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O PROCESSO DA SALVAÇÃO: UMA ABORDAGEM BÍBLICA

Jailson José Nogueira1


Maria José Cruz de Barros2

RESUMO
Objetiva-se com este artigo, evidenciar como se dá o processo de salvação na vida
do homem. No desempenho deste processo, aqueles que levam o Ide glorioso do
nosso Eterno Deus; numa perspectiva soteriológica, revestidos do poder do Espírito
Santo de Deus lançam a semente de salvação às almas que encontram-se perdidas
sem Deus, sem paz e sem salvação. Metodologicamente esta pesquisa foi
desenvolvida de maneira bibliográfica, quanto aos meios, e, quanto a forma de
abordagem é uma pesquisa de cunho qualitativa. O artigo aborda o processo de
salvação baseada nas seguintes etapas: A necessidade de salvação, O processo de
salvação, a justificação, a regeneração, a santificação e a glorificação. Á redenção,
então, só atingirá o seu ápice após a morte do salvo (ou no arrebatamento da Igreja)
pois veremos a Deus face a face, seremos semelhantes a Ele em corpos glorificados,
e estaremos eternamente com Jesus.

Palavras Chaves: Processo. Salvação. Homem.

ABSTRACT
The purpose of this article is to show how the process of salvation takes place in the
life of man. In the performance of this process, those who carry the glorious ideals of
our Eternal God; in a soteriological perspective, vested with the power of the Holy Spirit
of God, sow the seed of salvation to souls that are lost without God, without peace
and without salvation. Methodologically, this research was developed in a
bibliographical way, regarding the means end the form of approach, it is a qualitative
research. This article approaches o process of salvation based in the following
eteps:The need for salvation, the process of salvation, the justification, the
regeneration, sanctification end glorification, The redemption, then, it will only reach its
apex after the death of the saved one (or in the rapture of the Church) because we will
see God face to face, we will be similar to Him in glorified bodies, and we will be
eternally with Jesus.

Keywords: Process. Salvation. Man.

1
Graduando em Teologia pela ESTEADEB-PE.
2
Licenciatura em Pedagogia pela UVA (2007). Pós-graduada em Gestão e Coordenação Pedagógica pela FATEC
(2010). Graduando em Teologia pela ESTEADEB-PE.
2

Introdução
Estamos vivendo momentos cruciais nos quais temos que anunciar com
objetividade, ao mundo corrompido pelo pecado, como se dá o processo de salvação
na vida do homem. O profeta Isaías, no seu livro, enfatiza: “alguém deu crédito à nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Certamente, Ele tomou sobre si
as nossas enfermidades [...] O castigo que nos traz a paz, estava sobre Ele” (Is 53:1-
5); este castigo era o sacrifício de Jesus pelo pecador a fim de salvá-lo.
O pecado tem penetrado no mais profundo da alma, levando-a a rejeitar o
soberano amor de Deus que é Cristo Jesus nosso Salvador. O homem submetendo-
se às mais frenéticas iniquidades, que permeiam o mundo atual, torna-se o grande
alvo da mensagem de salvação em Cristo Jesus. Para chegar-se a Ele, é preciso
somente crê na gloriosa promessa da cruz. Quem recebe Jesus como seu Salvador e
Senhor, toma a melhor decisão, pois seus pecados serão apagados por Cristo. A nova
vida em Jesus é um presente de Deus. Todos serão semelhantes ao Senhor Jesus,
porque essa é a promessa que Ele nos fez, por intermédio do Apóstolo João:
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de
ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque
assim como é o veremos” (1 Jo 3.2) (SILVA, 2017, p.42).
Então, dentro da Teologia, um dos assuntos que mais desperta interesse para
reflexão é entendermos como se dá o processo de salvação. Considera-se relevante
este trabalho, para se compreender que a salvação plena só pode ser garantida pela
obra de Cristo na cruz e confirmada pelo Espírito Santo, mediante uma vida de fé e
submissão a Deus e sua Palavra.
Acerca disso, encontramos em 1 Jo 1:9, expressões bíblicas que falam que,
se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar e nos purificar
de toda injustiça. A salvação se manifesta em nossas vidas; Nós andamos na Luz,
não mentimos, mas confessamos os nossos pecados. E, Tiago no capítulo 2, deixa
claro que a evidência da fé se encontra nas obras que fazemos. Não somos salvos
por nossas obras, mas elas são a evidência da fé salvadora em nós. Jesus disse:
"Portanto, pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20). O fruto espiritual produzido em
nós pelo Espírito Santo (Gl 5:22) é a confirmação de que Ele vive dentro de nós.
Diante das considerações iniciais acima apresentadas, este artigo busca
responder ao seguinte questionamento: De que forma se dá o processo de salvação
na vida do homem?
Para tanto, o objetivo central desta pesquisa é caracterizar o processo de
salvação do homem à luz das Sagradas Escrituras.
Metodologicamente, esta pesquisa, quanto aos fins, é de natureza explicativa.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), a pesquisa explicativa é aquela que se baseia na
intenção de explicar e se fazer inferências sobre um fenômeno ou tema estudado.

De acordo com Severino (2016):

A pesquisa explicativa é aquela que, além de registar e analisar os


fenômenos estudados, busca identificar suas causas, seja através da
aplicação de método experimental/matemático, seja através da
interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos.
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Para Andrade (2017), pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais


complexo, pois, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados,
procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, suas causas.
Já quanto aos meios, este estudo é de cunho bibliográfico, pois se baseia na
coleta de dados através de livros, bibliografias, revistas especialistas e artigos
científicos que versam sobre o tema (MARCONI; LAKATOS, 2003).
E, quanto à forma de abordagem, este trabalho se constitui numa pesquisa
qualitativa, pois partiremos de uma análise de resultados dos aspectos da salvação
humana.

Marconi e Lakatos (2003) explicam que:

A abordagem qualitativa se trata de uma pesquisa que tem como


premissa, analisar e interpretar aspectos mais profundos,
descrevendo a complexidade do comportamento humano e ainda
fornecendo análises mais detalhadas sobre as investigações, atitudes
e tendências de comportamento. Assim, o que percebemos é que a
ênfase da pesquisa qualitativa é nos processos e nos significados (p.
87).

Desta maneira, é imprescindível a análise da bibliografia pesquisada, a


respeito do tema em questão, e de uma análise, mais aprofundada, dos resultados
deste processo tão importante para o destino eterno.

1. A Necessidade da Salvação

Diferente dos que creem os que defendem a doutrina da predestinação,


acreditamos que o soberano Deus não predestinou incondicionalmente pessoa
alguma à condenação eterna, mas, almeja que todos, arrependendo-se, convertam-
se de seus maus caminhos: “Mas Deus, não tendo em conta o tempo da ignorância,
anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30),
salienta Silva (2017).
Mas por que o homem foi condenado? De acordo com a Bíblia, mas
especificamente em Gênesis, capítulo 3, o pecado original de Adão e Eva fomentou
para toda a história da salvação mudanças permanentes e significativas na natureza
humana. Isto afetou sobremaneira a comunhão que existia, antes da queda, do
homem com o Criador.
E, pelo pecado ter atingido toda a humanidade, todos ficaram debaixo do seu
impiedoso jugo, por isso, houve a necessidade de uma salvação universal vinda do
próprio Deus.

Vejamos o que diz Silva (2017):

A corrupção total do gênero humano. A Queda no Éden arruinou toda


a humanidade tão profundamente que transmitiu a todos os seres
humanos a tendência ou inclinação para o pecado. Não somente isso,
contaminou toda a humanidade: “não há um justo sequer” (Rm 3.10);
“todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). A
natureza moral foi corrompida, e o coração humano tornou-se
enganoso e perverso. Todas as pessoas estão mortas em ofensas e
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pecados; são inimigas de Deus e escravos do pecado. A corrupção do


gênero humano atingiu o homem em toda a sua composição — corpo,
alma e espírito, conforme lemos em Isaías, 1. 5,6: “Toda a cabeça está
enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça
não há nele coisa sã“. Isso prejudicou todas as suas faculdades, quais
sejam: intelecto, emoção, vontade, consciência, razão e liberdade.
Portanto, o homem por si mesmo não consegue voltar-se para Deus
sem o auxílio da graça divina. Apesar de tudo, a imagem de Deus no
homem não foi aniquilada; foi, no entanto, desfigurada a tal ponto que
a sua restauração só é possível em Cristo. Jesus reconheceu algumas
qualidades no moço rico e até mesmo nos fariseus. Todos nós
conhecemos descrentes que são pessoas de bem, honestas, de bom
caráter e religiosas, como o centurião de Cafarnaum, ainda que o bem
social que elas praticam leve a marca da contaminação do pecado. (p.
100-101).

Vimos, portanto, que a salvação é uma opção disponível a todos os homens,


mas que é obtida pela Graça, por meio da fé, sendo o homem incapaz de salvar a si
mesmo com base apenas em suas obras. Também fica claro o posicionamento
favorável à doutrina da Expiação Universal de Cristo:

Cremos, professamos e ensinamos que a salvação é o livramento do


poder da maldição do pecado, e a restituição do homem à plena
comunhão com Deus, a todos os que confessam a Jesus Cristo como
seu único Salvador pessoal, precedidos do perdão divino: “A este, dão
testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem
receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10.43).
Trata-se da restauração do relacionamento do ser humano com Deus
por meio de Cristo: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados” (2 Co 5.19). Somente a
fé na morte expiatória de Jesus e o arrependimento podem remir o
pecador e levá-lo ao Criador. Essa salvação é um ato da graça
soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo e não vem das obras:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós;
é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”
(Ef 2. 8,9) (SILVA, 2017, p. 109).

Logo, a salvação em Jesus Cristo não é um mero assentimento intelectual, e


sim, um renascimento espiritual que se dá na vida do pecador arrependido. No ato da
aceitação o pecador é imediato e simultaneamente salvo, justificado e adotado, até a
sua glorificação final, no dia de Cristo. (SILVA, 2017).

A Salvação é o livramento do poder da maldição do pecado e a restituição do


homem a plena comunhão com Deus. (SILVA, 2017). Como diz a Sagrada Escritura:
“Portanto agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (...),
que me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:1,2). E, ainda temos a garantia da
extensão do amor de Deus por nós: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha
a vida eterna” (Jo 3.16).
É inconcebível este tão grande amor do nosso Deus, para com a humanidade
cética; desta tão grande dádiva, a salvação. Se valêssemos de nossas forças, jamais
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o homem alcançaria os céus. No prólogo do seu evangelho o apóstolo João, afiança


que o nosso homem em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual; não gerado
nem do sangue nem da carne, mas de Deus (Jo 1.12,13). Isso implica na aceitação
pela fé do plano da salvação que o pai celeste elaborou, bem antes da fundação do
mundo (Ap 13.8).
Tornar-se uma nova criatura, em Cristo é o auge da bem-aventurança
humana. (POMMERENING, 2017).
Jesus ensinou a Nicodemos, renomado mestre da lei, que o novo homem, não
é gerado nem da carne nem do sangue, mas de Deus, da água e do espírito. Uma vez
aceitando a palavra, e crendo em Cristo pela fé, o homem é salvo; e isso não vem de
nós, é dom de Deus! (Ef 2.8). Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando os seus pecados (I Co 5.19). A Salvação é uma milagrosa
intervenção de Deus na vida do homem, resgatando da morte para a vida. Deus
colocará a sua lei “no seu interior e escreverá no seu coração” (Jr 31.33). Ele
circuncidará o teu coração (...) para amares ao Senhor (Dt 30.6).
A Salvação é uma milagrosa intervenção de Deus na vida do homem,
resgatando-o da morte para a vida, efetuando a transformação da alma da pessoa,
que pela fé recebe Jesus Cristo como salvador.
Salvação é também uma nova vida em Cristo. Em relação a essa nova vida,
Deus é o pai (aquele que gera) (SILVA, 2017)
O Senhor Jesus Cristo, pela sua morte expiatória, comprou a salvação para
os homens. Como ela é aplicada e recebida pelos homens para que se torne
realidade?
As verdades relacionadas com a aplicação da salvação agrupam-se sobre
três títulos: Justificação, Regeneração e Santificação. As verdades relacionadas com
a aceitação da salvação, por partes dos homens, agrupam-se sob os seguintes títulos:
Arrependimento, Fé e Obediência (PEARLMAN, 2009)
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23,24).
Mas, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus. Mas, Ele pela sua infinita misericórdia, nos alcançou. Porque a graça de Deus
se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11). Mas, Deus não
tendo em conta o tempo da ignorância anuncia agora a todos os homens, em todo
lugar, que se arrependam (At. 17:30).

2. O processo da salvação

Como vimos acima, ao pecar, o homem se afastou do seu criador. Desde


então, ele tem procurado meios de garantir uma salvação que, de acordo com eles,
independem de um Ser maior, e muitas religiões acabam se fundamentando e
estabelecem caminhos para “Uma Salvação”.
Segundo Bergstén (2015), a salvação abrange a nossa vida em todos os
aspectos. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas se passaram;
eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). A salvação provoca uma transformação total
em nossa vida e em nossas relações com Deus, dando-nos uma nova posição no
mundo, perante o Inimigo. As experiências recebidas pela salvação se expressam por
diferentes nomes, em cada um dos quais se vê um aspecto diferente dessa
transformação por que passa o salvo.
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Vejamos esses nomes, de acordo com Bergstén (2015):

 Arrependimento: expressa a mudança em nossa consciência, fazendo-nos


sentir remorso e tristeza pela vida em Deus.
 Conversão: expressa a nova atitude para com o mundo.
 Regeneração: exprime a nossa entrada na nova vida espiritual.
 Justificação: significa a nossa nova posição diante da Lei de Deus.
Todos esses nomes representam uma só e a mesma experiência da salvação.
A diferença entre eles está em que cada nome representa um detalhe diferente da
transformação operada por Deus.

2. 1 A certeza da salvação

Eis a questão: É possível um homem aqui na terra obter certeza da sua


salvação? As respostas são muitas e diferentes. Alguns afirmam que isso não é
possível, pois o homem é fraco e jamais se libertará do seu pecado; outros declaram
ser evidência de extremo orgulho alguém dizer que é salvo!; já outros, dizem que isso
é coisa que só no céu se saberá, isto é, se lá chegar ou não! A Bíblia, porém, define
com exatidão esse assunto. [...]. A Salvação é para todos, a Bíblia declara que é
possível a qualquer pessoa, aqui na terra, alcançar certeza da sua salvação.
Jesus afirma que se pode receber essa certeza! Ele disse a Zaqueu: ”Hoje
veio salvação a esta casa” (Lc 19.9), a mulher pecadora afirmou: “A tua fé te salvou;
vai-te em paz” (Lc 7.50); ao malfeitor que se converteu na cruz: “Hoje mesmo estarás
comigo no Paraíso” (Lc 23.4).
No entanto, de acordo com a Palavra de Deus, “todos pecaram” (Rm 3.23); e,
por mais que tentemos com as nossas forças e méritos agradar a Deus, torna-se em
vão. O Senhor disponibilizou para a humanidade caída, meios de salvação. Neste
caso, há um processo que precisamos compreender.
Vejamos a seguir que o processo da salvação do homem envolve aspectos,
quais sejam: justificação, regeneração, santificação e glorificação.

2.2 Justificação

A justificação é um ato da graça de Deus, o supremo Juiz, pela qual a justiça


de Cristo é imputada a todo aquele que crê em Jesus, declarando-o justo. O primeiro
resultado da santificação é a paz com Deus. Sentir o perdão dos seus pecados
outorgado por nosso Senhor Jesus Cristo, a absolvição de uma dívida, e a remissão
de um castigo. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito (Rm 5.1).
Juntamente com a salvação e a justificação, o pecador arrependido, recebe a adoção
de filho de Deus (Rm 4.25) (SILVA, 2017). O qual por nossos pecados foi entregue e
ressuscitou para nossa justificação. Esse texto contém uma das mais contundentes
defesas do Apóstolo Paulo em favor da justificação pela fé, independente das obras.
A justificação evoca a ideia de um tribunal Jurídico em que pesam terríveis e
verdadeiras acusações contra nós, mas que por meio do sacrifício expiatório e
substitutivo de Cristo, se tornaram nulas (Rm 4.24.25). Assim somos declarados
inocentes, pois nossa condenação foi substituída pela pena paga por Cristo na cruz
(2 Co 5.21). É um ato gracioso e amoroso de Deus para nós, sem interferência dos
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méritos humanos, cabendo ao homem somente crer mediante a fé na obra que Jesus
operou (Rm. 5.1). Entretanto, cabe ressaltar que a fé é o meio instrumental para nos
unir a Cristo, o nosso Justificador, e não a causa da justificação. Logo, a justificação
tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com
Deus, a segurança da salvação (POMMERENING, 2017, p.70).
Justificação é primeiramente uma mudança de posição da parte do pecador,
que antes era um condenado; mas, agora, foi absorvido. Antes estava sob a
condenação divina, mas agora participa da aprovação divina. Justificação é mais que
o perdão dos pecados e remoção da condenação, pois no ato da justificação Deus
coloca o ofensor na posição de justo. O presidente da República pode perdoar o
criminoso, mas não pode reintegrá-lo à posição daquele que nunca desrespeitou as
leis. Mas Deus pode efetuar essas duas ações! Ele apaga o passado, os pecados e
ofensas, e, em seguida, trata o ofensor como se nunca tivesse cometido um pecado
se quer! O criminoso perdoado não é considerado ou descrito como bom ou justo,
mas Deus, ao perdoar o pecador, declara-o justificado, isto é, justo aos seus olhos.
Juiz algum poderia justificar o criminoso, isto é, declará-lo homem justo e bom. Se
Deus tivesse sujeito às mesmas limitações e justificasse somente as pessoas boas,
então não haveria evangelho nenhum a ser anunciado aos pecadores. (PEARLMAN,
2009). Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a
justificação modifica a nossa situação diante de Deus.
A justificação refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra
infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores
condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eterna,
declarando-os plenamente justos aos seus olhos. Porque Cristo já pagou a penalidade
integral do pecado (Rm 3.21-26).
Ao pecador que, pela fé, recebe a Jesus, Deus lhe concede mais que um mero
perdão e muito mais que uma anistia; concede-lhe o status de justo, pois a justiça de
Cristo muda por completo a situação jurídica do réu (I Co 6.11) (ANDRADE, 2020).

2.3 Regeneração

Segundo Eurico Bergstén (2015), a regeneração ou novo nascimento significa


o ato sobrenatural em que o homem é gerado por Deus (1 Jo 5.18) para ser seu filho
(Jo 1.12) e participante da natureza divina (II Pe 1.4).
O novo nascimento é operado pela vontade de Deus, (Jo. 1.13). É Deus quem
realiza a obra, conforme a sua vontade, e isso pelo poder do Espírito Santo. Toda a
trindade opera na realização do novo nascimento: O Espírito Santo é o agente que
leva o homem ao novo nascimento; Ele faz isso convencendo-o do pecado, da justiça
e do juízo (2 Co 4.6; I Tm 2.4), despertando nele o desejo de ser salvo (2015, p.176)

O Novo Testamento descreve a regeneração da seguinte forma:

A) Nascimento. Deus Pai é quem gera, e o crente é “nascido de Deus” (I Jo 5:1),


nascido “do Espírito Santo” e do alto (Jo 3:8). A fonte da regeneração é Deus, o
resultado da regeneração é a filiação; o meio da regeneração é o Espirito Santo e
a duração da regeneração é eterna.
B) Tradução literal de Jo 3:3,7. Estes termos referem-se ao ato da graça criadora
que faz do crente um filho de Deus.
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C) Purificação. Deus nos salvou pelo “lavar regenerador” (literalmente, lavatório


ou banho; Tt 3:5). A alma foi lavada completamente das impurezas da vida
pregressa recebendo novidade de vida, experiência simbolicamente expressa
pelas águas do batismo (At 22:16).

Regeneração é uma renovação proveniente do poder da graça de Deus e do


Espírito Santo, a renovação ocorre em duas ocasiões; referem-se a breve renovação
do universo no fim dos tempos, foi o que o apóstolo Pedro chamou de restauração de
todas as coisas (Mt 19:20; At 3.21). O apóstolo Paulo fala de Deus como nos tendo
salvado “através do lavar regenerador do Espírito Santo”. No Antigo Testamento pode
se encontrar Deus prometendo ao seu povo um coração novo e poria um espírito novo
neles (Ez 36:26) para circuncidar, não mais o membro do corpo, mas agora essa
circuncisão seria no coração, para gravar nele as suas leis. Sendo assim, torná-los a
conhecer, a amar e obedecê-lo (Dt 30:6; Jr 31:31-34; Ez 36:25-27).
Na Lei, o povo de Deus cumpria todos os rituais, mas os corações de muitos
estavam longe Dele, e cheios de maldades praticavam a idolatria, a feitiçaria etc. Por
intermédio de Cristo no Novo Testamento, esta renovação tornou-se uma realidade.
Paulo escreveu aos Coríntios, que se alguém está em Cristo, nova criatura é (II Co
5:15), também escreveu aos gálatas sobre a importância de serem novas criaturas (Gl
6:15). Pode se observar que, o apóstolo João foi o maior expositor da regeneração,
ele usava muito o termo grego “regennão” que pode ter seu significado tanto “gerai”
como “dar a luz”. Nicodemos por exemplo, entendeu que Jesus Cristo estava falando
sobre o novo nascimento (Jo 3:4), só que o que ele entendeu, era nascimento natural.
Também pode se entender como novo nascimento; (Jo 3:8) nova geração (Jo 3:3,7)
nascido de novo ou do alto (Jo 1.13) simplesmente de Deus (PACKER, 2017).
A regeneração ou novo nascimento não é uma alteração as faculdades da
alma, é uma mudança radical sobre a natureza adâmica, ou humana. Assim como um
feto não tem nenhum mérito para ser gerado, da mesma forma a regeneração, não é
meritocracia humana, ela é totalmente oriunda de Deus. Ninguém por si só, poderia
regenerar-se (Jo 1: 12,13; Tt 3:3,7). Não é pelas obras que alcançaremos a salvação
(Ef 2.9).
Entretanto, não basta apenas ser regenerado, é preciso seguir para o próximo
passo: a Santificação.

2.4 Santificação

A santidade é um atributo de Deus, os Serafins, no livro de (Is 6.3), cobriam


com suas asas; seus rostos e seus pés diante da tamanha dimensão da santidade de
Deus; e celebravam entre si: “Santo! Santo! Santo! É o Senhor Deus dos exércitos”!
Logo, concomitantemente Deus quer que sejamos santos! (Lv 20.26) E ser-me-eis
santos, porque Eu, o Senhor, sou Santo e separei-vos dos povos, para sedes meus.
“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (Ts 4.3a)
Segundo Bergstén (2015), Santificação é em primeiro lugar, a continuação da
obra salvadora na vida do crente.
A Bíblia afirma: “Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará, até
o Dia de Jesus Cristo” (Fl 1.6). Essa “boa obra” começou pela Salvação quando
recebemos a Jesus como nosso Salvador (Jo 1.12). Ele entrou na nossa vida (Ap
3.20; Gl 2.20) e nós morremos para o mundo (Cl 3.1-3), ocasião em que nos tornamos
participantes de uma nova natureza (II Pe 1.4). Afinal tudo se fez novo (II Co 5.17).
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Para aqueles que se santificam, o nosso Deus recompensa com suas maravilhosas
bênçãos, específicas para os seus santos. E na verdade sentimos.
Quais são as bênçãos que acompanham a santificação? As bênçãos da
santificação são grandes e palpáveis. Trazem transformação e amadurecimento
espiritual à vida do crente, de tal modo que se pode distinguir a diferença entre os que
aceitam a obra santificadora de Deus e os que não o aceitam.
A santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação Deus
atribui ao crente, quando recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo e a partir de então,
ver esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultado e ressuscitado em
novidade de vida em Cristo (Rm 6.6-10). É uma mudança que ocorre de uma vez por
todas, na condição legal ou judicial na pessoa de Deus. A santificação, em contraste,
é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a
momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia
ocorrido entre Deus e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o
homem e si mesmo, entre o homem e a natureza (POMMERENING, 2017).
A obra do Espírito Santo não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa
diante de Deus. A santificação é o processo pelo qual o crente se afasta (separa) do
pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus, desenvolvendo em si, a
imagem de Cristo (Rm 8.29). Deus vê o crente como santo, ainda que a santidade
dele precise ser aperfeiçoada (Ef 4.12). No processo de conversão, a santificação é
outorgada ao cristão, porque Deus o vê santo, separado e amado por Ele, o nosso
Pai (Cl 3.12) (POMMERENING, 2017).
As Escrituras nos revelam que devemos almejar e priorizar a santificação (Hb
12.14). Deus anela pela santificação dos seus filhos. A santificação está em conexão
com os filhos de Deus (II Co 6.17,18). Separados do pecado vivemos para Deus; e
aqueles que fazem a vontade de Deus são filhos de Deus: devemos imitar a Deus (Ef
5.1). E, como Ele é santo, nós devemos ser santos (Lv 20.26). Ele é perfeito, nós
devemos nos esforçar ao máximo para chegarmos à condição de homens perfeitos,
pois o próprio Jesus assim nos ensinou, uma vez libertos do pecado, e feitos servos
de Deus, tende o vosso fruto para santificação e, por fim a vida eterna (Rm 6.22).
Deus exige santidade: “Como é santo aquele que vos chamou, sedes santos porque
eu sou santo” (I Pe 1:15,16).
Na experiência vivida pelo uso da palavra, e no dia a dia entre alegrias e
tristezas, os crentes estão sendo gradativamente santificados pela obra do Espírito
Santo em suas vidas (Jo 17:17). De forma que vivamos o hoje, evitando os erros de
ontem, viver o amanhã evitando os erros de hoje. As escrituras nos dizem que “a
vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito” (Pv 4:18).
A Palavra de Deus é clara quanto a todo o processo de santificação na vida
do crente, por exemplo: Reside em nós a lei do pecado, mas a lei do Espírito anula a
lei do pecado (Rm 8:2); Deus ordena que cada crente seja santo (I Pe 1:16); Deus só
habita em um lugar santo (Is 57:15) e Deus só arrebatará os santos (I Ts 3:13).

Begstén (2015) ainda afirma:

A santificação prepara o crente para a vinda de Jesus. A Bíblia diz:


“Segui a paz com todos e a santifcação, sem a qual ninguém verá o
Senhor” (Hb 12.14). A santificação é a veste espiritual da noiva de
Jesus (Ap 19.7-8). Por meio dela somos plenamente conservados
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irrepreesíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (I Ts 5.23; 2


Pe 3.14). Com suas vestes branqueadas, o crente tem direito a árvore
da vida, e pode entrar na cidade pelas portas (Ap 22.14) (p.186-187).

2.5 A Glorificação

A glorificação será o evento final da obra salvadora de Cristo. Será um


momento extraordinária grandeza e felicidade que se dará na segunda vinda de
Cristo; pois, seremos todos revestidos da glória de Deus. Será a última etapa da nossa
salvação em Cristo Jesus: “e aos que justificou, a estes também glorificou” (Rm 8:30)
trata-se de uma promessa da futura transformação do nosso corpo mortal. A mesma
acontecerá na volta de Cristo, receberemos um corpo glorificado e Deus removerá de
nós toda a raiz de pecado e nos colocará em um estado de perfeita comunhão com
Ele. Ali será completa a santificação.
Em I Co 15: 50,54, Paulo retrata que o nosso corpo atual, enraizado pelo
pecado e a corrupção, não pode herdar o reino de Deus, por isso Deus ressuscitará
os mortos em Cristo e os que estiverem vivos serão transformados, com um corpo
revestidos de incorruptibilidade e de imortalidade. Então seremos livres da corrupção,
do pecado e da morte. Teremos um corpo espiritual, regenerado pelo Espírito Santo,
livre do pecado e imortal, debitado para a vida eterna na glória de Deus. Na Nova
Jerusalém viveremos eternamente com Deus e nunca mais haverá qualquer maldição
nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22:3).

A este respeito:

A expressão “corpo glorificado” significa que continuaremos com


nosso corpo, mas num estado de glória, semelhante ao Corpo da
glória de Cristo (Fp 3:20,21). Nesta vida temos um corpo natural, fraco
e corruptível; mas depois teremos um corpo espiritual, poderoso e
incorruptível (I Co 15:42,44). Lembre-se que quando Jesus
ressuscitou, Ele disse: “Sou eu mesmo, apalpai-me e verificai, porque
em Espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc
24:39). Se hoje Jesus em seu estado de glória, tem o corpo de carne
e ossos, que pode ser tocado, então significa que nós teremos um,
pois fomos predestinados para sermos conforme a linguagem do filho
de Deus (Rm 8:29) (RUFINO, 2015)

Pommerening (2017), destaca que:

A plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de


Cristo (I Co 15:42,44). A transformação do corpo natural em corpo
glorificado, será o momento de extraordinária grandeza e felicidade,
que se dará na segunda vinda de Cristo. Neste evento, os salvos
experimentarão a glorificação completa da natureza humana, pois
seremos todos revestidos da glória de Deus. Hoje, o nosso corpo está
sujeito as enfermidades, e demais fragilidades, mas na ressurreição
ele será revestido de incorruptibilidade; a ressurreição dos santos será
a vitória final sobre a morte e o inferno (I Co. 15:54,55). Os que foram
alcançados pela obra salvífica de Jesus Cristo, entrarão no reino
celestial, onde haverá um eterno tempo de alegria, felicidade, bem-
estar diante do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (p.87).
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Segundo Pearlman (2009):

Em glória o nosso velho corpo é perecível, sujeito a corrupção e ao


cansaço, porque é um corpo “natural”, próprio para uma existência
imperfeita para um mundo imperfeito; mas o corpo da ressurreição
será próprio para a gloriosa vida imortal no céu (p. 60).

Assim também o Espírito do homem, originalmente inspirado por Deus, agora


vive uma existência humilde dentro de um corpo perecível (2 Pe 3.12), mas na
ressurreição será revestido de um corpo glorioso, próprio para ver Deus face a face.

3. Considerações finais

É maravilhoso o momento em que alguém sente o prazer da realização de um


trabalho grandioso na vida Cristã. Porque para o crente não existe maior alegria que
ter a certeza da conversão das almas perdidas através do Evangelho do nosso Senhor
Jesus Cristo. Mas, para essa tamanha realização, faz-se necessária a presença
gloriosa do Espírito Santo na vida do anunciante e, a atuação do mesmo no momento
salvífico das almas perdidas.

Segundo Andrade (2020):

Quem recebeu a Jesus como seu salvador e Senhor, tomou a melhor


decisão, pois os seus pecados foram apagados por Cristo. A nova vida
em Jesus é um presente de Deus. É quando do arrebatamento da
Igreja, seremos semelhantes ao Senhor Jesus, porque essa foi a
promessa que ele nos fez, por intermédio do apóstolo João: Amados
agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que
havemos de ser. Mas quando Ele se manifestar seremos semelhantes
a Ele; porque como é o veremos (I Jo.3.2) (p.95).

Convém que os crentes, como pessoas justificadas, regeneradas e


santificadas, demonstrem ao mundo perdido as consequências positivas que o
processo de salvação traz sobre nossa vida, e que somente Jesus pode salvar e
transformar o pecador (POMMERENING, 2017).
A obra do Espirito Santo não cessa quando a pessoa reconhece a sua culpa
diante de Deus, mas, vai crescendo a cada etapa subsequente, pois no momento da
conversão, nascemos de novo, desta vez o nascimento no Espírito Santo. Ao mesmo
tempo o Espírito nos batiza no corpo de Jesus Cristo que é a Igreja.
Instantaneamente somos lavados, santificados e justificados e tudo isto
mediante o Espírito Santo Somos peregrinos em terra estranha. Sentindo saudades
de uma terra que ainda não conhecemos.
As Escrituras prometem que o céu será um reino de perfeita bem-
aventurança. No novo Céu e nova Terra não haverá lugar para lágrimas, nem dor,
tristeza e prantos. Lá o povo de Deus habitará com ele por toda a eternidade,
completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal.
Deus é retratado enxugando pessoalmente as lágrimas dos remidos. No Céu
a morte estará para sempre aniquilada (I Co 15.26). Ali não haverá doenças, fome,
problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas
(LAHAYE, 2008).
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REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor de. A raça humana: origem, queda e redenção. Lições


Bíblicas do 1º Trimestre de 2020. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico.
10. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Pecado, Salvação, a Igreja, as últimas
coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Tradução: Lawrence


Olson. 3. Ed. São Paulo: Vida, 2009.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação: Jesus Cristo é o caminho, a


verdade e a vida. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2017. Rio de Janeiro: CPAD,
2017.

RUFINO, Natan. O corpo glorificado será um corpo físico? Ceará, 04 de set. de


2015. Disponível em: https://natanrufino.com.br/perguntas-e-respostas/o-corpo-
glorificado-sera-um-corpo-fisico/. Acesso em: 20/03/2023.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. Ed. São


Paulo: Cortez, 2016.

SILVA, Ezequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 2.


ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Tradução Augusto Victorino.


São Paulo: Hagnos, 2003.

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