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estava noiva (o). É muito importante que além de descobrir
a sua vocação, descubra se é para constituir família com a
pessoa que você pretende se casar. Pode ser outra ainda
não revelada!
A santidade, por exemplo, de modo belo, tratada
pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et
Exsultate, para quem tem a vocação ao casamento, será
vivida no cotidiano conjugal, de modo especial. “Antes que
te formaste no ventre de tua mãe, antes do teu nascimento,
te conhecia e te consagrei, para ser meu profeta entre as
nações te escolhi” (Jr 1,5).
Mesmo assim, Deus não poda a liberdade do ser
humano, por isso, a vocação continua sendo uma escolha
diante de muitos caminhos. Sendo dom de Deus, que
chama, exige uma resposta, uma ação concreta.
A Igreja classifica os Sacramentos em três modos: os
Sacramentos da Iniciação Cristã, os Sacramentos de Cura
e os Sacramentos do serviço: Matrimônio e Sacerdócio.
Assim, o Matrimônio Cristão precisa ser compreendido
como um chamado especial de participação no projeto
de Deus, partindo de perguntas simples, tais como: qual
é o rumo que você está dando para sua vida? Que coisas
você julga serem muito importantes? Neste momento,
mesmo que a vocação já seja algo claro, isto é, casar, deve-
se apresentar também a vocação religiosa e sacerdotal,
porque serão pais e é na família que proporcionarão, de
modo privilegiado, a descoberta da vocação. O objetivo é
clarificar e descobrir a dimensão religiosa do casamento e
verificar se subsiste a motivação fundamental para fazer
do Matrimônio um meio para chegar a Deus. Procura-se
possibilitar ao futuro casal que descubra quais motivações
conduzem para uma vida a dois, por toda a vida.
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Ajudar os noivos, desde agora, é importante
para que não aconteça como se tem visto: muitos são
católicos que inibem seus filhos a perceberem para além
da vocação matrimonial, quase que introduzindo um
preconceito contra a vida religiosa e sacerdotal. Chega-se
ao contrassenso de se desejar bons religiosos, sacerdotes
santos, homens e mulheres responsáveis, mas de não se
incentivar a formação e preparação de famílias sólidas.
Afinal, será das famílias que sairão os futuros sacerdotes,
esposos e esposas. Falar das aptidões que os farão escolher
uma destas vocações. Casado ou celibatário, o indivíduo
pode exercer também as chamadas vocações profissionais:
médico, docente, advogado, engenheiro etc.
A vocação religiosa é um chamado de Deus para
a Consagração de homens e mulheres, que, por meio
dos votos de obediência, castidade e pobreza se doam
totalmente a Deus numa Congregação, fundada por uma
homem ou uma mulher que receberam um carisma próprio
para servir a Deus: educação, saúde, pobres, jovens etc.
Quem é o padre? O padre é alguém tirado do meio do
povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo
povo nas coisas que se referem a Ele. Cabe ao sacerdote:
criar e alimentar a comunidade com a Palavra de Deus e os
Sacramentos, servir, “governar” e defender a comunidade
de tudo que a afasta do Senhor, enfim, a ele, especialmente,
cabe ajudar a comunidade a se santificar.
Para concluir o segundo encontro, usa-se o texto de
Jo 15, 12-17, dando ênfase para (v. 16): “Não fostes vós
que me escolhestes, mas Eu vos escolhi, e vos nomeei, para
que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de
que tudo quanto, em meu nome pedirdes ao Pai, Ele vo-lo
conceda”. Pedir para lembrarem detalhadamente: quando
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se viram a primeira vez e quais sentimentos tiveram? O
que lhes chamou atenção? Como foi? Quais sentimentos
despontam ao falar destes momentos iniciais?
Nesse momento do itinerário, distribuir um
QUESTIONÁRIO (anexo) para que o casal formador (e
se necessário, o padre e/ou alguém competente) possa
comparar o que se observa nas conversas e aquilo que a
pessoa traz como lembranças e fatos da própria existência.
A partir dele, e das observações feitas nos encontros
anteriores, faz-se uma análise dos aspectos que facilitam
ou não a vivência da vocação matrimonial. A análise
completa do questionário e dos encontros será oferecida
aos candidatos no penúltimo encontro, depois da reunião
com os pais dos noivos. O casal de noivos terá dois meses
para responder individualmente e depois devolver para o
casal formador.
Chamar atenção para responderem com tranquilidade
e profundidade. A própria pessoa se assim proceder, pode
descobrir aspectos da sua vida que estavam velados. No
final do acompanhamento o questionário deve ser devolvido
aos noivos individualmente e, se recebido por e-mail, ser
deletado.
A interpretação e avaliação do questionário, assim
como todo Itinerário, exige que o casal formador passe
pela formação já relatada nesse conteúdo.
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faz parte do projeto salvífico, seja qual for a sua vocação,
portanto, fazer parte do projeto de Deus é viver segundo
a sua vocação. Através do batismo, o Senhor chama cada
pessoa a ser profeta, sacerdote e rei, a ser sinal de sua
presença no meio do mundo.
Aquele que nos chama, capacita-nos para a missão
é sempre Deus, ao homem e à mulher cabem apenas
responder: SIM ou Não ao seu chamado nas coisas
cotidianas, comuns a cada pessoa. Porém, como Ele não faz
nada pela metade, antes de pedir alguma coisa, capacita-
nos.
Ele traz a existência, deposita dons, talentos, imprime
sua imagem, especialmente na liberdade e no desejo de
realização plena. A felicidade, todavia, não é sinônimo de
falta de crises e problemas. É importante lembrar-se do
Ritual do Matrimônio: “saúde e doença, alegria e tristeza”.
Descobrir que ter vocação para o Matrimônio não exime
o vocacionado de saber se a outra pessoa é a escolhida por
Deus para realizar sua vocação.
Depois de chamar à vida, ao encontro e seguimento
de Cristo, Deus oferece dois caminhos específicos para
encontrarmos o sentido da nossa vida: o matrimônio
e o celibato. A Igreja vai ajudar o fiel a perceber este
chamado de Deus, por meio dos Sacramentos, pela vida
em comunidade, pastorais, serviços, movimentos eclesiais,
inserção na sociedade etc. Ela nos aponta o caminho,
ajudando a discernir qual é a vocação de cada cristão, mas
não toma a decisão por ninguém, esta cabe somente ao
indivíduo.
O chamado para o Sacramento do Matrimônio é um
convite cheio de amor que Deus faz a um homem e a uma
mulher para viverem juntos em uma comunhão de vida
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e de amor. É no Sacramento do Matrimônio que Jesus
assume o amor dos dois como sinal e comunicação do seu
próprio amor.
Casar-se é uma tarefa para a vida toda, por isso,
é importante ultrapassar a mentalidade atual de que
Matrimônio é só um processo casual, enquanto “dura”. O
Matrimônio é o caminho a dois, assumido para valer até
a morte. Por meio do amor do esposo e da esposa, Deus
vem habitar com eles. Muitas vezes, não querer assumir
um compromisso pode denotar um sinal de imaturidade.
Nos dias atuais, vivemos a “cultura do descarte”, ou seja,
se “quebrou, eu jogo fora”. Essa forma de relação que as
pessoas têm com as coisas, transferiu-se para as relações
humanas. Basta que haja um pequeno desentendimento
ou discordância para que se leve ao extremo de se romper
um relacionamento.
Vivendo os preceitos evangélicos, o lar fica sendo
um templo vivo de Deus, uma igreja em miniatura, onde
nascem filhos para Reino. Homens e mulheres cristãos que
constroem um mundo novo.
Vamos concluir, meditando em Jo 15, 12-17. O
Matrimônio é uma escolha de Deus, antes de ser minha
escolha, a qual respondo Sim ou Não.
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