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Família em Ação Informativo: 115 Ano: XI Mês 06/2017

Trabalhando juntos por uma integração de valores MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO

TEMÁRIO
Leitura do Evangelho
do dia Família: Dom de Deus semeado no coração do mundo!
Junho de 2017
Somos vocacionados à família, porque fomos criados à imagem e semelhança da
família de Deus. A ternura incondicional do Pai, a salvação sem medidas do Filho e a
01/06 – João 17, 20-26 santificação permanente do Espírito Santo compõe a Trindade de Pessoas: unas e iguais
02/06 – João 21, 15-19 na essência, mútuas e amorosas na comunhão, envoltas e diferentes na identidade (San-
03/06 – João 21, 20-25
to Agostinho, De Trinitate, Livro IX. 1.1).
Ao se encarnar em nossa história, Deus também quis ser família. No seio de Na-
04/06 – João 20, 19-23 zaré encontrou lugar entre sua Mãe, a Virgem Maria e seu pai, o justo José. Também foi
05/06 – Marcos 12, 1-12 recebido por seus parentes mais próximos, como o eram: Isabel, Zacarias, João Batista...
06/06 – Marcos 12, 13-17 (Lc 1,39-56). Criado em uma realidade agrária, ensinado na escola da carpintaria, Jesus
aprendeu os valores do afeto e da pertença a uma família humana. Como se vê, não há
07/06 – Marcos 12, 18-27
História da Salvação que não passe, antes, pelo Evangelho da Família.
08/06 – Marcos 12, 28b-34 Além de ser uma instituição originada no coração do Pai, assumido pelo Filho e
09/06 – João 17, 11b.17-23 abençoada pelo Espírito Santo, a família também é constituída pela própria necessidade
10/06 – Marcos 12, 38-44 da espécie humana, que desde o primeiro sopro de vida, não consegue se desenvolver
sem o auxílio constante de outra pessoa. Para despertar a nossa tendência inata ao
11/06 – João 3, 16-18
amadurecimento dependemos sempre dos cuidados caprichados e ininterruptos, seja da
12/06 – Mateus 5, 1-12 maternidade, seja da paternidade.
13/06 – Mateus 5, 13-16 O pai e a mãe são representantes de Deus na vida dos filhos; por isso têm auto-
14/06 – Mateus 5, 17-19 ridade sobre eles. Então, é vontade do Senhor que estes cumpram muito bem a missão
de educá-los para a sociedade e para o céu. O Catecismo da Igreja Católica diz que:
15/06 – João 6, 51-58
“O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase impossí-
16/06 – Mateus 5, 27-32 vel substituí-los”. E que: “O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis
17/06 – Mateus 5, 33-37 para os pais” (CIC n. 2221; FC 36).
18/06 – Mateus 9, 36-10,8 Para isso os genitores devem criar um lar tranqüilo para os filhos, no qual a ter-
nura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado sejam cultivados. Nele
19/06 – Mateus 5, 38-42 a abnegação, o reto juízo, o domínio de si devem ser cultivados, para que haja verdadei-
20/06 – Mateus 5, 43-48 ra liberdade.
21/06 – Mateus 6, 1-6.16-18 Diz o livro do Eclesiástico: Ler (Eclo 30, 1-2) e é bom lembrar aos genitores que
22/06 – Mateus 6, 7-15
saber reconhecer, diante dos filhos, os próprios defeitos não é humilhação, mas sim, co-
erência, e isso facilita guiá-los e corrigi-los, como ensina o próprio Catecismo da Igreja
23/06 – Mateus 11,25-30 Católica (n. 2223). “Os filhos, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais
24/06 – Lucas 1, 57-66.80 em santidade. Todos e cada um se darão generosamente e sem se cansarem o perdão
25/06 – Mateus 10, 26-33 mútuo exigido pelas ofensas, as rixas, as injustiças e os abandonos. Sugere-o a mútua
afeição. Exige-o a caridade de Cristo” (CIC n. 2227; Mt 18,21-22). É preciso corrigir os
26/06 – Mateus 7, 1-5
filhos, mas isso precisar ser feito com jeito, com carinho, com palavras corretas, sem
27/06 – Mateus 7, 6.12-14 nervosismo, na hora e no lugar certo, e jamais na presença dos irmãos e de outras pes-
28/06 – Mateus 7, 15-20 soas porque isso os humilha. E um filho humilhado pelo pai e pela mãe não ouvirá os
29/06 – Mateus 7, 21-29 conselhos destes.
Para educar bem os filhos é preciso ter tempo para eles; colocá-los entre as nos-
30/06 – Mateus 24, 4-13
sas prioridades; gastar o tempo com eles. Sem estar na presença deles é impossível edu-
cá-los, por isso é uma atividade que exige observação e atuação. E para educá-los é pre-
REFLEXÃO: ciso acolhê-los e acolher seus amigos; não empurrá-los para fora de casa. Acima de tudo
é preciso saber conquistá-los, não com o que se dá a eles, mas como se é para eles. Os
1) O que o texto diz? filhos precisam sentir um santo orgulho dos pais pela sua grandeza, pela sua maneira
correta de agir, de falar, de lhes tratar, de se dedicar a eles. Sem isso não é possível edu-
2) O que o texto me diz?
cá-los bem. Quase nunca se escuta: temos de ensinar o nosso filho a respeitar os mais
3) O que o texto me leva velhos, a conviver bem com os outros, a falar a verdade, a guardar com carinho os seus
pertences, a ter um encontro com Deus. São reflexões que precisam ser feitas a fim de
a dizer a DEUS? estar preparado e disponível para o filho, seja ele uma criança, um adolescente ou um
jovem adulto a desenvolver o gosto pelos estudos, o respeito por si mesmo e pelo outro. O filho precisa desenvolver
os princípios da boa convivência e cultivar o amor à sua própria vida, cuidando da sua saúde biopsicossocial e espiri-
tual.
A agressividade de certos jovens, principalmente, aqueles com padrão anti-social ou comportamento infrator,
é um reflexo da profunda crise que perpassa o coração das famílias. Não se pode generalizar, mas é possível que a
agressão também seja uma resposta, cuja razão está na incapacidade de elaborar a aterrorizante experiência do de-
samparo familiar. Em muitos contextos, a agressividade funciona como uma defesa, diante de um conflito, originado
no exato momento em que a pessoa se sentiu aniquilada, desprovida de esperança, perdendo a capacidade de confi-
ar, de se integrar a alguém, desprotegida e não sustentada.
Solícito às necessidades do tempo presente, o Papa Francisco anunciou a Assembléia Extraordinária do Síno-
do dos Bispos, para outubro de 2014. Ciente do seu papel evangelizador, a Igreja não permanece alheia aos sofrimen-
tos das famílias contemporâneas. Sua missão é servi-la como instituição querida por Deus e, ao mesmo tempo, fazê-la
enxergar a identidade de comunhão que lhe compete na fé.
Em sintonia com a Assembléia Sinodal, celebremos o dom de ser família no coração de Deus. Renovemos os
nossos laços afetivos abrindo-se à compreensão fraterna, sem deixar de lado o dom do perdão. Pare um pouco e, di-
ante do amor do Pai, procure verificar quais são as mágoas e os ressentimentos antigos que lhe impedem de reatar a
convivência com um familiar. O orgulho quando colocado em prática, deixa a vida adubada e regada com o rancor, às
vezes, para se chegar ao perdão, é necessário vencer esse desafio antes.
Rezar em família, amá-la e respeitá-la é a melhor ferramenta para uma sociedade sã e menos adoecida. Al-
guém que não foi provido, sustentado, manuseado no passado, dificilmente, terá condições de munir, suster e mane-
jar no presente. É por isto que a Igreja cuida das famílias atuais, sem deixar de avistar as futuras gerações.
Por fim, fiquemos com o parecer de Santo Agostinho ao dizer que: “aquilo que é gerado é igual àquilo que o
gera” (De Trinitate, Livro IX. 12. 16). Que gerados no amor do Pai tenhamos o coração recíproco para acolher o Mis-
tério Divino e os caminhos que Ele utiliza para se revelar a cada um de nós, por meio de nossas queridas famílias. A fé
conta conosco para que, em nossas famílias, enriqueçamos a Igreja, sendo dom de Deus para o mundo!
Adaptação: Pe. Robson de Oliveira Reitor do Santuário Basílica de Trindade

REFLETINDO:

1) Relendo o Quarto parágrafo O pai e a mãe são representantes de Deus na vida dos filhos;...
Estamos cumprindo bem essa responsabilidade e educando nossos filhos para a Sociedade e para o
céu?

2) Como acompanhamos no Texto: Reconhecer diante dos filhos, os próprios defeitos... Nossa
forma de educar nossos filhos é com coerência ou um descarrego de fúria e frustração que as vezes
nem é culpa deles e agimos com abuso de autoridade?

3) Por fim, também lemos: Para educar bem os filhos é preciso ter tempo para eles... Como
anda nossa agenda familiar? Estamos priorizando a edificação desse Sagrado Sacramento?

ORAÇÃO PELAS FAMÍLIAS

Oh, Deus, que na Sagrada Família nos deixastes um modelo perfeito de vida familiar vivida
na fé e na obediência de Vossa vontade. Ajudai-nos a ser exemplo de fé e amor aos Vossos man-
damentos. Socorrei-nos na nossa missão de transmitir a fé aos nossos filhos. Abri seu coração
para que cresça neles a semente da fé que receberam no batismo. Fortalecei a fé dos nossos
jovens, para que cresçam no conhecimento de Jesus. Aumentai o amor e a fidelidade em todos
os casais, especialmente naqueles que passam por momentos de sofrimento ou dificuldade.
Unidos com José e Maria, pedimo-Vos por Jesus Cristo vosso Filho, nosso Senhor.
Amem!!

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