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BREVE HISTÓRIA DO

PENTECOSTALISMO MODERNO
Cessacionismo ou Continuísmo
• O Cessacionismo é a forma de pensar teológica que crê que alguns dons do
Espírito Santo estavam restritos à era da Igreja Primitiva e que após esse
tempo cessaram em grande parte”. Os reformados tendem a se alinhar com
esta posição.
• O Continuísmo é a forma de pensar teológica que entende que tudo aquilo
que Atos e o Novo Testamento apresentam como dons, em quaisquer
espectros, continuam sendo aplicados por Deus para todo o decurso da
história da Igreja. Para eles, os dons não teriam cessado, e os mesmos seriam,
até hoje, a comprovação do poder de Deus e da autoridade concedida à Igreja
e aos membros do Corpo de Cristo”. Os pentecostais e neopentecostais
defendem essa posição.
Desdobramentos após a história de Atos
• Apóstolos de Cristo (100 anos).
• Patrística (Pais da Igreja): Clemente, Inácio, Policarpo, Justino,
Irineu, Orígenes, Tertuliano. Marcado pela forte perseguição da
Igreja e confronto contra as Heresias (Gnosticismo).
• Crescimento estrondoso da Igreja em detrimento da diversidade
de pensamentos a respeito da nova fé.
• Conversão do Imperador Constantino (312 D.C.). Em 313 D.C.
decreto o Edito de Milão, impondo o fim da perseguição da Igreja
(casamento entre a Igreja e o Estado = divórcio entre a Igreja e
Deus). Misto de paganismo e cristianismo.
MONTANO
• Foi um sacerdote pagão da região da Ásia Menor,
chamada Frígia, que se converteu ao cristianismo
em meados do século II.
• Considerava as igrejas e seus líderes
espiritualmente mortos e reivindicava uma “nova
profecia” com todos os sinais e milagres dos dias
ideais da igreja primitiva, no Pentecostes.
• Declarava-se totalmente contrário a todas as
formas de mundanismo, salientando a importância
do martírio e proclamando do retorno iminente de
Cristo, de tal modo que seus adeptos viviam na
expectativa desse evento.
MONASTICISMO
• Após a institucionalização da igreja e consequentemente a união ao Estado,
entramos no período historicamente conhecido como Idade Média (600-
1517 d.C.). A degradação moral da igreja e a vida de santidade que
preservava tanto nos apóstolos, como seus sucessores, não existiam mais. A
igreja institucional entra em um período teologicamente conhecido como
Era das Trevas.
• Os monastérios, como eram conhecidos, formavam comunidades e centros
de aprendizagem, liderados por monges cristãos que incentivavam uma vida
de total devoção à Deus e à prática de estudos, oração e meditação.
• O monasticismo perdurou por toda era da Idade Média como movimento
independente e autossuficiente. Durante o Período das Trevas, os
Monastérios foram luz.
• Definitivamente, um movimento carismático/pentecostal, com todas as
características peculiares da Igreja Apostólica de Cristo, inaugurada no dia de
Pentecostes.
JAN HUSS
• Foi um dos precursores mais importantes da Reforma
Protestante. Ele não apenas foi grandemente usado na Boêmia
para causar um rompimento com a igreja Católica, mas
também profetizou sobre o ministério de Lutero.
• Ele pregava o ideal da pobreza e condenava o patrimônio
terreno dos príncipes da Igreja. Ele defendia a autoridade da
consciência e tentava aproximar a Igreja do povo, através das
pregações. Suas pregações eram feitas na língua tcheca e não
em latim, como determinava a Igreja oficial na época. Só
reconhecia a autoridade da Bíblia nas questões da fé,
repudiava os tribunais da Inquisição e os juízes terrenos.
• Antes de ser executado na fogueira disse para seus algozes:
“Hoje vocês queimam um ganso, mas daqui a cem anos um
cisne surgirá que vocês serão incapazes de cozer ou assar”.
REFORMA PROTESTANTE

Foi a grande transformação religiosa da


época moderna, pois rompeu a unidade
do Cristianismo no Ocidente. No dia 31
de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou
na porta da igreja do Castelo as 95 teses
que criticavam certas práticas da Igreja
Católica.
PIETISMO
• A palavra “pietismo” vem de pietas (piedade, devoção,
religiosidade)
• Tratou-se de um movimento de renovação que pretendia
completar a Reforma protestante iniciada por Martinho
Lutero com uma nova reforme da vida.
• Ressaltava a experiência religiosa pessoal, especialmente o
arrependimento (a experiência da própria indignidade
diante de Deus e da necessidade da graça) e a santificação
(experiência do crescimento pessoal na santidade)
PRINCIPAIS EXPOENTES DO
PIETISMO

Philip Jacob Spener Nikolaus von Zinzendorf (Morávios)


METODISMO
• Extensão do movimento
pietista alemão em solo
inglês
• O metodismo trouxe de
volta para Igreja a
necessidade de uma
experiência religiosa
pessoal

John Wesley
• Apesar da possibilidade de influências como o
puritanismo e o pietismo, a maioria dos autores
considera que a origem básica do movimento
pentecostal se encontra no metodismo wesleyano
e, especificamente, na doutrina mais característica
de John Wesley: a “inteira santificação” ou
“perfeição cristã”, um conceito que ele também
descrevia em termos de “a mente de Cristo”, “plena
devoção a Deus” ou “amor a Deus e ao próximo”.
AVIVALISMO AMERICANO
• Em solo americano, o metodismo deixaria suas marcas. O século
XVIII é considerado o ambiente propício para seu desenvolvimento.
• Com o passar do tempo, as influências do pietismo alemão, do
puritanismo e do movimento metodista se somaram para produzir
mudanças.
• Nas décadas de 1730 e 1740, a ocorrência do Primeiro Grande
Despertamento trouxe revitalização às igrejas protestantes, mas, ao
mesmo tempo, produziu um tipo diferente de cristianismo, mais
emocional, mais independente das antigas estruturas e tradições,
mais desejoso de novas formas de experimentar o sagrado.
CHARLES FINNEY
• Sob a influência de pregadores, como Charles G.
Finney houve um progressivo questionamento
da teologia reformada tradicional, com seu
enfoque na soberania de Deus e uma ênfase
crescente na liberdade, iniciativa, capacidade de
decisão e experiência pessoal, em sintonia com
a nova cultura americana que então se
consolidava. Entre 1824 e 1832, Finney
estabeleceu as formas e os métodos modernos
do reavivamento na América do Norte,
dedicando-se nos quarenta anos seguintes de
sua vida à construção de uma teologia do
reavivamento e da vida cristã.
PENTECOSTALISMO MODERNO
• O movimento pentecostal como é conhecido hoje, surgiu em
Topeka, capital do Kansas, EUA, com o pregador Charles
Parhan, no final do século XIX e início do séc. XX.
Especificamente em 1901.
• William Joseph Seymour, negro, carente de formação
teológica, foi frequentar a escola de Parhan e no ano de 1905,
foi batizado com o Espírito Santo.
• Em 1906, em Los Angeles, na rua Azuza, USA, William
Seymour passou a pastorear a Igreja Missão de Fé Apostólica.
• Os cultos avivados começaram a atrair muita gente, onde
brancos e negros, ricos e pobres, homens e mulheres,
velhos e crianças, se arrependiam, confessavam seus
pecados chorando, louvavam em altas vozes e buscavam
o poder de Deus
• Ensinavam que o Pentecostes significava mais do que
falar em línguas.
• Pregava o amor, o perdão, a igualdade de raças e a
humildade.
A EXPANSÃO DO PENTECOSTALISMO
• Um pastor chamado William Durhan recebeu os dons
da igreja de Seymour. Logo depois, abriu sua própria
igreja em Chicago.
• Foi nessa missão que Louis Francescon, futuro
fundador da CCB recebeu os seus dons.
• Diz ainda que muitos jovens pregadores e aspirantes a
pregadores iam ter com William Durhan para receber
os dons espirituais, dentre eles, Gunnar Vingren e
Daniel Berg, que se tornaram pentecostais em 1908
William Durham e os pioneiros do
pentecostalismo no Brasil

William Durham Louis Francescon Gunnar Vingren Daniel Berg


A EXPANSÃO DO PENTECOSTALISMO
• 1901 – Charles Parhan foi batizado com o Espírito Santo
• 1905 – Charles Parhan abre sua escola em Houston, Texas
• 1905 – William Joseph Seymour foi batizado com o
Espírito Santo na escola de Charles Parhan
• 1906 – William Durhan recebeu os dons na igreja de
Seymour.
• 1908 – Louis Francescon, Gunnar Vingren e Daniel Berg
receberam o batismo com o Espírito Santo.
O PENTECOSTALISMO NO BRASIL
• A metáfora de Paul Freston – 3 ondas
1ª Onda: De 1910 a 1950
• O Pentecostalismo no Brasil teve início em 1910, com a vinda de
Luis Francescon, proveniente da Igreja Presbiteriana nos EUA, o
qual abraçou depois a doutrina pentecostal.
• Diz ter vindo ao Brasil por divina revelação e fundou a CCB
• Em 1911 os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg
vieram dos EUA por orientação do Espírito Santo e fundaram, no
Pará, a Igreja Assembléia de Deus, sob o nome inicial de Missão
da Fé Apostólica
IEAB
• Em 1945, os jovens Mário Roberto Lindstrom,
Oswaldo Fuentes e Alídio Flora Agostinho, vindos
a Igreja Metodista no Brasil foram batizados com
o Espírito Santo e fundaram em 7 de setembro
de 1946 a Igreja Evangélica Avivamento Bíblico
na cidade de Jaçanã (SP)
A 2º Onda: 1950 - 1970
• Até 1950, as duas igrejas predominantes (Cristã do Brasil e
Assembléia de Deus) apenas enfatizavam a oração em
línguas e vida em santidade.
• Depois disso surgiu a Igreja do Evangelho Quadrangular a
qual foi trazida para o Brasil por Harold Williams, que se
instalou em São Paulo, em 1951. A Igreja do Evangelho
Quadrangular havia sido fundada nos EUA em 1923 por
Aimee Semple Mcpherson.
• Essa igreja cresceu muito ao dar ênfase à salvação, cura
divina, batismo com o Espírito Santo e a iminente volta de
Jesus.
• Em seguida veio a Igreja O Brasil para Cristo,
fundada em São Paulo em 1955, pelo Pr. Manoel
de Melo.
• Embora formada depois em 1962, a Igreja Deus
é Amor, fundada pelo Pr. Davi Miranda,
alcançou maior repercussão, estendendo-se para
muitos países.
• A história pentecostal do Brasil conheceu um 2º
estágio, a partir da década de 1970 quando várias
“igrejas tradicionais” se renovaram, buscando o
avivamento espiritual.
• Houve um grande mover do Espírito, de onde
surgiram as Igrejas Batista Nacional, Metodista
Wesleyana, Presbiteriana Renovada, Batista
Renovada e várias comunidades evangélicas com os
mais diversos nomes, espalhadas por todo o Brasil,
com expansão para o Exterior.
A 3º Onda: 1970 - HOJE
• Conhecida como a 3º geração movimento pentecostal do
Brasil, surgiram, nas últimas décadas, as Igrejas
Neopentecostais.
• Das quais, a Igreja Universal do Reino de Deus, formada
em 1977 pelo Bispo Edir Macedo, é a que mais cresce.
• Além da IURD, alcançam destaque, a Igreja Renascer em
Cristo, a Igreja Internacional da Graça de Deus e, mais
recentemente, a Igreja Mundial do Poder de Deus.
CONFISSÃO DE FÉ PENTECOSTAL
1. Doutrina da Trindade.
2. Tricotomia.
3. Dispensacionalismo.
4. Premilenismo.
5. Batismo no Espírito Santo como revestimento de poder
6. Continuísmo nos dons espirituais ( 1 Co 13:10)
7. Ênfase no dom de línguas e na busca dos dons espirituais
8. Oração, com ênfase na crença de que Deus intervém.
9. Possessões demoníacas ainda ocorrem e Cristo liberta
10. Batismo de adultos por imersão, os quais, arrependidos, fizeram confissão
de fé e são batizados como testemunho público de fé.
11. Ceia do Senhor como Memorial.
TEOLOGIA NEOPENTECOSTAL

1.Teologia da Prosperidade
2.Maldição Hereditária
3.Enfermidade nunca mais
4.Prática da Simonia
5.Ênfase da Batalha espiritual

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