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SABEDORIA DE DEUS versus SABEDORIA DO MUNDO

Vocês estavam mortos por causa de seus pecados e da incircuncisão de sua natureza humana. Então Deus
lhes deu vida com Cristo, pois perdoou todos os nossos pecados. Ele cancelou o registro de acusações
contra nós, removendo-o e pregando-o na cruz. Desse modo, desarmou/despojou. os governantes e as
autoridades espirituais e os envergonhou publicamente ao vencê-los na cruz. (Cl 2.13-15).

Nós estamos em guerra, existe uma guerra invisível, descrita por Paulo em Efésios 6, em que os principados e
potestades, dominadores deste mundo, atuam nas regiões celestiais através de forças espirituais malignas para reger
(e regem) a mentalidade do mundo, pois padrão de pensamento modula padrão de comportamento. Essa é a guerra
entre a mentalidade do Reino de Deus versus a mentalidade do mundo caído. Nesse sentido, não existe surpresa
nisso, pois Cristo mesmo disse que o mundo jaz no maligno (1Jo 5.19).

Vivemos em um mundo influenciado pelos principados e potestades da maldade, a sabedoria que governa o mundo
está fundamentada na busca pelo interesse próprio e na visão utilitarista (avalia todas as consequências de suas
ações e que benefícios elas trarão para si). Entretanto, a sabedoria de Deus é totalmente sacrificial. Ela não se apoia
nos benefícios que as pessoas obtêm para si, mas no que resulta em ganho para Deus. Essa sabedoria foi
demonstrada perfeitamente na cruz pelo Filho do Homem (1Co 1.18-25)! Ele renunciou a qualquer interesse próprio e
satisfação pessoal (Hb 5.7-9; Jo 6.38-40).

Logo, a capacidade de entregar a sua própria vida, de não valorizar a sua própria vida, é a sabedoria de Deus.

Ideias podem ter e realmente têm consequências, e ideias que nasceram como reação a uma organização
eclesiástica restritiva e poderosa na Idade Média — ideias que deram poder e voz ao pensamento e à prática
anticristã — começaram a amadurecer em nossa geração. Como sociedade, estamos chegando em um destino que
demoramos cinco ou seis séculos para chegar — um mundo sem Deus, sem cristãos, sem moral e teologia bíblicas.

Desde o Renascimento a fúria dos homens direcionada às restrições e aos dogmas da fé cristã ganhou força e
influência cultural. A crescente raiva direcionada ao catolicismo durante o Renascimento, que transbordou para uma
hostilidade explícita em relação à Igreja e a fé cristã durante o Iluminismo, progrediu para interações mais sofisticadas
de pensamentos anticristãos. Depois do Iluminismo, a era pós-cristã do pensamento filosófico começou a surgir, da
França napoleônica à Inglaterra vitoriana. Filósofos, pensadores e acadêmicos deixaram a cosmovisão cristã, sem
trabalhar a partir dela ou a desafiar. O pensamento filosófico havia adentrado o campo de imaginar o curso do mundo
e do progresso humano sem Deus, sem religião ou sem fé. Com as amarras do pensamento e dogmas cristãos
removidas, apenas pense nas possibilidades!

O problema dos nossos dias é que a sabedoria do mundo tem entrado dentro da Igreja, e quando eu digo que a
sabedoria/mentalidade do mundo está entrando eu não me refiro a supostos fatores externos/visíveis, como estrutura
de igreja, mudança na liturgia do culto, ou até a famosa “parede preta”, MAS internamente falando, a maneira como
os cristãos pensam, falam, agem e reagem diante das mais diversas circunstâncias da vida. Até mesmo nas
atividades espirituais nós vemos claramente essa influência, pois muitos tem utilizado as suas atividades ministeriais
para benefício próprio (1Tm 6.3-5).

É ingênuo pensarmos que podemos derrotar as potestades gritando “em nome de Jesus” enquanto continuamos
buscando nossos próprios interesses. Contudo, quando temos o poder da ressurreição que flui do próprio Deus em
nossa natureza, elas não podem resistir, pois nossa vida e caráter estão crucificados com Cristo.

Se a minha vida não comprova a mensagem de Cristo, eu não possuo nenhuma autoridade. E quando falo de
autoridade, não me refiro a posição ministerial, essa autoridade que me refiro está intimamente relacionada ao
conhecimento de Deus na pessoa de Jesus (At 19.13-15).
O PLANO DE DEUS

O plano de Deus era mostrar a todos os governantes e autoridades nos domínios celestiais, por meio da
igreja, as muitas formas da sabedoria divina. Esse era seu propósito eterno, que ele realizou por meio de
Cristo Jesus, nosso Senhor (Ef 3.11,12).

As potestades e principados da maldade estão escravizando a humanidade com coisas que são visíveis e imediatas
e bloqueando totalmente qualquer percepção das coisas que dizem respeito à eternidade. Como eu citei
anteriormente, o problema é que a Igreja, que foi chamada para tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus aos
principados e potestades (Ef 3.10), tem se dobrado à sabedoria do mundo. Nós temos perdido a percepção das
coisas eternas e, por isso, nos tornarmos mais vulneráveis aos ataques do inimigo, que está a nossa volta
procurando a quem possa tragar (1Pe 5.5-11).

Uma Igreja que perde o foco do seu propósito ou não sabe qual é o seu propósito de fato, ao invés de ser
influenciada pelo Espírito Santo, será influenciada pelos principados e potestades da maldade.

Se Deus tirasse o Espírito Santo deste mundo, boa parte daquilo que a igreja está fazendo prosseguiria como
se nada tivesse acontecido e ninguém notaria a diferença – A. W. Tozer

Frequentadores de igreja por todo o país dizem que o Espírito Santo habita neles. Garantem que Deus lhes
concedeu uma capacidade sobrenatural de seguir Cristo, abandonar o pecado e servir à igreja. Os cristãos
falam que nasceram de novo e dizem que antes estavam mortos, mas agora nasceram para uma nova vida.
Nós endurecemos o coração para essas palavras, mas elas são muito poderosas e possuem forte significado.
No entanto quando as pessoas de fora da igreja não conseguem ver a diferença em nossa maneira de viver,
começa a questionar nossa integridade, nossa sanidade ou, ainda pior, nosso Deus. Quem pode culpá-las
por isso? – Francis Chan

Para sermos verdadeiramente Igreja, devemos abraçar o propósito eterno de Deus, embora possamos não ver
nenhum benefício prático ao fazê-lo. De fato, descobriremos que o propósito de Deus não serve de forma alguma aos
nossos propósitos. Para sermos verdadeiramente Igreja, precisamos de uma clara percepção das realidades eternas
disponíveis em Cristo Jesus, precisamos de renovação de mente, precisamos de renovação interior diária!

RENOVAÇÃO DE MENTE

Deixem que o Espírito renove seus pensamentos e atitudes e revistam-se de sua nova natureza, criada para
ser verdadeiramente justa e santa como Deus (Ef 4.23,24).

É de Deus que os redimidos de fato recebem toda a sua verdadeira excelência, sabedoria e santidade; e é por
dois modos, a saber, segundo o Espírito Santo, por quem essas coisas são diretamente realizadas, são de
Deus, procedem Dele e são enviadas por Ele; e como o próprio Espírito Santo é Deus, por cuja operação e
habitação do conhecimento das coisas divinas e uma disposição santa, bem como toda a graça, são
conferidas e sustentadas. Somos dependentes do Espírito Santo, pois é por causa dele que estamos em
Cristo Jesus; é o Espírito Santo de Deus que nos faz ter fé Nele, pela qual o recebemos e nos aproximamos
Dele. – Jonathan Edwards

Para termos a nossa mente renovada (Rm 12.2) e conformada à pessoa de Cristo, precisamos do Espírito Santo, O
Deus que revela Deus. Essa renovação de mente não é algo estático, mas constante. Nós somos incentivados a
crescer no conhecimento do Senhor, mediante a revelação de quem Ele É, por meio do Espírito (2Co 3.17,18).
Revistam-se da nova natureza e sejam renovados à medida que aprendem a conhecer seu Criador e se
tornam semelhantes a Ele (Cl 3.10).
“Muitos cristãos de hoje parecem ter experimentado três estágios: condenação, salvação e estagnação. A
primeira infância é uma coisa encantadora; mas essa infância de forma permanente é deplorável. O coração
paterno do apóstolo Paulo ansiava que os discípulos nascidos do Espírito chegassem à maturidade. Ele
lamenta a condição infantil dos cristãos de Corinto (1Co. 3). Em Efésios 4.12, ele almeja pelo
“aperfeiçoamento dos santos”, para que eles se movam ao status de “homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo” (vs. 13). Um pouco mais adiante, ele geme para que eles sejam liberados da infância
espiritual – “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados ao redor por todo o vento de
doutrina” (Ef. 4.14). Os tais são facilmente enganados e ludibriados por pastores astuciosos. A preocupação
de Paulo é que esses que professam o nome de Cristo cresçam rapidamente, não porque eles seriam um
embaraço para Paulo, mas ao contrário, para que possam receber sua “herança entre os que são santificados
pela fé em mim” (Atos 26.18). Não, isso não era um desejo para salvar as aparências da parte de Paulo. Ele
almejava que aqueles crentes tivessem o direito à herança que lhes pertencia. Uma criança não pode herdar
riquezas; ela as desperdiçaria. Da mesma forma, também, um filho imaturo de Deus não pode reivindicar seus
direitos enquanto ainda é infante (Gl 4.1-2). Joias não são brinquedos. “Dons do Espírito” não são joguetes.
Nem são escritórios para serem usados como charmes pessoais para suportar egos.” – Leonard Ravenhill

Assim como Paulo, o escritor aos Hebreus apela ao crescimento espiritual da Igreja, e por não possuírem fundamento
suficiente, eles não estavam prontos para absorverem o que ele tinha a ensiná-los em sua totalidade. E no final do
capítulo 5 e início do capítulo 6 ele os incentiva a seguir em frente, buscando a maturidade no entendimento. Sendo
assim, todos nós precisamos desenvolver um relacionamento com Espírito Santo a fim de que venhamos ser
iluminados a respeito das verdades de Deus (Ef 1.17,18).

Os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus: Pois vocês não receberam um espírito que os
torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos.
Agora nós o chamamos “Aba, Pai”, pois o seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus
(Rm 8.15,16).

Precisamos das disciplinas espirituais, oração, jejum e leitura das Escrituras. Mas precisamos utilizá-las da maneira
correta, precisamos deixar que o Espírito nos conduza à Cristo através dessas disciplinas espirituais, precisamos
perseverar nas boas-novas de Jesus Cristo, é o que Paulo escreve aos de Corinto:

Agora, irmãos, quero lembrá-los das boas-novas que lhes anunciei anteriormente. Vocês as receberam e
nelas permanecem firmes. São essas boas-novas que os salvam, se continuarem a crer na mensagem como
lhes anunciei; do contrário, sua fé é inútil (1Co 15.1,2).

O PRIVILÉGIO É MAIOR QUE O PREÇO

A cruz possui duas naturezas, a substitutiva (obra expiatória de Cristo) e identificacional (o chamado de Cristo ao
discipulado). Em sua carta a igreja em Filipos, Paulo diz que considerava tudo como perca, a fim de poder ganhar a
Cristo e nele ser encontrado. Ele diz que o seu desejo era experimentar o grande poder que O ressuscitou. E com
isso ele estava disposto a sofrer com Cristo, participando da morte dele, para alcançar a ressurreição dos mortos (Fp
3.8-11). Paulo entendeu claramente o chamado de Jesus ao discipulado e estava convicto que sem a vida de cruz
não era possível obter a tão desejada ressurreição.

Infelizmente nós tendemos a querer apenas a natureza substitutiva da cruz. Estamos atrás só dos benefícios que
Jesus pode nos dar, nós queremos os milagres, nós queremos nossos problemas resolvidos, nós queremos um
emprego melhor, nós queremos uma casa melhor, nós queremos um carro melhor, nós queremos crescer no
ministério, nós colocamos todas as outras coisas em primeiro lugar e até mesmo usamos Deus de meio para alcançá-
las e quando nossa vida é movida por algo passageiro, nós estamos sendo governados por esse algo, logo a
sabedoria do mundo está guiando o nosso coração ao invés de Jesus ser o nosso Senhor.
E vamos lá, irmãos, não que isso tudo que eu mencionei seja ruim ou pecaminoso, mas isso ainda não é TUDO.
Talvez nós ainda não entendamos Mateus 6.33 corretamente, pois Jesus não disse “buscai o reino de Deus em
primeiro lugar e em segundo lugar você busca o que você quer”. Jesus disse para buscarmos o reino em primeiro
lugar e pronto. O que eu quero dizer com isso? Eu não esqueci das demais coisas, mas quando Jesus nos chama a
colocar o Reino como Prioridade, Ele está nos chamando a confiar, depender e sermos satisfeitos Nele e vivermos a
partir dessa verdade: Ele é o Senhor da nossa vida. O resto vai vir, mas se não vier (da maneira como queremos),
EU ESTOU SATISFEITO EM TÊ-LO, porque minha vida não é movida pelo que o tenho ou deixo de ter (Fp 4.13),
mas ela é movida por aquele que é o Senhor do meu coração, Autor e Consumador da minha fé (Hb 12.2).

Existe algo superior para aqueles que estão dispostos a se apropriarem não apenas da natureza substitutiva da
cruz, mas também da natureza identificacional. E esse o chamado de Jesus, ao discipulado, perca TUDO para
GANHAR.

Ninguém gosta de sofrer, eu não gosto e nem quero, mas precisamos entender que o sofrimento é necessário.
Ademais, quando nós recuamos em compartilharmos dos sofrimentos de Cristo, nós nos tornamos inimigos da cruz.
Pois é, inimigos da cruz não são necessariamente aqueles que não creem em Jesus, mas aqueles que querem
apenas se apropriar dos benefícios da natureza substitutiva da cruz e rejeitar a identificacional, que faz alusão a
renúncia e sofrimento. Eis aí os INIMIGOS da cruz, e essas não são as minhas palavras, mas do Apóstolo Paulo:

Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles que seguem nosso exemplo. Pois, como lhes disse
muitas vezes, e o digo novamente com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na
verdade, inimigos da cruz de Cristo. Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu próprio apetite.
Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida terrena (Fp 3.17-19).

Agora vamos ler Romanos 8 a partir da parte final do versículo 17: “Se de fato participamos de seu sofrimento,
participaremos também da sua glória”. Paulo está dizendo sobre algo que ele tinha propriedade, sofrimento, pois
ele havia sido salvo e recebido a palavra do próprio Cristo: E eu mostrarei a ele quanto deve sofrer por meu nome
(At 9.16). Após o versículo 17, nós vemos que Paulo “pesa na balança” os sofrimentos do presente e chega à
seguinte conclusão: NÃO SÃO NADA comparado a GLÓRIA que há de ser revelada no retorno de Jesus!

O verdadeiro cristão, aquele que aguarda um lar celestial, que anseia pelas coisas eternas e pela glória de Cristo é
AFETADO por ela (1Co 15.19; Fp 3.20; Hb 11.10), por isso ele consegue suportar as provações da vida e está apto
para sofrer por amor a Cristo (1Pe 4.12-19).

Portanto, precisamos de RENOVAÇÃO DE MENTE e não apenas isso, mas uma mente GOVERNADA por Cristo,
pois há um privilégio em sofrer por Cristo (Fp 1.29).

Esse é o estilo de vida que faz com que as potestades e principados fujam, vida de cruz. Somente aqueles que
entenderam, através do Espírito, a preciosidade de Cristo, possuem poder suficiente para derrotar os principados e
potestades que fazem guerra contra a Igreja. Quando percebermos o valor de Cristo e das promessas disponíveis
nele, quando estivermos totalmente satisfeitos em simplesmente conhecê-lo, Deus será mais glorificado em nós,
como afirma John Piper, pois O SOFRIMENTO MANIFESTA A GLÓRIA DE DEUS (2Co 12.8-10):

Lembrem-se dos primeiros dias, quando foram iluminados, e de como permaneceram firmes apesar de muita
luta e sofrimento. Houve ocasiões em que foram expostos a insultos e espancamentos; em outras, ajudaram
os que passavam pelas mesmas coisas. Sofreram com os que foram presos e aceitaram com alegria quando
lhes foi tirado tudo que possuíam. Sabiam que lhes esperavam coisas melhores, que durarão para sempre
(Hb 10.32-34).
[...] Outros, porém, foram torturados, recusando-se a ser libertos, e depositaram sua esperança na
ressurreição para uma vida melhor (Hb 11.35).

Sim, todas as outras coisas são insignificantes comparadas ao ganho inestimável de conhecer a Cristo
Jesus, meu Senhor. Por causa dele, deixei de lado todas as coisas e as considero menos que lixo, a fim de
poder ganhar a Cristo e nele ser encontrado. Não conto mais com minha própria justiça, que vem da
obediência à lei, mas sim com a justiça que vem pela fé em Cristo, pois é com base na fé que Deus nos
declara justos. Quero conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou. Quero sofrer com
ele, participando de sua morte, para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dos mortos (Fp 3.8-11)!

Eu acredito que todas as provações (não tentações, pois Deus não tenta a ninguém – Tiago 1.13) são permitidas por
Deus, visando o nosso aperfeiçoamento. Mas existe a disciplina de Deus, que apesar de não ser boa no sentido físico
da “coisa” – assim como as provações – é um bom sinal, mesmo que isso soe paradoxal, porque o Senhor só
disciplina quem ele ama, ou seja, apenas seus filhos:
É IMPRESCINDÍVEL ler: Hb 12.1-13.

Mas por que Deus nos disciplina?

Porque Ele nos ama; para que voltemos os nossos olhos somente pare Ele; para nos amadurecer (Tg 1.2-4); para
que participemos de sua santidade (Hb 12.10); para verificar a autenticidade da nossa fé e se necessário, refiná-la e
purificar o nosso caráter (1Pe 1.6,7).

“O sofrimento tem um potencial incrível de nos despertar para a intimidade. E isso acontece pelo seguinte
motivo: para começar, a dor nos pressiona até Deus. Quando estamos em um estado de constantes
desolações, nós nos tornamos desesperados por Deus. O desespero nos torna famintos e sedentos pela
plenitude do Reino de Deus, e a fonte nos direciona até Ele (Pv 16.26). Em nosso desespero de alcançar
respostas para nossas orações, nós experimentamos os benefícios de nos aproximarmos de Deus (Mt 5.6).
Perseguir Deus enquanto estamos sofrendo é algo transformador.” – Bob Sorge

O sofrimento nos leva ao quebrantamento, à dependência total de Deus. E é nesse lugar que encontramos o FAVOR
DE DEUS, e não é à toa que as Escrituras nos recomendam estar nesse lugar de dependência, pois Deus, que habita
nos mais altos céus, escolheu também habitar com os de quebrantado coração:

É IMPRESCINDÍVEL ler: Sl 34.18; Is 57.15; Lm 3.25-33.

Quando estamos enfrentando provações, sejam elas de quaisquer naturezas, existem duas opções como reação:
Questionar a Deus e correr Dele ou correr PARA ELE (Contemplação/Satisfação).

No Antigo Testamento o Salmos 73 é o reflexo exato da dinâmica que nos ocorre constantemente, pois somos
tentados em meio as nossas provações a questionar ao Senhor e até mesmo a retrocedermos, entretanto, mesmo
que deslizemos, como Asafe, devemos também “entrar no Santuário” e contemplar a beleza de Deus em Jesus,
entendendo então que ele é Senhor e Juiz sobre tudo e todos:
É IMPRESCINDÍVEL ler os versículos 1-3; 13-17; 21-28.

Como suportar as disciplinas e provações?

Vislumbrando algo superior, abraçando as promessas de Deus em Cristo:

É IMPRESCINDÍVEL ler: Rm 8.18; 2Co 4.17,18; Hb 10.32-38; 1Pe 1.3-5; 1Jo 3.2,3.
Deus, com seu poder divino, nos concede tudo de que necessitamos para uma vida de devoção, pelo
conhecimento completo daquele que nos chamou para si por meio de sua glória e excelência. E, por causa de
sua glória e excelência, ele nos deu grandes e preciosas promessas. São elas que permitem a vocês
participar da natureza divina e escapar da corrupção do mundo causada pelos desejos humanos. Diante de
tudo isso, esforcem-se ao máximo para corresponder a essas promessas. Acrescentem à fé a excelência
moral; à excelência moral o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a
perseverança; à perseverança a devoção a Deus; à devoção a Deus a fraternidade; e à fraternidade o amor.
(1Pe 3.3-7)

Suporte a disciplina, abrace a promessa. – Bob Sorge

Precisamos nos lembrar das promessas de Deus em Jesus e abraçá-las, são elas que nos farão perseverar na nossa
peregrinação na terra, vencendo a sabedoria do mundo, pois são essas grandes e preciosas promessas que nos
permitem participar da natureza divina e escapar da corrupção do mundo causada pelos desejos humanos.
Precisamos que o Espírito Santo de Deus ilumine os nossos olhos, a fim de que venhamos compreender que os
sofrimentos do presente não se comparam com a glória que há de ser revela em Jesus Cristo.

Se isso acontecer teremos certeza de que o privilégio é MUITO MAIOR que o preço (sofrimentos e dificuldades).

Pois vocês receberam o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por Ele (Fp 1:29).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KATZ, Arthur. Fundamentos Apostólicos. Tradução de Levi Nascimento. São Paulo: Impacto, 2020.

SLIKER, David. A Fúria das Nações: Oração, Promessa e Poder em uma Era Anti-Cristã. Tradução de Marina Cases
Soares. Vitória, ES: Base Livros, 2021.

CHAN, Francis. O Deus esquecido. Tradução de Omar de Souza. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.

SORGE, Bob. A Cruz. Tradução de Mariana Bessa Demarchi. Rio de Janeiro, Ministério Themelios, 2021.

RAVENHILL, Leonard. Avivamento à Maneira de Deus: Uma Mensagem Urgente para a Igreja. Edição Kindle.

PIPER, John. Lutando contra a incredulidade. Edição Kindle.

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