As saudações são nossos votos para aqueles que estimamos. E desejamos o mesmo para nós: ser feliz. Mas é possível ser feliz? Em que consiste a felicidade? Alguns mais pessimistas, acham a felicidade um sonho impossível. Os problemas do cotidiano, os sofrimentos físicos e morais, a fome, a pobreza, a violência, o tédio são empecilhos severos. Para outros, a felicidade estaria nos momentos de consumo, longe do trabalho, com todo o conforto e prazer que o dinheiro pode lhes dar: um carro, um iate, roupas de marca, ausência de sofrimento, um doce ´´fazer nada``... Por isso tantos esperam as férias, a aposentadoria ou o prêmio de loteria. Como a explicitação dessa felicidade fantasiosa, em algumas revistas os famosos estampam apenas sorrisos, enquanto em outras é exposta com certa crueldade a intimidade de relações malsucedidas, brigas, internações para tratamento de dependência de drogas, ou para mais uma cirurgia plásticas, na luta contra o envelhecimento Pelos consultórios médicos passam pessoas com estresse, a doença do nosso tempo. O enfrentamento de depressões desemboca na banalização do consumo de psicofármacos – as ´´pílulas da felicidade`` Ao contrário dessa busca cega, a felicidade encontra-se mais naquilo que o ser humano faz de si próprio e menos no que consegue alcançar com os bens materiais ou o sucesso. O que se percebe é que na busca de felicidade muitas vezes as pessoas dela se afastam. Conforme a ética aristotélica, conhecida como eudemonismo, as ações humanas tendem para o bem e o bem supremo é a felicidade. E esta significa a realização da excelência (o melhor de si), que é a sua natureza de ser racional. ´´A experiência de ser`` De maneira geral, a felicidade comportam um dado característico, que é o sentimento de satisfação em ralação ao modo como vivemos, à possibilidade de sentirmos alegria, contentamento, prazer. Por experiência, sabemos que não se trata de uma plenitude, porque esse estado de espírito não ocorre o tempo todo, já que a vida feliz não exclui os contratempos, como a dor, o sofrimento, a tristeza. Só a satisfação não é suficiente para explicar a felicidade, porque ela supõe a realidade de desejos que, não raro, são conflitantes. Por exemplo, você pode ficar em divida entre assistir um filme ou ficar estudando. Os tipos de amor É difícil definir o amor, se pensarmos nas mais diversas conceituações que recebeu no correr da história humana, principalmente se levarmos em conta a especificidade desse sentimento, cujo sentido nos escapa. Em primeiro lugar, na linguagem comum, amor é usado em diversas acepções desde as materiais - o amor ao dinheiro – até as religiosas, como o amor a Deus. Fala-se também do amor à pátria, ao trabalho e à justiça. a) Filía O termo grego filía (philia) geralmente é traduzido por ´´amizade``. Trata-se do amor vivido na família ou entre membros de uma comunidade. Os laços de afeto que o expressam são em tese, a generosidade, o desprendimento e a reciprocidade, isto é, a estima mútua. b) Ágape Ágape, do grego agápe, significa ´´amor fraterno``. Entre os cristãos primitivos, o termo designava as refeições fraternais, em que se uniram ricos e pobres, daí o sentido de ´´caridade``, de ´´amar ao próximo como a si mesmo`` c) Eros Eros refere-se às relações que costumamos chamar de amorosas propriamente ditas. Diferentemente das outras expressões de amor já citadas, a paixão amorosa está associada à exclusivamente e à reciprocidade O mito de Eros O melhor comediógrafo da época, conta a história da origem do amor. No início, os seres humanos eram duplos e esféricos, e os sexos eram três, um deles construídos por duas metades masculinas, outro por duas partes femininas, e o terceiro andrógeno, metade masculino e metade feminino. Por terem desafiado os deuses, Zeus cortou-os em dois para enfraquece-los. A partir dessa separação, cada metade buscou restaurar a unidade primitiva, de onde surgiu o amor recíproco. E como os seres iniciais não eram apenas bissexuais, foi valorizado o amor entre seres do mesmo sexo.