Muitos se apegam a repreender sintomas, o que é paliativo e não chega à base do problema. Os
demônios fazem parte dos sintomas, o problema não está na presença dos mesmos e sim na
ausência de Deus.

Devem-se pontuar os sintomas de maldição, ouvindo os principais motivos que levam a pessoa
a entender que precisa de libertação, as perguntas principais são: “Porque você acha que precisa
de libertação?” ou “Qual o principal motivo que o levou a buscar a libertação?”.

Um ponto fundamental a se observar é o de observar sintomas relevantes, mas não procurar


problemas onde não existem. Não se pode espiritualizar o natural, nem mesmo naturalizar o
espiritual. A libertação não é analfabeta, deve-se fazer a leitura correta dos sintomas a fim de
discernir os reais dos irreais e fantasiosos.

A libertação também não é surda, faz-se necessário ouvir a pessoa suficientemente, tal como
ouvir o Espírito Santo. Deve-se destinar um tempo adequado para a entrevista, sem
precipitações e exageros. O tempo dado para essa fase é fundamental.

• Deve-se ouvir (ouvidos);


• Vigiar (olho);
• Discernir (nariz);
• Mais do que simplesmente falar (boca);

Para se ouvir a coisa certa se deve ter o cuidado de fazer a pergunta certa, construindo a
perspectiva correta dos sintomas, e para tanto temos que ter uma Cosmovisão Bíblica alinhada
para discernir tudo o que for dito à luz da Palavra de Deus.

Quando observamos os sintomas temos que estar atentos ao misticismo. Este tem por base a
especulação e orgulho, oferecendo uma visão corrompida e exagerada dos sintomas. Os maiores
inimigos do campo de batalha espiritual são os extremos que procedem de um discernimento
imaturo de libertadores neófitos que podem sutilmente ou desenfreadamente permitir a
instalação do orgulho espiritual e um legalismo insuportável.

Assim temos que ter cuidado com:

a) Espiritualizar o Natural – vem da necessidade de reconhecimento (orgulho), sendo


caracterizado pela supervalorização das manifestações demoníacas, o que leva a
forçar a barra para determinados processos que retiram a glória de Deus e enfatizam
o poder do diabo através de argumentos falsos e exageros (terrorismo espiritual).

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A arma favorita do inimigo é a intimidação (blefe) que tem como objetivo, paralisar e
amedrontar as pessoas (Ap 12.9). Existem extremos atribuídos a objetos
contaminados, o que desvia a visão dos sintomas, construindo uma abordagem
precária da situação, gerando um evangelho legalista, baseado no medo do diabo no
que liberdade de Deus (I Tm 4.4,5).

Cabe ao sacerdote a responsabilidade em discernir o que é santo e profano, pois existe


uma linha tênue entre conceitos que manifestam semelhança com a espiritualidade,
mas são totalmente avessos ao mesmo (artimanha demoníaca da falsificação).

Objetos podem ser santificados pela oração, ou tantas vezes devem ser destruídos
segundo a vontade de Deus (At 19.19). Deve-se ter uma convicção plena da ação e
orientação do Espírito Santo, tendo cuidados para não criar regras exageradas que
podem oprimir ou levar à auto-opressão (Sl 24.1).

No entanto deve-se ter cuidado com antigos pontos de contatos (amuletos,


relacionamentos, etc.) que podem levar a manutenção das amarras do passado.

Certas demonstrações de espiritualidade partem de pessoas que apresentam uma


grande concupiscência de reconhecimento (carência crônica), desenvolvendo atos
mentirosos (testemunhos) que podem ser considerados verdades por ela mesma
(espírito de engano, fantasia, religiosidade). (Cl 2.18-23)

b) Naturalizar o Espiritual – geralmente esse sentimento nasce da decepção espiritual


gerado pelo misticismo e manipulação espiritual por parte de pessoas que
espiritualizam o natural.

Quando se naturaliza o espiritual, entende-se que tudo pode ser explicado de forma
científica através da letra, tornando a teologia rígida e deformada. O que leva a uma
vida espiritual engessada, afeta a eficácia pastoral e prolonga a perda de tempo em
aconselhamentos exaustivos e ineficazes.

Outro aspecto relacionado aos sintomas é que nunca se pode desprezar o poder destrutivo do
pecado, considerando que o pecado é mais repugnante para Deus do que os próprios demônios.
A repulsa que temos com demônios deve ser direcionada ao pecado.

Temos que ter em mente alguns fatos relacionados aos sintomas de maldição que muitas vezes
podem nos parecer como verdadeiras manifestações de Deus, a saber:

DESCRIÇÃO DOS SINTOMAS

I – Dons Ministeriais Contaminados (servir a Deus com dons espíritas)

Em suas cartas às Igrejas da Ásia, o próprio Jesus fala sobre a existência de contaminações
espíritas dentro das Igrejas (Sinagoga de satanás, doutrina de Balaão, doutrina dos Nicolaítas,
seguidores de Jezabel) (Ap 2 e 3).

Geralmente, essas influências malignas quando manifestas em uma pessoa dentro da Igreja
estão relacionadas a um passado no ocultismo, ou uma herança familiar e cultural espírita. A
exemplo disso nota-se que o catolicismo sempre assume um sincretismo com a pajelança local,
além disso, temos a quiromancia, kardecismo francês e sociedades secretas.

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O libertador tem três opções ao se lidar com o passado geracional:
a) Lamentar-se;
b) Ignorar a história (tentar remar um barco ancorado);
c) Resgatar o indivíduo (Is 61.4), que é a função sacerdotal.

Tantas vezes o cajado de feitiçaria é passado de mão em mão por gerações dentro da família, e
quando uma pessoa encontra a Jesus, mas não quebra essa cadeia pode manifestar
consequências latentes: dons sobrenaturais, visão de espíritos, projeção astral, vozes e até
incorporação de entidades. Observa-se uma excessiva atração por manifestações espirituais,
perversão sexual e ocultismo em pessoas que seguiram caminhos do ocultismo ou se
envolveram direta ou indiretamente com o mesmo. Deve-se ter em mente que para cada tipo
de pessoa, satanás apresenta uma estratégia ocultista.

O ocultismo baseia-se um manipular o conhecimento, prazeres, obter favores, poderes


provenientes de uma fonte que não é Deus. Nota-se que tais pessoas têm uma idolatria
acentuada pelo poder, concupiscência por posição e títulos. E um ponto determinante para se
iniciar o processo de libertação é a confrontação desse indivíduo com esses problemas.

No livro de Atos capítulo 8 temos a história de Simão o mago. Simão se tornou um crente
batizado, sincero, discípulo e apoiador de Tiago e com grande testemunho. Mas Deus deu a
Pedro o discernimento da verdadeira motivação do mesmo – lucro (vs 21-23). O princípio maior
da feitiçaria é a manipulação sutil com visão em lucros.

Mas quando a pessoa está servindo a Deus com dons espíritas?

a) Profecia x adivinhação – a profecia divinamente inspirada acontece a fim de consolar,


edificar e corrigir, estando plenamente avaliada. A fim de se ter uma certeza plena de
que a profecia é de origem divina, ela tem que passar por cinco “peneiras” de avaliação,
pois existe uma diferença sutil entre adivinhação e profecia (Jr 14.14):

1. Caráter de Deus
2. Palavra de Deus
3. Princípios de deus
4. Conselho de Deus
5. Paz de Deus

A adivinhação é uma falsificação satânica da profecia veiculada por pessoas que já


se decidiram por Jesus, mas em sua maioria, tiveram algum contato com o
ocultismo.

Vejamos o exemplo da jovem pitonisa exorcizada por Paulo (At 16.18).


Esta jovem andou por muitos dias com Paulo antes dele adquirir entendimento
daquela possessão. Provavelmente aquela jovem se tornou cristã, mas ainda
praticava a adivinhação com intuito em obtenção de lucro. Nota-se que suas
adivinhações condiziam com a verdade de Paulo e Silas, o que aumenta a sedução
por esse “dom” satânico.

A adivinhação bajula e não encoraja ou confronta. Revela o passado ou presente


com motivações em manipular o indivíduo, exercendo um grande fascínio místico,
porém sendo vazia de verdade e espiritualidade, podendo gerar grandes conflitos.

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b) Ouvir a voz de Deus x audição de vozes e espíritos (mediunidade auditiva) –
inicialmente a pessoa pode se sentir especial, podendo posteriormente levar ao
sentimento de estar sendo perseguido ou até a esquizofrenia (confusão, loucura,
suicídio e homicídios).
100% dos casos de doenças relacionadas à esquizofrenia e psicopatia estão
relacionadas a algum tipo de abuso sofrido, rejeição ou ocultismo.

c) Visão Profética x olhos abertos (terceiro olho) (Sm 9.9) – as visões são comuns no
espiritismo oriental, consistindo na capacidade de enxergar o mundo espiritual através
da intervenção de entidades malignas.

d) Arrebatamento Espiritual x projeção astral (vasoura da bruxa) (II Co 12.2-4; Ap 4.2) –


é a forma satânica de sair do corpo a fim de vigiar, receber informações, realizar pactos,
etc.

e) Cura interior x regressão – muito utilizada pela parapsicologia através do uso da


hipnose, que é a manipulação da mente de quem hipnotiza, entrando na mente de quem
está sendo hipnotizado. Geralmente estas pessoas passam a ser possuídas por espíritos
malignos da linha de Moloque.

A Cura Interior só acontece quando alguém conscientemente respaldado pela


maturidade espiritual e com consciência da presença de Deus interage confrontando as
próprias feridas, crucificando a situação que o prende ao passado. Existem situações em
que o aconselhamento não vai ser efetivo, devendo-se chegar ao foco da infestação
através do processo de libertação.

Quando se observam os sintomas, uma dica importante.


é sempre estar atento às raízes de cada indivíduo.

Terapias Alternativas – consiste em catalisações de energias espíritas (cultura oriental) –


canalização de energias cósmicas, mas apresentam uma riqueza de conhecimento e práticas.

O sincretismo religioso dirige-se a evocação a ancestrais e energias, tornando-se uma ciência


alternativa aliada a falsas religiões.

Nas religiões da NOVA ERA acredita-se que o corpo tem uma “energia” que circula por todo
organismo por meio de vias específicas chamadas de “meridianos”. Energia yin (+) yang (-) - a
saúde é um equilíbrio entre essas energias.

Acupuntura – A acupuntura promove a estimulação das endorfinas através das agulhas, efeitos
paliativos da dor. (pode ser aprendida por forma não ritualística) ex: exercícios da yoga,
homeopatia. – o evangelho cabe em toda cultura (I Co 9.22).

A estimulação pelas agulhas deveria ter poder para equilibras as forças, mas abrem os pontos
de estimulação (xacras) que dão acesso aos demônios em muitas vezes as entidades demoníacas
não entram nas pessoas, e as manipulam de forma remota. A acupuntura pode principiar uma
infestação demoníaca.

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Obs.: Principado – controla o raciocínio de uma sociedade.

Energia vital – aponta para a interação entre espíritos humanos e demoníacos (controle).

Obs.: Meditação dentro da pirâmide (túmulo) produz energização demoníaca. O princípio da


meditação é abrir a porta de relacionamento com o mundo espiritual.

Nesses casos, o libertador deve procurar a Redenção da Cultura (eliminar o que é profano e usar
o que pode ser santificado para a glória de Deus).

Controle Remoto: Os demônios operam a pessoa remotamente, não precisam estar


nela, pois através da abertura de centrais de energia eles instalam uma espécie de plug
e por meio de antenas receptoras que são os xacras eles exercem controle da pessoa
sem precisar estar manipulando seu corpo. Fazendo com que a pessoa sofra uma
energização do controle externo de um principado (Domínio mental da sociedade).
A energização na verdade é uma interação entre o espírito humano e o demônio (II Co
7:1; I Ts 5:23), isto também é denominado dependendo da religião como:
• Áurea;
• Corpo Étero;
• Fluido;
• Serpente interior;
• Despertar da Kundaline;

Satanização da cultura – baseada no preconceito, não observando princípios benéficos de cada


prática. No Brasil deve-se abrasileirar a cultura. Separar o que é bom, saudável, estratégico para
resgatar o indivíduo para o bem da evangelização. A questão não é a ferramenta, é a maneira
como se usa. Importância de mobilizar culturalmente (falar do Evangelho de forma cultural).

II – Enfermidades repetidas ou crônicas sem diagnóstico médico claro especialmente


se são de caráter hereditário

Existe uma tendência teológica de relacionar o termo doença a propósitos orgânicos e


enfermidade aos espirituais (Mt 10.1).

Os demônios assumem forma de sintomas ou da própria enfermidade nos organismos das


pessoas. As enfermidades são caracterizadas por males que não podem ser diagnosticados por
médicos, geralmente estes procuram amenizar sintomas já que não chegam à raiz do problema.
Ex: insônia crônica, sonolência, convulsões, dor lombar, doenças congênitas (conotação
espiritual hereditária), etc..

Algumas enfermidades tem por base iniquidades que se aprofundam de tal forma que os
demônios têm acesso ao genoma humano.
Neste caso uma boa abordagem é a oração de confissão geracional.

III – Esterilidade Crônica (Os 9.11-17)

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O texto de Oséias se refere a um período de extrema idolatria e adultério por parte do povo de
Israel, o que tem como resultado um período de extrema infertilidade resultado de sua rejeição
a Deus.

Geralmente, pessoas atingidas por essa maldição têm raízes profundas na prostituição espiritual
(idolatria), não conseguindo iniciar nenhum projeto, mas quando iniciam não conseguem dar
prosseguimento (interrupções crônicas), o que leva a um processo de profunda frustração,
decepções, pondo em cheque a esperança.

A fertilidade é uma consequência natural de uma vida saudável, porém a esterilidade crônica
denuncia desordem, rebelião e morte espiritual. A pessoa se torna estéril e incapaz de gerar
filhos, projetos, relacionamentos, etc.. (todo o que tocam morre).

Mas o que evidencia esse tipo de perseguição:


1) Tendência ao aborto/aborto involuntário;
2) Histerectomia;
3) Problemas menstruais crônicos;
4) Esterilidade sexual, emocional, profissional;
5) Câncer de útero e mamas, etc..

IV – Quadro de desintegração familiar

A esfera familiar é um dos principais campos para se constatar as infiltrações demoníacas.


Grande parte dos esforços do inimigo está na desfragmentação familiar. Esta desprotege o
indivíduo, gerando uma situação crônica e precoce de destruição.

Alguns pontos devem ser observados:


a) Alto percentual de adultério, separações conjugais e divórcio (geracional);
b) Ódio, rupturas e inimigos da família em grande escala.
c) Cadeias familiares de inversão de papeis entre marido e mulher. Reflete um fracasso
espiritual do sacerdócio por parte do marido. Exigindo que se levante alguém que
possa levar à carga de libertação e interseção (se colocar na brecha), confessando
intercessoramente as situações que levam a desestruturação familiar.

V – Insuficiência econômica contínua – principalmente quando as entradas são


suficientes

A bênção de Deus não tem a ver com enriquecimento, e sim com responsabilidade.
este sintoma está relacionado à forma com que a pessoa se relaciona com o dinheiro (Gl 3.11),
colocando-o como senhor de sua vida o que leva a um desequilíbrio espiritual importante
(presença de Mamon = amor ao dinheiro).

Sintomas de perseguições espirituais na área financeira:


a) Perda e roubos frequentes;
b) Dívidas constantes;
c) Escravidão;
d) Incontinência financeira (dependência permanente ao crédito) e

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e) Enormes gastos desnecessários.

Todo tipo de compulsão incontrolável aponta para uma questão de exploração demoníaca
(consumismo, avareza – medo paralisante de passar necessidades, falência na família).
Mas tantas vezes o que falta é uma reeducação financeiro, onde há carência de planejamento
inteligente dos gastos.

Considera-se riqueza o fato de se gastar menos que se ganha, o que traz solução para a maioria
dos problemas financeiros, devendo-se notar a necessidade em se estabelecer prioridades na
hora de se avaliar o orçamento, segundo a seguinte ordem de importância:

1º Dívidas e obrigações (escravidão – Pv 22.7);


2º Necessidades (Fl 4.19) e
3º Vontades (Deus pode não ter compromissos com nossas vontades!).

Tantas vezes as prioridades são invertidas e o indivíduo se prende a uma cultura de juros que
reforça as cadeias.

VI – Situações crônicas de perdas repentinas, acidentes e cirurgias frequentes.

Observa-se muito em pessoas que tem histórico de prostituição espiritual, principalmente no


ocultismo (devotos de São Jorge (espírito de violência), kardecistas, etc..).
Nota-se que nas ditas “cirurgias espirituais” não há presença de sangue, por quê? Esse sangue é
drenado como moeda espiritual para a realização do pacto feito durante o procedimento.

VII – Fracasso crônico associando a história de suicídios

Toda vez que uma pessoa tenta suicídio, esta se torna cada vez mais refém dos espíritos de
morte (pacto com espíritos do fracasso), estabelecendo um pecado pessoal e geracional de
fracasso em toda sua linhagem.
Neste caso notam-se na família inúmeros casos de depressão que levam a uma compulsão pela
auto-aniquilação.

VIII – Ira incontida associada à história de homicídio e crises na família

O homicídio evoca um espírito de perseguição e prisão, produzindo dívida espiritual e pessoal


(Nm 35.19 – Vingador de sangue).
O espírito de morte se manifesta de várias formas na descendência da pessoa, levando a
opressão, violência e ira (II Sm 3.26-29 perseguições: Flux hemorrágico, necessidade de andar
de muletas, invalidez, problemas de pele, morte em guerra, pobreza).

IX – Insanidade e colapsos mentais crônicos e cíclicos (Tg 4.8)

Múltiplas personalidades (múltiplas entidades), tristeza crônica, fobias, colapso nervoso e


internações psiquiátricas, são exemplo de sintomas, cabendo ao libertador avaliar cada situação
sob vários aspectos (ambiental, espiritual, mental e físico).

Quando se trata especificamente de vícios (drogas, álcool, etc..), deve se ter cuidado para não
se rotular preconceituosamente a pessoa, observando que uma abordagem sistêmica familiar
tende ser mais efetiva na libertação.

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Associado a desordens espirituais tais como: Idolatria e Feitiçaria

Todo este quadro se agrava quando associado às influências de idolatria e feitiçaria.

X – Períodos de memória da infância apagados e tendência ao surto

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Geralmente a auto-amnésia está relacionada a abusos cometidos na infância, principalmente
incestos de origem paterna. O organismo do indivíduo tenta superar o trauma apagando a
memória de determinada fase, e quando essa memória é acessada em qualquer momento, a
pessoa pode entrar em surto.

O surto é um mecanismo de defesa mediante traumas fulminantes que podem perdurar por
hora ou dias, devendo-se estar atentos para o limite de cada pessoa durante o processo de
libertação (abusos do libertador).

Nestes casos os aspectos psicoemocionais se mesclam com os espirituais, pois durante o surto
psicótico a pessoa sai de sua realidade o que dá acesso à infestação demoníaca. Para a pessoa
ser tirada do surto deve-se levá-la em Deus a enfrentar o seu passado.

Conceitos:
Neurótico – Quando a pessoa constrói um mundo onde evita a dor, criando uma nova
realidade.
Psicótico - A pessoa constrói um novo mundo e vive nele.

Tesouros da obscuridade – os cadeados que satanás põe na vida das pessoas ficam em áreas
obscuras.

XI – Transferência familiar de comportamento e vício – Atuação do Espirito familiar

Quando se observa claramente o mesmo problema com características idênticas migrando de


uma pessoa para outra dentro da família, ex: alcoolismo.
Neste caso tantas vezes a pessoa aceita a Jesus, os seus espíritos malignos podem ser
transferidos para outro membro da família. Quando Jesus refere-se a espíritos imundos que
retornam para a pessoa, a palavra “casa” se refere a “geração (Mt 12.43-45)”. Portanto, quando
há esse tipo de manifestações deve pensar de forma geracional e sistêmica.

XII – Quadro familiar crônico de mortes prematuras viúves e perda de filhos

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Pode estar relacionada à adoração de espíritos de morte, sendo caracterizada por mortes
estanhas de caráter repetitivo e morte de primogênitos. Um exemplo disso está na figura de Eli
(I Sm 2.33,34). Ele não teve força moral para afastar seus filhos do ministério.

Quando não se corrige os filhos a tendência é a destruição da próxima geração, devendo haver
discernimento para o uso da disciplina.
Os casos de rebelião contra pais também configuram importantes portas para a morte
prematura, pois se convergem em desonra.

XIII – Cadeia pecaminosa de caráter hereditário (Mt 23:25-36)

Deve-se fazer uma varredura de 3 ou 4 gerações anteriores, fazendo constatação da cadeia


deve-se aplicar a libertação direcionada ao foco de infestação. As perguntas que cabem são:
Veio de quem? Onde começou? Omo isso foi plantado?

XIV – Problemas anormais e desvio na área sexual

O casamento significa uma emancipação espiritual, emocional e financeira sob as bênçãos dos
pais, estado e sacerdotais.
Quando se trata ao sexo, a tendência demoníaca é hipervalorizar (sexo) ou desvalorizar
(casamento), (Os 4.11-19; Cl 3.5), invertendo os valores e a ordem de importância que devemos
dar a cada um deles. As limitações bíblicas quanto ao sexo estão limitadas a perversão, sodomia
e sexo extraconjugal, não se fazendo limitação enquanto durante o casamento (Rm 1.26,27).

As duas variáveis relacionadas ao sexo no casamento são:

1ª Qualquer tipo de intimidade fora do casamento tem natureza pecaminosa e com toda
certeza, trará consequências desastrosas espirituais, emocionais e sociais. No casamento o sexo
envolve todo o corpo, por se tratar de um processo eminentemente mental, além do físico (I Co
7.4).

2ª Consenso. Quando não existe consenso, abre-se a porta da violência, e onde há


violência há sofrimento. O libertador não pode estabelecer doutrinas no que se refere à
intimidade sexual do casal (abuso espiritual) (Rm 14.22).

Observando que o sexo anal, muito embora não exista uma proibição bíblica, deve ser abolido
por apresentar impossibilidades orgânicas, fisiológicas e higiênicas (I Co 6.12,13).

Mas quais são os principais sintomas nesta área:

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a) Tendência ao homossexualismo – forte atração por pessoas do mesmo sexo e
nenhuma pelo sexo oposto.
Deve-se fazer uma distinção clara ente atração (aspecto hormonal) e a intenção
(aspecto pecaminoso) Toda área relativa ao desejo deve ser governada.
Transexualismo – quando o indivíduo não aceita o seu sexo e deseja mudá-lo.
Sentimento de inadequação sexual (ódio de Deus).
Travestismo – prazer em trajar-se como o sexo oposto. É uma consequência do
transexualismo.

b) Desejo sexual desordenado – o desejo sexual é uma faculdade natural de qualquer


ser humano e os principais desequilíbrios são:
1. Neurose sexual – exagero (idolatria) que se fundamenta num apetite sexual
descabido. Geralmente essas pessoas tem uma potencialização sexual
demoníaca.

2. Impotência e frigidez (sem diagnóstico médico claro) – podem ser relacionados


a adultério oculto, abuso sexual na infância (fortaleza demoníaca), impotência
masculina (feitiçaria e imoralidade sexual – pornografia).
Pergunta: “Você se lembra de algum gatilho que possa ter gerado esse
distúrbio?”.

c) Feitiçaria sexual – envolvimento direto ou indireto com ocultismo a fim de receber


favores sexuais (espírito de sedução), pode levar a uma capacidade sobrenatural de
sedução sentimental e sexual. É comum notar que essas pessoas se obstinam por
outras, mas quando consegue o que querem, tal sentimento é seguido de rejeição
(defraudação, imoralidade).

d) Sexolatria, pornografia e masturbação – com a crescente erotização sexual já não


existem limites para as fantasias sexuais humanas, levando a um vício por fantasias
sexuais. É comum muitos procurarem a Santificação pelo Túmulo, o que denota uma
falta de fé, onde uma fortaleza (área de desesperança) espiritual culmina na queda
e destruição de muitos ministérios.

e) Sonhos eróticos constantes e relações sexuais espíritas – abordagem sexual por


espíritos demoníacos. Tem como fatores comuns:

1º Legado de imoralidade e perversão sexual na família (homossexualismo,


incesto,...).
2º Bestialidade (sexo com animais) – ligação de alma e pactos de sangue (casamento
com espíritos demoníacos).
3º Rituais de feitiçaria.

f) Exibicionismo – desejo anormal de exibir órgãos sexuais (defraudação), relacionada


à perda de contato com o pudor e sedução pela vontade de seduzir (Gn 3.21; Ml
3.5).
O homem tem característica à autoridade, já a mulher a influência. Toda influência
de sedução é uma tentativa satânica em desmoralizar através da cobiça,
colecionando desejos (Pv 11.22; I Tm 2.9). “Não se pode provocar um desejo que
não pode ser satisfeito”,

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g) Fetichismo sexual – fixação de interesse sexual em parte do corpo ou objetos
(aprisionamento).

h) Masoquismo – desejo extremo de obter prazer através da dor – essência da


blasfêmia e perversão a pessoa humana.

i) Pedofilia – atração sexual por crianças que gera abuso violento e ameaçador
(experiência do agressor), geralmente advinda de uma pessoa que sofreu abusos
sexuais na infância, o que leva a morte familiar, passividade emocional (mordaça)
que é o coração da depressão (sentença espiritual de morte).

CAPÍTULO II

MAPEAMENTO ESPIRITUAL
É construído através da habilidade de percorrer a distância entre os sintomas e as causas de
maldição sendo guiado pelo espírito de deus, através de entrevista, pesquisa e a revelação de
deus, estabelecendo o diagnóstico correto para cada sintoma. Existem duas rotas de
mapeamento:

a) Entrevista (pesquisa) – visa levantar informações de qualidade através de um


processo investigativo que trarão subsídios suficientes para obtenção do
diagnóstico preciso, o que é fundamental no processo de libertação.

Deve-se ter cuidado para interpretar os sintomas sob uma perspectiva territorial e
pessoal (sistêmica) de tal forma que esse discernimento nos ajude a desvendar o
alvo da libertação, entendendo as culpas e causas existentes no processo.

Deve-se proceder com uma cosmovisão espiritual através de uma confissão


inteligente, pois quanto melhor um quadro de perseguição é mapeado, maior é a
eficácia da intercessão (objetividade).

Deve-se ater a relevância da função investigativa sacerdotal (Levíticos), evitando


confusão e um pastoreamento ineficaz (lei da lepra, homicida, praga,...).
Observando que a lei cerimonial tem o objetivo de ensinar uma verdade mais
elevada. Ex: mancha lustrosa que sobe na pele – orgulho.

O libertador deve proceder com uma análise sábia, tendo apetite pela pesquisa.
Observando que as perguntas certas induzirão a um processo mais rápido e preciso,
para tanto ao ouvir o indivíduo, deve-se estar atento à voz do Espírito Santo.

Assim se trará a luz tudo que esteja sob jurisdição do príncipe das trevas, já que os
demônios tentam colocar as verdadeiras causas dos distúrbios longe da visão.
Deve-se praticar uma escuta ativa, se dedicando a entender o problema do ponto
de vista do indivíduo (empatia), tendo cuidado com as comparações com
experiências pessoais. Eliminando viseiras culturais, preconceito e discernindo com
sabedoria e compaixão.

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O mesmo princípio de mapeamento para pessoas serve para cidades, regiões e
Igrejas, já que todos estão sob uma identidade jurídica (principado) que deve ser
identificado. Ex: busca em museus.

b) Revelação – a essência da revelação está na dependência de Deus (alavanca da


revelação) – alma do mapeamento. A pesquisa deseja a revelação e vice-versa.
A revelação de Deus é mais importante que a informação por atingir lugares de
obscuridade. O mundo espiritual geralmente não é imediatista, mas é
extremamente preciso.
Ex. Caso dos Gibeonitas (II Sm 21.1). Davi como herdeiro de Saul, assumiu um trono
manchado de sangue, necessitando de um processo de crucificação, pois os
princípios da quebra de maldição estão no sangue por sangue, vida por vida. Ex.
Igrejas com histórico de pecados crônicos.

Perfil do Mapeador (Js 2)

O processo de retirado do indivíduo do mundo transporta-nos a saída do povo de Israel do Egito,


onde Deus julga através das dez pragas, cada uma das divindades desta nação. Já o deserto,
compreende um período de mudança espiritual, a fim de reconhecer valores e estar pronto para
a terra prometida.

Com a passagem do Jordão com Josué (tipo do Espírito Santo), temos a conquista da terra (alma),
através do confronto a barreiras, colocando seu pé em cada uma dessas áreas de nossa vida.
A ausência do inimigo em Israel sempre esteve relacionada à presença de Deus.
Canaã faz referencia a qualidade de vida que se pode ter na presença de Deus, mas que depende
de nossas conquistas, que não serão imediatas, mas progressivas. O processo de libertação da
alma depende de perseverança.

Princípios do mapeamento:

a. Maturidade Sacerdotal;
b. Condicionamento Espiritual;
c. Unidade (parceria – Hb 12.14);
d. Respaldo (cobertura) (papel da Igreja e sacerdócio);
e. Discrição (lealdade, livre da concupiscência de reconhecimento) e.
f. Saber encarar o inimigo sem supervalorizá-lo.

Verbos do Mapeamento

Andar – capacidade pastoral investigatória de percorrer toda a terra (moral, espiritual,


física,...) sabendo discernir e identificar o problema em cada área. Mobilizar-se através
das mazelas e ruínas da alma através da compaixão (território dos milagres) (Ne 2.11-
20; Lc 10.30-37).

Observar – fazer a leitura correta da situação, obter informações necessárias,


valorizando os detalhes importantes, desenvolvendo um espírito investigatório.

Como tratar com as “Jericós” (fortalezas da alma) – a base das libertações é identificar as
fortalezas da alma de cada pessoa. Ex: Relação com lideranças, lugares que as pessoas não
desejam confrontar.

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Entrar nas fortalezas – entrar em áreas fragilizadas (culpa, sofrimentos, desproteção, etc.) que
são defendidas pelo racionalismo (“eu não consigo mudar”). Elementos que não são verdades,
identificando as naturezas internas da fortaleza (casa de Raabe). A base da fortaleza é a raiva e
culpa baseada em feridas.

Saquear a fortaleza – a pessoa que está sendo liberta tem que hospedar (abrir todos os
cômodos) para o libertador. Tudo tem que ser trago à luz.

Na conquista de cidades deve-se observar o princípio da resistência, não se arromba os portões


do inferno, mas se abrem as portas através das chaves (princípio de concordância) (Mc 16.18).

A) Mapeamento Pessoal – é a grande chave de mudança de um território. A libertação


pessoal começa a refletir em todas as áreas da sociedade. No mapeamento pessoal devem-se
considerar três campos:

Herança – parte da análise de abusos, heranças, traumas, feridas, etc.. Abrangendo toda a
história familiar (3 ou 4 gerações) até a idade da razão (por volta dos 6 ou 7 anos).
A criança ainda não tem uma responsabilidade direta sobre os acontecimentos, sob os seguintes
aspectos:

1) História familiar (3 ou 4 gerações) – Deus se relaciona pessoalmente e


geracionalmente conosco. Deus honra os antepassados (pecados, promessas).
Todas as ações produzem uma herança geracional correspondente. Na Bíblia não
existem informações casuais (Ex 20.5).

Deus está estabelecendo a esfera de mapeamento de nossas heranças espirituais,


afirmando que tudo que está acontecendo nessa fase, está relacionado a fatores
que não foram redimidos até esse período. Ou seja, tudo que não foi resolvido
aparece nas três ou quatro gerações.

Quando se tem um mal agregado vai se produzir um sintoma (distúrbio,


perseguição, situações que não foram redimidas). Esse período é a esfera de
mapeamento baseado em nosso poder de observação.

Deve-se observar o Princípio Sacerdotal da Confissão das Iniquidades Geracionais


que é a resposta bíblica para lidarmos com as iniquidades geracionais. Iniquidades
não redimidas funcionam como ancoras que limitam ou prendem as futuras
gerações. A ignorância quanto à confissão de iniquidades alimenta uma ignorância
que deixa a descendência refém dos mesmos comportamentos, um tipo de
memória coletiva que estabelece práticas pecaminosas como cultura familiar.

Vale ressaltar que todos os homens que Deus separou como intercessores fizeram
essa confissão sacerdotal inteligente (Dn 9.6,17). Até quantas gerações nós
devemos confessar as iniquidades? 10 a 14 gerações (Dt 23.2-3; Mt 1.17).

Deus demorou 14 gerações (de Abraão até Davi) para construir uma nação que seria
um agente redentor na terra. Após a morte de Davi iniciou um processo de
decadência espiritual (14 gerações), propagação de iniquidade através da idolatria,
que culminou na destruição do povo (cativeiro).

Neste período não houve intercessores por isso as dez tribos de Israel não foram
recuperadas (Ez 22.30). Já no cativeiro babilônico houve intercessores, o que

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culminou na restauração. Jeremias entendeu o tempo de cativeiro que foi
discernido por Daniel que passou a interceder.

Durante o processo intercessório, deve-se procurar inspiração e bom senso para


delimitar esfera geracional de intercessão. Ex: Caso se veja um padrão de iniquidade
baseado na bastardia, pode-se sacerdotalmente estender essa confissão até 10
gerações.

Princípio do Yom Kipur (Festa dos Tabernáculos - Ne 9.1-3) – confissão corporativa


das iniquidades geracionais (Lv 23.26-32) estabelecendo um concerto memorável
com Deus. Estatuto perpétuo para a cultura judaica (dia do perdão).

Todos os pecados são confessados porque os participantes representam todos os


judeus e suas gerações de antepassados. Todo crédito de injustiça é quebrado e
toda arma do diabo é retirada. Para derrubar as forças de satanás sobre a família
deve haver uma confissão cerimonial (II Cr 7.14).

Toda Igreja deve fazer uma confissão corporativa de todos os pecados da Igreja e da
família. Obs.: A fim de se estabelecer doutrinas deve-se recorrer à prática a partir
da harmonia bíblica.

2) História da concepção – âmago da gênese espiritual de uma pessoa. Toda


concepção envolve um pacto de sangue (relação sexual). Todos os fatores orbitam
sobre o eixo da aliança do casamento. Podendo advir vário problemas que irão pesar
na história da pessoa:

Se a criança foi gerada na fornicação, incesto, adultério (bastardia) ou em um útero


que já praticou o aborto (túmulo do irmão). Observa-se essa herança de nascimento
na história dos inimigos de Deus (ex. Moabitas e Amonitas).

Quando Israel entrava em luta com Moabe e Amon, a luta era perigosa. Quando
Davi pecou com Betseba, assassinando a Urias, a guerra era contra os Amonitas
(perversão sexual). O adultério de Davi tinha a ver com a origem do inimigo.

3) História da Gestação – história de prematuridade provocada pode estar relacionada


a planos frustrados e interrupções súbitas, estabelecendo um padrão de
perseguição (espírito de morte – aborto).

Dá-se o processo da formação sob todos os aspectos da formação humana, o tipo


de ligação intrauterina estabelece parâmetros fundamentais para os
relacionamentos da criança. A maneira com que os pais se relacionam com o feto já
está determinando fatores espirituais e emocionais.

Traumas nesta fase podem produzir consequências sérias. Muitas formas de


injustiça e violência podem pesar negativamente na formação orgânica,
psicoemocional e espiritual. Nesta fase é que satanás intenciona sabotar o processo,
colocando contra a criança as pessoas que deveriam mais preservar sua existência.

É na fase que Deus constrói e planta, escrevendo nossos dias (Sl 139). Ex: situações
de rejeição, abandono, espancamentos ou tentativas de aborto podem gerar
consequências graves para o indivíduo.

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4) História do Nascimento (Parto) – é o momento crítico do nascimento, envolvendo
traumas pela mudança de ambiente e uma travessia dolorosa (pacto de sangue
entre mãe e filho- “no parto nasce à mãe”). Nesta situação a mãe ou pessoas
envolvidas no processo podem fazer evocações ou promessas (idolatria) que levam
a formação de pactos que podem influenciar a criança espiritualmente.

5) História da Infância até Idade da Razão (de 6 a 7 anos) – fase que envolve o
processo inicial de amadurecimento e aprendizagem. O pacto de sangue entre mãe
e filho durante o parto é reforçado na amamentação (sangue branco – princípio
ativo de vida). Surge uma profunda afeição e sentimento de proteção atinge os pais.
Nesta fase o indivíduo ainda não tem a habilidade de responder o que é bom ou mal
e de se proteger.

Abusos emocionais, maus tratos, abusos sexuais, abandono e consagração a


entidades devem ser considerados nessa fase. Cada palavra frívola dos pais legaliza
uma ação demoníaca correspondente.

Tabela de desenvolvimento cerebral:

Maturidade Cerebral
Nascimento 25%
1,5 anos 50%
4 anos 75%
6 anos 90%
17 anos 100%

Traumas na primeira infância são mais perigosos no campo da herança.

I) Responsabilidade – o homem é um ser espiritual, dotado de responsabilidade (livre para


tomar decisões). “Nossos pensamentos determinam nossos feitos, nossos feitos determinam
nossos hábitos, nossos hábitos determinam nosso caráter, nosso caráter determina nosso
destino” (Coty). Nossa responsabilidade se determina pela luz que há em nós.
A ignorância não nos isenta das consequências da quebra da lei. Quanto mais ignorante o
indivíduo se torna, mais sofrimento existe. Deus não nos tem como criaturas que não tem
responsabilidade por seus atos.
Os lugares da terra de maior sofrimento são os lugares de maior ignorância espiritual. A
responsabilidade passa a vigorar a partir da idade da razão. No decorrer da vida as escolhas
podem gerar muitas cadeias espirituais. O caráter é o resultado de todas as escolhas da vida.
Nos sempre temos uma escolha apesar de toda influencia que o indivíduo possa sofrer.
Ex: Existem três maneiras erradas em se reagir mediante as cargas de rejeição: auto-rejeição,
rebelião ou manipulação, o que pode construir cadeias de iniquidade.

II) Territorialidade – “... não dar lugar ao diabo...” (Ef 4.27). A palavra lugar nesse texto é
“topos” que significa jurisdição. A exemplo disso o pecado de Adão amaldiçoou toda a terra (Gn
3.17), da mesma forma o assassinato de Abel por Caim trouxe maldição sobre a terra (Gn 4.12).

Muitas vezes se faz um mapeamento na pessoa sem sucesso, o responsável pode ser a questão
territorial. Assim como uma pessoa pode estar endemoniada, uma propriedade pode estar
também. Crimes, rituais de ocultismo, aborto, sacrifícios, podem trazer perturbações para um
território. Autorizando a instalação de influencias demoníacas limitada aos termos territoriais.

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Deve-se trabalhar com a redenção do lugar, onde entra a função sacerdotal. A conquista de
cidades deve partir do princípio de demarcação territorial. Os demônios demarcam o território
de influencia com sangue. Deve-se mapear onde estão os altares, onde tem sangue derramado
constantemente (prostíbulos, motéis, clínicas de aborto, encruzilhadas, praias, centros espíritas,
etc..), levantando um time de líderes responsáveis para formar um perímetro intercessório
sacerdotal, aonde os pastores vão a esses lugares pedindo perdão intercessoriamente as
injustiças e iniquidades – compadecer ternamente, desfazendo a demarcação do território.

Quando os pastores se unem na terra, os demônios se desorganizam. No mapeamento de um


território deve-se estudar a história da cidade, chacinas, pecados da Igreja, derramamentos de
sangue, etc.. O primeiro passo deve ser a busca da carta de Deus para a sociedade (base da
redenção da terra) assim como em Apocalipse capítulos 2 e 3, trabalhando com a essência do
problema.

A confissão deve ser feita pelos sacerdotes em um movimento de unidade.

Estabelecendo altares

O estabelecimento de altares consiste num ato fundamental a fim de se determinar a jurisdição


(topos) sobre uma região.
- Tomando posse de territórios (Gn 12.8)
- É um ato que transcende o tempo humano (Gn 28.11-20)

Altar da Família (Gn 22.7)


- Estratégia Demoníaca para a família
- Ensinamento ou Legado (Dt 6.9)

Manifestações

Outra questão de relevância numa libertação é a questão de princípios e manifestações. O que


é mais importante num processo de libertação são os princípios usados no processo, mas não
desprezando as manifestações. Porém não se podem avaliar o nível de eficiência de um processo
pelas manifestações que ocorreram ou deixaram de ocorrer.

Pode haver manifestações sem libertação.

O ponto chave que se baseia uma libertação são nos princípios exercidos com sinceridade e
coerência. As manifestações podem não ser confiáveis, podendo se tornar em laço quando
supervalorizadas. Jamais se deve pensar que a manifestação é mais importante que a atitude de
se andar por fé e obediência.

Um aspecto fundamental da libertação é saber fazer leitura das manifestações, sendo que estas
podem ocorrer no intercessor.

Existem três ministérios relacionados a manifestações:

a) Investigar – dependendo do sintoma, sob a orientação do Espírito Santo, deve-se ater a


tal sintoma, aprofundando mais no assunto. Pode ter função de orientação ou

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confirmativa. Existem ganchos em que as manifestações se prendem. Enquanto esses
ganchos não são discernidos a libertação pode estar comprometida.

Dependendo do sintoma da manifestação ele contribuirá por confirmar a libertação.


Quando a pessoa se coloca na libertação e confissão ela se coloca como válvula para a
libertação da geração – princípio da crucificação, o que pode aparecer através das
manifestações.
Ex: tentativa de suicídio – pacto de sangue com espírito de morte.

b) Vigiar – assim como Deus pode permitir uma manifestação como útil, o diabo também,
portanto deve observar as manifestações com cuidado. Deve-se ter cuidado com a
soberba.

c) Confrontar – a manifestação pode ter caráter profético de edificação das pessoas


participantes, inclusive o próprio libertador. O libertador pode sofrer manifestação por
estar identificada com a pessoa que está sendo liberta. Deve-se entender o caráter
profético das manifestações.

CAPÍTULO III

CAUSAS DA PERSEGUIÇÃO
Deve-se percorrer a distancia entre os sintomas e as causas, e posteriormente percorre a
distancia entre as causas e a cruz. Identificando as causas deve-se proceder com o processo de
crucificação.

Considerando que a Cruz é o fato da morte de Cristo, mas esta só tem efeito quando se torna
um verbo no qual começa um processo de morte através de um confronto adequado com as
causas das maldições, trazendo o efeito da crucificação para a prática na vida do indivíduo.
Neste caso o resultado esperado é a ausência dos sintomas. Ex. roubo – deve haver
arrependimento com restituição.

Faz-se necessário então um processo de avaliação que deve buscar comparar os sintomas antes
e os residuais, construindo um processo de entendimento da situação real do indivíduo.
Os princípios da bênção e da maldição foram estabelecidos por Deus. O problema maior são os
problemas relacionados ao envolvimento com a desobediência. Nossa responsabilidade não
está acima da nossa filiação. O pecado nunca está isolado da maldição.

Vamos considerar as principais causas de perseguição (Mal EM AÇÃO):

A) Iniquidade dos Pais – Herança Familiar – nós carregamos a benção e a maldição de


nossos antepassados. Pelo fato de lermos a Bíblia a nossa cosmovisão cultural
ocidentaliza, acabamos ignorando a lei da herança.

As heranças hereditárias implicam em um conceito estranho de justiça porque não se


refere ao merecimento e sim ao testamento. O próprio princípio da salvação está
baseado nisso, sacrifício de Cristo que deixa a primogenitura para se tornar herdeiro e
nos incluir na herança.

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Os nossos pecados vão autorizar repercussões de natureza equivalente em nossa
descendência. A nossa obediência vai construir um entesouramento de heranças para
nossa descendência. Ex: Na parábola do credor incompassível (Mt 18.25) toda
geração sofre pela dívida do indivíduo (situação de escravidão).

A irresponsabilidade de um indivíduo em adquirir uma dívida espiritual pode geral


PERSEGUIÇÕES para a família (Lv 26.38,39; Nm 14.33; Is 14.21). A lei de
responsabilidade geracional é imutável (Mt 23.35).

A iniquidade embute dois princípios básicos:

1) Pecados não redimidos ou nunca confessados que se repetem a cada geração;

2) Castigo que os pecados acarretam para as gerações futuras. Ex: Porque os filhos de Israel
permaneceram por mais de 430 anos no Egito? Durante a fome em Canaã, Abraão vai ao
Egito, se estabelecendo. A mentira de Abrão causou grandes pragas no Egito, daí Abraão
se dá conta que seu lugar não era aquele. Os pecados dos reis de Israel são consequentes
da ação de reis anteriores, não havendo intercessores para que não houvesse destruição.

B) Quebra de Alianças – apresenta quatro aspectos principais:

a) Adultério (Ml 2.6) – é o rompimento da aliança, trazendo espiritualmente uma


pessoa estranha para dentro do casamento, observando que o repúdio é precedido
pela infidelidade. Não somente a presença emocional do amante, mas também uma
perturbação demoníaca – desentendimento, contaminando o leito, produzindo
inibição, interrupção ou aversão sexual pelo outro. A infidelidade a uma aliança
constitui o adultério (emocional, espiritual, etc..).

Mas quais são as implicações do adultério:

1 – Inibição ou Aversão Sexual;


2 – Cria uma suscetibilidade de adultério para o cônjuge;
3 – Embute o princípio ativo do escândalo e decepção.

Ser infiel ao casamento é ser infiel a Deus. Autoridade e testemunho são alcançados. O que
limita o serviço de uma pessoa é o testemunho, já o que limita a posição de governo é o governar
o lar.

b) Divórcio – a carga de um divórcio pode destruir gerações. Ex: conflito entre


descendentes de Ismael e Isaque tiveram início no repúdio de Abraão a Agar (Gn
21.14,15). O divórcio evoca um espírito de morte, afetando todas as áreas da vida.

O casamento é o principal teste para a maturidade, envolvendo um pacto de sangue,


portanto uma pessoa que fracassa em governar a família não pode governar a Igreja (I
Tm 3.4). A lei do divórcio foi produzida pelo repúdio. O contexto do ataque de Jesus ao
divórcio estava na liderança religiosa. Deus jamais instituiu a separações de casais, mas
diante do coração do homem, Moisés fez uma legislação pertinente para tal,
formalizando a situação.

A lei do divórcio não tem um caráter autorizativo e sim normativo, não isentando a
pessoa das maldições do mesmo. No aconselhamento tenta-se minimizar as seqüelas
do mesmo. O repúdio envolve a rejeição, ódio, separação, indisponibilidade de

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reconciliação, do adultério que advém da dureza do coração. O divórcio é o documento
que formalizou a decisão de repúdio (Mt 19.9).

Mesmo em caso de adultério, deve-se tentar de toda forma resgatar o casamento.


Observando que o divórcio é aconselhado em casos em que a vida de um dos cônjuges
está em risco. Quando a Igreja toma um processo de retorno ao casamento desfeito
logo que há a conversão é um ato que pode provocar a morte espiritual do indivíduo.

A lei mosaica implica na possibilidade de outro casamento. Não podemos ignorar essas
situações, mas esse fato nunca foi à intenção inicial de Deus, deixando diversas
heranças.

Não se deve endossar o divórcio. Hoje convivemos com dois extremos:

▪ Divórcio sem Culpa – há a necessidade de confronto e nova conversão.


▪ Condenação taxativa do segundo casamento – o divórcio pode se tratar
de um processo altamente redentivo. Ex. o divórcio de Deus (Antiga e
Nova Aliança – Jr 3.8). Deus não se viu alternativa a não ser formalizar
o divórcio.

c) Filhos Bastardos – forma de quebrar alianças. Concepção de filhos em detrimento


da aliança do casamento gera rejeição. Instala-se uma influencia demoníaca que
produz uma resistência do indivíduo em incluir-se na família. Trazendo uma
perseguição na área sexual, muitas vezes traduzida pelo homossexualismo. Pode
produzir um impacto social até a 10ª geração.

d) Apostasia (com o próprio Deus) – em Deuteronômio capítulo vinte e oito elenca as


maldiçoes que vem como consequência da apostasia. É denominada como
prostituição espiritual, evocando castigo e declínio espiritual da comunidade.
Pessoas apóstatas se tornam bem piores do que antes de conhecer a verdade.
Tendo como consequências a loucura, medo, pavor, pânico, falência da alma, etc.
(Lv 26.36).

C) Idolatria – todo pecado é a violação de um tipo de relacionamento, mas a idolatria (fé


desvirtuada) é um pecado contra o próprio Deus. Constitui-se como uma injustiça terrível
a grandeza de Deus, existindo duas maldições impostas:

• A pessoa se torna tal como o ídolo (permuta de identidade) – a pessoa se torna cega,
surda, inútil e insensível como o ídolo. Quanto mais o ídolo se torna ativo para a
pessoa, tanto mais a pessoa se torna embrutecida e passiva (Sl 115.4-8).

• Engano (desproteção espiritual) – sempre que vamos a Deus inspirados pelos ídolos
de nosso coração, isso vai nos ser pó laço (determinar coisas para Deus).

Normalmente as coisas que as pessoas estão pedindo fazem mais mal que bem (Ez 14.4). Na
idolatria o próprio Deus endossa o engano de nosso coração (juízo). Usando essa brecha, muitas
entidades demoníacas se camuflam nos ídolos.

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Na idolatria as pessoas buscam favores a não ser em Deus, mas o que acontece é que as
entidades levam a resultados de natureza oposta, o que leva a uma maior dependência com os
ídolos. Ex. devotos de santo Antônio são vítimas de solidão e divórcios, etc..

D) Rebelião contra os Pais - todo comportamento inspirado por desprezo com os pais é
altamente amaldiçoante (Dt 27.26). Agressão verbal uso de drogas, desobediência,
casamento sem consentimento, etc.

Podem levar a consequências:

• Situação crônica de desgraça (Lc 15.14) – alfarroba (sinal da graça de Deus) – toda
pessoa que desonra pais e mãe comunga de escassez.
• Cegueira e maldição (Pv 20.20) – perde o senso interno de direção, desprovida de
discernimento, incapacidade de tomar decisões.
• Morte prematura (Ex 20.12) – contraposição à promessa do decálogo.

Caracterizada por perdas e mortes prematuras. Existem dois princípios:

1. Honrar – é incondicional, a rebelião a pais é fatal, levando a graves


consequências;
2. Obedecer – é condicional a vontade de Deus, ser leal a verdade.

E) Pecados Encobertos – todo pecado encoberto funciona como âncora que trava o
crescimento (Pv 28.13). Afastam-nos e nos impedem de alcançar misericórdia de Deus e
das pessoas, nos privando da graça de Deus. Destrói a estrutura da vida produzindo
resistências que superam nossas forças (Sl 32.3). Destrói a estrutura moral, sentimental
e espiritual. A pessoa permanece debaixo da sentença do pecado (I Jo 1.7).

F) Falta de Perdão (raiz de amargura) – é um grande trunfo de satanás. Se oferecermos a


pessoa uma graça aquém daquela que o SENHOR nos oferece, estamos praticando
injustiça. Jesus confronta a falta de perdão na parábola do credor incompassível (Mt
18.21-35).

No reino de Deus sonegar perdão é imperdoável, tendo como consequências:

• Envenenamento emocional (mágoa – água podre) – a saúde emocional é


prejudicada. A mágoa produz amargura – toxinas infecciosa e maligna. Quando não
se perdoa alguém é como tomar veneno torcendo para que o outro morrer (suicídio
emocional). Processo de autodestruição emocional.

• Relacionamento aprisionado – conduz a liberdade ou prisão emocional quanto mais


amarguramos a pessoa, no aproximamos emocionalmente da pessoa. Uma das
principais ligações iníquas entre almas é a inimizade. O centro das decisões se torna
a pessoa odiada. Somente o perdão pode afastar essa pessoa de você.

• Não seremos perdoados (apostasia) – cria a condição de não ser perdoado (Mt
6.14,15). O perdão é condicional. Quando se sonega perdão a alguém, a pessoa se
afasta da graça de Deus, podendo perder a própria salvação. Não perdoar nos leva a

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uma condição crônica de condenação. Geração pós-cristã – geralmente está baseada
em uma história de amargura.

• Condenação – quando não perdoamos, estamos condenando, nos tornando


vulneráveis para praticar o mesmo mal. Os nossos principais erros são os que mais
temos dificuldade de perdoar (Rm 2.2). Fazer listas: pessoas que nos prejudicaram e
pessoas que fizemos sofrer. A grande chave para perdoar é ver como se tem errado.
Não existe uma verdadeira santidade sem o compromisso com o perdão.

• Libertação de juízo - Tornamos-nos condenados pelo nosso próprio padrão de


julgamento (I Co 11.28).

G) Jugo desigual (Ml 2.10-12) – o jugo desigual é uma aliança espiritual com demônios
consolidada através de sociedades e casamentos. Pode-se trazer a influência de espíritos
que acompanham a pessoa, podendo levar a apostasia.

Devem-se considerar quatro peneiras antes de se casar ou estabelecer sociedades:

1) Aceitar o deus da pessoa – quando se faz uma sociedade, traz a cobertura


espiritual dessa pessoa para um lugar de autoridade;
2) Valores da pessoa (cobertura moral) – valores corrompidos farão com que a
sociedade morra;
3) Missão da pessoa – falta de compatibilidade, complementabilidade e
cooperação podem levar a frustração e choque;
4) Família da pessoa – deve-se discernir sobre as heranças espirituais e padrões de
relacionamento.

H) Palavras ou pragas proferidas por pais ou autoridades – palavras interditórias que são
correspondidas com desobediência caracterizam-se como rebelião e terão
consequências (Js 6.26; I Re 16.34). As pregas e palavras abusivas correspondidas com
amargura também terão consequências. A amargura produz desonra, ativando a profecia
maligna que foi lançada a você (Mt 5.44).

I) Todo envolvimento com espiritismo, ocultismo e satanismo (Sl 16.4; Is 47.9) – pode
levar a todo tipo de miséria. Tudo o que foi recebido (votos, batismos, benzimento,
mantras, capacidades sobrenaturais, etc..) no espiritismo deve ser radicalmente
renunciado de maneira específica.

J) História de necromancia (ex: reza a santos) – a evocação de mortos é um ato de


espiritismo, pois mantém uma dependência espiritual ou emocional com alguém que já
morreu.

Quando a pessoa perde alguém e não se desliga da pessoa, pode levar a necromancia
(luto prolongado). Existe a necessidade de enterrar a pessoa e se desligar
emocionalmente da pessoa (dia de finados). Pode levar a problemas emocionais ou
espirituais (Lv 20.27).

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K) Tentativas de suicídio e história de suicídio na linhagem – é o maior atestado de fracasso
e um sacrifício humano que abre uma porta para a pessoa e para a geração, podendo
levar a alguns sintomas: frustração, fracasso, depressão, passividade, surto
esquizofrênico, etc..

Quadro de depressão com indução a suicídio geralmente esta associado a um suicídio na


família. Três aspectos devem ser ressaltados:

• Pacto de sangue estabelecido com os espíritos de morte, fracasso, depressão.


• Motivação do suicídio – o intimo da perseguição espiritual está relacionado a fatores
relacionados ao suicídio devendo-se descobrir a razão do suicídio.
• Forma do suicídio (mecanismo) – deve-se retirar os mecanismos de morte na
linhagem (problemas digestivos sérios causados por suicídio por envenenamento da
pessoa e da descendência).

L) Homicídio e história de assassinatos na linhagem – evoca um espírito de perseguição e


prisão. Produz uma dívida espiritual e social, podendo levar a manias de perseguição. Cada
homicídio é um pacto de sangue com o espírito de morte.

M) Abortos e história de abortos na linhagem – é espiritualmente caracterizado como


assassinato da descendência, devendo ser confessado como assassinato. Enclausura a
pessoa em áreas de esterilizadas.

Aparecem muitas doenças no aparelho genital, esterilidade financeira, profissional e física.


Quando se refere a pactos que envolvem sangue, a lei mosaica refere-se à escravidão (Ex
21.1-6), quando o escravo era mutilado a fim de prestar obediência (dar ouvidos) definitiva
ao serviço da pessoa.

Quando se faz uma marca ou mutilação no corpo, espiritualmente a pessoa está se


colocando como escravo da motivação que o levou a fazê-lo. Brincos, piercings e tatuagens
são geralmente baseados em carência e rebeldia. Quando a motivação é a sensualidade,
isto fortalecerá o pacto com este espírito. Tem a ver também com estampas em camisas.

N) Furtos e roubos – a cobiça faz muito mais mal que bem. Ativa o princípio do saquitel
furado. Escravidão por dívidas por não tratar adequadamente o roubo (Zc 5.3,4).
Geralmente, o roubo está associado à mentira, junto com o lucro vem uma maldição que
se instalará na geração. Toda pessoa que rouba que pensa que estará fazendo uma base
seguro terá sua casa desarraigada. Tem que haver confissão, arrependimento e
devolução. Ex: enriquecimento ilícito, exploração sexual, tráfico, etc..

O) Perversão sexual – gera maldições de caráter hereditário, impondo uma barreira que
levará ao desmembramento do Corpo de Cristo (I Co 6.15). Toda intimidade sexual fora
do matrimonio constrói um pacto de sangue, uma condição de casamento.

Cada um dos relacionamentos funciona como uma ligação espiritual que podem levar a
uma dependência emocional ou sexual que deve ser rompida.
Esse “descasamento” vem através da oração de arrependimento e confissão juntamente
com pessoas maduras.

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Principais perversões sexuais:

• Incesto – caminha junto com o espírito de abuso e violência (Lv 18.6-16).

• Prostituição – corrompe simultaneamente a vida sexual e financeira. Todo


pagamento realizado durante a prostituição endemoniza as geração do indivíduo.
Tudo que é adquirido com dinheiro de prostituição traz com ele maldição (Dt 23.18).

• Homossexualismo/Lesbianismo – destrói a identidade sexual, levando aos níveis


mais abomináveis de perversão e abominação (Lv 18.22). O homossexualismo é uma
construção de fatores ligados à herança espiritual que mutilam a identidade sexual.
Observa-se que a orfandade paterna, concepção fora de casamento, consagrações
religiosas, legado de homossexualismo, inversão de papeis dos pais, rejeição dos pais
ou parente pelo sexo e abuso sexual quando criança pode levar a esse tipo de
perseguição. Para se lidar com a questão homossexual é ter o equilíbrio de
demonstrar aceitação e rejeitar o pecado, deve-se tratar com a reeducação da
identidade e comportamento.

• Bestialidade – gera confusão devido ao pacto de sangue e compartilhamento de


identidade almática (Lv 18.23). A pessoa começa a agregar os hábitos do animal e
vice-versa. Podem gerar muitos casos de depressão (passividade animal).

CAPÍTULO IV

CRUCIFICAÇÃO
Capacidade terapêutica e redentora de percorrer essa distância espiritual entre as causas de
maldição e a cruz de Cristo. Identificar as causas não resolve o problema, tantas vezes é até onde
a ciência chega. A crucificação é a dinâmica de uma vida comprometida com a cruz. Existe uma
diferenciação entre cruz e crucificação.

A cruz é um fato histórico que independe de nossas escolhas, que saibamos ou não, quer
aceitamos ou não, Jesus já morreu para nos justificar e restaurar a comunhão com o Pai. A
crucificação é a escolha intencional de nos sujeitarmos aos princípios propostos por Jesus em
Sua morte. Morrer por Jesus é se identificar com Ele em Sua morte. Ela deve ser acionada, se
transformar numa ação no verbo, sendo experiencializada em cada ação de pecado e injustiça
que tem nos atingido.

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A Cruz é a resposta de Deus para a queda humana, mas a crucificação é a resposta humana que
damos para a resposta de Deus validando tudo que Jesus fez por nós (Ef 1.3). Quando
entendemos, cremos e aceitamos o que Jesus fez por nós na cruz, temos direito a uma vida
abundante. Isso só é validado quando temos a disposição voluntária de interagimos com os
princípios de vida propostos na crucificação.

Jesus disse “eu sou a porta” (salvação), mas também “eu sou o caminho” (estilo de vida, nos
submetendo a disciplina de uma vida pela Cruz).

Princípios da crucificação:

Transparência e Reconciliação (I Jo 1.7) – se formos transparentes e nos reconciliarmos, isso


nos dará acesso ao poder do sangue de Cristo. Uma vida purificada é maior que o perdão, pois
a pessoa não está somente perdoada, mas também livre de todo pecado – toda justiça foi
satisfeita. Deve-se exercitar transparência e reconciliação. O sangue de Jesus não é um amuleto,
devem-se ter princípios para que Seu poder tenha validade sobre nós.

Uma pessoa pode ter sido perdoada e não ter sido purificada de alguma situação. Se não houve
compromisso com a transparência e com a reconciliação pode gerar problemas e consequências
inerentes ao pecado. O pecado oculto, você confessa ocultamente, o pecado pessoal você
confessa pessoalmente e o pecado público você confessa publicamente.

Todo campo de ignorância espiritual se refere a um campo de jurisdição espiritual satânica


(príncipe das trevas). Para lidar com as estruturas de vergonha e culpa, precisamos de
quebrantamento e confissão. Ex: O adultério tem sido banalizado na sociedade ocidental. O
arrependimento deve ser acompanhado de confissão familiar, pois deve existir reconciliação
para haver purificação.

Depois do adultério o caminho deve ser uma reconciliação simultânea. Tantas vezes quando a
pessoa tem que morrer para si mesmo, aceitando o preço de seu erro, a pessoa tende se
esquivar do processo da libertação (II Sm 12.11,12).

Passos que devem ser dados para lidar com tal situação:

O adultério quando ocultado traz um dos piores tipos de definhamento de alma (Sl 32.3,4),
viabilizando compulsões pecaminosas e recaídas; Mais cedo ou mais tarde esse fato virá à tona,
devendo-se ter por melhor alternativa expor a situação;

Quando endurecemos o nosso coração, Deus pode levantar profetas (quando Deus levanta um
profeta é porque deixamos de dar ouvido ao Espírito Santo);

Aquilo o que os pais fazem as escondidas, os filhos farão a luz do dia (a rebelião dos filhos pode
estar relacionada aos pecados secretos dos pais).

Princípios redentivos implícitos no sacrifício de Jesus (Armas de sangue – Ap 12.11):

a) Humilhação – é o processo de renunciar a reputação com o objetivo de tratar


responsavelmente dos pecados, feridas, injustiças e defraudações que cometemos
ou sofremos, onde o orgulho pode se manifestar desde um pretexto plausível até a

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rebelião explicita. A humilhação tem que falar mais alto que a reputação (II Cr 7.14;
Is 57.15). A maior pedra no caminho da libertação é o orgulho, obsessão pela
reputação. O arrependimento deve ser mais escandaloso que o nosso pecado.

b) Confissão – é o processo de expor o pecado à luz de Deus e a pessoas que se fazem


necessários. Expondo pecados, feridas, injustiças e defraudações. É onde todo
pecado cai por terra e as chaves do quebrantamento abrem as cadeias da alma. A
jurisdição que Deus deu ao diabo não tem nada a ver com as convicções de uma
pessoa e sim as regiões de trevas. Onde existem ares de trevas, esse é o habitat dos
demônios. Se existem trevas na alma, o diabo habitará nelas. Muitas entidades
demoníacas se alimentam das mordaças emocionais e do silêncio. O domínio
exercido por uma fortaleza demoníaca é proporcional à resistência da pessoa em
confessar determinada situação.

c) Arrependimento – não é a convicção do pecado ou confissão. O arrependimento se


consuma na decisão de mudar. A pessoa decide andar em uma direção oposta a
anterior, demanda um posicionamento. A bondade de Deus nos conduz ao
arrependimento, mas não deixa de ser uma decisão interior e irreversível em
alinharmos a vontade de Deus (Pv 28.13). É a esperança de uma vitória plena e um
passo de fé e obediência.

Travessia do Jordão – Batismo de arrependimento (Js 3)

1 – Ter referencial da aliança (v. 3);


2 – Sensibilidade ao Espírito Santo (v. 04)
3 – Planejar a decisão de mudar (v. 5)
4 – Esperar uma vitória plena (v. 10)
5 – O passo de fé e obediência e o milagre da mudança (v.13)

d) Perdão – sem perdoar não se pode ser perdoado. É o processo de enfrentar


responsavelmente nossas feridas e ressentimentos. O extremo oposto do perdão é
a indiferença que pode ser o aspecto mais profundo da ferida de uma pessoa. O
perdão é um resultado de um perseverante entendimento em seguir o caminho da
Cruz. Princípios:

1. Não é um sentimento e sim uma escolha;


2. Não é uma sugestão, e sim um mandamento (lei inegociável);
3. É unilateral – não se baseia no merecimento ou atitude do agressor;
4. Não significa esquecer e sim não usar isso como argumento contra a
pessoa;
5. Não significa fingir que não está ferido;
6. É incondicional, não se precisa tornar amigo da pessoa (condicional a
confiança);

Fases do Perdão:

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• Indiferença
• Raiva
• Conflito
• Frustração
• Aceitação
• Paz
• Memória cicatrizada
• Bom humor

e) Renúncia – princípio público em santificar através da autoridade do sacrifício de


Jesus todos os envolvimentos com as trevas. É um processo complementar em se
livrar de pactos e envolvimentos. Deve-se sempre passar pelo caminho do altar (Rm
12.1). Quando se entrega a Deus tudo o que Ele pede, se obtém o melhor. Deve
sacrificar.

f) Restituição (Lc 19.8,9) – é o processo de retratar, devolver, restaurar, aquilo que foi
subtraído ou defraudado na vida de outras pessoas devido às injustiças que
praticamos. Isso vale para o campo das coisas materiais, como também emocionais,
sentimentais, morais, conjugais, etc. para se ter uma boa consciência diante de
Deus. É o principio mais poderoso para resolver todo o crédito da injustiça,
restaurando a consciência (Lc 15.17-21). Maneiras erradas de restituir – fugir,
compensação, autoengano, insistir no erro ou racionalizá-lo.

Passos prática para a restituição:

• Pedir ao Espírito Santo que lembre;


• Definir o que tem que se restituir;
• Pedir sabedoria;
• Identificar motivos básicos e estar disposto a consertar o que for possível.

g) Reconciliação – é o processo de desfazer pessoalmente ou intercessoriamente as


barreiras pessoais, geracionais, racionais ou territoriais. A reconciliação pode
englobar todos os aspectos mencionados anteriormente com o objetivo de lidar
com as raízes da inimizade, seja amargura, ressentimento, ódio, vingança,
preconceito ou qualquer outra fortaleza demoníaca.

Como se forma uma fortaleza espiritual:

- Toma-se um pouco de verdade;


- Polariza as pessoas em lados diferentes dessa verdade;
- Tentação;
- Ferimentos contínuos em ambas as partes;
- Implanta-se o remorso;
- Implanta-se o sofisma e
- As portas da prisão são lacradas.

Ex: Reconciliação entre Síria e Israel através de Eliseu (II Re 6.23). Deve-se levar a pessoa a
enfrentar o lugar do trauma (Samaria).

h) Disciplina e obediência (reeducação/negar a si mesmo) – o coração da obediência


é a disciplina baseada no temor de Deus (II Co 10.6). Temer a Deus é amar o que Ele

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ama e odiar o que Ele odeia. Disciplina é o processo de exercitar a escolha para
construir um caráter de obediência. Sustentar a conquista alcançada é uma parte
essencial do processo de libertação – é o selo da restauração.

i) Cabe ressaltar que na luta contra o pecado pode haver alguns fracassos, o que faz
parte do aprendizado, mas não se deve superestimar os fracassos e as derrotas. O
que pode produzir descuido e desistências, construindo um caráter de obediência,
reconhecendo nas vitórias e nos fracassos a graça de Deus (Cuidado com as
expectativas com relação às pessoas! Jó 5.19). A disciplina produz fortalecimento
através da fé (Lei da Imunidade).

j) Descanso (Sl 91.7) – tem a capacidade de consolidar as conquistas alcançadas onde


toda estrutura de resistência é desmoronada, vindo como resultado de uma
rendição genuína e de uma confiança completa na graça de Deus (Deus não trabalha
sob a carga de nossas ansiedades). A falta de descanso é símbolo de ansiedade,
medo, culpa vergonha ou qualquer outra toxina que oprime e sobrecarrega a alma
(Fim do medo).

k) Intercessão (Hb 5.1, 2) – é o processo sacerdotal de representar outra pessoa (ou


grupo) inspirado pela compaixão de Deus, sentindo as suas dores, identificando-se
com os seus pecados e misérias, oferecendo em seu lugar a confissão,
arrependimento, reconciliação e oração, protegendo-a espiritualmente, bem como
sua família e descendência. Fazer pela pessoa o que ela não pode fazer.

CAPÍTULO V

CRUZ

A cruz é o aspecto central de onde emanam os princípios para redenção humana. Qualquer
solução espiritual viável esta de alguma forma relacionada à essência do sacrifício da cruz:

• Os pecados precisam do perdão da Cruz


• As feridas precisam da restauração da Cruz
• As maldições precisam da libertação da Cruz
• As enfermidades precisam da Cura da Cruz
• As crenças irracionais precisam do conhecimento da Cruz

Você ter um excelente diagnóstico, mas se o remédio for inadequado não haverá cura. A Cruz
não o sofrimento ou desconforto que os outros nos causam, mas reside na responsabilidade de
negar-nos a nós mesmos em prol de uma vida reconciliada com a vontade de Deus. A essência

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da Cruz não esta nas injustiças e dificuldade que sofremos na vida, mas como reagimos
internamente diante delas.

Antes da queda o homem gozava de quatro privilégios maravilhosos:

• Comunhão intima com o criador


• Trabalhavam em plena cooperação com Ele
• Tinham suas orações respondidas
• Gozavam de plena proteção de Deus

Após a queda observamos:

• Culpa da transgressão contra Deus


• Morte espiritual
• Todo seu ser tornou-se corruptível, enfraquecível e maculado.
• Tornaram-se subjulgados pelo pecado, ego e satanás.

A cruz é o plano perfeito de Deus onde encontramos a única forma de redimir o homem sem
deixar de cumprir a Lei de Deus.

Os Três aspectos da Cruz

Cristo Crucificado – deve-se aprender a se relacionar com Jesus crucificado (I Co 2.2):

I – Por nós (uma vez): nosso substituto – vivificado (Ef 2.1; I Pe 2.24; I Co 15.3; Is 53.5). Aponta
para o fato que Cristo morreu em nosso lugar, assumindo condenatoriamente nosso pecado.
Tem relação com a culpa e o pecado. A fim de se atender a esse princípio, deve se arrepender e
crer. O SENHOR cumpriu toda lei para restituir o homem a Deus.

O homem perdido – perversidade – pecado - arrependimento e fé.

II – Como nós (uma vez): nosso representante – libertado (Gl 5.24,25; Cl 1.13). Precisamos nos
identificar com Jesus em seu sofrimento, morte e ressurreição, se tornando um processo para
cada área de nossa vida. Tudo que crucificamos em obediência a Deus, ressurge de forma
glorificada (não existe ressurreição sem a morte). Lidamos aqui com a pecaminosidade
(tendência a servir o ego) que inspira os atos pecaminosos que praticamos.

Experimentamos esse segundo aspecto da cruz quando desejamos subjugar todos os nossos
subsídios ao Espírito de Deus. Existe uma decisão irrevogável em não abrir mo das conquistas
em atitude contínua de rendição. O velho homem– carnalidade - motivação egoísta - atitude de
identificação.

“Quando entreguei minha vida a Deus, entreguei tudo. Deus já teve em suas mãos homens
melhores do que eu, mas de mim ele recebeu tudo” (Willian Booth – fundador do exército da
salvação).

O que Esta crucificado com Cristo:


• Primeiramente não olha para trás.
• Em segundo lugar ele não volta atrás.
• Em terceiro lugar, ele não possui mais planos próprios para o futuro” (A.W. Tozer).

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III – Em nós (diariamente): nosso estilo de vida – sacrifício vivo (Rm 12.1; I Pe 2.23). Deve-se
lidar com nosso estilo de vida de negar a si mesmo. Não tem relação com o pecado, mas com
uma vida de quebrantamento (espírito do cordeiro imolado). É um processo contínuo e
permanentemente, quanto mais nos entregamos a Deus em uma área de nossa vida, mais
revelação de Deus temos nessa área. O novo homem - humanidade, natural - quebrantamento.

A Cruz e o ministério da Libertação

Não existe libertação sem a Cruz. Não basta orar repetidamente, pois as maldições e demônios
não vão sair pela estridência da voz ou pela repetição de um comamando (At 19.13-17), mas
deve-se identificar com a Cruz de Cristo. Todo ministério que se propõe em atuar na libertação
e não está centralizado com uma interação inteligente com os princípios da Cruz, se torna banal.

O evangelho triunfalista se baseia em orações que oferecem promessas sem estar


comprometido com os princípios da fé – fé supersticiosa. O que nutre o hipocondrismo
evangélico (escravos das filas de libertação).

A libertação sem sangue é onde se dá uma ênfase exagerada nos demônios e enfermidades,
dando prioridade aos sintomas do que nas causas (Ap 12.11), baseando a libertação na
revelação. Ao ignorando o fato de crucificar (arrepender) a causa dos sintomas. Toda autoridade
demoníaca se fundamenta na transgressão humana em relação aos mandamentos de Deus. A
verdadeira libertação é sempre inspirada pelo arrependimento e pelo poder da Cruz (I Co 1.18).

CAPÍTULO VI

AVALIAÇÃO
A avaliação é o processo de comparar e conferir os sintomas apresentados antes e depois de
uma libertação. Após crucificar as supostas causas de maldição que foram diagnosticadas no
processo de libertação, precisamos avaliar os resultados obtidos em relação aos sintomas iniciais
apresentados.

Por que algumas pessoas nunca são libertas?

1º Falta com a verdade – o principio mais básico para uma libertação bem sucedida tem que
haver um compromisso com a verdade (Jo 8.32).

a) Mentiras abertas;
b) Verdades escondidas.

2º Falta de arrependimento – se a pessoa não tiver a disposição de ajustar-se ao caráter de Deus


sofrendo as mudanças necessárias, a libertação se torna insustentável. Todo avanço

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temporariamente conquistado na libertação acaba desmoronando deixando uma situação ainda
mais desgastada.

3º Falta de Reação (indolência espiritual) – a pessoa que apresenta uma postura indolente e
passiva, além de comprometer da libertação, entrega de bandeja para o inimigo o controle da
situação.

4º Motivos errados ou fúteis - Deus oferece liberdade para aqueles que irão cumprir o Seu
propósito, não para aqueles que querem continuar com uma vida confortavelmente egoísta,
fútil e sem significado eterno. Quando existem intenções corrompidas e estranhas ao Espírito
de Deus, a libertação da pessoa fica comprometida.

5º Pessoas centradas em si mesmas (desejo de atenção) – algumas pessoas sempre se sentem


ignoradas, sentem que ninguém se importa por elas. Uma possível de razão é a opressão ou
supressão demoníaca. O desejo de atenção é uma idolatria das necessidades de atenção.
Quanto mais carente for à pessoa por essas distorções emocionais, mais a pessoa está se
afastando de uma personalidade no prumo da vontade de Deus.

Quando a pessoa é ministrada, ela se sente o centro das atenções. Depois que as pessoas
recebem a libertação, normalmente prolonga o problema na busca de atenção. O problema de
concupiscência de atenção pode ser diagnosticado pelo prolongamento do processo de
libertação. Todo processo de libertação tem um início, meio e fim.

A dependência emocional pode viciar. O espírito de carência e manipulação deve ser


confrontado. Tantas vezes o libertador também pode ser mal resolvido, e pode tornar o
relacionamento altamente doentio (Pv 30.15). Esse problema pode ser uma estratégia
demoníaca para drenar o tempo do libertador. Deve-se então enfatizar a responsabilidade da
pessoa em andar com as próprias pernas.

6º Fracasso em romper com o ocultismo – muitos envolvimentos comprometedores são


roubados da memória pelo próprio inimigo (pactos, endemoniamento, etc.). O ocultismo vicia a
pessoa no poder abrindo uma fenda para exploração demoníaca. Normalmente as pessoas que
tem concupiscência pelo poder são advindas do ocultismo, devendo ser confrontados, caso
contrário manterá a característica ocultista.

7º Fracasso em romper com relacionamentos manipuladores e egoístas – muito comum,


principalmente quando se criou uma forte relação de alma através do sexo, perversão,
lesbianismo e homossexualismo. Isso pode vier dos pais, parentes e cônjuges, onde muitas vezes
estes preferem ver a pessoa nas drogas a se tornar evangélica.

Quando o indivíduo cuida de um dos pais impedindo o casamento, pode iniciar uma relação
doentia, cabendo ao individua colocar as situações em seus devidos lugares. Não importa quão
próximos são os relacionamentos, mas é essencial que se rompa com essas relações
manipulativas.

8º Falta de se desprender totalmente da maldição – lidar com uma maldição requer um estilo
de vida de interseção pela família e relacionamentos.

9º Quando o problema é de origem natural ou orgânica – deve-se avaliar a origem do problema,


e o indivíduo pode ser encaminhado a um especialista.

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10º Quando a questão não é libertação, mas é reeducação – a maioria das pessoas que não
foram libertas é porque não se reeducaram. A libertação não é m processo mágico, portando
deve-se colocar em obediência na área que se procura libertação. Na libertação as pessoas são
desatadas, mas cabe a elas a reeducação (identidade, sexualidade, vontade, caráter, etc..).

A partir da avaliação pode-se iniciar um processo de aconselhamento que irá lidar com os
resíduos.

REFERENCIAL
BORGES, Marcos S. O avivamento do odre novo. Editora Jocum. Paraná, 2007.
BORGES, Marcos S. Pastoreamento Inteligente – o padrão de aconselhamento na libertação.
Editora Jocum. 2ª Ed. Paraná, 2011.
FERREL, Ana M. Iniquidade – a semente do mal transmitida de geração em geração. Ed.
Valente. Rio de Janeiro, 2009.
HAMMOND, Ida Mae e Frank. Porcos na Sala – um manual prático sobre libertação. Ed.
Bompastor. São Paulo, 1973.
JACKSON, John P. Desmascarando o espírito de Jezabel. Ed. Danprewan. Rio de Janeiro, 2003.
MENEZES, J.M. Exercitando o Quebrantamento. Disponível em: 07 de maio de 2012,
http://www.estudosgospel.com.br/estudos/diversos/exercitando-o-quebrantamento.html
SCHNOEBELEN, Willian e Sharon. Sangue nos Umbrais – manual avançado de batalha espiritual
e libertação. Ed. Propósito Eterno. Rio de Janeiro, 2008.

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