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02 e 09 de Junho de 2020.

TADEL – Pib Comodoro.

Desqualificado (a)?
Êxodo. 3.7-14
Para pensar.
Boa noite a todos, graça e paz aos irmãos! A palavra que vou compartilhar com os irmãos hoje tem
como tema uma pergunta: “Desqualificado (a)?”.
O texto que lemos nesta noite tem como contexto o chamado de Moisés como libertador da nação de
Israel. Após a sua fuga do Egito, por matar um egípcio, depois de 40 anos vivendo com o seu sogro Jetro, Deus
aparece a Moisés de maneira extraordinária e o comissiona para uma grande missão – Libertar a nação de Israel
de um jugo de escravidão de mais de 400 anos.
É linda a experiência de Moisés com Deus. Moisés tem a sensibilidade para responder ao
1
chamado de Deus (Êx.3.2-3); também tem a sensibilidade para ouvir a voz de Deus (Êx.3.4-5). E acima
de tudo tem a sensibilidade para ver quem Deus era, e quem ele era de fato (Êx.3.6).
A experiência de Moises com Deus tinha um propósito, o qualificar para uma missão (Êx.3.7-
10). É interessante observar que toda experiência profunda que temos com Deus tem como propósito nos
habilitar para uma ação:
 Moisés (Êx.3.10);
 Isaías (Is.6.8);
 Jeremias (Jr.1.7-8);
 Pedro (Lc.5.8-10);
 Os apóstolos (At.1.8);
 Paulo (At.9.15-16).
Se uma experiência não se transforma em uma ação, é apenas uma experiência. A unção não está no
chamado, não está no talento, mas, sim no envio, no ir. Deus chama Moisés para ir. Havia chegado a hora de
Deus se revelar através da vida de Moisés a nação de Israel, ao Faraó e todo o Egito, e ao mundo.
A bagagem que todos nós carregamos.
Mas, esse momento não é apenas um momento de revelação de Deus sobre a vida de Moisés. Mas,
também um momento de tratamento, de alinhamento de Deus sobre a vida de Moisés. Pois, aqui neste episódio
somos colocados diante de uma das piores bagagens que carregamos dentro de nós que nos impedem muitas
vezes de respondermos ao chamado de Deus para participarmos daquilo que Deus está fazendo no mundo e
viver tudo aquilo que Deus tem para nós.
Todos nós carregamos uma bagagem dentro de nós que limita o propósito que Deus para a nossa vida.
Qual é essa bagagem? Qual é esse obstáculo? Qual é essa barreira?
 O sentimento de insuficiência, incapacidade, inadequação, incompetência, desqualificação, uma
qualificação que não conseguimos ter.
Todos nós carregamos e lutamos com um sentimento de desqualificação quando mensuramos o tamanho
da responsabilidade do chamado de Deus sobre a nossa vida.
Se sentir desqualificado é sentir-se inepto, incapaz, inábil, incompetente, indigno, de natureza inferior,
desprezível, desacreditado.
Imaginamos se realmente estamos à altura do desafio. Tememos não ser "suficientes",
independentemente de como isso se pareça na situação particular de cada um de nós.
Talvez você não se sinta qualificado em...
 Caráter (uma falha que você tenta esconder, luxúria, vício, ira)
 Seu passado
 Sua formação
 Sua aparência
 Sua espiritualidade

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Muitas pessoas passam toda a vida lutando contra essas contradições. Elas lidam constantemente com
vozes em suas mentes que lhes dizem que elas não são qualificadas. No fundo, todos nós lidamos com essa
contradição.
 Diante do desafio do chamado a nossa pergunta é sempre a mesma: “Quem sou eu
Senhor?”.
Mas, essa não é uma pergunta inédita. Todo grande homem e mulher de Deus que foi usado por ele de
maneira significativa fez essa mesma pergunta:
 Gideão
"Ah, Senhor", respondeu Gideão, "como posso libertar Israel? Meu clã é o menos importante de
Manassés, e eu sou o menor da minha família". Jz.6.15 NVI 2

 Jeremias:
“A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: "Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você
nascer, eu o separei e o designei profeta às nações". Mas eu disse: "Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar,
pois ainda sou muito jovem". Jr.1.4-6 NVI
 Moisés:
“Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas
do Egito?". Êx.3.11 NVI
“Disse, porém, Moisés ao Senhor: "Ó Senhor! Nunca tive facilidade para falar, nem no passado nem
agora que falaste a teu servo. Não consigo falar bem!"... Respondeu-lhe, porém, Moisés: "Ah Senhor! Peço-
te que envies outra pessoa".". Êx.4.10-13 NVI
Todos esses grandes homens de Deus lutavam dentro de si com esse sentimento de incapacidade,
insuficiência, desqualificação. E só puderam ser grandemente usados por Deus a partir do momento que
permitiram Deus trabalhar em suas vidas para vencerem esse sentimento de ser desqualificados para o
chamado.
Se você deseja ser usado, ser usada por Deus de maneira poderosa e relevante meu irmão, minha irmã,
você precisa deixar Deus tratar com esse sentimento de desqualificação que você carrega dentro de você.
 Você precisa acreditar que pode fazer algo com Deus:

Jeremias:
“O Senhor, porém, me disse: "Não diga que é muito jovem. A todos a quem eu o enviar você irá e dirá
tudo o que eu lhe ordenar. Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo", diz o Senhor”.
Jr.1.7-8 NVI
Gideão:
"Eu estarei com você", respondeu o Senhor, "e você derrotará todos os midianitas como se fossem
um só homem". Jz.6.16 NVI
Moisés:
“Deus afirmou: "Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia: quando você tirar o povo
do Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte". Êx.3.12 NVI

“Disse, porém, Moisés ao Senhor: "Ó Senhor! Nunca tive facilidade para falar, nem no passado nem
agora que falaste a teu servo. Não consigo falar bem!" Disse-lhe o Senhor: "Quem deu boca ao homem?
Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, pois,
vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer". Êx.4.10-12 NVI

Preste atenção no que vou lhe dizer. Você precisa permitir que Deus seja sua fonte de suficiência:

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“Moisés perguntou: "Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus
antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? ’ Que lhes direi?" Disse Deus a
Moisés: "Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês". Êx.3.13-14 NVI
Deus não estava desinformado sobre Moisés e suas limitações, fraquezas e fracassos. Na verdade Deus
tinha tudo o que Moisés precisava para se tornar o que ele planejou para ele.
A origem.
O sentimento de desqualificação revela os nossos principais dilemas:
 “Eu não posso”; “Eu não consigo”; “Eu não sou capaz”.
Muitos de nós nos sentimos desqualificados para fazer a obra de Deus e para viver plenamente 3
tudo aquilo que Deus sonha para nós. Mas Deus tem um jeito de usar nossas fraquezas para o bem. Na
verdade, Deus ama pessoas desqualificadas.
A questão é a origem do nosso sentimento de desqualificação. O que nos leva a carregarmos esse
sentimento, mesmo depois de termos rendido a nossa vida a Jesus?
 São as marcas que carregamos em nossa vida:
 Pecados;
 Fracassos;
 Erros;
 Limitações pessoais;
 Rótulos que imprimiram em nós.
Como nos livramos dessa bagagem?
O caminho para nos livros deste sentimento é apenas um: É preciso mudar a nossa lente.
O que isso significa? Significa mudar a forma como nos enxergamos.
Há duas formas de nos enxergarmos:
 A nossa lente: “... assim como você pensa na sua alma, assim você é!”...”. Pv.27.3
A base de avaliação e valorização da nossa lente é:
 O que fizemos (Nossos pecados, nossos erros, Nosso desempenho/méritos);
 O que nos fizeram (Nossas feridas, traumas);
 O que nos aconteceu (Nossas tragédias e perdas).
Nós sempre vamos definir o nosso valor diante de Deus com base nesses aspectos. E se os saldos deles
forem negativos, sempre nos veremos desqualificados para aquilo que Deus tem e planejou para nós.
Aquilo que você pensa de você diariamente, afetará a sua boca, seu comportamento de forma geral. Suas
crenças estarão baseadas nos tipos de pensamentos que você acolhe.
De fato, o pensamento no qual você medita, vai levar você a crer que aquilo é real. Então, depois que
você crer, você passa a falar e, depois da falar, os comportamentos começam a brotar, porque com sua boca
você traz à existência.
 A lente de Deus: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos
tornássemos justiça de Deus”. 2Co.5.21 NVI
A base de avaliação e valorização de Deus é o que ele nos criou para sermos e o que nos tornamos em
Cristo. Deus nos avalia e nos valoriza a partir da nossa realidade em Cristo.
Nós somos livres do sentimento de desqualificação nos enxergando da ótica de Deus. Quando nos
enxergamos pela ótica de Deus descobrimos três verdades:

Deus conhece as nossas limitações.


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“Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois
ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó”. Sl.103.13-14 NVI
Muitas vezes nos sentimos desqualificados diante de Deus por causa das nossas limitações, fraquezas,
fracassos e pecados que cometemos. Mas, Deus já os conhece, e por incrível que pareça ele decidiu nos amar e
nos usar apesar deles.
Deus nos usa apesar das nossas marcas e cicatrizes. Na verdade Deus até as usa para a sua Glória: “Mas
ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto,
eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim”.
2Co.12.9 NVI
Deus não leva em conta o seu passado para realizar o propósito que ele tem para a sua vida:
“Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as 4

pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o
mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-
o dentre os mortos....”. At.17.30-31 NAA
O seu futuro em Deus não é determinado pelo seu passado, mas sim por aquilo que Jesus realizou na
cruz por você: “ ...mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça...”. Rm.5.20 ARA
A Edição Pastoral diz: “ ...mas, onde foi grande o pecado, foi bem maior a graça...”.
As suas limitações não são motivos de desqualificação para Deus, na verdade elas são instrumentos nas
mãos do Senhor:
“Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os
padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu as coisas
loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são , para reduzir a
nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele. É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em
Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção, para que,
como está escrito: "Quem se gloriar, glorie-se no Senhor". 1Co.1.26-31 NVI

“Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém
de Deus, e não de nós”. 2Co.4.7 NVI
Deus conhece a nossa estrutura: Espiritual, Emocional, Física e age em todas as áreas da nossa vida e
através da nossa vida. Nossa estrutura não é obstáculo para o agir de Deus em nossa vida e através da nossa
vida.
O problema é que nós não aceitamos a nossa estrutura. Não aceitamos as nossas limitações, as nossas
cicatrizes do passado. E isso acaba nos levando a alguns dilemas:
Primeiro - Fingir x Assumir
Às vezes fingimos ser alguém que não somos porque temos vergonha de quem somos. Quem sabe se a
gente fingir, falar do jeito certo, disfarçar, a gente se torne nessa pessoa que queremos ser?
O problema de fingir é que Deus não pode abençoar alguém que eu não sou. Ele anseia por me
abençoar, o verdadeiro eu, com todos meus altos e baixos, prós e contras.
Deus não pode abençoar quem você finge ser, Ele só pode abençoar quem você é! Veja o que Paulo nos
diz em 2Coríntios. 3.18: “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor,
segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor,
que é o Espírito”. NVI
Paulo diz que somos transformados por Deus à medida que somos transparentes com ele. Deus age em
nossa vida e a transforma à medida que paramos de fingir ser quem não somos, e admitimos que nós somos, ou
seja: nossas fraquezas, limitações, falhas e cicatrizes.
Deus nos transforma a sua própria imagem ao passo e na velocidade que somos transparentes com ele. e
essa transformação é de dentro para fora.

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 Quem você está fingindo ser nas suas redes sociais?
 Quem você está fingindo ser para os seus amigos?
O pr. Rick Warren diz que há duas confissões que precisamos fazer em nossa vida. A primeira foi de
Pedro, que disse a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt.16.16). A segunda confissão foi feita por
Paulo, que disse a uma multidão que o idolatrava: “Nós também somos humanos como vocês” (At.14.14-
15). Confesse suas imperfeições. Pare de fingir que é perfeito e seja honesto sobre si mesmo. Em vez de viver
dando desculpas e se recusando a aceitar, identifique sem pressa suas fraquezas pessoais.
Se você quer que Deus o use, deve saber quem é Deus e quem é você. Muitos cristãos, principalmente
líderes, esquecem da segunda verdade: somos apenas humanos!
Creio que temos a autorização de Deus para sermos o que somos - Humanos. Você não precisa
viver na sua fraqueza para sempre, mas precisa ser sincero sobre quem você é! 5
A vida cristã é sobre descobrir e abraçar quem você é, mas não para por aí! Você precisa
descobrir quem você é, à luz de quem Deus é! É preciso assumir quem realmente você é, para que possa
saber quem você pode se tornar em Deus.
Ter consciência da nossa desqualificação, nos leva a uma visão correta de nós mesmo, e de quem
podemos nos tornar em Deus. Deus não pode abençoar uma aparência de quem eu sou. Uma tentativa de ser
uma pessoa que eu não sou. Deus abençoa quem de fato eu sou, com minhas fraquezas, defeitos, problemas,
desqualificações, inconsistências.
Sem você assumir quem você é, você não pode ser abençoado para alcançar aquilo que Deus tem para
você. Nada bom se constrói com fingimento, só se constrói com a verdade. A verdade não dói, mas, sim liberta.
Segundo dilema: O que define você?
Quando não aceitamos as nossas limitações, o nosso passado, as nossas cicatrizes o que passa a nos
definir são rótulos que foram impressos em nós ao longo do tempo. E passamos a viver em função de nos
desfazermos deles.
Você não pode confundir a sua qualificação (rótulos) com a sua identidade em Deus. Quando a
percepção de quem somos é distorcida, todo nosso equilíbrio emocional se desalinha.
Quando sua identidade é formada por um sentimento de inadequação, isso se torna algo muito perigoso!
Pois, você busca nos lugares errados provar o seu valor.
Muitas vezes pessoas procuram sucesso porque isso acaba definindo-as. Mas isso pode ser muito
frustrante. Por quê?
 Porque você não vai suprir as expectativas das pessoas sempre;
 Porque você nunca vai ser o numero um em tudo na vida;
 Porque você vai errar alguma vez e terá que lidar com suas fraquezas.
Seja real consigo mesmo, e seja real com Deus. E deixe que Ele revele através de você, o que Ele
sonhou que você fosse!
 Mesmo quando você errar;
 Mesmo quando você tentar e passar vergonha;
 Mesmo quando ninguém estiver vendo;
Deus deseja usar justamente a “sua bagunça” para um plano especial. Pois, é na bagunça da nossa
história que Deus faz algo novo. Foi o que aconteceu com Moisés, o que aconteceu com Paulo, com Pedro,
comigo e com você. Mas você precisa entregar a sua história definitivamente, nas mãos de Deus.
Os rótulos que lhe dão não definem a sua identidade, mas sim como Deus te vê. E Deus lhe enxerga em
Cristo uma nova pessoa: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já
chegou o que é novo." 2Co.5.17
“Porém quem se une com o Senhor se torna, espiritualmente, uma só pessoa com ele”. 1Co.6.17
NTLH
O sistema de qualificação do céu é diferente do sistema de qualificação do mundo. O sistema de
qualificação do mundo é baseado em nosso passado, em nossos rótulos. Mas, o sistema de qualificação de Deus
é baseado em quem Deus é em nossa vida e sua obra em nós.

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Moisés não tinha um desafio difícil, tinha um desafio impossível. Ele pergunta para Deus: “Tudo bem,
se por acaso eu for, vou dizer o que para o faraó? Quem mandou libertar o povo?”.
Deus responde... Fale que o “Eu Sou” enviou você! O que? Eu sou...? Fico imaginando a cara do
Moisés: Eu Sou o que? E a terceira palavra? Não tem um título, uma adjetivo, ou uma qualificação?
Deus não completa a terceira palavra, ele simplesmente é! E quando você se une a Jesus, entregando sua
vida pra Ele e realmente entende que a sua vida é a Dele, você está unido com Ele, se torna um com Ele. Você
entende que não precisa de mais nenhuma qualificação. Pois, tudo o que você precisa, Deus simplesmente é em
sua vida.
Entenda que você não pode mais dizer, “Eu sou um fracassado...” porque a questão não é mais quem
você é. É quem está em você! Observe o que Paulo diz em Gálatas 2.20: “Estou crucificado com Cristo;
portanto, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa vida que agora vivo no meu
6
corpo, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. VFL
Paulo diz com esse texto que a vida que vivemos tem como base o Senhor Jesus e tudo o que ele
fez por nós naquela cruz, e nos tornou através da sua morte e ressurreição. E nos apropriamos de tudo
isso através da fé.
Qual é a sua terceira palavra? Eu sou... Esquisito, Bagunçado, Fraco, Machucado, Abandonado,
Rejeitado, Depressivo, Feio, Viciado. Você precisa entender que não é isso que qualifica você!
Deus é o EU SOU em sua vida através do Espírito Santo. Permitir uma 3ª palavra que não seja a Dele
para você é tomar o nome de Deus em vão!
“EU SOU”, quer dizer que Deus está lhe dando um dom da identidade, que é a Dele mesmo para você.
Você tem vivido de acordo com o que Deus é? Sua vida reflete a Sua identidade? Ou você vive como se nunca
O tivesse conhecido, como se nunca tivesse recebido o Seu nome ou nunca tivesse sido de Sua família?
A.W. Tozer escreveu: "O que vem à nossa mente quando pensamos sobre Deus é a coisa
mais importante sobre nós'”.
Lembre-se de que o nome de Deus é “Eu Sou”. Então, toda vez que tomamos Seu nome e preenchemos
a terceira palavra com coisas que são contrárias ao que Deus diz sobre nós, estamos tomando Seu nome em vão.
Quando permitimos que nossas terceiras palavras superem as terceiras palavras de Deus, estamos tratando Seu
nome como se fosse vazio e sem importância.
Talvez você pense ou diga: "Eu sou patético!" Mas Deus responde com: Você pode até sentir-se assim,
mas você está usando o Meu nome, e Eu sou poderoso. E se Eu estou em você, você não é mais patético. Você
possui todo o poder que existe em Meu nome.
Você consegue ver como isso é revolucionário? É uma permissão para agirmos como realmente somos
Nele. Deus está nos entregando o dom da identidade. Sua identidade. Sua suficiência. Suas qualificações. Deus
quer lhe dar o nome Dele, mesmo na sua situação atual, na sua fraqueza e na sua necessidade. Mas você tem
que primeiramente aceitá-la. Você precisa aprender a usar este dom.

Deus nos vê pelas qualificações de Cristo.


Quando passamos a nos enxergar pela lente Deus descobrimos que ele nos vê pelas qualificações de
Cristo e não as nossas.
Paulo nos fala sobre isso em 2Coríntios 5.21: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha
pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. NVI
Esse versículo é de uma revelação muito profunda e linda. Paulo descreve aqui a maior transformação
que aconteceu em nossa vida. Deus pegou o nosso pecado herdado em Adão (Rm.5.12) e o colou sobre Jesus. E
pegou a justiça de Jesus e colocou sobre nós. Isso significa que Deus não nos considera mais como Adão,
pecadores e como consequência, culpados e merecedores de castigo. Mas, nos considera a partir das
qualificações de Cristo, que por causa da obra da cruz foram colocadas sobre nós.
Quando Paulo diz que nos tornamos a justiça de Deus, ele está dizendo nada menos do que a mesma
perfeição e inculpabilidade que Deus vê em Cristo, agora ele vê em nós. Ou seja, você é tão perfeito como
Cristo é aos olhos de Deus. Você está completamente nele.

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Você é aos olhos de Deus, tão perfeito como se nunca tivesse pecado. O Senhor Jesus colocou uma
veste divina em você, de modo que você tem mais do que a justiça do homem, tem a justiça de Deus. Isso
significa que nenhum de seus pecados pode condená-lo.
Mas, o que eu quero chamar a sua atenção de forma mais especifica e para como Deus nos enxerga
agora que estamos em Cristo. Deus nos enxerga pelas qualificações de Cristo: “ ...para que nele nos
tornássemos justiça de Deus...”
Isso significa que Deus nos vê pela identidade de Cristo, por aquilo que nos tornamos em Cristo. A
partir do momento que você entregou a sua vida a Jesus como Senhor e Salvador, Deus mudou a forma de
enxergar você. Deus não o enxerga levando em conta o seu passado, as suas marcas, as suas limitações, os seus
pecados, as suas imperfeições, não! Deus o enxerga pela ótica de Cristo, pela identidade de Cristo, pela
obra de Cristo na cruz por você: 7
“Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele”. 1Co.6.17 NVI
Neste texto Paulo fala da nossa realidade espiritual, nós estamos unidos de maneira inseparável
com Deus em Cristo Jesus. Mas, não é só isso que esse texto nos ensina. Aqui também fala da forma como
Deus os vê, com as mesmas qualificações de Cristo no mundo espiritual.
Paulo deixa isso mais claro quando escreve aos Efésios: “Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele
nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a
incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus”. Ef.2.6-7
NVI
Uma vez que fomos unidos com Cristo, também fomos exaltados com ele e compartilhamos de seu
trono nos lugares celestiais. Em termos físicos, estamos na Terra, mas, em termos espirituais, estamos "nos
lugares celestiais em Cristo Jesus".
O que o apóstolo aqui diz não significa meramente à nossa esperança de perdão e glória pela
ressurreição e ascensão de Cristo, mas se refere à união que existe entre ele e todos os verdadeiros crentes; e
como Deus nos vê e se relaciona conosco, pelas qualificações de Cristo. Esse texto aponta tanto para a nossa
posição legal, quanto a nossa condição espiritual diante de Deus.
Paulo fala disso de maneira mais clara em Colossenses 3.3: “Pois vocês morreram, e agora a sua vida
está escondida com Cristo em Deus”. Cl.3.3 NVI
Paulo fala mais uma vez da nossa realidade espiritual diante de Deus. A nossa identidade é
fundamentada sobre Jesus e as suas qualificações. O que Paulo está dizendo aqui é que a vida que desfrutamos
diante de Deus encontra-se em Cristo, é a partir das qualificações de Cristo que Deus se relaciona conosco. Nós
estamos em Cristo que, por sua vez, está em Deus.
Então, como Deus enxerga você na prática?

 Amado por ele:


“Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união
com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do
seu amor por nós...”. Ef.1.4 NTLH
“Muito antes de estabelecer as fundações da terra, Deus nos tinha em mente, tendo nos escolhido
como foco de seu amor” Ef.1.4 Msg.
“Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto...”. Ef.2.4 NTLH
“Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. 1Jo.4.19 NVI
Deus ama você para que você possa mudar. Talvez você aprendeu que Deus te amaria depois de você
ser perfeito (a), depois de provar o seu valor, mas Deus decidiu te amar em Cristo e ponto final.
Você é amado (a) por Deus. Enquanto você não compreender isso, a sua vida não vai ter sentido.
O amor de Deus por nós está baseado única e exclusivamente em sua decisão, em sua escolha, em sua
disposição em nos amar. Deus resolveu nos amar! Esse amor foi definido e assumido por Deus enquanto ainda
estávamos bem longe dele, nem existíamos ainda, antes da fundação do mundo.

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A decisão de Deus de nos amar não foi, portanto, com base em alguma ação do homem, e sim no querer
do Senhor.
Deus não escolheu amar você porque ele previu que você poderia vir a crer nele e render-se ao seu
governo – Não! Pois se assim fosse, a causa do amor de Deus por você estaria na sua fé. Deus não escolheu
amar você por causa das suas boas obras, ao contrário, somos motivados a fazer boas obras por descobrir o
quanto Deus nos ama (2Co.5.14-15). Deus não escolheu te amar porque você faz o bem, mas para fazer o bem
motivo pelo seu amor. Ele não escolheu amar você por qualquer mérito seu, mas apesar do seu demérito.
Deus não escolheu amar você por causa da sua santidade, ao contrário, é o amor de Deus por nós que
nos leva a nos afastar a cada dia do pecado. Deus não escolheu amar você por causa da sua obediência, ao
contrário, é o amor de Deus por nós que nos leva a obedecer aos seus mandamentos.
Deus nos amou quando ainda éramos apenas uma ideia em sua mente. Deus nos amou quando os
fundamentos da terra ainda não haviam sido lançados. Deus nos amou antes mesmo de nos criar. Porque 8
nos amou, nos criou para o louvor de sua glória.
O amor de Deus por nós é imerecido. Deus não nos amou por qualquer qualidade encontrada em
nós. A causa do amor de Deus não está no objeto amado, mas na pessoa que ama. A causa do amor de Deus por
você não está nos seus merecimentos, mas sim em sua escolha em te amar. Deus decidiu amar; e desta decisão
houve a criação. Deus amou e criou, não por necessidade, mas por doação de si mesmo.

A Bíblia é bem clara, Deus nos ama como somos. Mas o seu amor por nós é grande demais para nos
deixar como estamos.
 Aceito por ele:
“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir
nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva”. Rm.3.23-24 NTLH
“Porque é de Deus que procede, exclusivamente, que vocês tenham essa vida por meio de Cristo
Jesus. Jesus nos revelou o plano divino de salvação; foi Ele quem nos fez aceitáveis diante de Deus; Ele nos
fez puros e santos, e deu-Se a Si mesmo para comprar a nossa salvação”. 1Co.1.30 Bv
“... Agora; porém, temos uma esperança muitíssimo melhor, pois Cristo nos torna aceitáveis a Deus,
e agora podemos aproximar-nos dele”. Hb.7.19 NVI
A palavra “aceitável” nestes textos significa aprovado, tornar-se favorável. O que a Bíblia está dizendo
que a partir do momento que você se arrependeu dos seus pecados e entregou a sua a vida a Jesus
reconhecendo-o como Senhor e Salvador, Deus declarou você aprovado (a) diante dele. Isso significa que
através da obra de Cristo na cruz, através dos méritos de Cristo, Deus reconhece que você satisfez todas as suas
exigências legais, cerimoniais, morais.
Em Cristo Deus nos aceita, ou seja, nos torna aprovado diante dele. Nós fomos aceitos no Amado.
Porque pela fé somos feitos um com Jesus, nós somos aceitáveis para Deus Nele. Não se trata do trabalho,
esforço, do cumprimento de regras que o sermos aceitos por Deus em sua presença e comunhão. Isto não
depende do nosso esforço, mas de cremos nas promessas de Deus e confiarmos que Ele é fiel para cumprir.
Paulo escrevendo aos Gálatas diz: “Mas sabemos que todos são aceitos por Deus somente pela fé em
Jesus Cristo e não por fazerem o que a lei manda. Assim nós também temos crido em Cristo Jesus a fim de
sermos aceitos por Deus pela nossa fé em Cristo e não por fazermos o que a lei manda . Pois ninguém é
aceito por Deus por fazer o que a lei manda”. Gl.2.16 NTLH.
Não podemos nos tornar aceitáveis a Deus; mas ele, em sua graça, providenciou para que fôssemos
aceitos em Cristo. Essa é nossa posição eterna e imutável. Nossa aceitação por parte de Deus não depende do
nosso esforço, ou de alguma coisa que possamos fazer, ou do serviço que desempenhamos, nós muitas vezes,
insistimos em fazer as coisas para sermos aceitos por Deus, para Ele se agradar de nós, mas não é assim. Pela
graça de Deus em Cristo, somos aceitos por ele.
A aceitação diante de Deus não tem nada a ver com o que podemos ou com o que temos que fazer. As
obras que realizamos, as coisas que fazemos, não as desempenhamos para receber algo do Criador e nem para
sermos mais aceitos por Ele, mas por termos sido aceitos, por termos compreendido a Sua salvação,
reconciliação, tendo o entendimento da vida que recebemos Dele, do Seu compartilhar conosco da Sua

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02 e 09 de Junho de 2020.
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natureza, nos fazendo nova criatura, nos concedendo um novo coração, então, vivemos segundo esta nova
realidade.
Deus te aceita do jeito que você é, mas o Espírito Santo vem para te moldar.

 Perdoado por ele:


“E, porque Jesus Cristo fez o que Deus quis, nós somos purificados do pecado pela oferta que ele
fez, uma vez por todas, do seu próprio corpo”. Hb.10.10 NTLH
“Porque eu vou perdoar as faltas deles e não me lembrarei mais dos seus pecados". Hb.8.12 EP
“Estou escrevendo estas coisas para todos vocês, meus filhinhos, porque os seus pecados foram
perdoados em nome de Jesus, nosso Salvador”. 1Jo.2.12 Bv
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“Antigamente vocês estavam espiritualmente mortos por causa dos seus pecados... Mas agora
Deus os ressuscitou junto com Cristo. Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da
nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta,
pregando-a na cruz”. Cl.2.13-14 NTLH
Todos estes textos apontam para a realidade do perdão de Deus em nossa vida. A palavra perdão na
significa cancelar uma dívida. Às vezes, havia uma ação judicial ou uma disputa no tribunal e ocorria um
julgamento que concluía que o acusado de ser devedor não devia qualquer coisa. Assim, a dívida era cancelada,
pois o preço havia sido pago.
No seu sentido cerimonial a palavra perdão significa "levar embora, remover a ofensa". Essa ideia nos
traz à memória o ritual realizado em Israel no Dia da Expiação, quando o sumo sacerdote enviava o bode
expiatório para o deserto (Lv.16). Primeiro, o sacerdote sacrificava um de dois bodes e aspergia o sangue diante
de Deus sobre o propiciatório. Em seguida, confessava os pecados de Israel, enquanto impunha as mãos sobre o
outro bode que, depois, era levado ao deserto para nunca mais ser visto.
Cristo morreu para levar nossos pecados embora, a fim de que nunca mais sejam vistos (Sl.103.12; Jo
1.29). A palavra perdão aponta para duas realidades que desfrutamos em Cristo: a primeira que não há qualquer
acusação registrada contra nós, pois nossos pecados foram levados embora! A segunda é que não temos mais
dívida alguma diante de Deus, nossa ficha está completamente limpa.

 Qualificado com ele:


“Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau
procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para
apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, desde que continuem
alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido
proclamado a todos os que estão debaixo do céu...”. Cl.1.21-23 NVI
“É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós,
isto é, justiça, santidade e redenção...”. 1Co.1.30 NVI
“Tal é a confiança que temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer
coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou para
sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito...”. 2Co.3.4-6 NVI
Para Deus tudo o que precisamos no aspecto moral, cerimonial e espiritual para sermos usados por ele
em sua obra nós já temos em Cristo. Em Cristo fomos:
 Santificados e declarados livres e inculpáveis de qualquer acusação;
 Feitos justiça, santidade e redenção;
 Capacitados para sermos ministros da nossa aliança.
Para Deus você já tem toda qualificação que você precisa para ser uma benção em seu Reino e a sua
obra aqui na terra.

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Quando Deus nos chama para algo, Ele não somente nos chama como também nos capacita, equipa e
nos qualifica espiritualmente. Por isso, precisamos saber quem somos em Cristo. Pois, a falta do entendimento
de quem somos em Cristo de acordo com as Escrituras Sagradas nos priva de viver a vida que Deus idealizou
para nós em Cristo, porque quem não se conhece não sabe o que tem e o que pode.
Deus não chama os qualificados, ele qualifica os escolhidos em Cristo. Deus nos chama, alicerçado em
Seu plano e Seu propósito, e não fundamentado em nossa perfeição ou na falta dela. O nosso chamado foi
iniciado pelo próprio Deus, e não por nós. Ele é aquele que chama, capacita, equipa, unge, designa e qualifica.
Você tem lutado contra o sentimento de não ser qualificado o suficiente para ser usado por Deus? Saiba
que a obra que realizamos para Deus não é fundamentada em nossa perfeição, mas em Sua misericórdia e graça.
Todos nós somos uma “obra em progresso”. Não é o que fomos que importa; é onde estamos
estabelecidos agora que conta para Deus. O seu passado não é obstáculo para privá-lo do futuro que
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Deus tem para você.
 É a graça de Deus que nos qualifica para a sua obra Paulo é claro em nos ensinar isso:
“Pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo, porque persegui a
igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes,
trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo”. 1Co.15.9-10 NVI
“Ele nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não por causa de nossas obras, mas
conforme seu próprio projeto e graça. Esta graça nos foi concedida em Jesus Cristo desde a eternidade, mas
somente agora foi revelada pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo. Ele não só venceu a morte, mas
também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho...”. 2Tm.1.9-10 EP
Deus chamou apenas uma pessoa perfeita: o Senhor Jesus Cristo. Todos os outros que Deus chamou
para fazer alguma coisa para Ele, inclusive você e eu são pessoas muito falíveis e imperfeitas. Deus sabe a
nossa condição exata quando nos chama, e Ele começa conosco exatamente onde estamos.
É através da graça e a misericórdia de Deus que somos qualificados para a sua obra. É preciso tirar os
olhos de nós mesmo e colocá-los naquilo que nos tornamos em Cristo se desejamos ser úteis nas mãos do
Senhor no seu Reino. É a graça de Deus, através da obra de Cristo que nos qualifica a servirmos a Deus em seu
Reino.
Não tem nada a ver com você ou quão perfeito ou imperfeito você é. Tire os seus olhos de si mesmo,
desista de ficar preso às suas imperfeições e deficiências, e ponha os seus olhos no propósito e na graça de Deus
para a sua vida.
Alguma coisa o tem prendido no passado? Você já se sentiu desqualificado para ser usado por Deus?
Você se considera “indigno” por causa de algumas deficiências em suas habilidades ou pecados em seu
passado, ou até mesmo devido a alguma batalha que está travando em sua vida agora mesmo? Existe
insegurança ou sentimento de inferioridade que o tem impedido de render a sua vida a Deus e ao Seu propósito
para a sua vida?
A questão não é você, mas sim sobre quem você está fundamentado – o próprio Cristo. A graça não é
apenas a base para Deus nos salvar, mas também é a base para a nossa capacitação e qualificação na obra do
Senhor.
 Agradáveis diante dos seus olhos:
“ ...e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua
vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado”. ARC
Observe o que Paulo diz no final do verso 6: “ ...Nos fez agradáveis a si no amado”. Um dos nossos
maiores dilemas é sabermos se estamos agradando a Deus. Nós nos esforçamos ao máximo para sermos
agradáveis a Deus. Mas, se formos sinceros, por nós mesmo é impossível saber quando os nossos esforços são
suficientes. Por mais que nos enforcamos, nos empenhamos sempre sentimos que estamos aquém quando a
questão é agradar a Deus.
Mas, o que este texto nos ensina é que esse esforço todo, essa luta é inútil. Pois, em Cristo nós já fomos
feitos agradáveis diante de Deus. Deus já se agrada de você. Você é agradável a Deus por meio de Cristo.

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Se você já está unido com Cristo pela fé você já é agradável a ele. E sabe por quê? Porque o Pai se
agrada inteiramente no filho desde o principio:
“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado". Mt.3.17 NVI
“Isso aconteceu para se cumprir o que fora dito pelo do profeta Isaías: "Eis o meu servo, a quem
escolhi, o meu amado, em quem tenho prazer. Porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará justiça às
nações. Não discutirá nem gritará; ninguém ouvirá sua voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, não
apagará o pavio fumegante, até que leve à vitória a justiça. Em seu nome as nações porão sua esperança".
Mt.12.17-21 NVI

“Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma
voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!" Mt.17.5 NVI 11

Por três vezes as Escrituras Sagradas declaram que o Pai Celestial se agrada no filho. A palavra
agradável tanto em Efésios como nestes outros textos significa ter prazer. A Bíblia diz que Deus tem
prazer em Jesus desde a eternidade. Agora veja bem, se Deus tem prazer em Jesus desde a eternidade, e você se
tornou um com Jesus por meio da fé, tudo o que Jesus é você e também. Isso significa que em Cristo você se
torna agradável a Deus. Você não está lutando para ser agradável a Deus, você já é em Cristo Jesus, aleluia!
Deus não exige de você perfeição para lhe declarar agradável a ele. Deus não espera que você se prove
ser capaz de agradá-lo. Deus nunca pensou que você pudesse viver a vida cristã, e nem tinha a expectativa de
que você realmente conseguisse cumprir seus santos requisitos. Se ele achasse que você conseguiria, ele não
teria vindo ao mundo para morrer por você. Mas ele veio.
Deus tem consciência do abismo entre sua perfeição e nossa impiedade. Por isso, escolheu nos tornar
agradáveis a ele através do seu filho. O Pai proclama que seu Filho é o objeto de toda a sua afeição; que
encontra nele todo o seu prazer. O Filho é o alvo de todo o prazer do Pai, assim como, no Filho, também nós
tornamo-nos alvos do seu prazer.
Observem que Efésios 1.6 não está escrito que nos tornamos agradáveis a Deus em nós mesmos. Se isto
fosse possível haveria diferentes graduações pelas quais seriamos contemplados. Isto é, Ele se agradaria mais
de um do que do outro. E, isto não condiz com o caráter de Deus.
Fomos feitos agradáveis a Deus somente em Cristo. O mais débil e fraco crente está no mesmo nível
daquele considerado como o “mais notável e brilhante entre os crentes”. Este é um dos fundamentos da fé
cristã: “tornados agradáveis a Si, no Amado”. É por isso que só em Cristo temos a medida daquilo que somos
incapazes de avaliar porque, Ele é, de maneira completa e adequada, as delícias de Deus. A maravilhosa
verdade é que: Nós nos tornamos agradáveis a Deus pelo fato de estarmos em Cristo, e não porque fizemos ou
deixamos de fazer algo. O único fundamento seguro, que nos mantém conscientes da nossa aceitabilidade e
agradabilidade diante de Deus, está no fato de estarmos em Cristo.
Não caia na tentação de pensar assim: “Hoje foi um dia maravilhoso, li a Bíblia, orei e preguei, por
isso, Deus se agradou de mim e me sinto muito bem diante Dele” . Ou então: “hoje foi um dia péssimo, não
orei, não li a Bíblia, não evangelizei, por isso, eu sinto que desagradei a Deus” . No momento em que
acharmos que podemos agradar a Deus lendo mais a Bíblia, orando mais ou agregando qualquer outro elemento
“religioso” para sermos aceitos diante Dele, estaremos negando o sacrifício de Cristo.
O grande fato é que Deus Pai está plenamente satisfeito com Seu Filho. E se você está seguro quanto à
sua experiência em Cristo, Deus está satisfeito com você. É indispensável que se tenha no coração este fato:
Que Deus olha tudo a partir de um único ponto de vista; avalia tudo por uma única regra; prova tudo por um
único critério, e que governa tudo por meio de Cristo. Tudo foi feito para Cristo e tudo sem Cristo nada tem
valor.
O propósito de Deus é Cristo. O que precisamos aprender diante de Deus é que: Ele nos deu seu Filho.
Tudo o que Deus nos quis dar, Ele nos deu em Seu Filho. Deus não nos deu “coisas espirituais”; Ele nos deu a
si mesmo no Filho. Pessoalmente, ele é a imagem do Deus invisível.
Nele, “Deus nos fez agradáveis no Amado”. Tudo isto significa que estamos perante Deus porque
Cristo nos introduziu na sua presença. Porém, Ele não poderia nos levar à sua presença, sem primeiro nos
assemelharmos a Deus.

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E, a fim de nos fazer semelhantes a Ele e nos tornar suas delícias, Ele nos conduziu primeiramente para
a Cruz, uma vez que, todos nós nascemos sob o peso da condenação e sem forças para sair deste estado. Como
pecadores convictos, contemplamos a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, e vemos nela aquilo que satisfaz
todas as nossas necessidades. A Cruz do nosso Senhor Jesus expressa o profundo amor de Deus aos homens,
porque estes nada podiam fazer por si mesmos.
Lá na Cruz somos identificados com Cristo na sua morte e ressurreição. E identificados em Cristo na
Sua morte e ressurreição nos tornamos a sua habitação, por meio do Espírito Santo e desfruamos da vida de
Cristo. E, esta vida de Cristo é a vida que agrada a Deus.
Fomos admitidos e aceitos incondicionalmente na família de Deus, pelos méritos do Senhor Jesus.
Antes, inadequados quanto à natureza pecaminosa, agora, em Cristo, agradáveis a Deus. Podemos não estar em
íntima relação com Ele, contudo, somos amados como se estivéssemos em profunda comunhão com Ele.
Em Cristo somo aceitos por Deus em aroma suave. 12

Deus enxerga você pelas qualificações de Cristo e não as suas. É Cristo e a sua obra na cruz que
nos qualifica diante de Deus para nos relacionarmos com ele e para sermos usados em sua obra aqui na terra. O
nosso problema é que sempre nos relacionamos com Deus e definimos a nossa aptidão para sermos usados por
Deus pelas nossas qualificações e não pela nossa identidade em Cristo.
Quando você considera apenas as suas qualificações naturais para ser usado por Deus você acaba
acreditando que suas falhas e fraquezas são os maiores impedimentos para ser usado por Deus, ou viver tudo
aquilo que Deus tem para você. E diante dessa crença errada você tende a dois erros:
O primeiro é: “tentar consertar as suas falhas por si mesmo” . E o segundo é: esconder as
suas limitações. Você tenta parecer o mais perfeito possível.
A questão que esses erros nos levam a duas atitudes diante das nossas falhas e limitações. A primeira é:
Choramingamos pelas nossas fraquezas e tentamos fingir que elas não existem . Vivemos dando
desculpas e reclamando.
Por conta das origens doloridas (família disfuncional, abandono, violência, problemas), aqueles que
estão a nossa volta devem aceitar nosso comportamento, afinal. Você é assim mesmo e a culpa nem é sua.
A segunda é: Tentarmos esconder nossas falhas de Deus, dos outros e até mesmo de nós
mesmos. Eu sinceramente não sei o que é pior. Choramingar e aceitar uma derrota ou fingir que ela nem
aconteceu. Convencer-nos que não temos falhas é ser desonestos, e nesse caso pior ainda por que estamos
sendo desonestos com nós mesmos. Parece que escondendo nossas vulnerabilidades, podemos nos enganar de
forma que ignorando nossas falhas nos tornaremos em alguém forte. Pior ainda, vemos Deus como um pai mau
que se descobrir que erramos irá nos punir.
Através da cura que Cristo nos deu podemos ver que não é se vitimizando e nem ocultando nossas falhas
que iremos nos tornar qualificados para sermos usados por Deus. Mas, sim tomando posse da nossa salvação e
identidade em Cristo.
Jesus não pegou nossos erros e jogou para qualquer lugar no inferno. Ele não simplesmente se apossou
de nossas falhas e descartou em qualquer lugar. Pelo contrário. Jesus tomou o que tínhamos de ruim, assumiu
por nós publicamente e assim que a missão foi cumprida, entregou nas mãos do próprio Deus. Ele se apossou,
assumiu, e entregou.

Deus nos vê completamente habilitados.


“Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por ele em Cristo Jesus. Pois
nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, porque o testemunho
de Cristo foi confirmado entre vocês, de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês
aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que
vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, o qual os chamou à comunhão
com seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”. 1Co.1.4-9 NVI
Observe o que Paulo diz ao nosso respeito no verso 5-6: “... Pois nele vocês foram enriquecidos em
tudo, em toda palavra e em todo conhecimento... porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre
vocês, de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual...”.
Pib Comodoro/MT
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TADEL – Pib Comodoro.

O que Paulo está dizendo aqui é que em Cristo nós fomos completamente habilitados para toda boa obra
no Reino de Deus. Em Cristo nós fomos enriquecidos em tudo: palavra e conhecimento. Em Cristo, através da
presença da pessoa do Espírito Santo em nós, não nos falta dom algum para servirmos na obra de Deus.
A palavra “enriquecidos” significa variedade, plenitude, abundância. Já a expressão “Dom Espiritual”
aponta tanto para salvação, quanto para as capacitações especiais do Espírito para o ministério.
Paulo está dizendo que os crentes em Corinto foram enriquecidos em toda palavra, em todo
conhecimento, com todos os dons espirituais. Quando somos salvos recebemos dons espirituais. A igreja de
Corinto era uma igreja rica na palavra, no conhecimento e na capacitação dos dons.
Tinha todos os recursos para realizar a obra de Deus.
É assim que Deus vê você, completamente habilitado (a) em Cristo. Enquanto você se vê sem
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capacidade, insuficiente e desqualificado, Deus te vê completo em Cristo, sem falta de dom algum.
Nele fomos enriquecidos em tudo. O Espírito de Deus nos leva a provar todas as bênçãos
espirituais que Cristo nos presenteou através da obra da Cruz. Desenvolva cada dia mais sua comunhão com o
Espírito Santo, pois Nele está tudo o que você precisa, e infinitamente mais.
Quando Deus nos deu o seu Filho Jesus, ele nos ofereceu tudo o que possuía; ele não pode nos dar mais;
temos todas as coisas nele. Para tornarmos esses dons gradativamente reais em nossa vida comunitária,
precisamos penetrar mais profundamente nas riquezas da sua graça.
O problema é que quando não tomamos posse dessa verdade, temos a tendência de nos sentirmos
desqualificados ao nos compararmos com os outros. Acabamos pensando que os outros receberam mais do que
a gente. São mais capazes do que nós.
Há dois tipos de comparação: A comparação com alguém pior, para provar que somos melhores,
incríveis (produz comodismo). E a comparação com alguém melhor , para se fazer de vítima (produz
condenação).
A comparação é uma assassina silenciosa. Ela rouba a nossa alegria e mina nossos relacionamentos.
Faz-nos criticar o que deveríamos celebrar, rejeitar pessoas com as quais deveríamos aprender e desdenhar de
ideias que deveríamos abraçar.
A qualificação que Deus nos dá não depende de outras pessoas. Ele não exalta os erros dos outros para
que os sintamos melhores. Ele não liga nosso sucesso ou nossa aprovação com o desempenho de outros ao
nosso redor.
Quando nós entendemos que temos plenitude em Cristo, que temos tudo de Deus em Cristo, então, não
há motivos para comparações, nem espaço para competições. Se eu estou cheio de Cristo, e Cristo está cheio de
Deus, o que eu precisaria provar para as pessoas? O que você teria que provar? Nada.
Quando nos enxergarmos completamente habilitados em Cristo. Essa visão da nossa realidade operam
algumas bênçãos em nossa vida:
Primeiramente, Tornamo-nos livres para amar verdadeiramente . Não o amor vazio e passageiro
que o mundo oferece. Não um amor baseado no nosso desempenho ou qualificação. Pelo contrário, é um amor
incondicional que Deus nos dá, do tipo que Ele nos chama para compartilhar com os outros.
Também Nos tornamos livres para verdadeiramente servirmos ao Senhor . Não porque temos
medo que Deus nos rejeite, mas porque estamos transbordando de ações de graça por tudo o que Ele tem feito
por nós. É a nossa resposta natural e espontânea para a bondade de Deus.
E finalmente Nos tornamos livres para verdadeiramente termos sucesso. Deus fica feliz com o
nosso sucesso e a nossa força, mas fica ainda mais feliz por Ele ser o nosso tesouro, nosso amigo e fonte de
nossa plenitude.

Pib Comodoro/MT

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