Você está na página 1de 6

SLIDE 01

No ano passado celebramos o X Encontro Mundial do Papa com as Famílias, tendo o seguinte tema:
Amor em família: vocação e caminho de santidade.

Sabemos que o lar é a primeira escola do mundo e da vida cristã. É uma escola de enriquecimento
humano. É nas famílias que se aprende os verdadeiros valores, sejam eles morais, de fé, educação,
respeito, entre outros. Se quisermos construir um futuro melhor para nosso país, essa base deve ser
iniciada na família, ensinando os valores cristãos aos nossos filhos e netos e dizendo a eles a
importância e a responsabilidade que é cuidar de uma família.

Nesse ano de 2023, a Igreja do Brasil celebra o 3º ano vocacional, com o tema “Vocação, graça e
missão”. Tendo como objetivo principal “promover a cultura vocacional nas comunidades
eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas
as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.

Considerando que a família é célula mater da sociedade, que a Igreja é uma família formada por
famílias, concluímos que a família é a fonte de todas as vocações.

SLIDE 3
FAMÍLIA, FONTE DE VOCAÇÕES
O chamado de Deus e a presença transformadora no mundo são temas falados
constantemente por nosso Santo Padre, o Papa Francisco. Sempre com sua postura firme e
ao mesmo tempo cheia de ternura e compreensão, ele nos lembra constantemente que a vida
traz em si uma missão, confiada a nós por Jesus: “Eu sou uma missão nesta terra, e para isso
estou neste mundo”.

Neste momento, enquanto agentes de Pastoral Familiar, queremos refletir com vocês
algumas frases do Papa Francisco sobre o chamado de Deus a cada um de seus filhos, para
compreendermos que a família é fonte de vocações.
SLIDE 04
O QUE É VOCAÇÃO?

SLIDE 05
“O Senhor que nos indica a margem para onde ir”
O Santo Padre faz uma analogia com a matemática. Segundo ele, não podemos encarar
nossos projetos de vida e nossas realizações pessoais como um cálculo matemático. Pelo
contrário, ele nos indica que a resposta vem do Alto, como nos diz na seguinte mensagem:

“o Senhor que nos indica a margem para onde ir e, ainda antes disso, dá-nos a coragem de
subir para o barco” no qual nos acompanha para “mostrar a direção, impedir de encalhar nas
rochas da indecisão e tornar-nos capazes até de caminhar sobre as águas tumultuosas”.

No entanto, O santo pontífice alertou de forma bastante clara que hoje os jovens estão em
constante mudança e que “devemos trabalhar com eles em movimento e tentar ajudá-los a
encontrar sua vocação em suas vidas. Isso cansa… É preciso se cansar! Não se pode
trabalhar pelas vocações sem se cansar.” A Pastoral Familiar, em seu trabalho vocacional
precisa colaborar para indicar aos jovens a margem para onde ir. Esse trabalho cansa, mas
não devemos desistir. Jamais.

SLIDE 06
“Escutar, discernir e viver a Palavra de Deus”
O Santo Padre nos pede para escutar, discernir e viver a palavra de Deus. Dessa forma,
desenvolveremos nossos talentos e faremos deles ferramentas para ajudar o mundo.

Francisco lembra que “o chamado do Senhor não é evidente, como tantas coisas que
podemos ouvir, ver ou tocar na nossa experiência diária”. Por isso, é preciso se “preparar a
uma escuta profunda da sua Palavra, prestar atenção aos seus detalhes diários e aprender a
ler os sinais dos tempos com os olhos da fé”.
Similarmente, o Papa Francisco enfatiza em suas mensagens sobre vocação, que ela está
estruturada sobre os alicerces de Deus. Francisco lembra que “não estamos submersos no
acaso, nem à mercê duma série de eventos caóticos; pelo contrário, a nossa vida e a nossa
presença no mundo são fruto duma vocação divina”.

O Santo Padre pondera que por esse motivo é preciso ter precaução, pois “pode acontecer
que a voz de Deus fique sufocada pelas muitas inquietações e solicitações que ocupam a
nossa mente e o nosso coração”.

Como a Pastoral Familiar pode contribuir com o processo de escuta, discernimento e


vivência da Palavra de Deus entre os jovens e nas famílias?

SLIDE 07

“Permanecer no amor de Deus”


Diz o Papa Francisco que: “A vocação cristã é isso: permanecer no amor de Deus, respirar,
viver desse oxigênio, viver desse ar. E como é o amor? ‘Como o Pai me amou, assim
também eu vos amei’. Um amor que vem do Pai. A relação de amor entre Ele e o Pai é
também uma relação de amor entre Ele e nós. E Ele nos pede permanecer nesse amor, que
vem do Pai”.

SLIDE 08

Família: o berço de nossas vocações


Para alcançarmos esse verdadeiro itinerário vocacional apresentado pelo Papa Francisco:
navegar por margens seguras, escutar, discernir e viver a Palavra de Deus e, permanecer no
amor; nosso lugar de atuação é a família.

A família ocupa um papel central em nossas vidas. É a base para a construção da nossa
identidade, valores e vocações. São nos primeiros passos de nossa trajetória, da infância à
adolescência, sobretudo, que nos deparamos com as principais questões que vão formar
quem nós somos.
Além de apoiar, cabe à família, também, proporcionar um ambiente favorável e que
estimule as crianças a praticar e ouvir o chamado de Deus. Assim, o processo da descoberta
da vocação acontece de forma natural e no momento certo na vida de cada um. “a família
continua a ser o principal ponto de referência para os jovens”

SLIDE 09

Como podemos agir


Temos que lembrar que a família, em primeiro lugar, deve ser um espaço onde os filhos
encontrem orientações sólidas para viver e amar.

É preciso proporcionar um clima de paz e harmonia no lar, de forma a construir


diariamente a capacidade no jovem de discernir seu chamado em direção à descoberta das
vocações. A dinâmica familiar é a principal escola vocacional para as crianças, adolescentes
e os jovens.

A importância do diálogo na descoberta das vocações


Vivemos tempos em que falamos de forma digital o tempo todo com todo mundo, mas
nunca foi tão desafiador manter o diálogo dentro da família.
A abertura para falar sobre todos os tipos de assuntos só vem com a prática da conversa. Faz
parte da natureza humana que as crianças e jovens sejam curiosos. O que cabe aos adultos,
portanto, é buscar as formas mais adequadas de dialogar sobre os mais diversos
temas. Assim os membros das famílias buscarão sempre as respostas para suas dúvidas e
inquietações entre os seus.
Por exemplo, conversas sobre matrimônio, paternidade responsável, vida de Igreja,
catequese, drogas, alcoolismo e tantos outros. Ninguém tem a obrigação de saber tudo, mas
a cada curiosidade dessas, temos a oportunidade de praticar com as crianças e jovens o
processo de investigação de informações sérias, corretas e de qualidade.

Atenção e cuidado
A família é o lugar onde as crianças e jovens devem se sentir acolhidos e seguros. E o
diálogo é um elemento fundamental para isso. Crianças que conversam com os pais se
tornam adultos que conversam com os filhos. 
É necessário que olhemos para nossos irmãos, irmãs, filhos e filhas com a atenção que
merecem. Que tenhamos forças em Deus e nos ensinamentos de Jesus e Maria para em
família orientarmos os jovens para que ouçam suas vocações e façam delas seus projetos de
vida.

A família é o berço da vocação. Nela deve acontecer a primeira catequese, o primeiro ecoar
da Palavra de Deus. Vivemos, no entanto, numa realidade na qual se questiona a família
como incentivadora tanto da catequese como da vocação. É diante dessa realidade que
devemos ter  a iniciativa de organizar algum trabalho que ajude as famílias a despertarem
para a “vocação de ser família”.
Aqueles que ouvem o chamado à vida sacerdotal e o atendem prontamente, nem sempre são
de famílias que incentivam, mas, muitas vezes, são contrárias à opção de vida de seus filhos.
Por outro lado há aqueles pais que sonham em ter um filho padre, e o filho acaba sendo
padre apenas para realizar um sonho que não é seu. Ser padre é algo que foge do
convencional, quem opta por essa função, que não é profissão, vai contra aquilo que
normalmente os pais esperam para seus filhos: casamento, emprego, etc. Não podemos estar
presos ao convencional, é preciso estar abertos ao novo, ao diferente. A Pastoral Familiar
precisa criar espaços para essa conversa com os pais.
Uma família cristã, de batizados na fé cristã, deve criar um ambiente familiar, no qual a
criança cresça de forma sadia e tenha não só consciência de sua vocação à vida, mas
também de sua vocação cristã.

Uma triste realidade


Cresce cada vez mais o descrédito do sacramento do matrimônio e a falta de seriedade no
tempo de namoro reduzindo este último apenas ao prazer. Muitos casamentos facilmente
entram em crise chegando até mesmo ao divórcio.
É dentro dessa realidade familiar que surge a vocação sacerdotal. Qual realidade familiar?
Do descredito, da falta de seriedade, do materialismo, do individualismo, da exploração,
com a banalização da sexualidade e da família. etc.
Talvez alguém pense: é comum haver discussões, briguinhas, numa família. Mas se nós
afirmamos que é comum isso ou comum aquilo, caímos no comodismo e não convertemos a
situação que, muitas vezes, é de pecado.
Vivemos numa época de crise em relação às vocações não só sacerdotais, mas também
religiosas e leigas. É preciso intensificar nossas orações pelas vocações, trabalhar a 
dimensão familiar e proporcionar que nossas comunidades sejam lugares onde as pessoas
possam encontrar algo que as ajudem a valorizar mais o ser família. Que nossas
comunidades sejam verdadeiras famílias onde cada um tem seu espaço e se sinta bem.
Não é à toa que hoje se valoriza tanto a santidade em casal. O que antes era só para os
celibatários, hoje é também para os casados. Os pais devem ser exemplo para seus filhos
educando-os para valorizarem a religião e os valores familiares. Os pais devem viver sua
vocação e devem incentivar os seus filhos a também ouvirem o chamado de Deus.
Com famílias mais conscientes de sua missão já é mais um passo para termos jovens e
adultos que deem uma resposta generosa ao chamado de Deus.

https://www.a12.com/redacaoa12/santo-padre/cinco-vezes-em-que-o-papa-falou-sobre-vocacao
https://marista.org.br/blog/familia-o-berco-de-nossas-vocacoes/
https://diocesedetaubate.org.br/familia-berco-das-vocacoes/Pe. Leandro dos Santos - Assessor
Diocesano do SAV

Você também pode gostar