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OS JESUÍTAS

 A Companhia de Jesus (EM LATIM: SOCIETAS IESU, S. J.) cujos membros são
conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa católica fundada 15 de Agosto
em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados
pelo espanhol basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como
Inácio de Loyola.

 A Congregação foi reconhecida por bula papal em 27 de Setembro de 1540 por Papa
Paulo III

 Fundada no contexto da Reforma Católica (também chamada de Contrarreforma),


os jesuítas fazem votos de obediência total à doutrina da Igreja Católica,

 É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional.

 Supervisor Geral da Companhia de Jesus - Arturo Sosa Abascal Presbítero da Igreja


Católica.
 Sediada Borgo Santo Spirito 4, CP 6139, Roma

INÁCIO DE LOYOLA
De origem nobre, foi ferido em combate na defesa da Fortaleza de Pamplona contra
os franceses em 1521.
Durante o período de convalescença dedicou-se à leitura do Flos sanctorum, após o
que decidiu-se a desprezar os bens terrenos em busca dos sobrenaturais no Santuário
de Monserrat fez a sua 'vigília d'armas' e submeteu-se a uma confissão geral.
Abandonou a indumentária fidalga substituindo-a pela dos mendicantes. Retirando-se
para a Gruta de Manresa ali entregou-se a rigorosas penitências e escreveu a sua
principal obra o Livro de Exercícios Espirituais, admirável sobretudo por não ter ainda
o autor conhecimentos teológicos acadêmicos.
Indumentária
1. Substantivo feminino arte relacionada com o vestuário.
2. história do vestuário ou de hábitos relacionados com o traje em determinada época,
local, cultura etc.
Fidalga
1. Substantivo feminino esposa de fidalgo.
2. mulher da nobreza.

Mendicante
1. adjetivo e substantivo de dois gêneros que ou aquele que mendiga, que pede
esmola.
2. que ou o que, por voto de pobreza, depende de caridade alheia (diz-se de ordem
religiosa).
Em 15 de agosto de 1534, Inácio e seis outros estudantes:
1 O francês Pedro Fabro
 4 Os espanhóis Francisco Xavier, Alfonso Salmerón, Diego Laynez, e Nicolau
de Bobadilla
 1 O português Simão Rodrigues
Encontraram-se na Capela dos Mártires, na colina de Montmartre, e fundaram a
Companhia de Jesus - para "desenvolver trabalho de acompanhamento hospitalar e
missionário em Jerusalém, ou para ir aonde o papa nos enviar, sem questionar".
Nesta ocasião fizeram os votos de pobreza e castidade.[4]
Inácio de Loyola escreveu as constituições jesuítas, adotadas em 1554, que deram
origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta
abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos (perinde ac cadaver,
"disciplinado como um cadáver", nas palavras de Inácio). O seu grande princípio
tornou-se o lema dos jesuítas: Ad maiorem Dei gloriam ("Para a maior glória de Deus")

OBRA INICIAL
 A Companhia de Jesus foi fundada no contexto da Reforma Católica (também
chamada de Contrarreforma), os jesuítas fazem votos de obediência total à
doutrina da Igreja Católica, tendo Inácio de Loyola declarado:
Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver
determinado.
A companhia logo se espalhou muito. Em Portugal, D. João III pediu missionários e lhe
foram enviados Simão Rodrigues, que fundou a província, e S. Francisco Xavier, que foi
enviado ao Oriente. Na França tiveram a proteção do Cardeal de Guise.
Na Alemanha, os primeiros foram Pedro Faber e Pedro Canísio e outros, que foram
apoiados pela casa da Baviera, logo dirigiram colégios, ensinaram em universidades e
A causa das perseguições contra a companhia costuma ser sua íntima união com
a Santa Sé, a universalidade do apostolado e a firmeza de princípios.
Os jesuítas alcançaram grande influência na sociedade nos períodos iniciais da Idade
[]

Moderna (séculos XVI e XVII), frequentemente eram educadores e confessores dos reis
dessa altura - D. Sebastião de Portugal, por exemplo.
A Companhia de Jesus teve atuação de destaque na Reforma Católica, em parte devido à
sua estrutura relativamente livre (sem os requerimentos da vida na comunidade nem do
ofício sagrado), o que lhes permitiu uma certa flexibilidade de ação. Em algumas cidades
alemãs os jesuítas tiveram relevante papel. Algumas cidades, como Munique e Bona, por
exemplo, que inicialmente tiveram simpatia por Martinho Lutero, ao final permaneceram
como bastiões católicos - em grande parte, graças ao empenho e vigor apostólico de
padres jesuítas.
ORGANIZAÇÃO (professos que ou aquele que professa ou professou uma ordem religiosa)

São membros da ordem os professos, os escolásticos e os coadjutores. Os professos


devem ser doutores e, além dos três votos comuns têm o de obediência ao papa.
O geral, os provinciais, assistentes e os professores de teologia devem ser professos.
O geral, além dos assistentes, tem ainda o admoestador. O órgão superior de
administração é a Congregação Geral na qual tomam parte todos os professos eleitos
por suas províncias. Os assistentes são eleitos pelas províncias e o geral é vitalício.[7]
A companhia possui casas de professos, colégios, residências e missões.
O vestuário depende do lugar onde moram, não têm hábito próprio. Não há a obrigação do
ofício de côro. Após quinze anos de vida religiosa proferem os últimos votos; devem passar
dois anos de noviciado, três de filosofia, alguns de magistério, quatro de teologia, e um
segundo noviciado que é chamado de terceiro ano de aprovação.[7] Como em todas as ordens
religiosas da Igreja Católica, os jesuítas também têm a prática do retiro espiritual, mas de modo
especial praticam os Exercícios Espirituais de Santo Inácio.
EXPANSÃO
Em Portugal, o caráter de milícia era evidente, acabando a Companhia por se tornar a
arma mais poderosa da Contrarreforma. D. João III, aconselhado por Diogo de Gouveia,
solicitou a Loyola o envio de irmãos para a evangelização do Oriente.
Ainda em 1540, chegam a Portugal o basco Francisco Xavier (depois São Francisco
Xavier) e o português Simão Rodrigues. Este permaneceu no reino e aquele partiu para o
Oriente em missão evangélica, chegando ao Ceilão e às Molucas em 1548, e à China em
1552.
As missões iniciais no Japão tiveram como resultado a concessão aos jesuítas de um
enclave feudal em Nagasaki, em 1580. No entanto, o receio em relação a crescente
influência da ordem fez com que esse privilégio fosse abolido no ano de 1587.
Os jesuítas penetraram no Reino do Congo (1547), em Marrocos (1548) e
na Etiópia (1555).
Simão Rodrigues, enquanto isso, criara a primeira casa em Portugal, em 1542,
concretamente o Colégio de Santo Antão o Velho, em Lisboa, logo se seguindo outros -
em Coimbra (1542), Évora (1551) e de novo Lisboa (1553). Em 1555, foi-lhes entregue o
Colégio das Artes em Coimbra e, em 1559, a Universidade de Évora. Em 1560 recebem
em doação o Colégio de São Paulo, em Braga, por D. Frei Bartolomeu dos Mártires [carece de f.
Logo muitos poderosos passaram a querer jesuítas como confessores.
O jesuíta António de Andrade, padre e explorador português, é o primeiro europeu a visitar
o Tibete[9]: em 1624 chega a Tsaparang a capital do reino tibetano de Guge.[10] Outros
missionários jesuítas Gruber e D'Orville chegaram a Lassa em 1661.

PROPOSÍTO, ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS DE COMBATE

 Propósito - da sociedade era promover o progresso eclesiástico e lutar contra os


inimigos a igreja Católica Romana por todos os meios possíveis.
Era trabalho incessante num espírito de lealdade ao papa inquestionável
 Organização – da sociedade em baseada num sistema de disciplina rígida e absoluta
obediência contínua e perfeita.
Cada membro dessa sociedade, a ela se ligava através de um juramento aos seus
superiores imediatos como se estes estivessem no lugar de Jesus Cristo a
ponto de julgá-lo em seus erros.
E assim foi organizou-se um grande máquina sempre pronta a ser usada para qualquer
finalidade, e em qualquer lugar onde fosse útil à Igreja Romana, ou cumprir as
ordens do papa.
 Métodos de combate - três métodos principais de contra-atacar o Protestantismo

Nas igrejas que estabeleceram ou naquelas que conseguiram controlar , colocavam


hábeis pregadores e promoviam reuniões atraentes;

Dispensavam também muita atenção à obra educacional;

Abriam escolas primárias que logo se enchiam, pois o ensino era gratuito e
qualificado.

Os alunos eram naturalmente treinados e demonstrar devoção à Igreja Católica


Romana, e através dos filhos, os jesuítas alcançavam também os pais.

Conseguiram influenciar numerosos jovens que mais tarde ficaram conhecidos


como defensores do Romanismo.

Carácter político era o outro método com os jesuítas dedicaram-se a inspirar nos
governos católicos, devoção à Igreja e ódio ao Protestantismo.
Como resultado dessa política levataram-se tremendas perseguições ao
protestantismo em vários países.

A pressão jesuíta era constante e poderosa no ânimo dos governos. Dentro de


poucos anos os jesuítas se tornaram dominadores da Igreja Católica Romana.

O espírito deles era o da Contrarreforma e o seu ideal era esmagar os dissidentes,


principalmente o Protestantismo.

Atuação no Brasil

Antigo mosteiro dos padres jesuítas, no Maciço de Baturité estado CE

O missionário espanhol José de Anchieta foi, junto com Manuel da Nóbrega, o primeiro jesuíta que
Ignacio de Loyola envia para a América.

A Companhia de Jesus no Brasil


Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 liderados por Manoel de Nóbrega e começaram
sua catequese erguendo um colégio em Salvador da Bahia, fundando a Província
Brasileira da Companhia de Jesus. Cinquenta anos mais tarde já tinham colégios pelo
litoral, de Santa Catarina ao Ceará. Quando o marquês de Pombal os expulsou, em 1760,
eram 670 por todo o país, distribuídos em aldeias, missões, colégios e conventos. Os
primeiros jesuítas que Ignacio enviou para a América foram o espanhol José de Anchieta e
o português Manuel da Nóbrega.[11]
Primeiro professor a pisar em solo brasileiro, Anchieta mantém viva sua história
na Cidade
CO-PADROEIRO - Sua biografia é considerada exemplo de amor e fé. Estimulou a devoção
das pessoas, por ter inúmeros milagres atribuídos a ele

Itanhaém é conhecida até hoje como a ‘Terra de Anchieta’, por sua importância na
biografia do eminente padre

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‘Apóstolo do Brasil’, ‘curador de almas e corpos’, ‘carismático’, ‘fundador da cidade de


São Paulo’, evangelizador, professor, poeta e denominado santo pela Igreja Católica.
As muitas facetas e venerações ao nome do Padre José de Anchieta mostram a sua
importância histórica, cultural e religiosa para o Brasil e a Igreja. E essas reverências
estão presentes nos dias de hoje em Itanhaém, a segunda cidade mais antiga do país,
onde o jesuíta viveu por muitos anos no século XVI.
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Itanhaém é conhecida até hoje como a ‘Terra de Anchieta’, por sua importância na
biografia do eminente padre. Monumentos históricos, documento raro, obra sacra,
homenagens e diversas histórias vividas pelo padre podem ser lembradas em muitos
pontos da Cidade, num misto de religiosidade e história contado por meio de um tour.
Anchieta chegou ao Brasil em 1553, quando se tornou o primeiro professor a pisar em
solo brasileiro. O padre andou por todo o litoral paulista, catequizando índios,
batizando e ensinando. Sua biografia é considerada exemplo de amor e fé. Estimulou
a devoção das pessoas, por ter inúmeros milagres atribuídos a ele. Sua importância é
tamanha que o Papa Francisco assinou decreto que tornou o jesuíta no mais novo
santo da Igreja Católica. São José de Anchieta tornou-se co-padroeiro de Itanhaém
pela Lei Municipal nº 3.928, juntamente com Nossa Senhora da Conceição.
As marcas de Anchieta pela Cidade
Itanhaém mantém viva a memória de um dos mais importantes personagens Brasil
Colonial e dos mais reverenciados jesuítas da Igreja Católica em todo o mundo. José
de Anchieta viveu na segunda cidade mais antiga do país durante o século XVI, entre
1563 e 1595, e suas marcas em Itanhaém podem ser vistas em diversos monumentos
preservados e homenagens realizadas.
VIRGEM DE ANCHIETA – A imagem de Nossa Senhora da Conceição, exposta na
Igreja Matriz de Sant’Anna, é uma das mais importantes imagens sacras brasileiras,
conhecida popularmente como ‘Virgem de Anchieta’. Feita de barro cozido (cerâmica),
a sua origem ainda é assunto de discussão entre os muitos especialistas que a
estudaram. Segundo alguns historiadores, a santa teria sido trazida por José de
Anchieta ao Brasil.
Entre as histórias marcantes, conta-se que, em 1610, o Jesuíta P. Banhos foi curado
por Nossa Senhora da Conceição, onde hoje fica o Convento Nossa Senhora da
Conceição, após sofrer enfermo por 20 anos. Segundo relatos do Frei Basílio Röwer,
publicado no livro Páginas de História Franciscana no Brasil (1941), “a pequena
ermida no morro de Itanhaém tornou-se célebre já no século XVI por causa da imagem
miraculosa que nela se venerava”.
MONUMENTO A ANCHIETA – Esculpido pelo escultor Luiz Morrone, mesmo autor do
desenho do brasão do Estado de São Paulo, em 1956, o monumento retrata a
passagem do padre por Itanhaém. Está na Praça Narciso de Andrade, no Centro
Histórico.
CARTA DE BATISMO – Dentro do Museu Conceição de Itanhaém (antiga casa de
Câmara e Cadeira), na Praça Narciso de Andrade, há um documento muito raro: cópia
da carta de Batismo do Padre José de Anchieta.
CAMA DE ANCHIETA – Encravada entre os costões da Praia da Gruta e da Praia do
Sonho, a formação rochosa foi o local escolhido pelo padre para buscar repouso e
inspiração. Hoje referência em turismo ambiental e religioso, o lugar é acessado por
meio de uma ponte de 220 metros, construída em parceria com o Governo das Ilhas
Canárias, em La Laguna.
POCINHO DE ANCHIETA – Conforme a lenda, o Pocinho foi construído pelos índios
instruídos pelo próprio Padre José de Anchieta, para aprisionamento dos peixes
durante o inverno, quando a pesca era mais abundante. Trata-se de uma formação em
pedras dispostas umas sobre as outras na Praia do Cibratel.
PAINÉIS DE ANCHIETA – Um museu a céu aberto. É assim que podem ser
chamados os Painéis de Anchieta, projeto foi desenvolvido visando compor o cenário
juntamente com a Cama de Anchieta e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. A técnica
usada foi aplicação de pastilhas de vidro, o que torna a obra definitiva. Os painéis
foram feitos nas fachadas dos reservatórios d’águam do Morro do Paranambuco, e
tem um grande alcance visual.
PÚLPITO DE ANCHIETA – É uma pequena elevação localizada na Praia dos
Pescadores. Tradicionalmente tem sua imagem ligada à figura de José de Anchieta,
mas hoje está ocupada por residências. Conta-se que o beato ali subia para apaziguar
e catequizar os indígenas tupiniquins que habitavam a região compreendida entre o
Japuí (hoje, São Vicente) e a região de Itariri.
HOMENAGENS – Em memória ao célebre personagem histórico, dia 9 de junho é
feriado em Itanhaém. Além disso, o Paço Municipal, sede do Poder Executivo, recebeu
o seu nome, e dois bairros do Município (Cidade Anchieta e Jardim Anchieta) remetem
ao célebre jesuíta.
Bibliografia:
CALDAS, André. Itanhaém histórica: um resumo da trajetória da segunda cidade do
Brasil. São Paulo: Editora Daikoku, 2011.
RÖWER, Frei Basílio. Páginas de história franciscana no Brasil. Petrópolis: Editora
Vozes, 1941.
www.itanhaem.sp.gov.br
www.zwarg.com.br
www.cnbb.org.br

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