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A Deturpação da Doutrina

Bíblica do Pecado

Antonio Vitor
A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado
Comentário lição 02
Nesta lição, estudaremos a tentativa das teologias modernas de descaracterizar a doutrina do
pecado. O conceito de pecado, a universalidade do pecado e o estado de corrupção total
revelados na Palavra de Deus têm sido substituídos por uma perspectiva social da realidade.
Nesse sentido, a responsabilidade moral do pecador em relação ao pe cado é tratada como
trivial frente aos problemas sociais que acarretam o pecado. Esse entendimento trata as
questões sociais como causa e não como consequência da Queda do homem (Gn 3).
Obviamente, essa é uma deturpação do ensino bíblico sobre o pecado1.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um
subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.
O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA
O ser humano foi criado santo, inocente, ou seja, criado sem pecado. O objetivo da coroa da
criação era o de glori car a Deus em todas as coisas, e assim, possuir intimidade com o Pai por
todos os dias de sua existência, que, por motivo do consumo do fruto da árvore da vida, seria
para sempre.
Contudo, por motivo do pecado original, a humanidade começou a experimentar a
corrupção que afetou sua santidade, sua moral e o seu estado espiritual, e o inclinou para uma
vida que busca fazer o mal e agradar a sua carne continuamente. Por isso todos necessitamos
da salvação fornecida na cruz.

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A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado
Através da transgressão e queda de Adão, o pecado como princípio ou poder ativo conseguiu
penetrar na raça humana [...] Todos os seres humanos passaram a nascer propensos ao pecado
e ao mal [...] A raça humana experimentou a morte não porque transgrediu a lei oral de
Deus, com sua pena de morte, como no caso de Adão (Rm 5.13,14), mas por que os seres
humanos realmente eram pecadores pela prática, bem como pela sua natureza e transgrediram
a lei da consciência, escrita em seus corações (Rm 2.14,15)5.
Destaque
O pecado afasta o homem de Deus e faz com que este peque contra o próximo. O pecado não
é somente praticar obras contra o Senhor, mas inclui a omissão em praticar o bem (Tg 4.17).
Pecado, portanto, é a condição do homem não regenerado e só pode ser expelido por meio do
novo nascimento (Jo 3.3-7). Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo
(2 Co 5.19)2.
Todos os homens e mulheres foram atingidos pelo pecado a tal ponto que, embora tenha sido
feito a imagem de Deus, não podem, por si mesmos, chegar a Deus [...] todavia os seres
humanos, in uenciados pela graça que habilita a livre escolha, são livres para escolher (Jo
7.17)3.
AS TEOLOGIAS MODERNAS
A era moderna invadiu as igrejas de tal modo a corromper o coração de muitos para um
pensamento voltado em agradar o seu próprio eu. As teologias modernas visam agradar “a
pessoa”, adaptando-se aos costumes atuais, fazendo com que os crentes adaptem a sua
interpretação das Escrituras ao seu modo de viver.

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A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado
A tentativa de deturpar a compreensão bíblica do pecado é mais uma obra de Satanás para
afastar o homem de Deus. Essas distorções teológicas têm como raiz o relativismo religioso.
No relativismo, prevalece a crença de que não há religião boa ou ruim, melhor ou pior.
A nal, o que é a religião, se não a interpretação particularista de cada grupo ou denominação
em busca de explicações a respeito do metafísico? Para o relativismo, a religião não possui
caráter objetivo.1
Não temos por intenção trabalhar cada uma das teologias apresentadas no texto, tendo em
vista a lição e o livro de apoio ofertarem subsídio su ciente para isso. Mas sim, precisamos
olhar para dois pontos: origem e objetivo dessas teologias.
Como origem, precisamos olhar para dentro. Como salvos, entendemos que o objetivo do
Evangelho da cruz é libertar o homem das amarras do pecado, e, com isso, fazê-lo renunciar os
seus desejos e anseios pessoais, com a compreensão de que necessita do sangue de Cristo para a
libertação de sua alma. Porém, muitos procuraram satisfazer os seus prazeres, adaptando a
compreensão das Escrituras para que tentem jogar a sua culpa sobre um pensamento
pecaminoso falido. Portanto, a origem dessas teologias modernas partem dos desejos de um
coração pecaminoso.
Como objetivo, precisamos olhar para frente. Tais defensores são pessoas que visam agregar
mais e mais adeptos para a rmarem possuir um entendimento divino. Elas querem
reinterpretar a Palavra de Deus e a sã doutrina para atender os seus anseios. Estes são aqueles
que desejam interpretar as Escrituras.
Destaque

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A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado
O relativismo religioso tem invadido muitas igrejas no meio evangélico em forma de
movimentos que su gerem um novo formato de igreja e uma interpretação "atualizada" das
Escrituras. O movimento que tenta descredenciar a Bíblia como su ciente origina-se de
"teologias inclusivas". Apesar de assumir aparente mente um per l agregador, social e de
valorização do indivíduo enquanto pessoa, essas teologias, de forma sutil, reinterpretam a
Palavra de Deus. Para seus críticos, o Evangelho deve se adequar ao tipo de pessoas que vivem
na sociedade pós-moderna, suscitando, assim, uma geração de crentes pouco compromissada
ou con ante no poder transformador e libertador da Palavra.1
A NORMALIZAÇÃO DO PECADO
O conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2 Tm 3.5),
haja vista que a sociedade deixa de ser eticamente sólida e torna-se moralmente desajustada
(Hc 1.4). Dessa crise de integridade, irrompem-se ações incompatíveis com a fé bíblica (Rm
2.21,22). Na política, governos corruptos e desprovidos de moral recebem apoio desde que
defendam pautas sociais (2 Jo 1.11). Os temas progressistas passam a ser normalizados, tais
como a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas (1 Sm 2.6; Rm 1.27; 1 Co
6.15,19)2.
Aqueles que normalizam o pecado destorcem os padrões éticos e morais que balizam a vida
cristã e identi cam o cristão como lho de Deus. Como criatura, eles preferem afrontar do
que adorar e glori car o criador, buscando aliviar a sua culpa pelo pecado cometido, culpando
pessoas alheias e tentando adaptar padrões a sua vida. Estes vão na contramão de Romanos
12.2.
Os padrões da ética e da moral cristã não sofrem mutações. A verdade bíblica não pode ser
relativizada ou exibilizada para atender o egoísmo e o hedonismo da raça humana. O texto
bíblico permanece inalterado e imexível. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a
fonte de autoridade é permanente4.
Esperando Jesus voltar hoje!

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A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado
Pb. Antonio Vitor de Lima Borba
Referências:
1 – Revista o Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 24, nº 94.
2 – BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. Rio de Janeiro: CPAD,
2023.
3 – SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD,
2017.
4 – BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
5 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

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