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Capítulo 3 – Idade Média – Transformações políticas e sociais

O poder da Igreja medieval


O pensamento predominante na Europa Medieval era o teocentrismo, que colocava
Deus no centro de tudo.

Isso se manifestava na cultura, e a Igreja mantinha seu poder diante do que


entendia como ameaças.

O poder católico estava bastante ligado ao feudalismo, sistema econômico-social


predominante na Europa Medieval.
O poder da Igreja medieval
Essa forma de divisão social era justificada como fazendo parte da vontade divina.

Durante o Período Feudal, a Igreja chegou a concentrar cerca de um terço das


terras.

Nobres, reis e senhores feudais frequentemente se aliavam a ela, professando a fé


cristã e protegendo a instituição.

Por isso, mesmo com o poder político fragmentado entre os feudos, a instituição
permaneceu forte, mantendo sua influência.
O poder da Igreja medieval
O papa se tornou uma das principais autoridades da Idade Média, e a ele estavam
subordinados os vários monges, abades, padres e bispos espalhados pelo território
europeu.

Ao longo do tempo, a Igreja Católica também estabeleceu uma série de dogmas -


doutrinas aceitas como verdades incontestáveis.

Ao seguir essas regras, de acordo com a pregação católica, os fiéis garantiam um


lugar no Paraíso.
O poder da Igreja medieval
Outro conceito que estimulava a obediência dos fiéis era o dos Sete Pecados
capitais, anterior ao cristianismo, mas utilizado com eficácia pela Igreja.

Pecados capitais são aqueles que, se cometidos, não têm perdão a menos que
sejam confessados.

São eles: gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e soberba.

A perspectiva de condenação eterna e a busca da salvação compeliam os fiéis ao


cumprimento dos dogmas, e preservavam a influência da instituição.
Combate às heresias
partir do século XII, movimentos religiosos considerados hereges, ou seja,
contrários aos dogmas da Igreja, começaram a chamar atenção.

Alguns deles simplesmente possuíam crenças divergentes da doutrina católica,


enquanto outros representavam ameaça a forma de funcionamento da sociedade
medieval.
Valdenses
Os valdenses seguiam os ensinamentos do francês Pedro Valdo, mercador de
Lyon, que distribuiu suas riquezas aos mais pobres e abandonou suas funções.

Eles negavam a supremacia da Igreja Católica Romana, defendiam a vida simples,


pregavam o voto de pobreza, recusavam a veneração aos santos e criticavam o
poder dos sacerdotes.
Valdenses
Em 1184, eles foram
excomungados (expulsos da
Igreja) e passaram a sofrer
perseguições, mas existem até
hoje.

Em 2015, o papa Francisco pediu


perdão publicamente aos
valdenses pela violência da Igreja
contra eles no passado.
Cátaros
Muitos deles viviam no território de Albi, em Languedoc, no sul da França, por isso
também ficaram conhecidos como albigenses.

Eles acreditavam que existiam dois deuses: o deus bom, do mundo espiritual, que
deseja a libertação da alma humana; e o deus mau, ou Satanás, que criou o mundo
físico e aprisionou as almas em corpos.

Por isso, viam o corpo como algo maligno.


Cátaros
Os cátaros também acreditavam na reencarnação e rejeitavam a maioria dos ritos
católicos.

Nessa época, não existia liberdade religiosa e as disputas sobre fé podiam ser
mortais. Conflitos entre católicos e albigenses eram cada vez mais comuns.

Tentativas de diálogo fracassaram, até que, por fim, um enviado papal foi
assassinado em Languedoc.
Cátaros
Como resultado, em 1209, o papa Inocêncio III iniciou, junto com nobres e
poderosos, uma série de ataques contra esse grupo, que ficou conhecida como
Cruzada Albigense (as Cruzadas serão estudadas posteriormente).

Ao longo de 35 anos, foram massacrados milhares de cátaros e o grupo religioso


foi finalmente suprimido.
Inquisição medieval
Apesar dos resultados alcançados contra os cátaros, a Igreja precisava de
mecanismos para evitar que mais heresias se espalhassem.

Novos grupos heréticos surgiam e ameaçavam a influência da instituição, bem


como a unidade social e religiosa da população.

Em 1233, enquanto ainda ocorria a Cruzada Albigense, o papa Gregório IX


organizou um sistema de tribunais para investigar e julgar pessoas acusadas de
heresia, chamado de Inquisição.
Inquisição medieval
Por meio dela, a Igreja Católica pôde reafirmar seu poder sobre grande parte da
Europa Medieval, nas atuais regiões da Itália, da França e de partes da Alemanha.

Os inquisidores, membros da Igreja com poder de processar e julgar os cidadãos,


buscavam denúncias de heresia pela Europa.

As pessoas poderiam ser acusadas da prática de religiões diferentes, imoralidade


sexual, feitiçaria, homossexualidade etc.
Inquisição medieval
O nível e a quantidade de punições variaram conforme o local e a época.

A pena mais comum era a excomunhão, mas os hereges podiam ter seus bens
confiscados, ser perseguidos, torturados e até mortos.

Muitas vezes também eram entregues ao Estado, que poderia puni-los como
preferisse.
Inquisição medieval
Durante séculos, a Igreja foi nomeando mais inquisidores e estabelecendo métodos
de investigação e punição dos hereges, mas isso não impediu o surgimento de
diversos movimentos religiosos, como os lollardos e os hussitas, que criticavam o
poder excessivo e algumas práticas da Igreja Católica.
Inquisição medieval
Os seguidores do teólogo inglês John Wycliffe, no século XIV, ficaram conhecidos
como lollardos, termo pejorativo da época.

Criticavam o poder excessivo da Igreja, valorizavam a pobreza e defendiam o livre


acesso às escrituras.

Wycliffe foi declarado herege e teve suas ideias proibidas pela Igreja em 1381.

No século XV, o pregador Jan Hus, nascido na Boêmia (parte da atual República
Tcheca) inspirou-se em Wycliffe.
Inquisição medieval
Seus seguidores, os hussitas, queriam uma reforma interna na Igreja, pedindo
liberdade de pregação e criticando práticas como acúmulo de posses e venda de
favores espirituais.

Hus foi queimado na fogueira por heresia, e os hussitas se envolveram em guerras


com os católicos, que deixaram muitos mortos.

Os lollardos, os hussitas e os valdenses são considerados inspiração para a


Reforma Protestante, movimento que rompeu com a Igreja Católica no século XVI.
Inquisição medieval
Na Idade Moderna, período seguinte
à Idade Média, o processo da
Inquisição se intensificou em outros
países, como os atuais territórios de
Portugal, Espanha e Alemanha, em
reação a ameaças como o islamismo
e o protestantismo.
Ordens religiosas

Durante a Idade Média, diversas ordens religiosas foram criadas dentro da Igreja
Católica.

Grupos com regras específicas para a vida dos membros, pensadas para auxiliar
na devoção a Deus, no cumprimento de algum propósito específico da instituição.
Ordens monásticas e mendicantes
Desde a Antiguidade, alguns cristãos escolhiam viver de forma mais simples, sob
votos de castidade e pobreza, por exemplo.

Desses grupos surgiram as ordens monásticas, cujos membros viviam isolados em


mosteiros e se dedicavam ao trabalho intelectual e à oração.

O marco inicial das ordens ocorreu no século VI, quando São Bento de Nursia
fundou um mosteiro no Monte Cassino, na Itália, e criou a Ordem dos Beneditinos.
Ordens monásticas e mendicantes
Isso deu origem ao clero regular, composto por membros da Igreja mais voltados às
atividades espirituais e à pregação e prática dos valores cristãos.

A Ordem dos Beneditinos foi modelo para outras ordens surgidas na Idade Média,
como a dos Franciscanos e a dos Dominicanos, de São Domingos de Gusmão.

Eram ordens mendicantes, as quais viviam das doações dos fiéis. Também eram
urbanas, ou seja, habitavam as cidades, ficando menos isoladas que os monges.
Ordens militares
Na Baixa Idade Média, começaram a surgir também ordens religiosas militares,
formadas para proteger o reino de Cristo contra ameaças.

Elas eram formadas por cavaleiros, que, além de servir aos nobres, passaram a
representar a Igreja em campanhas de guerra.

Dentre as principais ordens militares estavam a dos hospitalários, a dos teutônicos


e a mais famosa, a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Ordens militares
Os templários foram criados no início do século XII para proteger cristãos que
viajavam para Jerusalém e defender lugares sagrados da religião.

Ganharam prestígio na Igreja e viviam juntos e seguiam votos de castidade e


pobreza.

A ordem ficou bastante rica. Seus líderes militares vestiam um manto branco com
uma cruz vermelha no centro, que se tornou um símbolo famoso dos cavaleiros.
Ordens militares
Interessado nas riquezas da ordem, o rei francês Felipe IV, no início do século XIV,
acusou os templários de várias heresias e passou a persegui-los.

A ordem entrou em declínio e desapareceu em pouco tempo.

Devido ao poder alcançado pela Ordem Templária e sua rápida queda, ela se
tornou objeto de várias lendas.
Ordens militares
Algumas afirmam que os
templários continuaram existindo
como uma organização secreta;

outras dizem que eles teriam


obtido relíquias com poderes
milagrosos, que foram
escondidas antes do
desaparecimento da ordem.
As Cruzadas
No século XI, os muçulmanos controlavam um vasto território, desde a Índia até a
Península Ibérica, incluindo o norte do continente africano.

Desde o ano 638, tinham também o controle de Jerusalém.

A influência da Igreja na sociedade medieval era grande. No século XI, ela


conseguiu formar um exército e dar início a uma guerra contra os muçulmanos.

O conflito, com várias interrupções, durou dois séculos.


As Cruzadas
Entre os participantes estavam vários cavaleiros e membros das ordens religiosas
militares.

Em 1095, o papa Urbano Il conclamou os cristãos a participarem de uma "guerra


santa" .

O objetivo de combater os muçulmanos, considerados inimigos do cristianismo, e


expulsá-los de Jerusalém.

Era uma empreitada difícil e arriscada.


As Cruzadas
No início, Urbano II teve dificuldades para mobilizar a população, principalmente os
cavaleiros.

O povo foi motivado por razões econômicas e religiosas: perdão de suas dívidas e
a garantiria um lugar no reino dos céus.

As Cruzadas, conjunto de oito expedições de caráter militar e religioso ocorridas


entre os séculos XI e XIII e organizadas pela Igreja, pelos reis e pelos senhores
feudais, visando à conquista de Jerusalém.
As Cruzadas
Além dessas expedições, ocorreram ainda diversas outras iniciativas, como a
Cruzada Popular e a Cruzada dos Nobres.

As expedições ganharam esse nome por causa do símbolo da cruz usado por
muitos soldados e cavaleiros.

Das oito expedições, a primeira delas (1095-1099) foi a única que teve certo êxito,
pois os cristãos dominaram Jerusalém em 1099.
As Cruzadas
em 1187, a cidade foi reconquistada pelos muçulmanos. Algumas cruzadas se
desviaram de sua finalidade inicial.

A quarta expedição (1201-1204), patrocinada pelos mercadores de Veneza, mudou


de rumo e saqueou a cidade de Constantinopla.

A oitava (1270) fracassou ao tentar invadir a cidade de Túnis (atual Tunísia).

Há ainda relatos de que, em 1212, jovens pregadores teriam liderado duas


cruzadas não oficiais compostas por milhares de crianças.
As Cruzadas
em 1187, a cidade foi reconquistada pelos muçulmanos. Algumas cruzadas se
desviaram de sua finalidade inicial.

A quarta expedição (1201-1204), patrocinada pelos mercadores de Veneza, mudou


de rumo e saqueou a cidade de Constantinopla.

A oitava (1270) fracassou ao tentar invadir a cidade de Túnis (atual Tunísia).

Há ainda relatos de que, em 1212, jovens pregadores teriam liderado duas


cruzadas não oficiais compostas por milhares de crianças.
As Cruzadas
Com as Cruzadas, além de reconquistar a chamada Terra Santa, a Igreja pretendia
recuperar seu prestígio junto à população europeia.

A instituição se encontrava abalada pelas diversas acusações de prática de


corrupção por parte de seus representantes e pelas divergências internas.

Em 1054, houve a divisão da Igreja em duas, a Católica, com sede em Roma, e a


Ortodoxa, com sede em Constantinopla.
As Cruzadas

Os nobres, se interessavam em participar das Cruzadas pensando nas pilhagens


que poderiam ser feitas durante essas expedições.

Os camponeses, muitos entraram na guerra com a esperança de conquistar sua


liberdade, uma vez que se encontravam presos à terra pelos laços da servidão.
Reaquecimento da economia
Se as Cruzadas, de fato, não alcançaram seu objetivo inicial, elas serviram para
estimular as relações comerciais entre o Oriente e o Ocidente.

No auge do sistema feudal, por volta do século VIII, a economia não dependia
muito da circulação da moeda.

Os feudos eram praticamente autossustentáveis, eram capazes de produzir tudo


aquilo de que seus moradores necessitavam.
Reaquecimento da economia
Os alimentos, os móveis, as ferramentas e o vestuário do dia a dia, eram feitos
pelos moradores do feudo, que fabricavam o que consumiam, sem excedentes que
pudessem ser vendidos.

Desse modo, o comércio no mundo feudal era ainda pouco relevante. Aconteciam,
no máximo, trocas regulares de mercadorias entre um feudo e outro.

Ainda assim, essas negociações eram de pequeno volume. O dinheiro, portanto,


era escasso.
Reaquecimento da economia
E, para dificultar ainda mais o comércio, as moedas variavam muito, pois cada
senhor feudal costumava ter a sua própria.

Com as Cruzadas, essa situação foi se modificando. Mascates, ambulantes ou


mercadores passaram a viajar com as expedições que partiam rumo ao Oriente.

Eles levavam consigo mercadorias de que os cruzados necessitariam durante o


período longe de suas terras.
Reaquecimento da economia
Muitos cruzados de origem nobre, ao retornarem, traziam uma variedade de
produtos de grande aceitação no mercado europeu, como roupas requintadas,
seda da China e especiarias (cravo, canela, pimenta, noz-moscada etc.).

Essas mercadorias, significavam símbolo de poder e riqueza e mercadores de


várias cidades da Península Itálica, como Genova e Veneza, intensificaram o
comércio com o Oriente, abrindo novas rotas comerciais.
Feiras, ligas e seguros
A intensificação do comércio levou ao reaparecimento das feiras regulares nos
cruzamentos das principais rotas comerciais percorridas pelos mercadores.

No século XII, o comércio europeu entre a região do Mediterrâneo e o norte da


Europa se concentrou, em torno das feiras da região de Champagne (França).

Outras regiões ganharam destaque, como Sevilha, na Península Ibérica; Pisa, na


Península Itálica; e Antuérpia, na região de Flandres, na atual Bélgica.
Feiras, ligas e seguros
Os mercadores se organizaram, criando associações que estabeleciam regras
comuns para o comércio e promoviam uma padronização de pesos e medidas.

Uma dessas associações foi a Liga Hanseática, que chegou a reunir mercadores
de cerca de 150 cidades do Sacro Império Romano-Germânico.

O crescimento das atividades mercantis promoveu o surgimento dos primeiros


seguros contra perda ou roubo de carga.

Também tornaram-se cada vez mais comuns as atividades bancárias, como os


empréstimos a juros e as letras de câmbio.
O renascimento urbano
Durante o período Feudal, as cidades europeias não deixaram de existir, mas a
vida urbana entrou em declínio, a maior parte da população concentrava-se na
zona rural, nos feudos.

A retomada do comércio, observada a partir do século XII, desempenhou papel


fundamental para o renascimento da vida urbana.

Muitas cidades, por exemplo, surgiram próximas às feiras organizadas pelos


comerciantes no entroncamento de estradas.
O renascimento urbano
Era comum que os mercadores se estabelecessem no entorno de catedrais e
abadias, onde estavam localizadas as residências de muitos moradores.

A presença dos mercadores nessas áreas foi se tornando cada vez maior e levando
mais gente para o local, dando origem a cidades.

Situação semelhante aconteceu nas imediações dos burgos, espaços urbanos


fortificados.
O renascimento urbano
Os que viviam do lado de dentro dos burgos eram conhecidos como burgueses.
Eram pessoas livres, que não estavam vinculadas a nenhum senhor feudal.

Por isso, no século XI, o termo "burguês" passou a significar "pessoa livre". Pode-
se dizer que foi nesse momento que a burguesia surgiu como grupo social.

Cada vez mais, mercadores foram se instalando do lado de fora dessas muralhas,
formando o que o historiador Leo Huberman chamou de "burgo extramural".
O renascimento urbano
Em pouco tempo, esse espaço externo tornou-se mais importante do que o próprio
burgo.

Paliçadas foram construídas ao seu redor, e as antigas muralhas fizeram-se


desnecessárias. Constituía-se uma nova cidade, maior e mais dinâmica
economicamente.

Entre 1100 e 1300, surgiram na Europa Ocidental cerca de 140 novos centros
urbanos.
O renascimento urbano
A maior parte dessas cidades nasceu dentro dos próprios feudos e, por isso, seus
moradores precisavam pagar taxas e impostos aos senhores feudais.

Para conseguir autonomia -criar suas próprias leis, seus próprios tributos etc. - as
cidades necessitavam das cartas de franquia, fornecidas pelos senhores feudais.

Em diversas ocasiões, essas cartas eram dadas de forma pacífica, mas em outras
só eram obtidas com o uso da força.
As oficinas
Com a expansão urbana, os feudos foram se enfraquecendo cada vez mais.
Diversos camponeses, inclusive, fugiam para as cidades em busca de liberdade.

Ali, muitos abriam pequenas oficinas, nas quais exerciam atividades variadas, como
as de sapateiro, ferreiro, tecelão etc.

Os artesãos, donos de empreendimentos, eram conhecidos como mestres.


Detinham o conhecimento técnico necessário para a produção de suas mercadorias.
As oficinas
Se o negócio progredisse, os mestres podiam contratar um ajudante (oficial), ou ter
jovens aprendizes, que ingressavam nas oficinas ainda crianças a fim de aprender a
profissão.

Os pais desses aprendizes custeavam o aprendizado por um período de dois a doze


anos e, quando os jovens dominavam o ofício, estavam em condições de abrir sua
própria oficina.

Os mestres eram donos tanto da matéria-prima como das ferramentas, e ainda se


encarregavam de fazer a venda de seus produtos.
As oficinas
A partir do século XII, esses mestres passaram a se congregar nas chamadas
corporações de ofício, associações nascidas com o objetivo de defender os
interesses coletivos das diferentes categorias de artesãos.

Se preocupavam em garantir a qualidade dos produtos fabricados e em impedir que


as oficinas produzissem em excesso, evitando uma queda no preço final dos artigos.
As oficinas
A pequena oficina, formada por um mestre e seus ajudantes, foi a unidade fabril
típica dessa época.

No século XIII, burgueses enriquecidos com o comércio, em vez de comprar os


produtos dos artesãos para revendê-los, passaram a criar manufaturas e a contratar
artesãos para trabalhar para eles.

Dessa maneira, começava a surgir, entre os burgueses, o que viria a ser conhecido
como capitalismo.
 

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