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Igreja?
Daniel Conegero
Essa Era Patrística teve início com a redação do último livro do Novo
Testamento, o livro do Apocalipse, e a morte do último apóstolo de Jesus, o
apóstolo João. Isso significa que naquele período a liderança da Igreja
precisou passar por uma transição. Todos os apóstolos de Jesus tinham
morrido, mas Deus levantou pastores e mestres para liderar o seu povo.
A palavra “pai” era uma designação comum atribuída pelos crentes àquelas
pessoas que ocupam os ofícios de liderança na Igreja. Eram os presbíteros
ou bispos da Igreja Antiga. Daí vem a expressão “Pais da Igreja”.
Além disso, eles também fizeram citações dos escritos do Novo Testamento
mostrando que já naquele tempo os livros neotestamentários eram
recebidos pelos crentes como que possuindo autoridade divina para regular
a vida cristã. Outros escritos da época dos Pais Apostólicos são: O Pastor de
Hermas e o Didaquê, com autores desconhecidos.
Os Pais Apologistas
O segundo grupo de Pais da Igreja era formado pelos Apologistas. Os
Apologistas foram aqueles líderes da Igreja Antiga que tiveram em seus
ministérios o grande objetivo de defender a Fé Cristã.
Justino Mártir: foi uma pessoa versada em muitas filosofias, mas que
encontrou a verdade nas Escrituras. Depois de sua conversão, Justino
Mártir dedicou sua vida a apresentar a superioridade do Cristianismo
sobre qualquer filosofia ou religião. Ele ficou conhecido como “Justino
Mártir” pelo fato de ter sido martirizado em Roma por não negar sua
fé em Cristo.
Então foi com esse grupo de Pais da Igreja que entre 300 e 600 d.C. os
cristãos começaram a pensar teologicamente de forma mais sistematizada e
com uma análise teológica mais bem definida.
Em terceiro lugar, os Pais da Igreja não eram perfeitos. As obras que eles
produziram também não são infalíveis. Apenas a Bíblia é perfeita, infalível,
inerrante e autoritativa. Os Pais da Igreja eram homens como nós, sujeitos
às mesmas falhas que nós. Inclusive, alguns de fato chegaram a falhar de
forma grave. Mas em sua providência, Deus usou esses homens para instruir
o seu povo durante os primeiros séculos da Igreja Cristã; mostrando que
realmente o sucesso de sua obra não repousa sobre as habilidades
humanas, mas sobre sua graça soberana.
Portanto, se por um lado jamais devemos olhar para os Pais da Igreja com
algum tipo de idolatria, por outro lado não podemos nos esquecer de que
esses homens piedosos foram levados à morte por sua fé em Cristo; eles
dedicaram suas vidas à causa do Evangelho e ao ministério de auxiliar
outros cristãos a estarem preparados para responder a qualquer um que
lhes pedir a razão da esperança que há neles (1 Pedro 3:15).