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História da Igreja no primeiro milênio

1- Igreja Primitiva 0 - 313

1.1 - Apóstolos

A Igreja nascente passando de Cristo para os apóstolos. Inicialmente a igreja local


estavam em Jerusalém e localidades próximas. Os primeiros cristãos eram provenientes dos
Judeus e gentios convertidos ao judaísmo, que confessavam sua fé em Jesus Cristo como o
Messias.

Os Apóstolos tem grande influência na Igreja neste período, sendo liderados por
Pedro, que sucessão de Cristo após sua crucificação, continua a espalhar seus ensinamentos.
Os apóstolos saem em missão para regiões distantes para ensinar tudo o que presenciaram e
viveram com Cristo, tendo a igreja neste período sua primeira expansão.

Os Judeus acreditavam que os apóstolos era uma seita originada do judaísmo, e


afirmavam que praticavam uma religião misteriosa em torno de Jesus, e as ideias que
contrapõe os Judeus, mesmo no início muitas comunidades cristas sendo confundidas como
judaicas, estas diferenças aos poucos vão aparecendo, principalmente nos relatos do novo
testamento.

O Império Romano não reconhece o cristianismo, e obrigavam as pessoas a cultuar os


deuses dos imperadores. Ao contrário do Cristianismo que exigia lealdade a Cristo e seus
ensinamentos, pessoas que se recusam a prestar culto os deuses do imperador eram
geralmente mortos (martirizadas) em nome da fé. Os cristãos tinham que realiza suas reuniões
as escondidas e a noite, pois sofriam fortes perseguições romanas, um período em que
assumir ser cristão, corria risco de morrer.

Paulo que converte ao Cristianismo tem grande responsabilidade na pregação da fé em


Cristo, suas cartas destinadas as comunidades Cristã, vai compor junto com os quatro
evangelhos e com revelação dadas a João, o Novo Testamento.

Algumas divergências doutrinais na Igreja nascente levou a convocação do primeiro


concilio de Jerusalém, a reunião entre os apóstolos e lideranças cristãs. A dificuldade era
entender se os gentios (não- judeus) precisavam seguir a lei de mosaica para poder ser salvos,
inclusive fazer se circuncidar. O Concilio Apostólico em Jerusalém e descrito na Bíblia em Atos
dos Apóstolos capitulo 15, precisamente em AT 15, 19-20 temos a conclusão deste encontro:
“Portanto, julgo que não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a
Deus. Ao contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida
contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do
sangue.”

Dos doze apóstolos chamados por Jesus chamados por Jesus, dez deles morreram
como mártires, com exceção de Judas Iscariotes, que tirou a própria vida e João que viveu até
o final do século I, acredita- se que tenha morrido por causas naturais.
1.2- Padres apostólicos

Consideramos os padres apostólicos aquele que tiveram contato diretos com os


apóstolos e comunidades cristãs no final do século I e século II e também deixaram sua marca
na História da Igreja Católica. Seus trabalhos e escritos são a continuidade do trabalho
realizado pelos apóstolos.

Neste período há muita diversidade nas celebrações cristãos, nos ensinamentos e


doutrinas, mas a Igreja nascente continua unida, é uma época em que a comunicação é mais
lenta. A hierarquia na Igreja começa a tomar forma e já desde o início a Igreja de Roma já
mostra uma predominância em outras diocese em assuntos de fé.

Clemente I (88 a 99 d.C.) foi o quarto bispo de Roma e contemporâneo a São Pedro e
assim como seus antecessores Lino e Cleto, aprendeu muito com o primeiro papa. Escreveu
inúmeras cartas que foram consideradas as primeiras cartas depois do Novo Testamento, suas
catas fora de grandes importâncias as primeiras comunidades cristãs.

São Barnabé é o único dos padres apostólicos referenciado na Bíblia. De origem judaica
converteu se a cristianismo através de Paulo, e após sua conversão passou a viajar com Paulo
para pregar a conversão dos pagãos. Era contra a circuncisão dos cristãos, algo comum nos
primeiros séculos, participou do Concilio de Jerusalém, defendendo sua posição. Escreveu uma
Epistola aos Coríntios, um dos documentos mais famosos nos primeiros séculos.

Inacio de Antioquia, foi bispo de Antioquia, provavelmente teve contato direto com João,
no qual exerceu influencia em seus escritos. Escreveu sete cartas e ensinava sobre os
sacramentos e a hierarquia na Igreja.

Policarpo de Esmirna, foi bispo de Esmirna, região da Turquia, foi discípulo do apostolo
João e teve contato com outros apóstolos. Grande defensor da fé e tinha grande preocupação
em transmitir lá ao seu rebanho. Escreveu várias cartas, mas a única que preservou até hoje foi
a endereçada aos Filipenses no ano 110.

Didaque, não se sabe se foi um autor ou um grupo de pessoas, é considerado o primeiro


catecismo cristão. Ele dar lições sobre Batismo, jejum e como viver a fé cristã.

Outros grandes escritos e ensinamentos dos primeiros séculos, como: Pápias de


Hierápolis, Quadrado de Atenas, Pastor de Hermas (anônimo), Epistola a Diogneto (anônimo).

A importância relevante dos Padres Apostólicos para a igreja nascente, tiveram a coragem
de assumir e transmitir a fé, e deram suas vidas em martírio, para nos mostrar o grande amor
ensinado por Cristo.
2- Alta Idade Média 313 – 1073

Constantino oficializou os cultos cristãos (321) e trabalhou para promover o cristianismo,


com tudo as práticas pagas dominavam o Império Romano. É importante observar que
Constantino assume uma posição de liberar e reconhecer o culto cristão, porém não proíbe o
Paganismo, assim foi tendo uma lenta cristianização da sociedade, as reuniões dominicais dos
cristãos foram oficializadas. Foi um século de muitas mudanças. A Igreja pos Constantino,
continua legalizada porem com muita desconfiança dos Imperadores Romanos.

Neste período, a Igreja de portas abertas, começa a colher novos membros sem o receio
do martírio, se organiza para o batismo de pessoas adultas incluindo um período de catequese
e ascética, estes cristãos que faziam o caminho do catecumenato eram batizados na
celebração do Sábado Santo, na Vigília Pascal. O batismo de crianças recém nascidas, filhos de
pais cristãos eram imediatamente batizados e as cerimonias não somente realizadas na pascoa
e pentecoste, mas o ano todo.

Em 380, o imperador Teodósio proclama o Cristianismo como religião oficial do Império.


Automaticamente o Paganismo perde espaço, em 392 tem suas práticas proibidas. O
Cristianismo passa a ser a religião oficial do Império. Os costumes Pagãos foram substituídos
por cristãos. Agora a Igrejas Católica tem o status de igreja estado e passa a ter privilégios.

A cristianização das cidades acontece de forma rápida, porem muito lenta no interior, que
só foi possível graças a atividades e ações de pastores missionarias, a igreja procura destruir os
ídolo, mas integra hábitos cristãos a hábitos e festas tradicionais.

Neste período tendo com ponto negativo, que muitos se tornaram cristão por interesse, só
para agradar. O Império também queria controlar a igreja. Outro ponto importante neste
período que o Império Romano começa entrar em decadência devido a não conseguir mais
impor seu domínio no vasto território e a invasões barbaras, dividindo seu território em várias
comunidades políticas. A uma ascensão de um novo método de governança conhecido como
sistema feudal. Em 476 e deposto Romulo Augusto o último Imperador Romano.

A igreja Católica permanece e continua cada vez mais convertidos inclusive, povos
bárbaros, o que contribuiu para uma expansão e atingir quase toda Europa.

2.1 Ascetismo e Monaquismo

O dois temos se assemelham como forma mais radical de viver a fé. Um dos pontos que
levaram o crescimento da igreja foi aceitação do império, porem aqueles cristãos que antes se
arriscavam e lutar até mesmo sofriam o martírio em nome da fé em Cristo, agora procuram um
modo de ter uma experiência mais aprofundada.

Nos três primeiros séculos, os ascetas não abandonava o mundo, embora reunindo se para
ouvir a palavra de Deus e orarem, ele permaneciam em suas casas e tinham suas vidas
normalmente, seguindo suas profissões e administrando seus bens.

Os processos de desestruturação e queda do Império Romano, no século IV E V, de um


império que era considerado eterno, as pessoas desorientadas angustiadas. Santo Agostinho
descreve a imagem “ Cidade dos homens” destruída pelo sofrimento, guerra e fome,
enquanto a “ Cidade de Deus” continua sendo edificada. Mostra que a igreja continua no seu
ideal que Cristo, enquanto o império e atacado por povos bárbaro e germânicos .

Nesta busca de novas experiencias de fé, a vida ascética que se consistia em uma fuga do
mundo, para consagrar e servir o divino. Os anacoretas são aqueles que abandonou o mundo,
vem na perspectiva dos neo cristãos que não tinha tanto fervor, para os cristãos mais
exigentes que procuravam a perfeição por um afastamento dos ambientes seculares. Os
eremitas aqueles que se retiram do mundo, para se refugiarem no deserto. Os monásticos
(monges), que se organizavam em grupo de homens ou mulheres que adaptaram uma forma
de vida comunitária, isolando se do mundo.

Todos grupos buscavam de vida procuravam se afastar do mundo, para viver em


isolamento, sejam sozinhos ou em grupos. Estes grupos tiveram o exemplo de muitos
precursores dentre eles:

Santo Antão (251 a 356) considerado o pai da vida monástica, aos vinte anos com a morte
de seus pais herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Em uma celebração eucarística foi
tomado pelo evangelho de Cristo, doou todos seus bens e consagrou sua irmã ao estado de
virgem cristã, indo viver isolado no deserto. A fama de sua experiencia de uma vida santa,
chamou a atenção de muito que o procurava para se aconselhar e seguir seu exemplo. Santo
Atanasio era um de seus discípulos e continuou com seus ensinamentos.

Santo Agostinho (354 a 430) filho de pai pagão e mãe católica e devota, porem teve grande
influencia do pai em sua formação. De família rica teve ótima formação na juventude, foi neste
período da vida aproveitou os prazeres mundanos. Só converteu aos 30 anos, por influência e
oração de sua mãe Santa Monica e por tido contato com os ensinamentos de santo Antão. Foi
batizado e começou a viver e a estudar cada vez mais a fé católica. Após o falecimento de seus
pais, vende todos os bens e doou aos pobres, mantendo sua casa, convertida em mosteiro. Foi
ordenado sacerdote 391, em Hipona, com todo seu estudo e sua ótima erudição, tornou se um
excelente pregador. Logo tornou se bispo e dedicou até o fim de sua vida a pregação, estudo e
escritos. Agostinho teve grande influência pela razão filosófica grega, sobre tudo
neoplatonismo, a Revelação cristã com as Cartas Paulinas, apologéticos, doutrinais, morais,
monásticos e exegéticos. Grandes destaques de suas obras: Confissões, Cidade de Deus e
Trindade, dentre muitos outros. Seus escritos enriqueceram a Igreja ao longo da história.

São Bento (480 – 547) filho de família nobre, estudou retorica e filosofia. Quando inicio a
decadência mora e espiritual ele com 20 anos, retirou se de Roma para Enfide, no caminho
ajudado por um abade romano, instalou se em uma gruta a fim de viver como eremita, três
anos dedicados a oração e ao estudo a partir de então foi visitado por inúmeros fieis a procura
de conselhos. Foi eleito abade

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