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Lição 2 Os efeitos da salvação na plenitude humana

SALVAÇÃO:
Definição etimológica. Na língua original do Novo Testamento, a
palavra sōtēria , além de salvação, traz as seguintes significações:
“libertação de um perigo eminente. Livramento do poder e da maldição do
pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus” (Dicionário
Teológico).

Texto Áureo: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as


coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 2 Co 5.17
Não existe maldição hereditária, como muitos estão ensinando:
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas passaram:
eis que se fizeram novas”. Não há nenhuma maldição que Cristo já não
tenha quebrado na cruz e que não tenha já sido desfeita na hora da
conversão (novo nascimento). O que os crentes precisam é santificação,
e não quebra de maldição, para crescerem mais e mais no conhecimento
de Deus e no serviço dele. (Pr. Augustus Nicodemus)
Fonte: Gospel Prime
Verdade Aplicada
Quando o homem recebe a Jesus Cristo como seu Salvador, ele inicia a
caminhada de restauração em todo o seu ser.

Objetivos da Lição
- Expor a origem e a natureza da salvação.
- Mostrar os resultados da justificação.
- Ensinar acerca da bênção da santificação.

TEXTOS DE REFERÊNCIA : Salmos 51


1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga
as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu
pecado.
10. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito
reto.
11. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu
Espírito Santo.
12. Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um
espírito voluntário.
17. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração
quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

Introdução
Nesta lição, será enfatizado o tema "salvação" e o reflexo das ações
salvíficas do Senhor em todas as áreas da vida humana, destacando dois
aspectos da salvação: justificação e santificação.
Obs. O termo grego σωτήριος [Soterios] significa "salvação”, o estudo
sobre a salvação denominamos soteriologia
1. A grande salvação.
O termo "salvação" tem múltiplos sentidos na Bíblia. Podendo se referir a
cura de doenças, preservação em momentos de perigo, entre outros. Em
nosso contexto evangélico, geralmente a palavra é usada para se referir
ao que Jesus Cristo fez em favor dos pecadores. É a libertação do
pecado. Envolve regeneração, justificação, santificação, glorificação. O
escritor aos Hebreus identifica como "uma tão grande salvação" [Hb 2.3].
Segundo o Pr.Eliezer de Lira e Silva “sempre que se estuda sobre a
salvação, é necessário que você trabalhe com seus alunos o significado
mais profundo de "salvação". Infelizmente, hoje em dia, já não se valoriza
a salvação eterna como antes. Parece que não há mais interesse e
esperança no Porvir. O termo "salvação" é de profundo significado e de
infinito alcance. Muitos têm uma pobre idéia da inefável salvação
consumada por Jesus, o que, às vezes, reflete-se numa vida espiritual
descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por
Jesus, e busca constante de sua comunhão.”
Professor ainda destaque que a salvação não é somente para fugirmos da
condenação do inferno, mas ela concede aos salvos bênçãos nesta vida e
também na vindoura.
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois
confirmada pelos que a ouviram;(Hb2.3)
Salvação somente em Jesus:
E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará
o seu povo dos seus pecados.(Mt 1.21)
O nome de Jesus é forma grega do nome Josué (no hebraico, Yeoshuah),
que significa “O Senhor salva”
O nome de Jesus está diretamente relacionado à sua missão em resgatar
o pecador. Vejam também no evangelho de Lucas:
1.47 - e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
2.11 - pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo,
o Senhor.
2.30 - pois já os meus olhos viram a tua salvação.

1.1. A origem da salvação.


A salvação tem sua origem em Deus. Ele a planejou e executou por
intermédio de Jesus Cristo. Deus é o autor da salvação [Lc 1.68-69; Rm
3.24; Tt 2.11]. A obra propiciatória de Jesus é a maior revelação do grande
propósito de Deus no plano da redenção em salvar a humanidade.
Deus tomou a iniciativa para nossa salvação. É importante destacar que
a salvação não é uma ação divina de “ultima hora”, como se Deus
pudesse ser surpreendido (Ap 13.8). Cada cordeiro sacrificado no Antigo
Testamento apontava para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (Jo 1.29). (Revista do professor,BETEL,2017)
1.2. A natureza da salvação.
A natureza da salvação, conforme sugere o termo em foco, compreende
todos os "atos e processos" que salientam todos os elementos da fé
cristã. Estes "atos e processos" são vistos e desenvolvidos no plano da
redenção da seguinte forma: Primeiro, salvação no passado, efetuada na
justificação do pecador, tendo origem na graça de Deus [Rm 3.24].
Segundo, salvação no presente, essa efetuada na santificação diária na
pessoa humana: e "somos transformados de glória em glória" [2 Co 3.18].
E no fundo: essa efetuará a glorificação dos salvos, a saber, a redenção
do nosso corpo [Lc 21.28; Rm 8.23].
Obs. A justificação e santificação estão melhor explicadas nos tópicos
abaixo. (tópico 2 e 3)

1.3. A eleição divina.


Dois textos bíblicos são bastante utilizados no estudo acerca deste tão
distinto tema ao longo da história da Igreja: Efésios 1.4-6,11; 1 Pedro 1.2.
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.4,5).
A Eleição divina. Eleição traz a ideia de escolha. Aos Efésios (1.4), Paulo
menciona três aspectos dessa escolha: (1) Em quem fomos escolhidos?
Em Jesus, por isso ela é Cristocêntrica; (2) Em que tempo se deu essa
escolha? O tempo é dito como “antes da fundação do mundo”; (3) E qual
a finalidade? Para que fôssemos “santos e irrepreensíveis”. Donald
Stamps, editor da Bíblia de Estudos Pentecostal, afirma que a eleição de
pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo e que ninguém é
eleito sem estar unido a Cristo pela fé. Nossa Declaração de Fé assevera
que Deus elegeu a Igreja desde a eternidade, antes da fundação do
mundo, segundo a sua presciência (1Pe 1.2).
(Lições CPAD Jovens e Adultos» Adultos 2020 » 2º Trim.)

Predestinação. O apóstolo afirma que fomos não somente eleitos, mas


igualmente predestinados à vida eterna (Ef 1.5).
“A predestinação genuinamente bíblica diz respeito apenas à salvação,
sendo condicionada à fé em Cristo Jesus, estando relacionada à
presciência de Deus. Portanto, a predestinação dos salvos é precedida
pelo conhecimento prévio de Deus daqueles que, diante do chamamento
do Evangelho, recebem a Cristo como o seu Salvador Pessoal e
perseveram até o fim. A predestinação do crente leva-o a ser conforme a
imagem de Cristo; assim sendo, todos somos exortados a perseverar até
o fim: „aquele que perseverar até ao fim será salvo‟ (Mt 24.13). A graça
divina tanto salva quanto nos preserva a alma neste mundo corrupto e
corruptor. A fé antecede a regeneração: „Porque pela graça sois salvos
por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus‟ (Ef 2.8); „Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado‟ (Mc
16.16); „Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo‟”
(SOARES, Ezequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.110,111).

2. Resultados abençoadores da justificação


Definição etimológica. A palavra justificação é oriunda do
hebraico tsādēq e do grego dikaios . Significa, declarar justo pelos
méritos de Cristo. (Pr. Claudionor Corrêa de Andrade,2006)
Segundo Strong, "justificação", como descrito na Bíblia, é o ato divino de
considerar como justo, declarar justa uma pessoa com base na obra de
Cristo na cruz, absolvendo-o das consequências eternas do pecado.
Assim o Senhor Deus considera e trata como justo todo aquele que crê
em Jesus Cristo [Rm 3.21-24; 5.1; Ef 2.8]. No presente tópico nos
deteremos em três bênçãos que resultam da justificação, as quais fazem
diferença para um estado saudável da alma.

2.1. Paz com Deus.


"Justificados pela fé, temos paz com Deus" [Rm 5.1]. Eis uma bênção que
faz a diferença na vida de uma pessoa. Porém, é fundamental
compreender que está sendo ressaltado aqui a paz que é resultado da
justificação. Portanto, é diferente daquela buscada e oferecida pelo
mundo [Jo 14.27]. É a paz como resultado da reconciliação com Deus. É
consequência de ter recebido o favor divino. É a paz que está além do
nosso entendimento; abençoa e guarda coração e mente (mente e
sentimentos) - Fp 4.7. É a paz por sabermos que fomos perdoados,
reconciliados, aceitos por Deus, não por nossos méritos ou justiça
própria, mas por causa do sacrifício perfeito e satisfatório de Jesus Cristo
na cruz [Rm 3.24-26].
A oferta pacifica era uma expressão de gozo e gratidão por parte
daqueles que sentiam comunhão com Deus. Não era oferta para
estabelecer paz e amizade,mas antes para cultivar aquilo que já existia de
bom,para conservar os benefícios.Era figura de Jesus, que é a nossa paz,
resultante da nossa comunhão com Deus.A bíblia categoricamente
afirma:
*Ele é a nossa paz (Cl 1.20; Rm5.1,10,11)
*Ele proclamou paz (Ef 2.17)
*Ele trouxe paz entre os homens(Ef 2.14)
(Pr.Abraão de Almeida, lições bíblica CPAD 1988 1º trim.)

A paz interior que o homem alcança pelo sacrifício pacífico que Jesus fez
por nós não está sujeita a situações externas que venhamos a enfrentar.
Eles ofereciam a oferta nos tempos de grande alegria como nos dias de
grandes tribulações, porque a paz não está alicerçada em situações
exteriores do dia a dia, mas na obra que Jesus consumou. Esta obra, sim,
uma obra perfeita que foi do agrado do Pai e traz ao homem a tão
necessária paz para a sua existência. Numa sociedade que cada vez mais
se afasta de Deus e um mundo cheio de conturbações, temos as doces
palavras de Jesus: “para que em mim tenhais paz” (Jo 16.33).
(Revista do professor,BETEl, 2018 )
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.(Jo 14:27)
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16.33)

2.2. Alegria produzida pelo Espírito Santo.


"Nos gloriamos" [Rm 5.2], não no sentido de orgulho humano como
indicado em Romanos 4.2, mas a alegria que se fundamenta no Senhor [2
Co 10.17; Fp 3.3]. Um dos sentidos do termo em grego é "desfrutar o
contentamento"; "contentamento de coração"; "boa disposição". O texto
em Romanos 5 relata que aquele que foi justificado desfruta de alegria na
esperança [Rm 5.2]; nas tribulações [Rm 5.3 - a aflição tem seu aspecto
positivo na medida que contribui na resistência e na formação de um
caráter perseverante e constante]; "em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo" [Rm 5.11 - pelo que Ele é - "minha grande alegria" - Sl 43.4 - e pelo
que fez - efetuou nossa reconciliação com Ele] A bênção da alegria
influencia positivamente como enfrentamos as adversidades da vida,
pois, se ficamos tristes com várias situações do dia a dia; não somos
sufocados pelo desânimo, pois, afinal, "a alegria do Senhor é a vossa
força" [Ne 8.10].
A alegria da tua salvação.
12. Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um
espírito voluntário.
OS ENSINOS BÍBLICOS A RESPEITO DA ALEGRIA INCLUEM:
(1) A alegria está associada à salvação que Deus concede em Cristo (1Pe
1.3-6; cf. Sl 5.11; Is 35.10).
(2) A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl
16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a
experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo
15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos
transmite um profundo senso da presença e do contato de Deus em
nossa vida (cf. Jo 14.15-21).
(3) A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da
redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza
nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; 2Co 12.9).
(Pr. Elienai Cabral, CPAD, 2013)

2.3. Esperança - âncora da alma.


"E a esperança não traz confusão [Rm 5.5]. Ou seja, não nos decepciona
ou não envergonha. Afinal, está fundada em Deus e em Suas promessas.
Trata-se de um tema bem presente nas Escrituras. O discípulo de Cristo
não tem esperança apenas no que concerne à vida debaixo do sol [1 Co
15.19], mas, também, espera compartilhar a glória de Deus [Rm 8.18-25].
Paulo ressalta dois aspectos da vida cristã, que devem ser enfatizados
hoje. Devemos viver "neste presente século [...], aguardando a bem-
aventurada esperança".(Tt 2.13) Os dois aspectos: viver e aguardar a
esperança - são essenciais para nossa sanidade cristã, nessa era
maligna.
A vida é suportável, porque vivemos com Deus, procurando edificar seu
reino com os dons que Ele nos deu. E é esse mesmo reino que
esperamos, ansiosamente.
Enquanto vivemos e aguardamos, temos a expectativa de três grandes
benefícios do retorno de Cristo:
(1) A presença pessoal de Cristo. Nós ansiamos por estar com Ele.
(2) A redenção de nossa natureza pecaminosa, nós esperamos o fim da
batalha contra o pecado e nossa perfeição em Cristo
(3) A restauração da criação, nós esperamos o governo total da graça,
quando a imagem de Deus estiver nas pessoas de uma forma plena, e
quando a ordem criada for restaurada
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4
Edição)
3. A bênção da santificação
Bispo Abner Ferreira: "Tanto a expressão hebraica "qodesh" como a
grega "hagiasmos" admitem diversos termos relacionados ao tema:
santidade, consagração, santificação, separação. A ênfase do sagrado no
Novo Testamento já não recai sobre coisas, lugares ou ritos, mas às
manifestações da vida produzidas pelo Espírito Santo".
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor”. (Hebreus 12:14)
Professor enfatize que a regeneração é um ato instantâneo e a
santificação é um processo contínuo, progressivo e essencial na vida do
cristão. A participação do Espírito Santo e da Palavra de Deus na
regeneração continua na santificação dos salvos até a vinda de Jesus.
3.1. Deus é Santo.
"Santo" é uma palavra descritiva da natureza divina. Seu significado
primordial é separação, portanto, a santidade representa aquilo que está
em Deus, que o torna separado de tudo quanto seja terreno e humano,
isto é, Sua perfeição moral absoluta e Sua divina majestade. Ele não abre
mão deste atributo de Sua pessoa.
Professor, neste tópico é importante deixar claro a santidade absoluta de
Deus, segundo o Pr. Antonio Gilberto a santidade de Deus é
intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). É o atributo que melhor
expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado
absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria, reflete a
luz do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).
Quanto mais nos santificamos,mais refletimos a gloria de Deus...
Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor. (2Co3.18)
Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam
como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para
sermos participantes da sua santidade.(Hb 12:10).

Fonte: (Lições CPAD Jovens e Adultos,2006,3º trim)

3.2. O homem e a natureza caída.


Deus não criou o homem com a natureza caída. O homem ficou assim, em
consequência da queda. Ele se tornou assim porque escolheu fazer a
própria vontade e não a vontade de Deus. Esta escolha levou a uma
deformidade na alma do homem sem precedentes. O que vemos no relato
bíblico após Genesis 3 é uma catástrofe após outra: o primeiro homicídio
[Gn 4.8-11]; corrupção do gênero humano [Gn 6.5-9]; o anúncio do dilúvio
[Gn 6.11-13]; a torre de Babel [Gn 11.1-9]. E o relato segue em desvio na
conduta espiritual, na conduta moral e até no aspecto cultural, onde
foram sendo introduzidos costumes e hábitos de outras nações cheias de
paganismo, libertinagem e imoralidade. A marca do homem passou a ser
de inclinação para o pecado e desvio de seu Criador.
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus", Rm 3.23.
A universalidade do pecado.
A Bíblia é clara ao ensinar que herdamos a natureza pecaminosa de Adão
(1Co 15.49). Isso passou a ser conhecido como "pecado original". A Bíblia
não mostra como essa transmissão do pecado de Adão passou a todos
os humanos, mas afirma que se trata de um fato incontestável (Rm
5.12,19). Assim, as Escrituras mostram como todos nós, homens e
mulheres, estamos diante de Deus: "todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus" (Rm 3.23). O quadro apresentado é como segue: todos se
extraviaram, não há quem faça o bem (SI 14.1-5; Rm 3.10-12), por isso não
há no mundo quem não peque (1Rs 8.46; Ec 7.20). A prova incontestável
da universalidade do pecado é a morte (Rm 5.12). Nem mesmo os salvos
em Cristo estão isentos dessa lei (1 Jo 1.8).0 pecado é um princípio real e
presente na vida de todas as pessoas, desde o ventre materno (SI 51.5;
58.3). A Queda no Éden corrompeu toda a humanidade em todo o seu ser:
corpo, alma e espírito, intelecto, emoção e vontade (Is 1.5, 6; 2 Co 7.1).
(Lições CPAD Jovens e Adultos 2017 » 3º Trim.)

3.3. A obra da santificação.


É muito importante lembrar que, diante da realidade da santidade de Deus
e pecaminosidade humana, só é possível retornar o relacionamento com
Deus por causa da obra perfeita de Jesus Cristo, como visto no tópico
anterior [2 Co 5.15-21]. Portanto, todos os reconciliados agora devem
viver em novidade de vida [Rm 6.4]. A fonte que nos capacita a termos
esse "novo andar" é expressa nos seguintes termos "estar em Cristo";
"andar nele"; "andar em Espírito". Somente assim será possível uma vida
de santificação [Cl 2.6-7; 3.1-13; Jo 15.5; Rm 8.1,4,8-9,13].
São dois os caminhos: Caminho do pecado ou caminho da santificação,
O caminho do pecado conduz à morte, o caminho da santificação nos
conduz à vida.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo
Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.(Rm 8.13)
O princípio. „Porque os que são segundo a carne inclinam-se para
as coisas da carne; mas os que são do Espírito, para as coisas do
Espírito‟. A palavra „carne‟ representa a natureza antiga e pecaminosa que
não recebeu a renovação e vive segundo o homem não regenerado. Pode
ser considerada a „baixa natureza‟ ou a „natureza animalesca‟. A
expressão abrange tanto a totalidade da vida não renovada e que vive
longe de Deus, como todas as atividades em que o eu-próprio é o centro.
Quando alguém coloca Deus no centro da sua vida, passa a andar
segundo o Espírito.
O resultado. „Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação
do Espírito é vida e paz‟. O termo „morte‟ se refere não apenas à morte
física, mas a separação presente e futura de Deus, fonte de toda vida
espiritual.
A razão. „Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus,
pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser‟. O
homem carnal, para quem o eu-próprio é a lei suprema, naturalmente
tem ressentimento contra Deus e sua bendita vontade [...]”
( PEARLMAN, M. Epístolas paulinas: Semeando as doutrinas cristãs.
Coleção Myer Pearlman. RJ: CPAD, 1998, pp.28-9).

CONCLUSÃO
A "tão grande salvação" providenciada por Deus por intermédio de Jesus
Cristo não somente proporcionou reconciliação do ser humano com o
Seu Criador, mas, também, resulta em bênçãos de restauração em todas
as áreas da vida humana: corpo, alma e espírito. E, assim, o Senhor é
glorificado!

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