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Barroco

1601 1768

PROSOPOPÉIA ARCADISMO

BENTO TEIXEIRA
Poema laudatório a Jorge de
Albuquerque Coelho, donatário da
capitania de Pernambuco.
Cantem Poetas o Poder Romano,
Submetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.
 
P H
É
O
R Barroco
Pérola de forma M
O irregular
L E
A M
TEO- ANTROPO-
CENTRISMO CENTRISMO

MER-
FEUDALISMO
CANTILISMO

HOMEM HOMEM
ESTÁTICO DINÂMICO
CONTRA
REFORMA
REFORMA

LUTERO INQUISIÇÃO
Bernardo Guy – Livro das sentenças da Inquisição
Torquemada
Michelangelo DAVI Bernini
Para exaltar os
sentimentos,
as cenas são
teatrais.
Os personagens
parecem
estar em
movimento.
A religiosidade é
dramática, emotiva.
CARAVAGGIO
IDADE MÉDIA RENASCIMENTO

TEOCENTRISMO ANTROPOCENTRISMO

BARROCO

TEOCENTRISMO
E
ANTROPOCENTRISMO

TENTATIVA DE CONCILIAR TENDÊNCIAS CONTRADITÓRIAS


TENSÃO
características
FUSIONISMO FEÍSMO
ATITUDE LÚDICA
DUALISMO
PESSIMISMO
RELIGIOSIDADE
CULTISMO
JOGO DE PALAVRAS
PRECIOSISMO LINGUÍSTICO
JOGO DE CORES

O todo sem a parte não é todo;


A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte, o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo.
GREGÓRIO DE MATOS
CONCEPTISMO
JOGO DE IDÉIAS
ARGUMENTAÇÃO/SILOGISMO
DIALÉTICA SOFISTA

Mui grande é o vosso amor e o meu delito;


Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar
Que, por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
GREGÓRIO DE MATOS
Padre Vieira Gregório de Matos

Prosa Poesia
E PROPOSIÇÃO - TEMA
S
T
INTRÓITO - EXPÕE O PLANO
R INVOCAÇÃO - MARIA
U ARGUMENTAÇÃO - TEMA
T
U
DESENVOLVIDO
R PERORAÇÃO - CONVITE À
A CONVERSÃO
SERMÃO XIV DO ROSÁRIO
Os senhores poucos, os escravos muitos;
os senhores rompendo galas,
os escravos despidos e nus;
os senhores banqueteando,
os escravos perecendo à fome;
os senhores nadando em ouro e prata,
os escravos carregados de ferros;
os senhores tratando-os como brutos,
os escravos adorando-os e temendo-os
como deuses;
ENCOMIÁSTICA
T SACRA
I REFLEXIVO-FILOSÓFICA
P SATÍRICA
O LÍRICO-AMOROSA
S (SENSUAL - PLATÔNICA)
A uma freira, que Se Pica-flor me chamais
satirizando a delgada Pica-flor aceito ser
fisionomia do poeta Mas resta agora saber
lhe chamou Pica-Flor Se no nome que me dais
(DÉCIMA)
Meteis a flor que guardais
Num passarinho melhor.
Se me dais este favor
Sendo só de mim o Pica
E o mais vosso, claro fica
Que fico então Pica-flor.
Aos afetos, e lágrimas derramadas
na ausência da dama a quem queria bem.

Ardor em firme coração nascido;


Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Ao ver os belos olhos da amada, o eu-lírico chora.
As lágrimas são metaforizadas em pares de antíteses:
incêndio/mar – neve/fogo
Tu que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado:
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chama derretido:

O poeta se dirige às lágrimas com sentimentos


contraditórios: fogo aprisionado em cristal/
cristal derretido em chama;
abrasas escondido/ corres desatado.
As lágrimas também são metáforas do
próprio amor.
Se és fogo, como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Porfia: insistência.

Reforça-se o caráter contraditório entre o que


esse sentimento é na realidade e a maneira como ele
se expressa:
fogo – passa brandamente
neve – queima com porfia
Pois, para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.

No último terceto, as antíteses se transformam em


oxímoros. Palavras contraditórias aparecem
juntas realçando a impossibilidade de
expressão do sentimento.
Tema : a dificuldade de conciliar o sentimento
amoroso com sua expressão.

CALOR X FRIO = ANTÍTESE

FOGO X ÁGUA = ANTÍTESE

NEVE ARDENTE
OXÍMOROS QUIASMO
CHAMA FRIA

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