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Por isso, mesmo com o poder político fragmentado entre os feudos, a instituição
permaneceu forte, mantendo sua influência.
O poder da Igreja medieval
O papa se tornou uma das principais autoridades da Idade Média, e a ele estavam
subordinados os vários monges, abades, padres e bispos espalhados pelo território
europeu.
Pecados capitais são aqueles que, se cometidos, não têm perdão a menos que
sejam confessados.
Eles acreditavam que existiam dois deuses: o deus bom, do mundo espiritual, que
deseja a libertação da alma humana; e o deus mau, ou Satanás, que criou o mundo
físico e aprisionou as almas em corpos.
Nessa época, não existia liberdade religiosa e as disputas sobre fé podiam ser
mortais. Conflitos entre católicos e albigenses eram cada vez mais comuns.
Tentativas de diálogo fracassaram, até que, por fim, um enviado papal foi
assassinado em Languedoc.
Cátaros
Como resultado, em 1209, o papa Inocêncio III iniciou, junto com nobres e
poderosos, uma série de ataques contra esse grupo, que ficou conhecida como
Cruzada Albigense (as Cruzadas serão estudadas posteriormente).
A pena mais comum era a excomunhão, mas os hereges podiam ter seus bens
confiscados, ser perseguidos, torturados e até mortos.
Muitas vezes também eram entregues ao Estado, que poderia puni-los como
preferisse.
Inquisição medieval
Durante séculos, a Igreja foi nomeando mais inquisidores e estabelecendo métodos
de investigação e punição dos hereges, mas isso não impediu o surgimento de
diversos movimentos religiosos, como os lollardos e os hussitas, que criticavam o
poder excessivo e algumas práticas da Igreja Católica.
Inquisição medieval
Os seguidores do teólogo inglês John Wycliffe, no século XIV, ficaram conhecidos
como lollardos, termo pejorativo da época.
Wycliffe foi declarado herege e teve suas ideias proibidas pela Igreja em 1381.
No século XV, o pregador Jan Hus, nascido na Boêmia (parte da atual República
Tcheca) inspirou-se em Wycliffe.
Inquisição medieval
Seus seguidores, os hussitas, queriam uma reforma interna na Igreja, pedindo
liberdade de pregação e criticando práticas como acúmulo de posses e venda de
favores espirituais.
Durante a Idade Média, diversas ordens religiosas foram criadas dentro da Igreja
Católica.
Grupos com regras específicas para a vida dos membros, pensadas para auxiliar
na devoção a Deus, no cumprimento de algum propósito específico da instituição.
Ordens monásticas e mendicantes
Desde a Antiguidade, alguns cristãos escolhiam viver de forma mais simples, sob
votos de castidade e pobreza, por exemplo.
O marco inicial das ordens ocorreu no século VI, quando São Bento de Nursia
fundou um mosteiro no Monte Cassino, na Itália, e criou a Ordem dos Beneditinos.
Ordens monásticas e mendicantes
Isso deu origem ao clero regular, composto por membros da Igreja mais voltados às
atividades espirituais e à pregação e prática dos valores cristãos.
A Ordem dos Beneditinos foi modelo para outras ordens surgidas na Idade Média,
como a dos Franciscanos e a dos Dominicanos, de São Domingos de Gusmão.
Eram ordens mendicantes, as quais viviam das doações dos fiéis. Também eram
urbanas, ou seja, habitavam as cidades, ficando menos isoladas que os monges.
Ordens militares
Na Baixa Idade Média, começaram a surgir também ordens religiosas militares,
formadas para proteger o reino de Cristo contra ameaças.
Elas eram formadas por cavaleiros, que, além de servir aos nobres, passaram a
representar a Igreja em campanhas de guerra.
A ordem ficou bastante rica. Seus líderes militares vestiam um manto branco com
uma cruz vermelha no centro, que se tornou um símbolo famoso dos cavaleiros.
Ordens militares
Interessado nas riquezas da ordem, o rei francês Felipe IV, no início do século XIV,
acusou os templários de várias heresias e passou a persegui-los.
Devido ao poder alcançado pela Ordem Templária e sua rápida queda, ela se
tornou objeto de várias lendas.
Ordens militares
Algumas afirmam que os
templários continuaram existindo
como uma organização secreta;
O povo foi motivado por razões econômicas e religiosas: perdão de suas dívidas e
a garantiria um lugar no reino dos céus.
As expedições ganharam esse nome por causa do símbolo da cruz usado por
muitos soldados e cavaleiros.
Das oito expedições, a primeira delas (1095-1099) foi a única que teve certo êxito,
pois os cristãos dominaram Jerusalém em 1099.
As Cruzadas
em 1187, a cidade foi reconquistada pelos muçulmanos. Algumas cruzadas se
desviaram de sua finalidade inicial.
No auge do sistema feudal, por volta do século VIII, a economia não dependia
muito da circulação da moeda.
Desse modo, o comércio no mundo feudal era ainda pouco relevante. Aconteciam,
no máximo, trocas regulares de mercadorias entre um feudo e outro.
Uma dessas associações foi a Liga Hanseática, que chegou a reunir mercadores
de cerca de 150 cidades do Sacro Império Romano-Germânico.
A presença dos mercadores nessas áreas foi se tornando cada vez maior e levando
mais gente para o local, dando origem a cidades.
Por isso, no século XI, o termo "burguês" passou a significar "pessoa livre". Pode-
se dizer que foi nesse momento que a burguesia surgiu como grupo social.
Cada vez mais, mercadores foram se instalando do lado de fora dessas muralhas,
formando o que o historiador Leo Huberman chamou de "burgo extramural".
O renascimento urbano
Em pouco tempo, esse espaço externo tornou-se mais importante do que o próprio
burgo.
Entre 1100 e 1300, surgiram na Europa Ocidental cerca de 140 novos centros
urbanos.
O renascimento urbano
A maior parte dessas cidades nasceu dentro dos próprios feudos e, por isso, seus
moradores precisavam pagar taxas e impostos aos senhores feudais.
Para conseguir autonomia -criar suas próprias leis, seus próprios tributos etc. - as
cidades necessitavam das cartas de franquia, fornecidas pelos senhores feudais.
Em diversas ocasiões, essas cartas eram dadas de forma pacífica, mas em outras
só eram obtidas com o uso da força.
As oficinas
Com a expansão urbana, os feudos foram se enfraquecendo cada vez mais.
Diversos camponeses, inclusive, fugiam para as cidades em busca de liberdade.
Ali, muitos abriam pequenas oficinas, nas quais exerciam atividades variadas, como
as de sapateiro, ferreiro, tecelão etc.
Dessa maneira, começava a surgir, entre os burgueses, o que viria a ser conhecido
como capitalismo.