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Introdução

A intenção que venho neste trabalho é aprofundar a história dos Pobres Cavaleiros
de Cristo e do Templo de Salomão ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Como a era medieval é uma época de muitas lutas e atrai muito o interesse das
pessoas, muitos conflitos, como as lutas chamadas de cruzadas pela posse da terra santa
de Jerusalém. Uma era de muita tensão entre os povos mais ricos da Europa e os
Muçulmanos que viviam na Ásia.
O meu interesse por esse período da história mundial vem de muito tempo, sempre
pensei ser incrível as histórias sobre guerreiros armados com apenas espedas, escudos e
com toda a coragem que eles podem ter. Uso este trabalho para passar toda a história
incrível destes cavaleiros que lutavam pela sua Igreja, seus ideais santos e que
sacrificaram muitas vezes suas vidas por outras pessoas.
Criada em 12 de junho de 1118, supostamente para defender Jerusalém dos infiéis
(Muçulmanos), proteger peregrinos e guardar o santo sepulcro, os Pobres Cavaleiros de
Cristo e do Templo de Salomão surgiram. Chamados de Cavaleiros Templários foram
designados para proteger a terra santa após muitas lutas de Cristãos e Muçulmanos,
juraram voto de pobreza, e que serviriam para sempre a Igreja. Anos depois o Papa
Balduíno II intitula esses Mesmos cavaleiros de Monges Guerreiros de Cristo, devendo
sempre proteger os ideias que lhe foram dados. Muitas vezes iludidos pela promessa de
que ganhariam um ougar no céu se cumprissem seu dever eram como cães da Igreja
fazendo tudo que o Papa ou os Bispos designavam a eles. Tendo que muitas vezes travar
batalhas desnecessárias iam para a guerra sem pensar em ser pecadores por matar o
inimigo, e nem temendo a própria morte.
No trabalho que será digitado, vai ser constituído de: Capa, Índice, Introdução,
Desenvolvimento (que será dividido em apenas dois capítulos), Conclusão, Anexos e
Bibliografia.
Os capítulos serão penas 2. O primeiro capítulo será “Igreja na Id. Média”, este não
se estendera muito, ele falará sobre como era a Igreja nessa época e dará a entrada para
o segundo capitulo. O segundo capítulo falara sobre os Cavaleiros Templários, nesse
capítulo pretenderei contar uma grande parte da história dos cavaleiros e como foi a vida
destes.
Na apresentação em sala de aula, será usado o recurso do “Data Show”, mas não
terão textos neste, apenas pequenas frases e tópicos e muitas imagens sobre os
assuntos citados no trabalho para o maior entendimento das pessoas que estão
assistindo.

03
Cavaleiros Templários

Nome: Guilherme Oyarzabal da Silva


Número: 20
Turma: 22C
Professor: Marcelo Costa
Disciplina: Geografia

Canoas, 05 de Outubro de 2007


Índice

Introdução....................................................................................03

Desenvolvimento:
Igreja na Idade Média..................................................................04

Cavaleiros Templários................................................................06

Conclusão..................................................................................10

Anexos.......................................................................................

Referencias Bibliográficas..........................................................

02
Igreja na Idade Média

A Igreja Católica era uma das principais e talvez mais poderosa da Idade Média.
Sua influência se exercia sobre todos os setores da sociedade, estava presente em cada
ato e costume dos cristãos. Regulamentava relações entre as pessoas, como casamentos
e doações de feudos, definia o que devia ser feito a cada hora, por exemplo: o tempo de
oração, de jejum, de guerra e de paz. A mentalidade do homem era totalmente dominada
pela igreja. Aqueles que não cumprissem com as “normas” impostas pela Igreja sofriam
punições como peregrinações e penitências. Sendo tão rica e temida, a Igreja também
detinha grande poder político, os papas interferiam na política dos reis e imperadores,
muitas vezes criando conflitos entre uns e outros.
A direção da Igreja Católica pertencia ao papa e aos seus bispos. Cada bispo
comandava um território chamado de diocese. E quem auxiliava os bispos em suas
tarefas eram denominados cônegos. As dioceses eram formadas por várias paróquias, e
cada uma delas era administrada por um padre. A Igreja era organizada como um
verdadeiro estado, sendo mais poderoso até do que os reinos medievais sempre tendo
um cargo maior que mandava em um menor. Basicamente até hoje a Igreja é organizada
da mesma forma.
A Igreja foi a instituição mais poderosa durante toda a época medieval do Ocidente.
As magnificas catedrais construídas na Europa são os sinais desse impressionante poder
que que ela detinha em suas mãos. Naquela época não existiam fábricas, usinas nem
máquinas, o que importava mesmo era a posse de terra, quanto mais terras alguem ou
uma intuição tinha ela era mais rica e poderosa. A Igreja chegou a ser proprietária de dois
terços das terras de toda a Europa. Ela detinha um enorme poder econômico, era
considerada “a grande senhora feudal”. Alguns mosteiros tinham um vasto território que
eram como enormes feudos, com numerosos servos.
Todos os bispos eram proprietários de terras. Aliás, ser bispo era um grande
negócio na Idade Média. Ganhavam muito dinheiro trabalhando para Igreja. Essa
mentalidade demonstra como os membros da Igreja se deixavam seduzir pelos bem
materiais. Arcebispos, bispos e abades eram os equivalentes a duques, barões e condes
na Idade Média, e viviam geralmente em grande luxo.
Nem todos os cristãos aceitavam que os bispos e padres vivessem no luxo.
Inspirados nos ensinamentos de Jesus Cristo, alguns fiéis, ao longo da Idade Média,
retiraram – se para lugares isolados, a fim de levar uma autenticamente cristã, longe dos
prazeres em que viviam muitos cristãos. Surgiram assim, as ordens monásticas, fundadas
por homens que dedicavam a vida à oração, ao estudo e muitas vezes a trabalhos
manuais. Esse movimento de renovação espiritual prosseguiu nos séculos seguintes.
Várias ordens religiosas foram fundadas com o objetivo de eliminar a corrupção, os
interesses materiais e o acúmulo de riquezas de toda a Igreja.

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Essas ordens de monges queriam abolir o controle dos senhores feudais sobre o
clero. Combatiam, principalmente, práticas pouco cristãs como a compra e venda de
cargos da Igreja. No século XIII, aparece também a figura do frade. Originalmente não
eram membros do clero e sim leigos, e preferiam trabalhos beneficentes, a pregação e o
ensino do que ficar presos em mosteiros.
O papel dos monges foi muito importante na Idade Média, além do aspecto
religioso, contribuiriam para converter o povo germânico ao cristianismo, também
contribuiriam para melhorar os métodos de produção agrícola da época, no aspecto da
cultura foram responsáveis pela conservação do conhecimento antigo. Os mosteiros
possuíam bibliotecas enormes onde podiam se encontrar muitos documentos importantes
da antiguidade.
Com o surgimento de novas religiões e o enfraquecimento da Igreja, foi criada a
Inquisição, que constituía em um tribunal religioso que julgava e condenava os acusados
de heresias, aqueles que não seguissem os preceitos cristãos. A inquisição iniciou uma
era de perseguição religiosa que resultou em abusos, denuncias falsas e anônimas,
assassinatos, roubos, torturas e mortes lentas de milhares de pessoas, que pelo menos
pensavam crer em diferentes doutrinas da Igreja. Mas esses tribunais da Inquisição não
tinham só o papel religioso, mas sim uma grande influência política e atuou em vários a
países europeus, tais como: Itália, França, Alemanha, Portugal e Espanha. Na Espanha a
influência foi muito forte, tanto no lado espiritual como na vida social. Como a Igreja devia
favores ao estado, o seu papel era também manter a ordem. Combater movimentos
revolucionários contra a classe dominante, tornando-se uma arma de repressão sócio-
política era uma das “atividades” da Igreja na Espanha.
Este movimento se tornava cada vez mais poderoso. Durante a esta triste época da
história, milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas de formas estremas,
sem nenhuma compaixão de seus idealizadores. O absurdo era tão grande nas torturas
que para uma pessoa poder ter sua liberdade e provar sua Inocência teria que fazer
coisas impossíveis como por exemplo: respirar de baixo da água, ou até mesmo uma
pessoa não poderia ter nenhum tipo de pinta pelo corpo, por que isso era um sinal de
bruxismo. Com um poder cada vez maior nas mãos, os Grandes Inquisidores chegaram a
desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades da sociedade da
época. Por fim, esta perseguição aos hereges e protestantes foi finalizada somente no
início do século XIX.
No Brasil, os tribunais chegaram a ser instalados no período colonial, porém não
apresentaram muita força como na Europa. Foram julgados, principalmente no Nordeste,
alguns casos de heresias relacionadas ao comportamento dos brasileiros, além de
perseguir alguns judeus que aqui moravam.

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Ordem dos Cavaleiros Templários

Ainda que possa ser vista como uma lenda Arturiana, esta Ordem não é nenhuma
fantasia. A Ordem do Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou
simplesmente Cavaleiros Templários, como são conhecidos, existiu realmente durante um
período de 200 anos. Tudo começou com um grupo de 9 cavaleiros decidiram defender a
Terra Santa dos Sarracenos e transformou-se mais tarde, na maior e mais poderosa
organização da história. Esses monges guerreiros possuíam tesouros religiosos fabulosos
incluindo, assim se dizia, a coroa de espinhos que foi usada por Jesus em sua
crucificação. Também pensava-se que eles eram os protetores do que se considerava a
maior relíquia Cristã, o Santo Graal.
Eram chamados de “pobres” cavaleiros porque também eram monges. Tinham feito
os votos usuais de pobreza, castidade e obediência para com seus superiores. Eram
frequentemente ilustrados em pares cavalgando em apenas um cavalo. Ou eram
realmente pobres, ou simplesmente representavam sua nobre pobreza.
A noção heróica de 9 destemidos monges guerreiros que valentemente defendiam
os peregrinos em viajem contra as investidas dos Muçulmanos não deixou de apreender a
imaginação das pessoas nesse tempo. A ordem cresceu; Lentamente no principio, depois
mais rapidamente. Eram treinados como guerreiros e tornavam-se grandes cavaleiros de
guerra. As suas atividades também variavam, do papel principal de proteger os peregrinos
dos Muçulmanos, eles gradualmente começaram a ser vistos como defensores militares
da Terra Santa.
O fundador da Ordem, e seu primeiro Grande Mestre , Hughes de Payen, era um
homem de uma habilidade impressionante. Desde seu humilde início, os Cavaleiros
Templários, sobre a sua orientação, tornaram-se uma organização disciplinada de
profissionais com grande destreza, com uma eficiente estrutura de comando. Enquanto a
ordem era pequena, todos os cavaleiros obedeciam a um único Mestre. Posteriormente,
outros passos foram dados na criação de uma hierarquia, com papéis mais específicos. O
Grande Mestre era o responsável por toda a ordem, e este elegia diversos outros Mestres
para cada uma das províncias onde os Templários permaneciam. Poderiam ser
guerreiros, “sargentos-de-armas” ou podiam servir de maneiras mais especificas em
certas Casas ou Conventos do Templários.
Mantendo o compromisso de pobreza, os cavaleiros usavam roupas simples, que
contratava com o ornamento dos cavaleiros nesse tempo. Usavam uma cobertura lisa de
cor branca, que posteriormente foi adornada da famosa cruz vermelha do Ordem que
significava a sua pureza e dedicação. Em campanha, os Templários nos seus cavalos de
guerra usavam armaduras de malha metálica e os seus sargentos usavam armaduras
mais leves e podiam combater em terra se necessário fosse.

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Na altura da segunda Cruzada, os Templários estavam em situação de enviar
várias centenas de Cavaleiros para a Jerusalém. A experiência adquirida a proteger
peregrinos seria de muita importância para proteger a massiva armada européia na sua
movimentação pela Terra Santa. Os Templários ganham a confiança dos líderes reais das
cruzadas, com o apoio financeiro e militar. Combatem ferozmente durante toda a
campanha. Dezenas de desastres aconteceram durante a segunda cruzada, mas nada
que pudesse abalar os Europeus, e com a força que os templários vinham ganhando,
ficou vidente que eles vieram para ficar. Estavam ricos em propriedades, e ganharam
grande parte do território pela conquista. Nos terrenos desertos do Médio Oriente
estabeleceram uma cadeia de fortificação. Por volta de 1180 os Templários tinham uma
rede de castelos para se defender contra invasões e agir como deposito e pontos de
passagens. Novos recrutas chegavam da Europa para orientar essas fortificações. Eram
também a armada mais disciplinada e organizada de toda aquela época, não tinham
problemas em contratar homens de calibre superior para a Ordem.
Na mesma época (1180), havia cerca de 600 cavaleiros no Oriente, juntando com
2000 “sargentos” e talvez 5000 cavaleiros de guerra. A cada combate que era travado por
eles somente aumentava a sua experiencia.
Os Templários eram guerreiros dedicados, conduzidos pela mais severa disciplina
monástica. Eles não tinham qualquer medo da morte, e para simbolizar toda essa
dedicação para a morte, foi então, adornada suas vestimentas com a famosa cruz
vermelha. Mas os Templários também assumiram outros trabalhos além de proteger
peregrinos e ajudar em cruzadas. Sua honestidade e integridade eram inquestionáveis, e
também eram os melhores guerreiros que um reino poderia ter. Ambas qualidades ideais
para o transporte de dinheiro dentro do reino. Eram de fato como “carros blindados”
medievais. Trabalhavam também como coletores de impostos perfeitos. Ninguém se
atrevia a enfrentar um Templário.
Mas não foi assim por muito tempo. Saladino, o líder dos Sarracenos, queria tirar
os cristãos das terras perto de Jerusalém, e desafiou os Templários e outras ordens
cristãs para uma guerra. O seu exército de 60.000 homens saiu vitorioso contra 25.000
cristãos. Durante os dois dias de batalha, Saladino usou o terreno e o clima em sua
vantagem. Atacou o exército cristão em deserto aberto e flamejante pelo calor em um
terreno sem água. Cerca de 230 Templários morreram ou foram executados, mas essas
execuções seguiam o padrão de Saladino, que por mais que não tivesse nenhuma pena
se capturasse um Cavaleiro Templário ou Hospitaleiro, não deixava de respeitar a cruz e
os símbolos que carregavam.
A Ordem começou a decadência. Saladino varreu todos os vestígios dos
Templários, demolindo todos os seus castelos. Por mais que a terceira Cruzada tenha
trazido algumas terras de volta aos cristãos, eles nunca mais conseguiram dominar
novamente Jerusalém. Acre, uma terra que estava em poder dos cristãos novamente,
depois de ser perdida, torno-se a nova capital dos cristãos no Oriente, e os Templários
moveram para lá seus quartéis.
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Em meados de 1250, uma nova dinastia tinha se erguido no Egito. Os Mamelukes,


eram ex-escravos de combates Sarracenos, avia se levantado sobre o comando do
Sultão Baybars, um homem cuja a barbaridade e o sangue-frio era equivalente ao dos
primeiros cruzados. Fortificação após fortificação, cidade após cidade, caiu diante aos
egípcios. Todo o Templário que sobrevivesse a invasão de alguma cidade, era
imediatamente decapitado. Em meados de 1270, os Templários deixaram de ser
presença significativa na Terra Santa, e em 1291, após a queda dramática de Acre, os
europeus restantes deixaram o Oriente Médio. O restante dos Templários escaparam com
seus tesouros e relíquias religiosas para Chipre, onde montaram seu novo Quartel
General.
O fim da Ordem parecia estar chegando. Os Cavaleiros tentavam se reorganizar e
aumentar a atual quantia de homens, mas nada que fosse muito próspero. E então em
uma Sexta-Feira, 13 de Outubro de 1307, ao fim da tarde, agentes do rei Filipe IV,
atacaram, acusaram e prenderam Templários por toda a França. A data tinha sido
escolhida pela coincidência da visita de vários líderes Templários há França, incluindo o
atual Grande Mestre, Jacques de Molay. Mas quando os agentes entraram no Templo em
Páris, sede dos Templários, não encontraram absolutamente nada, descobriram que
todos os documentos, e o que mais importava para o rei Filipe, os tesouros, aviam sido
removidos. Os agentes também tentaram capturar a maior frota Templária da Europa que
estava atracada em La Rochelle, mas a frota já tinha partido. Até hoje toda a riqueza dos
Templários não foi encontrada, do mesmo modo que não se sabe onde a frota atracou
após sair de La Rochelle. Mas a maioria dos Templários não conseguiram escapar. Então
acabaram sendo presos, mas juridicamente, essas prisões eram ilegais, afinal os
cavaleiros respondiam unicamente ao Papa. Mas o rei Filipe parecia estar por trás da
morte do antecessor de Clemente V, o atual Papa. Inevitavelmente, o Papa toma partido
de Filipe, e o deixa capturar os cavaleiros, não só na França, mas também por toda a
Europa, com a apoio do Papa facilitou muito as intenções de Filipe.
Todos os Templários iriam ser levados a julgamento, aqueles que concordavam
com as acusações que eram impostas a eles, eram abandonados, com uma miséria de
pensão, ou ainda os deixavam como mendigos. Qualquer um que se recusasse era então,
preso e ficaria ali por todo o resto de sua vida. Mais de 120 cavaleiros foram para a
fogueira. Após torturas, confissões e execuções, o Papa Clemente V aboliu oficialmente a
Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão. Em 22 de Março de
1312, os Cavaleiros Templários deixam de existir.
O Grande Mestre, Jacques de Molay, foi um dos que confessou. Em 14 de Março
de 1314 , enquanto era exibido no exterior da catedral de Notre Dame, em Paris, para
ouvir sua sentença de prisão perpétua, Molay fez uma declaração dramática dizendo que
não só a Ordem era culpada de algumas acusações, mas a Igreja também tinha sua culpa
no movimento dos Templários.

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Como sua confissão foi retratada publicamente da maneira que foi, Jacques de
Molay, o último dos 22 Grandes Mestres dos Cavaleiros Templários, foi queimado vivo em
Paris. E enquanto expirava na fogueira, amaldiçoou o rei Francês Filipe e o Papa
Clemente. Disse que no prazo de 1 ano, eles seriam chamados para prestar contas pela
perseguição aos cavaleiros Templários.
Apenas 1 mês depois, o Papa Clemente V falece, aparentemente de causas
naturais. E em 29 de novembro do mesmo ano, o rei Filipe IV morre também, em um
acidente de cavalo enquanto caçava. Teriam assim os Templários poderes ocultos? A
praga que Molay lançou teria sido mesmo efetiva?
A verdade é que os Templários foram criados por uma causa, a de defender a
Terra Santa. Mas Jerusalém já havia sido dominada pelos cristãos e depois perdida
novamente. E os Templários tinham falhado em protege-la, e além de falhar, perdiam
muitos homens e davam uma enorme despesa para há Igreja. Muitas vezes eles
argumentavam que se encontravam demasiadamente ocupados com seus próprios
negócios, ou combatendo Ordens rivais, para que pudessem manter uma defesa segura
na Terra Santa. Talvez eles até tenham colaborado com o inimigo, mas este
ressentimento era dirigido não só aos Templários, mas aos Hospitalários e aos
Teutônicos, por que as Ordens eram “culpadas” pela perda de Outremer.
Então o que havia de tão terrível acerca dos Templários para o rei Filipe agir com
tanta hostilidade. Filipe tinha fortes ligações com a Ordem. E foi ele que escolheu que o
templo dos Templários fosse na França. Através da história sempre existiram chamados
para unificação dos Hospitalários com os Templários, mas estes sempre recusavam. A
unificação era sugerida para banir de vez os Muçulmanos da Espanha e da Terra Santa.
Até mesmo o Papa sugeriu que os reis deveriam ser os Mestres dessa Ordem unificada.
O rei Filipe até se candidatou a Ordem, mas os Templários logo viram que um homem
com sua ambição não poderia entrar na Ordem, e o rejeitaram, e eles aviam rejeitado um
rei. Como eles poderiam ter feito isso com um rei? Filipe se encontrava quase falido.
Havia herdado dividas enormes de seu pai. Uma das soluções que foi dita por um dos
seus conselheiros era confiscar a maior número de bens dos Templários. Unindo toda a
“raiva” que sentia da Ordem, com as acusações, falsas ou verdadeiras sobre heresia e
bruxaria que foram feitas aos Templários, Filipe conseguiu desmantelar e acabar com a
Ordem. Não sendo muito efetivo no caso de conseguir dinheiro para o seu reino, mas foi
efetivo no caso de diminuir as despesas que a Igreja tinha por sustentar mais uma Ordem.
Mas o plano não foi de todo bem efetivado. Depois de terem terminados todos os
julgamentos da Ordem, o Papa entregou todas as propriedades dos Templários, não ao
rei francês, como era de se esperar, e sim a Ordem dos Hospitalários. Mesmo com o fim
da Ordem, Filipe não acabou com seus problemas.

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