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A Igreja Católica foi a instituição mais poderosa durante a Idade Média, tendo
poder econômico, político, social e especialmente o poder espiritual. A igreja controlava
a interpretação da Bíblia, por isso, tinha o poder de controlar a população que temia o
inferno, visto que para a Igreja Católica quem não seguia seus preceitos tinha como
destino certo o inferno. O poder da Igreja não se resume ao controle espiritual que, diga-
se de passagem, é muito importante na hegemonia das massas, mas se estende aos
domínios da economia, política, assistência social e a educação. Em relação ao poder
econômico, a Igreja Católica era mais rica que muitos reinos da época, já que sua fonte
de renda era o dízimo, que correspondia à 10 % do total de ganhos da população. Com
isso, a Igreja conseguiu acumular um grande capital, que se divida em terras e
propriedades, além dos testamentos deixados para a Igreja e as posses que eram
confiscadas no tribunal da Santa Inquisição.
Por sua vez, o Tribunal do Santo Ofício (ou Tribunal da Santa Inquisição) foi
criado formalmente pela Igreja Católica em 1233, pelo Papa Gregório IX, e tinha por
objetivo julgar e punir as pessoas que praticavam heresia. Durante o período de
existência do Tribunal do Santo Ofício, diversos grupos foram perseguidos por serem
considerados hereges, como judeus, muçulmanos, cátaros, valdenses, entre outros.
A partir de 1095, após a convocação do papa Urbano II, a Igreja Católica iniciou
um movimento militar chamado de Cruzadas para conquistar Jerusalém, o Santo
Sepulcro e qualquer outro local na Palestina considerado sagrado e que estivesse na
posse dos muçulmanos. Para justificar as Cruzadas foi desenvolvido o conceito de
Guerra Justa, que afirmava que a guerra era aceitável se fosse realizada contra um
pagão, nesse caso o muçulmano. Ao todo foram realizadas oito cruzadas ao longo de
mais de cem anos. A primeira Cruzada ficou marcada pela violência da conquista de
Jerusalém em 1099. A cidade retorna ao domínio muçulmano em 1187. As cruzadas
contribuíram para o afastamento entre cristãos e muçulmanos, mas também foi muito
importante no renascimento do comércio na Europa, tendo em vista os contatos que
foram feitos durante as expedições.