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Escola de Profundidade

A Escola de Profundidade é um ambiente de aprendizado e entrega a Deus, onde os


membros da Igreja Habitação encontra a oportunidade de crescimento espiritual, não
somente na letra, mas no ensino da intimidade com Deus, através da Palavra.

Em nossa Igreja, não temos um culto chamado de Culto de Doutrina ou Culto de


Ensino. A Escola de Profundidade substitui esse ambiente, com um pouco mais de
dinamismo, um bate-papo, rodas de conversas e outros métodos, que proporciona a
comunhão e o crescimento no conhecimento de quem Cristo é, através do ensino mútuo
e a oração.

Temos um programa que contempla, desde os fundamentos básicos da fé cristã, até um


conhecimento mais completo e inteiro com Cristo.

PROGRAMA DE ENSINO DA ESCOLA DE PROFUNDIDADE


Módulo 1 – Princípios Básicos da Fé Cristã

1.1 O que são princípios e valores


1.2 Quem é Cristo
1.3 Quem somos nós
1.4 Quem é a Igreja
1.5 O que é Conversão
1.6 O que é salvação e porque precisamos
1.7 Entendendo o Batismo
1.8 Entendendo o princípio do dízimo e da oferta
1.9 Eu, um missionário?

Módulo 2 – Revelação de Deus

2.1 Quem é Deus? Um conceito mais profundo


2.2 Quem é Cristo?
2.3 Quem é o Espírito Santo
2.4 O conceito de Trindade
2.5 Cristo revelado ao Homem

Módulo 3 – A revelação do Filho de Deus

3.1 Cristo no Antigo Testamento


3.2 Cristo no Novo Testamento (1ª Vinda)
3.3 O Evangelho de João e o Cristo homem e Deus
3.4 A segunda vinda e outras visões sobre a vinda de Cristo

Módulo 4 – A Igreja e o Chamado

4.1 Qual o principal chamado de Deus ao homem? (Um chamado à


salvação)
4.2 O Chamado para Ministério
4.3 Os ministérios dados aos homens
4.4 Entenda seu chamado
4.5 O cuidado com o ativismo cristão e o equilíbrio dos filhos

Módulo 5 – Os frutos do Espírito

5.1 Frutos do Espírito


5.2 Os frutos e o caráter da Igreja

Módulo 6 – Os dons do Espírito

6.1 O que é um dom?


6.2 Qual a diferença entre dom e talento?
6.3 Como estão divididos os dons espirituais?
6.4 Para que servem os dons espirituais?

Módulo 7 – Temas amplos

7.1 O que é Teologia?


7.2 O que é Bibliologia?
7.3 Apologética – Em defesa da fé cristã
7.4 Entendendo a hermenêutica e a homilética
7.5 Visões sobre a salvação: Calvinismo e Arminianismo
7.6 Dons espirituais
7.6.1 Sessacionismo e continuísmo
7.6.2 Os dons e a Igreja
7.7 Visões sobre o Arrebatamento
7.8 Judaísmo e Cristianismo
Oi, tudo bem?

É um prazer ter você aqui conosco. Ficamos felizes em saber que você está
dando seus primeiros passos nesta intensa caminhada cristã, um caminho de novas
descobertas, de abandono de práticas antigas e implantação em nossos corações deusa
cultura dos céus.
Você já não é mais a mesma pessoa após ter aceitado o amor e a salvação de
Cristo sobre uma vida. Mas este é só o primeiro passo de uma jornada empolgante e
desafiadora. Nós queremos ajudar você a trilhar este Caminho.
Você está recebendo em suas mãos o material criado pela Igreja Habitação, com
base inteira e totalmente na Bíblia, que é a Palavra inerrante e infalível, dada por Deus,
para toda humanidade.
Este livro deve ser lido juntamente com a Bíblia e não deforma isolada. Não que
não haja entendimento, caso você deseje ler isoladamente. Contudo, queremos deixar
claro que não há nenhum outro livro, nenhuma outra fonte, nenhum outro entendimento
maior do que as Escrituras Sagradas, que tem revelado o amor de Cristo à humanidade.
Sua estrutura foi pensada, buscando a evolução e crescimento dos filhos amados
de Deus, como um mergulhador que, desejando as profundezas do mar, precisa passar
pelo raso, pelas águas que tocam primeiro seus pés, para depois mergulhar profundo,
encontrando os segredos mais escondidos, do qual só pode ser conhecido a quem se
dispõe a mergulhar.
Se jogue sem reservas, corra o risco de saber muito de Deus. Seja cheio da
Presença de Deus, do conhecimento de quem Ele é.
Então, vamos lá?!

1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÉ CRISTÃ

1.1 O que são princípios e valores?

Como cristãos, precisamos ter uma vida inteira baseada nos ensinamentos de
Cristo, carregada de uma mensagem que traz novo sentido ao caminho que trilhamos
nesta terra. Com base nisso, este primeiro contato busca trazer um distanciamento
daquilo que vivemos ate hoje, para uma vida com outras perspectivas, com outros
sentidos.
Para entender Cristo e o seu desejo para a vida do homem, precisamos fazer um
paralelo entre quem nós fomos até hoje e quem Ele quer que sejamos a partir de agora.
Pessoas do mundo inteiro pensam diferente em vários aspectos. Grupos se
formam com base naquilo que é semelhante sobre o que acreditam. Esta é uma forma
comum na formação de princípios e valores durante toda a humanidade. Você tem
costumes que são peculiares de sua família. A forma de falar, de vestir, os tipos de
músicas que ouve, tudo isso é baseado na cultura do homem em si, adquirido a partir da
transferência de informações, direta ou indiretamente, ou seja, é possível que você
aprenda algo de forma natural (a língua que fala, por exemplo) ou pode ser inserido em
um ambiente de aprendizado (a ciência, o conhecimento cientifico). Tudo isso é cultural
e esta baseado em princípios e valores.
Como Igreja de Deus, que carrega a identidade de Cristo, precisamos revelar a
cultura que agrada a Deus. Possivelmente seja muito óbvio que este mundo não entenda
alguns princípios que valores das quais a Igreja se opõe, como por exemplo, mentir.
Deus criou o homem à Sua imagem e conforme a Sua semelhança. Contudo o
homem deu acesso ao pecado em seu coração (Leia Gênesis 3). Neste sentido.
Entendemos que o homem tinha uma cultura intrínseca no começo de todas as coisas,
mas após a queda, após ter acesso ao pecado, implantou-se uma nova cultura em seu
coração. Para Deus seria inadmissível que um homem tirasse a vida de outro homem,
contudo, para a cultura do pecado foi comum e normal que isso acontecesse (leia
Gênesis 4:9-10).
Até aqui falamos sobre isso apenas para mostrar a você que existe uma grande
diferença entre aquilo que eu aprendi como normal, como aceitável, como conveniente,
para aquilo que de fato é um conceito bíblico, de Deus, revelando seus princípios de
valores.
Mas o que significa princípio de fato?
A palavra princípio significa “origem", "causa próxima", ou "início”. Ela vem da
língua latina principĭum.
Neste sentido, já temos uma descoberta profunda, logo, já podemos mergulhar.
Perceba. Se princípio significa a origem, logo ele é imutável. O que é princípio aqui no
Brasil, é princípio em outros lugares do mundo. A exemplo disso temos o direito à
preservação da vida humana. É terrível o assassinato de pessoal em qualquer lugar do
mundo. Logo, a origem inicial de que a vida humana é preciosa é algo comum, contudo,
quebrar essa regra primeira sobre a vida choca o mundo inteiro.
E valores, o que são?
Para este ponto é muito necessário fazer um paralelo, um distanciamento entre
valor e preço. Algo que tem preço é passível de pagamento com dinheiro ou qualquer
outra coisa preciosa. Mas para algo que tem valor, algumas pessoas não abririam mão,
sendo capazes dedar sua própria vida por conta disso. Temos como exemplo o próprio
Jesus que, por causa de uma mensagem que mudaria o mundo, foi morto, incomodando
e contrariando os princípios e valores terrenos, trazendo a mensagem de origem, que o
homem deve parecer com Deus, pois assim foi feito para o ser. Esta mesma mensagem
tomou conta dos corações de seus discípulos e tantos outros na história, deforma que até
hoje possas morrem, não abrindo mão do valor que deram para Jesus, Sua mensagem e
seu sacrifício.
Diante disto entendemos que, dado o conceito de valores, não se trata de algo
externo, no qual podemos dar, negociar, por sobre a mesa, mas de um conceito
inegociável.
O Cristianismo é justamente sobre isso, sobre não negligenciarmos aquilo que
aprendemos e continuamente aprenderemos no Caminho com o próprio Espírito Santo e
através dos meus irmãos, sobre o que é o verdadeiro é genuíno Evangelho.
Existe um motivo pelo qual começamos este mergulho profundo falando sobre
princípios e valores. É que são estes dois conceitos que vão nos fazer caminhar em todo
o percurso da nossa vida cristã, redescobrindo qual é boa, perfeita e agradável vontade
de Deus. Além disso, os princípios e valores vão forjar no nosso caráter como filhos
legítimos de Deus, aproximadas através do sacrifício de Cristo.
Existem inúmeros exemplos de pessoas na Bíblia que não abriram mão de seus
princípios por amor a Deus e por entender quem Deus de fato é. No entanto, penso que
seja pertinente falar sobre Daniel, um jovem cativo na Babilônia, foi escolhido para
servir ao rei Nabucodonosor. Talvez fosse natural que ele dissesse: “Já que estou aqui,
farei de tudo para agradar ao rei e melhorar minha situação”. No entanto, não foi assim.
Daniel, ao contrário do que se poderia imaginar, colocou restrições imediatas, de acordo
com seus princípios, valores e convicções. (Leia Daniel 1:8). Negou-se a viver da forma
como lhe impuseram, sendo lançado numa cova. Além disso, havia mais 3 jovens,
amigos dele que, negando a adoração à imagem do rei, foram lançados na fornalha,
correndo risco de morte.
Praticamente todos os discípulos de Cristo morreu por acreditar muito na
mensagem do Evangelho, exceto João, que morreu de velhice, mas levado preso à uma
ilha por conta daquilo que pregava e do que acreditava, e Judas, que vendeu Cristo por
30 moedas de prata.

Aqui estão alguns valores que, para cristãos, são inegociáveis:

 Justiça: Pois o Senhor é Justo e ama a justiça, os retos verão a sua face.
(Salmos 11:7);
 Verdade: E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará." (João 8:32);
 Obediência: Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos."
(João 14:15);
 Honestidade e lealdade: Portanto, volte para o seu Deus; pratique a
lealdade e a justiça, e confie sempre no seu Deus. (Oséias 12:6);
 Gratidão: Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para
vocês em Cristo Jesus. (1 Tessalonicenses 5:18).

Os princípios são inúmeros. Para um cristão genuíno não é nenhum fardo seguir
com base nestes princípios. É óbvio que precisamos lutar contra nós mesmos e nossa
própria vontade, para parecemos mais com o nosso Deus, como era no princípio de
todas as coisas. Nossos corações tendem para o mal, mas a persistência na caminhada
vai fazer com que algumas coisas serão naturais, como, por exemplo, não mentir, não
falar mal do outro, amar o próximo, deseja com que o outro viva em Deus aquilo que
nós estamos vivendo.
E para você, quais outros princípios e valores são necessários para um filho de
Deus nestes dias? Você já ouviu falar de algum?
1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÉ CRISTÃ
1.2 Quem é Jesus
No ponto anterior tratamos do conceito de caráter, baseado principalmente
nos princípios de valores de Deus. Mas para entendermos melhor sobre qual Caminho
estamos andando, precisamos ressaltar mais claramente a identidade de Deus.
Embora não seja simples descrever Deus com palavras, dado que Ele é um
Deus plenamente inefável, ou seja, somos incapazes de descrever e transmitir a sua real
revelação, mesmo impetrando todos os esforços possíveis, precisamos fazer você
conhecer aquilo que dEle pode ser revelado.
Jesus não é apenas um ser historicamente conhecido, ou seja, não é apenas
um personagem com um discurso, com uma filosofia de vida que dividiu a história ao
meio.
Primeiro, vamos partir de algumas informações mais relevantes a respeito
de Jesus Cristo. Palavra nos deixa claro que Ele é o Filho de Deus. Seu propósito, ao
revelar-se à humanidade sempre foi trazer o real entendimento de quem Deus é para o
mundo. Sendo Filho unigênito de Deus, é o único que possui a mesma essência e
divindade. Ele é uma das pessoas da Trindade, alguém por meio do qual Deus se revela.
Ele é o Redentor e Medidor de uma Nova e Eterna Aliança.

DICA AO MINISTRO: Fale brevemente sobre a antiga aliança e a nova aliança.

Jesus foi feito homem. Enquanto viveu como homem, era


facilmente confundido com outras pessoas comuns, não fosse sua mensagem e seu
poder, pois nunca deixou de ser Deus, mesmo sendo homem. Nasceu por obra de um
milagre, impetrado pelo Espírito Santo, sendo gerado no ventre de uma mulher, que
cultivava uma vida intima com Deus. Não foi a toa que foi escolhida para gerar o Seu
Salvador (Leia Lucas 1:38). Seu nome era comum em seus dias. Assim como José e
João são comuns para nossos dias, Jesus era para o seu. No entanto o que não podemos
confundir é a descrição do Seu Nome com o Seu poder (Leia Filipenses 2:9-11). Seu
nome significa Deus é Salvação (Yehôshua);
Os milagres de Jesus são um grande marco em sua vida terrena. Nenhum
outro homem no mundo operou aquilo que foi feito por Ele (Leia Atos 10:38). Foi algo
sem precedentes. Seis milagres tem o propósito de revelar Deus e a Sua própria
identidade como Filho, consubstancial em essência e divindade com o Pai.
Ele amava ensinar. Jesus ficava comovido com a intensão dos corações da
multidão, como ovelhas que não tinham pastor (Leia Mateus 9;36). Os ensinos
ministramos por Ele, em um sentindo macro, marca a história de toda a humanidade e
são o fundamento da sociedade ocidental, sendo alicerce para as maiores nações do
mundo. Ele ensinava, na maioria das vezes através de parábolas (Leia Mateus 13:34),
que são histórias que servem para ilustrar e apontar um sentido real do que o ouvinte
precisa precisa aprender, buscando trazer uma reflexão maior e mais profunda.
Uma das revelações mais profundas a respeito de Cristo, sendo Deus, Filho
Unigênito e redentor da humanidade foi no monte da transfiguração (Leia Mateus 17).
No relato do evangelista Matheus, o próprio Deus, o Pai e Criador, revela Jesus como
seu Filho aos 3 discípulos presentes ali. Enquanto os três observavam, a aparência de
Jesus foi transformada de tal modo que seu rosto brilhava como o sol e suas roupas se
tornaram brancas como a luz. Depois deste acontecimento, apareceu naquele lugar
Moises e Elias, dois dos grandes homens que ministraram diante da Nação escolhida por
Deus no passado. Pedro, um de seus discípulos, maravilhado com o que aconteceu
naquele momento, interpele Jesus, afirmando que é bom estar naquele lugar. Depois
disso, sugere fazer três tendas, uma para Jesus, e duas outras para cada um dos profetas
que também estiveram ali. Mesmo antes que Pedro finalize sua fala, a Bíblia revela que
uma nuvem cobriu o ambiente onde eles estavam e uma voz saiu do meio dela dizendo:
“Este é o meu Filho amado, em quem eu sinto muito prazer!”.
Diante de tanto poder, os discípulos caíram aterrorizados, mas quando
levantaram o rosto, só viram Jesus, o homem a quem eles conheceram e com quem
andavam.
Nesta relato bíblico, encontramos a revelação da trindade santa. Jesus é
transfigurou-se. Logo após uma nuvem encontre too o ambiente e, então uma voz brada
do meio da nuvem, trazendo a revelação poderosa da identidade real e do caráter de
Cristo.
Podemos ensinar e falar muita coisa sobre Jesus. Ele mesmo revelou-se
inúmeras vezes, utilizando o termo Eu Sou. Entender qual seja a vontade de Deus para
nossas vidas precisa começar conhecendo quem Ele é de verdade. Esta descoberta
sempre será eterna. Não dá para conhecer Deus de uma vez, não há um limite para
conhecê-lo. Por isso a busca precisa ser intensa e real.
Abaixo temos ainda algumas características sobre quem é Jesus. Veja:

 Jesus Cristo é Deus (João 1.1). Portanto, se queremos conhecer a Deus,


precisamos conhecer a Cristo. Se Jesus fosse apenas mais um homem qualquer,
conhecê-lO não faria diferença. No entanto, se Jesus é Deus o único capaz de
nos salvar, conhecê-lO faz toda a diferença;
 Jesus Cristo é o Pão da Vida (João 6.35). Ele é o nosso sustento, que satisfaz
plenamente nossas necessidades reais, onde encontramos tudo o que precisamos.
 Jesus Cristo é a Luz do mundo (João 8.12). Ele é quem produz vida e quem
ilumina os nossos caminhos. Ele é a fonte de toda sabedoria, nos mostra os
nossos pecados e como podemos agradar a Deus;
 Jesus Cristo é a Porta (João 10.7, 9). Ele garante o nosso acesso ao Pai,
restabelecendo o relacionamento quebrado pelo nosso pecado. Não há outra
porta, não há outra forma de nos relacionarmos com Deus;
 Jesus Cristo é o Bom Pastor (João 10.11). Cristo é o bom e perfeito Pastor, que
cuida, protege, e que está disposto a se sacrificar pelas suas ovelhas. Ele é
soberano, poderoso, e sabe o que é melhor para nós;
 Jesus Cristo é a Ressurreição e a Vida (João 11.25). Cristo venceu a morte para
nos dar vida! Ele venceu o nosso maior inimigo de forma definitiva, e nEle
encontramos vida eterna;
 Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade, e a Vida (João 14.6). Jesus é a única
resposta. Ele é o caminho que nos conduz a Deus, ele é a verdade que nos liberta
(João 8.32) e santifica (João 17.17), Ele é a vida e quem nos dá vida;
 Jesus Cristo é a Videira Verdadeira (João 15.1). Jesus é a nossa fonte, nossa
base, é quem nos dá vida e nos faz gerar frutos;
 Jesus Cristo é Rei (Mateus 21.5, 9). Ele veio para instituir um Reino eterno,
justo, onde não haverá mais choro, dor, tristeza ou morte (Apocalipse 21.4);
 Jesus Cristo é Senhor (Romanos 10.9). Ele é Soberano e tem toda a autoridade
sobre todas as coisas;
 Jesus Cristo é o Messias prometido (João 4.25,26). Ele é o Salvador prometido
por Deus para redimir o mundo;
 Jesus Cristo é completamente Deus e completamente homem (Filipenses 2.5-
11). Somente o próprio Deus seria capaz de se oferecer como sacrifício perfeito
e somente um homem poderia representar a humanidade diante de Deus;
 Jesus Cristo é Salvador (João 1.29). Ele é o Cordeiro que tira o pecado do
mundo.

Existe um propósito pelo qual Jesus foi revelado ao homem. O homem está
separado de Deus por conta do pecado. Jesus veio para trazer reconciliação do homem
para com Deus, religar o homem àquilo que o pecado destruiu, uma verdadeira aliança e
aproximação com o Eterno. Um dos títulos mais importantes para Jesus é de Salvador.
Ele nos salvou da morte, do pecado, das garras do diabo, de nós mesmos e da ira de
Deus.

1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÉ CRISTÃ


1.3 Quem somos nós

Até aqui descobrimos um pouco sobre quem é Jesus e como Ele se revelou
ao homem. Agora vamos entender quem somos nós, como homem, como humanidade,
como pessoas que necessitam de Cristo e qual a relação precisamos fazer da pessoa de
Cristo conosco.
É fato que nós somos criaturas de Deus. Fomos feitos, como tudo que
podemos ver, por causa da soberana vontade de dEle. Tudo que tem vida (como os
animais) e tudo que é inanimado, ou seja, não possui vida, mas possui uma matéria
(como por exemplo uma pedra) foi criado por Deus, quer sendo chamados à criação
pelo poder de Sua Palavra, quer passando por processos temporários de formação, como
uma montanha, por exemplo.
DICA AO MINISTRO: Leia todo o capítulo 1 e faça um paralelo da diferença entre a criação da
humanidade e de todos os outros seres.

Mas a respeito do homem, há ma enorme particularidade e uma distância


sobrenatural que o distingue de todas as outras criaturas. Quando Deus criou todos os
seres, Ele chamou à existência a partir do Seu Trono (Gênesis 1). No entanto, quando
foi trazer o homem à existência, a Sua atuação nesse processo foi diferente. Antes de
iniciar todo o processo para a criação do primeiro homem Ele disse “façamos o homem,
à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).
No texto de Gênesis, considerando a língua original no qual ela foi escrita,
que é o hebraico, temos 2 verbos que se assemelham no que diz respeito a trazer algo ou
alguém à existência. São os verbos fazer e criar.

Toda a terra foi feita através do nada. Era isso que pregava os pais da Igreja.
Deus criou o mundo e isso não é uma frase apenas para expressar um sentimento
religioso, mas é a expressão mais sincera sobre a criação que possamos proferir.
Contudo, ela é passível de explicação, até certo ponto.
A palavra hebraica ba·ráʼ e a grega ktí·zo, ambas significando ‘criar’, são
usadas exclusivamente com referência à criação divina, no geral. Mas a particularidade
na criação do homem nos revela algo poderoso. Deus, decidindo trazer o homem à
existência, não faz isso sozinho, nem assentado em Seu Trono, mas diz: Façamos
(a.sáh). Deus está fazendo um convite a pelo menos uma pessoa, para que possa fazer
parte da composição do homem. Contudo, não era apenas uma, mas duas Pessoas: o
Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo.
Temos o homem, trazido à existência através do fazer e do criar de Deus. O
Homem foi criado do pó da terra, a partir daquilo que é corruptível. Mas foi feito à
imagem e semelhança do Criador. Isso faz do homem uma criatura, no entanto singular
no processo, visto que quando este foi gerado, o próprio Deus soprou de sua essência. A
direção do sopro foi o íntimo do homem.
Do homem então foi gerada a mulher (Gênesis 2:21). A essência de vida de
Deus que mora em um, faz habitação também no outro. A partir destes dois seres
humanos veio a existir toda a humanidade. Biblicamente não há possibilidade de
qualquer outra forma pela qual o homem pudesse vir à existência.
No princípio, quando ainda habitavam no jardim, ambos viviam em perfeita
harmonia com o Criador: E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim
apela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor
Deus, entre as árvores do jardim. (Gênesis 3:8). Mas o pecado entrou na humanidade e
fez separação entre Deus e o homem. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos
ouça. (Isaías 59:2). Com o pecado, sobreveio a morte para o primeiro homem e a morte
então passou a toda a humanidade. Porque, assim como a morte veio por um só
homem… (I Corintios 15:21A).

DICA AO MINISTRO: Leia todo o capítulo 3 de Gênesis, enraizando a queda, a desobediência a


principal consequência do pecado: não ter a presença de Deus.

Até aqui encontramos a humanidade identificada como criatura e agora,


como pecadora e neste estado de pecado, separada de Deus.
O homem foi expulso do jardim, do convívio com Deus. O plano e projeto
do Criador sempre foi ter o homem por perto. Contudo, o acesso ao pecado fez com que
o homem caísse desse lugar de privilégio, vivendo à mercê de seus próprios deleites.
Mas estamos falando sobre Deus, sobre tudo que Ele fez e todo o Seu projeto para a
humanidade. Para que o homem pudesse voltar ao estado em que vivia, um sacrifício
perfeito teria que ser feito. Para um sacrifico perfeito, uma pessoa perfeita. Desde o
antigo testamento, através dos patriarcas, reis, profetas, o Criador havia falado sobre a
redenção do homem, sobre a possibilidade de trazer de volta o homem ao convivo com
Deus.
Jesus é o Filho de Deus. Já aprendemos isso, lembra? Como Filho, nEle há
toda a essência de Deus. É interessante ressaltar que Ele é o próprio Deus, como está
escrito: Eu e meu Pai somos um (Joao 10:30).
Desde o Antigo Testamento Deus deu sinais aos homens do que faria para
que a humanidade fosse salva. E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de
peles, e os vestiu (Gênesis 3:21). Teremos um capítulo inteiro falando sobre o Jesus
revelado no Antigo Testamento. Então vamos guardar essas expectativas para o futuro.
Jesus então não é apenas um dos protagonistas principais do evento da
criação, mas o Redentor da Humanidade perdida, por conta do seu pecado. Se Jesus
então é a redenção, ou seja, resgatador, então, passamos a nos conhecer como pessoas
redimidas.
Curiosidade: A palavra redenção significa resgatar por determinada quantia
em dinheiro, ou determinado valor em troca de algo. Jesus então foi essa entrega
perfeita, por mim e por você, um valor do qual não poderíamos pagar, o Justo pelos
injustos (1 Pedro 3:18). O sacrifício do Filho de Deus é tão perfeito e misterioso, que a
Bíblia, no seu último livro, revela que Deus sacrificou o Filho antes da fundação do
munido (Apocalipse 3:18).
Nenhum homem pode fazer nada para salvar-se a si mesmo. Toda tentativa
de viver em pecado seria frustrada, pois todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus (Romanos 3:23). A única saída para o homem seria o sacrifício perfeito, o próprio
Jesus, a pessoa primordial para a salvação da humanidade.
Diante de tudo isso, essa é nossa identidade comum, como pessoas,
herdeiras do estado deprecado. Entenderemos mais adiante sobre como a perspectiva
muda, para aqueles que atendem o chamado para a salvação, passando do estado de
criaturas, para filhos remidos de Deus.
1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÉ CRISTÃ
1.4 Quem é a Igreja

O que significa ser Igreja? Qual o significado deste dogma bíblico? Antes
de mais nada, devemos lembrar que ao aceitarmos a Jesus Cristo passamos a integrar a
família de Deus. Para deixar a nossa conversa clara, vamos falar sobre o que não é
Igreja.

A Igreja não é um prédio feito por mãos de homens. Isso são templos. Deus
não cabe num templo. A imensidão do seu poder, sua glória e majestade, o seu nível de
santidade não pode ser contido por um espaço geográfico (Leia Isaias 6).

A Igreja também não é uma associação de pessoas com o objetivo comum,


visando o benefício de quem a compõe.

A Igreja não é um grupo social, um projeto filantrópico ou qualquer coisa


do tipo. A Igreja tem uma identidade revelada pela Bíblia.

Antes do conceito de Igreja, Deus escolheu um homem, apenas um e, a


partir dele fez uma grande nação (Gênesis 12:1-5). Este homem foi Abraão. Deus o fez
sair de sua terra e o direcionou a um lugar. Neste lugar o fez prosperar de muitas
formas. Sua família cresceu. Gerou filhos, netos, bisnetos e logo, um povo foi formado
a partir dele. Este então era o povo de Deus. Inicialmente chamado de hebreus.
“Então veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava
junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol, e irmão de Aner; eles eram
confederados de Abrão (Gênesis 14:13). ”

A corrente mais consideravelmente correta diz que o termo hebreu se refere


aos descendentes de Eber (“‫”ֵע ֶבר‬, em hebraico). O capítulo 10 de Gênesis fala dos
descendentes de Noé e das nações que se formaram a partir deles. Noé teve três filhos:
Sem, Cam e Jafé, além de outros que nasceram após o dilúvio.
Eber foi um dos trisnetos de Sem, filho de Noé.

O nome Eber é importante porque, segundo a tradição judaica, foi graças a


ele que a língua que eles falam foi preservada por Deus. É que, segundo a tradição, Eber
teria se recusado a participar da construção da Torre de Babel e, portanto, o hebraico foi
preservado e recebeu este nome em homenagem a ele. Da mesma forma, Eber daria
daria nome ao povo que falava hebraico, o povo hebreu.

Depois de um certo tempo, este mesmo povo passou a ser chamado de de


judeus. Quando tomaram posse das terras de seu pai Abraão, as tribos voltaram e
dominaram o território. São esses os descendentes de Jacó, que deram o nome às tribos:

Este povo passou por vários modelos de governo e liderança. O último foi a
monarquia. Houve o primeiro rei, chamado Saul. Logo após é levantado um outro rei, o
maior de todos até hoje, que foi Davi. Após sua morte, seu filho Salomão assume o
trono e, no final do seu reinado, por conta do seu pecado, o povo de Deus se divide em
dois: O reino do Norte e o Reino do Sul. No Reino do Norte ficaram dez tribos. A
capital deste reino era Samaria. No Reino do Sul ficaram 2 tribos. Essas tribos eram a
tribo de Benjamin e a tribo de Judá, com uma população grandiosa, alem da Tribo de
Levi, de onde vinham os homens que ministrava diante de Deus. Por causa do grande
número de pessoas da Tribo de Judá, então o Reino do Sul ficou conhecido como Judá.
Sua capital era Jerusalém.

Todos os profetas que vieram depois desta época, pregou sobre um


Liberador, aquele Remidor, de quem já falamos anteriormente. Muito embora os judeus
estivessem esperando alguém que reinasse sobre eles e os libertassem do domínio dos
países opressores, não foi para isso que Jesus foi enviado como libertador. O grande
motivo pelo qual o povo padecia sob a opressão de outras nações eram pelas escolhas
do passado, por abandonar o Deus que os livrou do Egito. Jesus então veio para libertar
o povo, trazendo religação o Deus Criador.

O apóstolo Joao deixa claro que Ele veio para os seus, para os de sua família
e linhagem, para um povo, para uma nação. Mas os seus não o receberam, rejeitando a
mensagem e o próprio Deus revelado a Eles, mas a todos quantos o receberam, deu-
lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que crêem no seu Nome (Joao
1:12).

Cristo então faz uma promessa ao mundo, não somente aos judeus. Agora o
amor poderia alcançar qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Quando todo o
Seu sacrifício é consumado, Ele chama seus discípulos e os envia, direcionando ao
mundo, para apresentar o mesmo amor pelo qual foram alcançados, falando dos
milagres e fazendo coisas maiores do que Ele mesmo fez, mas tudo sob o poder do Seu
Nome.

DICA AO MINISTRO: Leia os textos abaixo, deixando clara todas as explicações possíveis referentes ao
presente capítulo.
 Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!” Com isso, curvou sua cabeça e entregou o
espírito. (Joao 19:30):
 O termo “Está Consumado” vem do grego TETELESTAI, nos trazendo a ideia de que toda a
dívida está liqüidada, que ninguém deve mais nada a ninguém. Jesus então, neste momento, está
dizendo ao mundo, a Deus e a todos quantos possam interessar que, aquilo que Ele veio fazer, já
está feito e que não há mais dívida.
 Leia Isaías 53 e mostre que o sacrifico de Cristo já havia sido predito muito antes de acontecer,
pois o plano de Deus para a execução da salvação da humanidade sempre fez parte do seu
projeto para o mundo.
 Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16:15);
 Deixe claro ao seu ouvinte que o termo “evangelho” significa “Boa Notícia” ou “Boa Nova”.
Esta boa notícia é justamente que Deus veio a todo nós.
 Eu sou a videira verdadeira, vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse
dará muito fruto, pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (Joao 15:5);
 Mostre ao discípulo que Jesus é o centro de todas as coisas e que nEle somos enxertados.
Completamente com o texto de Romanos 11:11-24;
Nós podemos perceber, em Romanos 11;11-24, que Jesus veio para o Seu
povo, confirmando aquilo que Joao escreve em seu evangelho, no Capítulo 1. Nós então
fomos enxertados em Cristo, a Oliveira Verdadeira. Alguns galhos foram cortados, para
que pudéssemos estar com Ele. Isso não desmerece o povo judeu, nem tampouco nos
coloca num nível acima deles, contudo, fomos aceitos por Ele, para fazermos parte de
sua família.
O chamado para trazer o conhecimento do amor de Deus ao mundo passou
pelos apóstolos e nos alcançou, nos tornando responsáveis por tudo aquilo que eles
ouviram sobre disseminar o evangelho a todas as nações, raças, tribos, línguas etc.
Chegamos aqui ao conceito real do que é ser Igreja. A palavra igreja vem do
grego Eklesia, que “significa um povo chamado para fora.” Em suma, é a palavra para
“assembleia, reunião”, derivado do verbo ekkalein, formado por ek-, “para fora”, mais
kalein, “chamar, clamar”.
Entende-se até aqui que igreja não é uma reunião de pessoas, sem sentido,
sem fundamento, mas com propósito. Igreja também não é um povo separado por
nomes de denominação, mas unidos por um só propósito, numa só raiz, a Videira
Verdadeira. A Igreja é, acima de tudo isso, a única entidade na terra capaz de falar em
nome de Cristo.
Em diversos textos na Bíblia, a Igreja é comparada como uma mulher
desejada, assim como Deus comparava o povo de Israel à uma Noiva. Isso nada mais é
do que entender a revelação de que Deus deseja tanto a sua Igreja, quanto um homem
deseja a sua. No final de toda a história do mundo, terminaremos com uma grande festa,
conhecida como as BODAS DO CORDEIRO. Sobre isso, falaremos um pouco mais
adiante.
Igreja também é comparada com um corpo, no qual Cristo é o cabeça,
demonstrando o Seu governo sobre tudo e todos. Logo, se Deus é um ser
incomparavelmente grande, inefável, indescritível, então não pode caber nos nossos
conceitos. Sendo assim, O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos
céus e da terra e não habita em santuários feitos por mãos humana (Atos 17:24).
Diante de tudo que foi dito, faz-se intensamente necessário ressaltar algo: é
importante que a Igreja de Deus seja unida. Nós fomos chamados para ser um só povo,
pois como está escrito: não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem
mulher, pois todos são um em Cristo Jesus (Gálatas 3:28). Nesse sentido, é preciso
sermos um, congregarmos. A palavra congregar significa agregar com outros. Não
deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos
encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia
(Hebreus 10:25).
Deus tem um carinho intenso pelo seu povo, um amor incondicional que o
fez se entregar por amor ao mundo. Por isso o apostolo Pedro diz: Vós, porém, sois raça
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis
alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia (1Pedro 2:9-10).
Fomos chamados por amor, não por merecimento. Não podemos abandonar
um Deus que se fez homem, amigo e pagou a nossa dívida na cruz, para nos fazer
dignos de ser participantes de Sua família e nos assentarmos junto à mesa, com Ele, no
grande dia, na grande festa.

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